1000 resultados para Graduação Médica
Resumo:
No âmbito do ensino da medicina, diante das imperiosas mudanças necessárias para a formação de um profissional que aprenda a aprender, a aprendizagem significativa de David Ausubel - pressuposto teórico para a construção de mapas conceituais - tem permitido uma genuína articulação dos conhecimentos necessários à prática médica, facultando, portanto, um aprendizado mais efetivo e permitindo a atuação em um contexto complexo e interdisciplinar. Em conformidade com o exposto, o presente manuscrito objetiva apresentar o papel dos mapas conceituais na educação médica.
Resumo:
A extensão universitária é um processo educativo, cultural e científico, que articula o ensino e a pesquisa de forma indissociável, possibilitando uma relação transformadora entre Universidade e sociedade. Nesse contexto, o projeto Unimontes Solidária tem como objetivo promover ação solidária articulada, por meio dos diversos cursos da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), nos municípios carentes das regiões norte e noroeste de Minas Gerais, Vales do Jequitinhonha e do Mucuri, de forma a equacionar os problemas sociais, reduzir a exclusão e as disparidades regionais, colocando a serviço da sociedade o conhecimento que é produzido na Universidade. As ações do projeto no município de Indaiabira (MG) proporcionaram benefícios tanto aos acadêmicos do curso de Medicina como à comunidade local, a partir das atividades extracurriculares desenvolvidas, ampliando o espaço de aprendizado oferecido pela instituição, complementando a formação acadêmica, bem como amenizando as demandas inerentes ao município relacionadas à saúde. Pesquisar, aprender sobre temas relacionados e estender o conhecimento adquirido à comunidade é a tríade que sustenta a formação acadêmica nas mais modernas metodologias de ensino.
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Transformações recentes na educação e no sistema de saúde brasileiros repercutiram nas instituições de ensino médico e demais áreas da saúde, exigindo um novo perfil de profissional: mais crítico, humanista, reflexivo e ético. O preceptor tem importante papel na formação médica, ao integrar a teoria e a prática no contexto da assistência durante o período do internato, mas esta atividade de ensino é pouco considerada. Não existe capacitação específica para desenvolver essas qualidades e construir uma efetiva relação médico-aluno. Foram analisados 176 trabalhos dos congressos brasileiros de educação médica referentes à preceptoria quanto a conceito aplicado, atividade exercida, formação e capacitação em articular teoria e prática e fornecer subsídios à prática profissional. A formação e capacitação dos preceptores é um tema pouco discutido, embora esteja cada vez mais presente nos congressos.
Resumo:
No atendimento à criança, os profissionais da saúde lidam com situações geradoras de problemas éticos, que requerem competência para a tomada de decisões. Visando fornecer subsídios ao desenvolvimento dessa competência na graduação em Medicina, o objetivo deste estudo foi analisar estratégias sugeridas por médicos que atuam em ensino e assistência pediátrica para melhor abordagem dos problemas éticos vivenciados no cotidiano profissional. Trata-se de uma pesquisa quali-quantitativa, descritiva, aprovada no CEP-HIJG, com 72 médicos de dois hospitais e 16 da atenção primária, que responderam a um questionário semiestruturado. Realizou-se análise de conteúdo e descritiva com medidas de tendência central. Foram sugeridas como estratégias: abordagem sistemática e reflexão sobre ética e bioética, baseada em problemas cotidianos, na graduação, residência e atuação profissional; maior abordagem do tema em eventos médicos; elaboração de normas e orientações claras sobre problemas éticos; reflexão sobre o tema durante o ensino-aprendizagem e nas relações profissionais; e constituição de grupos especializados para ajudar na tomada de decisões. As estratégias são viáveis e deveriam ser consideradas no planejamento de ações institucionais e educacionais em Pediatria.
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Diversos autores relatam que a consulta médica se associa a melhores resultados quando se adota como referencial o modelo centrado no paciente. OBJETIVO: Avaliar se os médicos ingressantes na residência de Pediatria realizam consultas ambulatoriais segundo pressupostos do modelo centrado no paciente. MÉTODO: Em 2007, no início de seu estágio de ambulatório, dez residentes foram selecionados aleatoriamente para serem filmados durante a realização de uma consulta. Adotando-se como referencial teórico pressupostos do modelo centrado no paciente, os dados foram analisados por meio de metodologia qualitativa, por meio da técnica exploratória, com três juízes independentes. RESULTADOS: A maioria dos residentes explora precocemente a primeira queixa referida pelos pais, assumindo-a como principal; não explora outras queixas; decide e faz orientações terapêuticas de modo não compartilhado; conversa pouco com as crianças; cria longos momentos de silêncio durante a consulta; não explica o exame físico e às vezes utiliza o prontuário como a principal fonte de informação. CONCLUSÃO: Os residentes realizam consultas sem a inclusão da perspectiva dos pais e, portanto, não atendem segundo pressupostos do modelo centrado no paciente.
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A saúde coletiva tenciona romper com o paradigma tradicional da medicina, centrado no modelo biologicista da saúde-doença. Este estudo visou: avaliar as disciplinas da saúde coletiva oferecidas na graduação dos alunos do curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará (Uece); caracterizar a percepção deles acerca da contribuição dessas disciplinas na relação com o paciente; descrever o conhecimento discente sobre aspectos relacionados à ementa de cada disciplina, como possíveis mudanças na disposição delas; e analisar o conceito de saúde coletiva do ponto de vista dos alunos. Estudo descritivo com abordagem quantitativa, desenvolvido na Uece e nos serviços de saúde conveniados ao curso de Medicina. De uma população de 240 alunos matriculados no curso de Medicina da Uece, retirou-se uma amostra por conveniência de 129 acadêmicos. Os dados foram obtidos mediante questionário semiestruturado. A análise foi realizada com o programa estatístico PASW, versão 17.0. Dos participantes, 112 (86,8%) enfatizaram o efeito positivo das disciplinas na relação com os pacientes. Noventa e um (70,5%) ressaltaram a grande carga horária das disciplinas e 91 (70,5%) desconhecem a ementa. Muitos, 52 (47,7%), sugeriram redução do número de disciplinas e créditos, e 36 (26%) não souberam conceituar saúde coletiva. Conclui-se que esta é essencial na formação dos futuros médicos, mas urge repensar a reformulação curricular e mudanças de atitudes dos docentes desse curso.
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Este artigo pretende iniciar a discussão da condição curricular da Anatomia Humana nos cursos médicos da atualidade frente a tensões que incidem sobre ela, que a podem estar levando a uma crise de manutenção de seu status sociocurricular. Baseamo-nos na análise bibliográfica e documental, conjugando as teorias sócio-históricas da construção dos currículos e disciplinas, a construção da Anatomia nos currículos médicos e condições gerais de apresentação da disciplina nestes currículos para elencarmos quatro tensões para a discussão: introdução de novas propostas de ensino-aprendizado; relação anatomia ensinada, anatomia pesquisada; expansão do ensino; reconfiguração do campo de inserção. Nossa análise nos leva a assinalar uma crise na retórica legitimadora da disciplina, com consequente redução do grau de importância sociocurricular e possível cristalização disciplinar.
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A colaboração docente on-line permite a criação de comunidades virtuais. As ferramentas virtuais de uma equipe em rede permitem criar aulas virtuais em diferentes localizações geográficas. Estes ambientes permitem na educação a transferência do conhecimento entre alunos e docentes, incluindo atividades síncronas e assíncronas. Neste trabalho descrevemos nossa experiência em colaboração docente on-line, utilizando ferramentas virtuais na educação universitária. Os softwares utilizados foram 1-Skype: Software de aplicação para chamadas na Internet (VoIP). 2- LAN: Aula virtual digital disponibilizado em http://www.cevap.unesp.br/abertura.htm. Estas mídias foram utilizadas em dias e locais de transmissão e recepção diferentes. Os temas foram: 1-"Como preparar uma videoconferência", 2-"Importância das TICs na docência Universitária", 3-"Plataformas virtuais com bases de dados automatizadas na busca bibliográfica", 4-"Uso do laboratório virtual no ensino de Biologia Celular, Histologia e Embriologia". As ferramentas virtuais permitem a colaboração on-line de docentes localizados em diferentes localizações geográficas, além de formar recursos humanos que as usarão para melhorar o desempenho da educação universitária.
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Este estudo analisa artigos publicados em periódicos nacionais que abordam a formação docente em saúde. A metodologia compreende a busca nas bases Lilacs e SciELO, empreendendo-se análise documental no âmbito de uma revisão sistemática da literatura. Das 76 publicações inclusas, a análise foi realizada a partir de: região brasileira, profissão do autor, concentração da produção em periódicos, abordagem de pesquisa e temática abordada nas produções. A produção científica analisada é predominante na Região Sudeste do Brasil (65,7%), tendo como autores, na maioria, enfermeiros (43,3%), com uso da metodologia qualitativa (40,7%) e trazendo como assunto central a graduação (43,4%). A análise evidencia as necessidades dos pesquisadores de compreensão do processo de mudança na área, permitindo delinear diretrizes para a elaboração de um projeto de desenvolvimento docente.
Resumo:
As diretrizes curriculares nacionais de 2001 demandam uma consistente formação em humanidades por parte do egresso da graduação em Medicina. A fim de cumprir essa exigência, caberia ao docente uma nova tarefa frente ao alunato, além da produção de conhecimento científico, capacitação profissional e formação ética. Diante dessa premissa, portanto, restaria ao professor de Medicina tomar posse de surpreendente atributo, o de ser um "intelectual". Este artigo apresenta uma análise crítica da viabilidade dessa "missão iluminista" relativa ao ensino médico brasileiro no século XXI, a partir de pressupostos históricos de formação docente tanto no Brasil quanto no exterior.
Resumo:
O ensino superior brasileiro tem sofrido mudanças significativas nas últimas décadas após a reforma universitária e a ampliação do setor privado. O número de escolas médicas é crescente, porém não tem sido acompanhado do aumento do número de vagas de residência médica. A competição acirrada por vagas de residência médica pode levar os estudantes a buscar auxílios para estudo, como os cursinhos preparatórios. A presença de estudantes nestes cursinhos pode influenciar negativamente o modo de aprendizagem dos médicos em formação, por estes se submeterem a normas de condutas e rotinas de estudo enrijecedoras. Entendendo os cursinhos como reflexo do desequilíbrio de políticas educacionais e de saúde, aponta-se a necessidade de políticas de formação profissional em saúde embasadas em necessidades sociais.
Resumo:
As mudanças na formação dos profissionais médicos têm estado na pauta de discussão das escolas formadoras há algumas décadas. As principais tentativas concretizadas atêm-se, sobretudo, a mudanças metodológicas ou pedagógicas, com a reestruturação dos currículos a partir da inserção da aprendizagem baseada em problemas (ABP) como eixo estruturante. O modelo hegemônico é, ainda, a formação a partir de um currículo de formato tradicional, e a alternativa de mudança mais em voga passa, então, a ser a ABP. O objetivo deste artigo é apresentar esse método e as avaliações de seus resultados, de forma a compor um panorama da sua efetividade na busca do médico crítico, reflexivo e com responsabilidade social. Foi realizada revisão da literatura com busca bibliográfica nas bases SciELO (Scientific Eletronic Library Online), Pubmed (www.nlm.nih.gov) e BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), tendo como critério de seleção os artigos publicados sobre o assunto nos últimos 20 anos. Os resultados apontam insuficiência da mudança pedagógica isolada como resposta a uma formação médica capaz de aliar competências técnicas e ético-humanísticas.
Resumo:
Descreve-se o uso do Portal de Periódicos da Capes pelos 258 alunos matriculados na pós-graduação stricto sensu da Faculdade de Medicina da UFMG, aos quais foi enviado um e-mail/formulário. Responderam a pesquisa 62 (27%) pós-graduandos. Sobre a utilização do Portal da Capes, verificou-se que 57 (91,9%) usam para fazer pesquisas, 29 (46,8%) destes com frequência semanal. Conhecem o novo Portal 71%. Em relação às bases de dados, 50 alunos (80,7%) conhecem de três a seis bases, dentre as quais a Pubmed aparece em 100% das respostas. Em relação a treinamentos oferecidos pela Capes, 71% nunca participaram, e destes 88,7% gostariam de participar. Estes resultados mostram o uso frequente do Portal de Periódicos da Capes pelos pós-graduandose a necessidade de constantes treinamentos.