1000 resultados para Escolas públicas Organização e administração
Resumo:
OBJETIVO: Estimar a contribuio de benefcios concedidos por acidentes de trabalho dentre o total de benefcios relacionados com a sade da Previdncia Social, focalizando os custos conforme o tipo de benefcio, e o impacto sobre a produtividade relativa a dias perdidos de trabalho. MTODOS: Utilizam-se registros dos despachos de benefcios do Sistema nico de Benefcios do Instituto Nacional de Seguridade Social da Bahia, em 2000. Acidentes de trabalho foram definidos com o diagnstico clnico para Causas Externas, Leses e Envenenamentos (SS-00 a T99) da Classificao Internacional de Doenas 10 Reviso, e o tipo de benefcio que distingue problemas de sade ocupacionais e no ocupacionais. RESULTADOS: Foram estudados 31.096 benefcios concedidos por doenas ou agravos sade, dos quais 2.857 (7,3%) eram devidos a acidentes de trabalho. Maiores propores foram estimadas entre os trabalhadores da indstria da transformao e construo/eletricidade/gs, 18% do total dos benefcios. Os custos com os benefcios para acidentes de trabalho foram estimados em R$8,5 milhes, com aproximadamente meio milho de dias perdidos de trabalho no ano. CONCLUSES: Apesar do conhecimento de que esses dados so sub-enumerados, e restritos aos trabalhadores que conseguiram receber benefcios relacionados com a sade, os achados revelam o grande impacto sobre a produtividade e o oramento do Instituto Nacional de Previdncia Social de agravos reconhecidos como evitveis, reforando a necessidade de sua preveno.
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OBJETIVO: Estudar o processo de instalao de enfermarias de psiquiatria em hospitais gerais filantrpicos e descrever suas caractersticas e prticas teraputicas. MTODOS: Foram selecionadas 10 instituies em cidades dos Estados de Minas Gerais, So Paulo e Santa Catarina, no ano de 2002. Realizaram-se 43 entrevistas semi-estruturadas, no mnimo trs em cada instituio, com profissionais de sade, baseadas nos seguintes eixos temticos: processo de instalao do servio, modelo teraputico e situao atual. As entrevistas foram gravadas em udio, transcritas e submetidas a anlise de contedo. RESULTADOS: As instituies localizam-se em cidades onde no havia hospitais psiquitricos. Cinco hospitais reservam leitos para pacientes psiquitricos em enfermarias de clnica mdica. Em seis instituies, a proposta teraputica centra-se numa abordagem farmacolgica. Na falta de recursos e de planejamento teraputico, a internao de pacientes mais agitados aumenta a resistncia da comunidade hospitalar. As restries relativas realizao de exames complementares, quando da internao psiquitrica, constituem outra barreira a ser superada. Falta intercmbio entre autoridades e direes dessas instituies, obrigadas a exceder quotas de internao devido demanda de cidades vizinhas. CONCLUSES: Na instalao das enfermarias de psiquiatria em hospitais gerais filantrpicos houve a confluncia de demanda local com vontades individuais. Apesar do evidente empenho e flexibilidade dos profissionais, ainda no se pode falar em consolidao desses servios diante das vrias dificuldades a serem superadas: resistncia local internao psiquitrica, restries econmicas, capacitao profissional deficitria e ausncia de um modelo teraputico que v alm da abordagem farmacolgica.
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O trabalho teve por objetivo avaliar a assistncia populao com Aids no Brasil e a capacidade do Sistema nico de Sade (SUS) de prover intervenes para enfrentamento da epidemia e discutir a sustentabilidade da iniciativa brasileira de distribuio universal e gratuita dos anti-retrovirais. O trabalho considerou dados originais de uma pesquisa sobre a capacidade potencial de distribuio de uma futura vacina anti-HIV no Brasil, envolvendo 119 entrevistados. Nas abordagens da assistncia hospitalar e da assistncia farmacutica foram utilizados dados do Sistema de Informaes Hospitalares do SUS e do Sistema de Controle Logstico de Medicamentos do Programa Nacional de DST/Aids. Os resultados mostraram bom desempenho da poltica de distribuio de anti-retrovirais. Entretanto, o acesso ao tratamento de doenas oportunistas foi deficitrio. Os valores pagos pelo Sistema nico de Sade pelas internaes por Aids mantiveram-se muito baixos, com valor mdio em torno de R$700,00, em 2004. A assistncia a pacientes com HIV/Aids no Brasil tem sido tratada como um direito do cidado, com o respaldo de uma articulao efetiva entre as esferas de governo e a sociedade civil. Os desafios que se colocam atualmente dizem respeito ao monitoramento mais fino dos processos e resultados obtidos e sustentabilidade da distribuio universal e gratuita de anti-retrovirais.
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A Declarao de Compromisso sobre o HIV/Aids das Naes Unidas recomenda que os governos realizem anlises peridicas das suas aes frente epidemia do HIV/Aids, com a participao da sociedade civil. Para isso, devem ser criados mecanismos e instrumentos especficos. O presente trabalho examina algumas das respostas do governo brasileiro a esta recomendao. Foi feita uma anlise da proposta de seguimento contida na Declarao e sua adequao realidade brasileira, em relao participao da sociedade civil. Discutiram-se os limites e as potencialidades do MONITORAIDS, matriz de indicadores construda pelo Programa Nacional de DST/Aids para monitoramento da epidemia. Os resultados mostraram que a complexidade do MONITORAIDS dificulta sua utilizao pelo conjunto de atores envolvidos na luta contra a Aids. Sugere-se que se estabeleam mecanismos que facilitem a apropriao desse sistema por todos aqueles comprometidos com o enfrentamento da epidemia no Pas.
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OBJETIVO: Traar um perfil de estudantes em relao ao consumo de lcool e comportamentos de risco. MTODOS: Participaram do estudo 1.990 alunos, com idade entre 11 e 21 anos, de ambos os sexos, matriculados em escolas públicas e privadas de Paulnia, SP, 2004. Um questionrio de auto-preenchimento foi respondido em sala de aula, sem a presena do professor. Analisou-se a percepo da disponibilidade e facilidade de acesso s bebidas alcolicas, contexto do beber e conseqncias do consumo. RESULTADOS: A prevalncia de uso de lcool na vida foi de 62,2%. Em relao aos ltimos 30 dias, 17,3% dos alunos relataram pelo menos um episdio de abuso agudo. Os adolescentes reportaram que adquiram facilmente bebidas alcolicas de estabelecimentos comerciais e tambm em contextos sociais com parentes e amigos. Apenas 1% dos menores de idade relatou que tentou, mas no conseguiu comprar bebida alcolica. Como conseqncias negativas do consumo nos ltimos 12 meses, os estudantes relataram ter passado mal por ter bebido (17,9%), arrependimento por algo que fizeram sob o efeito do lcool (11%), blackout (9,8%) e ter brigado aps beber (5%). Mais da metade (55%) dos estudantes conhecia algum que sofreu acidente de trnsito provocado por motorista embriagado. CONCLUSES: Os dados revelaram alta prevalncia de consumo de lcool entre os adolescentes estudados e fcil acesso s bebidas alcolicas, inclusive por menores de idade. Os jovens se colocaram em risco e apresentaram conseqncias negativas do consumo de lcool. H necessidade de aes imediatas em relao s polticas públicas para o consumo de lcool no Brasil.
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OBJETIVO: As formas de obteno dos nveis pressricos basais podem levar a diferentes estimativas de prevalncia. O objetivo do estudo foi estimar a prevalncia de nveis pressricos elevados em escolares e comparar mdias sistlicas e diastlicas obtidas aps trs aferies da presso arterial. MTODOS: Estudo transversal, com escolares entre sete e dez anos (N=601), de escolas públicas e privadas da zona urbana de Cuiab-MT, Brasil, em 2005. A presso arterial foi aferida trs vezes, com intervalo de dez minutos, em visita nica. Consideraram-se crianas com nveis pressricos elevados as que, segundo sexo, idade e percentil de estatura, atingiram presso sistlica e/ou diastlica maiores ou iguais ao percentil 95 da tabela de referncia. Para o clculo de prevalncia, foram considerados separadamente os nveis pressricos da primeira e terceira medidas. RESULTADOS: Houve diferena estatisticamente significante entre as mdias sistlicas e diastlicas nas trs medidas do estudo. A presso sistlica e diastlica mdia, utilizando a terceira medida do estudo foi de 97,2 (DP=8,68) mmHg e 63,1 (DP=6,66) mmHg, respectivamente. A prevalncia de nveis pressricos elevados foi de 8,7% (IC 95%: 6,4;10,9) na primeira medida e 2,3% (IC 95%: 1,1;3,5) na 3 medida. No houve diferena estatstica entre as prevalncias com relao idade, sexo, cor da pele e tipo de escola. CONCLUSES: A presso arterial, em estudos de visita nica, diminui significativamente entre a primeira e terceira aferio. A terceira medida parece revelar nveis pressricos mais prximos dos basais.
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Publicao coordenada por Graa Castanho. Publicada no Expresso das 9, no dia 9 de Agosto de 2000.
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OBJETIVO: Analisar a prevalncia de asma e possveis fatores de risco associados. MTODOS: Estudo transversal, integrante do International Study of Asthma and Allergies in Childhood. Participaram 561 escolares de seis a sete anos de idade, provenientes de 35 escolas públicas da cidade de So Paulo, escolhidas por sorteio, em 2002. A amostra incluiu 168 asmticos e 393 no asmticos, que responderam questionrio constitudo por 33 questes referentes a dados pessoais, familiares e ambientais. A associao entre asma e fatores de risco foi avaliada pela anlise de regresso logstica, considerando-se nvel de significncia estatstica de 5%. RESULTADOS: Entre os escolares, 31,2% referiam sibilos nos 12 meses anteriores entrevista. Os fatores de risco significativamente associados asma foram: sexo masculino (OR=2,4;IC 95%: 1,4;4,2), me fumante no primeiro ano de vida (OR=2,0; IC 95%: 1,1;3,8), presena de eczema em locais caractersticos (OR=3,0; IC 95%:1,2; 7,6) e rinoconjuntivite (OR=2,4;IC 95%: 1,2; 4,8). CONCLUSES: A prevalncia de asma na regio estudada foi elevada e os fatores de risco relacionados foram: sexo masculino, sintomas de rinoconjuntivite no ltimo ano, me fumante no primeiro ano de vida e presena de eczema em locais caractersticos.
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OBJETIVO: Analisar fatores de proteo e de risco para problemas de sade mental entre adolescentes. MTODOS: Estudo transversal realizado com amostra aleatria (N=327; perda=6,9%) de estudantes da sexta srie de todas as escolas públicas e privadas de Barretos, SP, em 2004. Os fatores examinados foram: exposio violncia domstica e urbana, nvel socioeconmico familiar, sexo, morar sem a me, participar de atividades sociais (fator de proteo). As associaes entre esses fatores e problemas de sade mental foram analisadas por meio de modelos de regresso logstica. Todos os fatores de risco e proteo independentes foram includos no modelo inicial de regresso logstica, permanecendo no modelo final apenas a varivel com nvel de significncia inferior a 0,05. RESULTADOS: Verificou-se que apenas exposio violncia permaneceu no modelo final como fator associado a problemas de sade mental (p=0,02; IC 95%: 1,12;4,22). Crianas expostas violncia domstica tinham trs vezes mais chances de apresentarem estes problemas do que aquelas expostas violncia urbana (p=0,04; IC 95%: 1,03;7,55). CONCLUSES: A violncia domstica associou-se a problemas de sade mental nos adolescentes do estudo, podendo ser mais importante que a violncia urbana em cidades de mdio porte.
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A Poltica Nacional de Humanizao preconiza a transversalidade na construo de redes cooperativas, solidrias e comprometidas com a produo de sade, estimulando o protagonismo e a co-responsabilidade de sujeitos e coletivos. Dentro desse contexto, o artigo apresenta reflexo sobre a gesto dos processos de trabalho em sade, tendo como foco os trabalhadores e as contribuies da ergologia para repensar a produo de conhecimento sobre o trabalho. Utilizou-se como referencial a abordagem ergolgica de Schwartz e seu dispositivo dinmico de trs plos, formado pelas disciplinas constitudas pelos protagonistas - os trabalhadores, e pelas exigncias epistemolgicas e ticas. Um dos pontos crticos da humanizao no mbito do Sistema nico de Sade foi o pouco estmulo incluso e valorizao dos trabalhadores da sade.
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Dissertao de Mestrado em Psicologia da Educao, especialidade em Contextos Comunitrios.
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Dissertao apresentada Escola Superior de Educao de Lisboa para obteno de grau de Mestre em Cincias da Educao - Especializao em Educao Especial
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OBJETIVO: Desenvolver mtodo para planejamento e avaliao de campanhas de vacinao contra a raiva animal. MTODOS: O desenvolvimento da metodologia baseou-se em sistemas de informao geogrfica para estimar a populao e a densidade animal (canina e felina) por setores censitrios e subprefeituras do municpio de So Paulo, em 2002. O nmero de postos de vacinao foi estimado para atingir uma dada cobertura vacinal. Foram utilizadas uma base de dados censitrios para a populao humana, e estimativas para razes co:habitante e gato:habitante. RESULTADOS: Os nmeros estimados foram de 1.490.500 ces e 226.954 gatos em So Paulo, uma densidade populacional de 1.138,14 animais domiciliados por km. Foram vacinados, na campanha de 2002, 926.462 animais, garantindo uma cobertura vacinal de 54%. O nmero total estimado de postos no municpio para atingir uma cobertura vacinal de 70%, vacinando em mdia 700 animais por posto foi de 1.729. Estas estimativas foram apresentadas em mapas de densidade animal, segundo setores censitrios e subprefeituras. CONCLUSES: A metodologia desenvolvida pode ser aplicada de forma sistemtica no planejamento e no acompanhamento das campanhas de vacinao contra a raiva, permitindo que sejam identificadas reas de cobertura vacinal crtica.
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OBJETIVO: Compreender o estigma voltado aos portadores de transtornos mentais na cultura de hospitais gerais enquanto fator limitante para a implantao de unidades psiquitricas em hospitais gerais no Brasil. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Foi delineada uma pesquisa social, de natureza qualitativa. Adotou-se como estratgia a pesquisa-ao para a implantao de uma unidade psiquitrica em um hospital geral em Taubat, SP, 2005-2006. As evidncias foram obtidas por meio de entrevistas, observao participante e palestras sobre o projeto da unidade psiquitrica para o corpo clnico do hospital. RESULTADOS: O investimento do rgo gestor possibilitou que as concepes estigmatizantes presentes na cultura do hospital estudado (violncia, fraqueza moral e intratabilidade) fossem ressignificadas por meio de discusses clnicas e sanitrias, viabilizando a implantao da unidade psiquitrica. A anlise mostrou que essas concepes eram reatualizadas pelo contexto assistencial, no qual o acesso dos portadores de transtornos mentais era restrito. CONCLUSES: A postura assumida pelo rgo gestor, que decidiu pelo financiamento adequado da unidade psiquitrica e exerceu sua ascendncia sobre o hospital prestador, foi decisiva para o desfecho do caso. A principal dificuldade para a implantao das unidades psiquitricas no o estigma presente na cultura dos hospitais gerais, mas uma limitao de ordem estratgica: a falta de uma poltica afirmativa para essas unidades.
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OBJETIVO: Avaliar as dificuldades de acesso para diagnstico da tuberculose nos servios de sade no Brasil. MTODOS: Estudo realizado em 2007 com pacientes com tuberculose, atendidos na rede de ateno bsica nos municpios de Ribeiro Preto (SP), So Jos do Rio Preto (SP), Itabora (RJ), Campina Grande (PB) e Feira de Santana (BA). Utilizou-se o instrumento "Primary Care Assessment Tool," adaptado para ateno tuberculose. O diagnstico de tuberculose nos servios foi avaliado por meio da anlise fatorial de correspondncia mltipla. RESULTADOS: O acesso ao diagnstico foi representado pelas dimenses "locomoo ao servio de sade" e "servio de atendimento" no plano fatorial. Os pacientes dos municpios Ribeiro Preto e Itabora foram associados s condies mais favorveis dimenso "locomoo" e os de Campina Grande e Feira de Santana as menos favorveis. Ribeiro Preto apresentou condies mais favorveis para a dimenso "servio de atendimento" seguido dos municpios Itabora, Feira de Santana e Campina Grande. So Jos do Rio Preto apresentou condies menos favorveis que os outros municpios para as dimenses "locomoo" e "servio de atendimento". CONCLUSES: A anlise fatorial permitiu visualizar conjuntamente as caractersticas organizacionais dos servios de ateno tuberculose. A descentralizao das aes para o programa de sade da famlia e ambulatrio parece no apresentar desempenho satisfatrio para o acesso ao diagnstico de tuberculose, pois a forma de organização dos servios no foi fator determinante para garantia de acesso ao diagnstico precoce da doena.