1000 resultados para violência psicológica conjugal


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Segundo o referencial terico familiar sistmico, a transio para a parentalidade demarca uma das mais intensas mudanas do ciclo de vida da famlia. O presente estudo teve como objetivo central analisar a relao conjugal, durante a transio para a parentalidade, a partir de dois enfoques: a avaliao que cada casal faz de sua relao nos diferentes momentos da transio e a interao comunicacional que estabelece durante as entrevistas conjuntas. Foi realizado um estudo de casos coletivo (Stake, 1994), longitudinal, que abrangeu cinco etapas: o ltimo trimestre de gestao e o terceiro, o oitavo, o dcimo-segundo e o dcimo-oitavo ms de vida do beb. Em cada etapa, foram realizadas entrevistas conjuntas com os casais. A amostra foi composta por cinco casais adultos, com idades entre 20-40 anos, que esperavam seu primeiro filho. A anlise dos dados foi realizada a partir das anlises qualitativa e quantitativa de contedo (Laville & Dionne, 1999). Os resultados deste estudo apontam que um fator central para a compreenso da conjugalidade na transio para a parentalidade a qualidade da relao conjugal estabelecida antes da transio. Constatou-se que os trs casais que apresentavam um envolvimento afetivo antes do nascimento do primeiro filho mantiveram esta condio aps a transio. Esses casais mencionaram aspectos positivos da transio e conseguiram organizar sua rotina de forma a preservar um tempo para estarem a ss. Os pais mostraram-se envolvidos com sua funo paternal, bem como as mes com sua funo maternal. A interao comunicacional teve um aumento das categorias de apoio e uma diminuio das de no-apoio e de conflito medida que a transio se desenrolou. Diferentemente, os dois casais que mostraram um distanciamento afetivo antes mostraram tambm um distanciamento depois da transio. Eles referiram apenas mudanas negativas em funo da transio e no conseguiram dedicar um tempo para ficarem a ss. Nesses casais, os homens mostraram-se ausentes e pouco envolvidos com a paternidade, o que no ocorreu com as mulheres. A interao comunicacional compreendeu uma diminuio das trocas de fala de apoio, e um aumento das de conflito e de no-apoio medida que as entrevistas se desenrolaram. As concluses deste estudo, apesar de no serem passveis de generalizao, mostram-se relevantes tanto para a rea da Psicologia do Desenvolvimento, como para a da Psicologia Clnica, no atendimento a casais.

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Sessenta adolescentes de uma escola pblica de Novo Hamburgo, RS, participaram de grupos de reflexividade para discutirem a experincia de morador de um bairro da periferia e do convvio com educadores, pares e familiares. Os adolescentes foram divididos em seis grupos que se encontraram uma nica vez, por um perodo de uma hora. As reunies foram gravadas em vdeo-tape, transcritas e analisadas atravs de uma seqncia de passos reflexivos: descrio, reduo e interpretao. A descrio organizou o material transcrito em temas que foram re-analisados na reduo para a identificao dos dilemas existenciais presentes. A reflexividade manifesta foi analisada na concepo tridica do self semitico (passado, presente e futuro). Interpretou-se que os participantes expressam sua existncia por meio de movimentos cclicos de pensamento, onde buscam liberdade de movimentos, e amparo e proteo paterna ao mesmo tempo. Quando prejudicadas tais condies, recorrem ao ambiente extrafamiliar, embora temerosos dos riscos dessa aventura. O dilogo surgiu como alternativa de viabilidade de tais condies. As meninas participantes perceberam-se como extremamente prejudicadas em termos de liberdade, devido a sua prerrogativa de engravidar ou ficarem "mal-faladas" na comunidade, ocorrendo o contrrio com os meninos. Os papis familiares exigidos so os de meninos "cuidadores" e de meninas "donas-de-casa". Os dilogos internos dos selves (reflexividade) foram expressos na forma de conversao entre elementos influenciadores do passado (infncia, histria familiar), representados por presenas virtuais dos pais ou cuidadores, e as demandas do presente (fase adolescente), no apresentando, contudo, uma perspectiva positiva a respeito do futuro. A escola surge como um ambiente de maior liberdade, nem sempre coerente em suas propostas. Sugere-se a implementao de medidas que favoream um dilogo efetivo e eficiente entre educadores, educandos e familiares, onde a empatia sirva de suporte s relaes necessrias ao desenvolvimento de um self adolescente agente e autnomo.

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O presente estudo elabora um ndice de violência para o Estado do Rio Grande do Sul, em seus 467 municpios, durante o perodo de 1992 a 1999. No se buscaram explicaes para o comportamento das taxas, mas somente uma descrio de sua evoluo ao longo do perodo. Desta forma, procura-se um processo analtico que permita que, mais tarde, sejam trabalhadas as relaes, conceitos e papis frente ao processo de desenvolvimento humano e regional. A pesquisa trabalha com ndices de criminalidade que se fundamentam no critrio da agilidade da informao, proporcionada por estas medidas, para o diagnstico dos problemas da violência municipal e para a elaborao de polticas voltadas segurana. Em janeiro de 2000 foi divulgado o trabalho desenvolvido pela Fundao de Economia e Estatstica Siegfried Emanuel Heuser (FEE)1, intitulado ndice Social Municipal Ampliado (ISMA) para o Rio Grande do Sul (1991-1996). O objetivo do mesmo era comparar as posies intermunicipais a partir de indicadores sociais que foram selecionados2 e definidos em blocos de educao, sade, renda e condies de domiclio e saneamento. Desta forma, comparou-se e classificou-se num ranking os melhores e piores municpios do Estado do Rio Grande do Sul pela mdia do perodo de 1991 a 1996. Buscando complementar e aprimorar o trabalho, este estudo tem a proposta de acrescer, nos mesmos municpios, o bloco segurana, proporcionando uma maior integrao dos resultados a partir dos dados sintetizados e complementados. Reunindo os resultados anteriormente apurados pela pesquisa da FEE com aqueles que sero obtidos por este trabalho atingir-se um melhor conhecimento da realidade scio-econmica gacha. Faz parte integrante deste trabalho um disco compacto, cujas especificaes encontram-se no Captulo 5.

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Esta tese consiste em dois estudos qualitativos, que investigam os processos de resilincia e vulnerabilidade em trs famlias - uma nuclear, uma reconstituda e uma uniparental, que vivem em condies adversas. Foram includas famlias com diferentes configuraes com o objetivo de analisar a influncia deste aspecto para os processos de resilincia e vulnerabilidade. Fatores de risco e proteo em nvel intra e extrafamiliar foram analisados, com base na teoria dos sistemas ecolgicos. A condio de risco foi determinada a priori a partir da situao de pobreza destas famlias e da violência existente na comunidade na qual elas vivem. O objetivo do primeiro estudo foi apresentar o mtodo de insero ecolgica e os dados obtidos por meio dele, analisando o contexto no qual vivem as famlias. A insero ecolgica consistiu no acompanhamento das famlias, por quatro anos, pela equipe de pesquisa na comunidade, e incluiu observaes, conversas informais e entrevistas formais com os membros das famlias. O objetivo do segundo estudo foi analisar os processos de vulnerabilidade e resilincia familiar atravs do mtodo de estudo de caso com as trs famlias, nos quais foram examinados diversos aspectos, como prticas educativas, qualidade da parentalidade, experincia dos pais em suas famlias de origem, apoio conjugal e social. A anlise dos dois estudos permitiu identificar diversos fatores de risco e proteo, internos e externos a cada uma das famlias. A pobreza e a violência existente na comunidade tendem a potencializar os efeitos negativos associados com fatores de risco internos famlia, como a violência domstica, o alcoolismo e a depresso materna. No entanto, na ausncia destes fatores, a pobreza e a violência no atuam como risco para estas famlias, uma vez que parecem ser moderadas pela presena de fatores de proteo, tanto internos como externos famlia, como as caractersticas pessoais dos seus membros, a coeso familiar e o apoio conjugal/social. A interao destes fatores de proteo contribui para a promoo da resilincia, tanto atravs de um processo compartilhado pela famlia como um todo, como atravs de processos individuais. A insero da equipe de pesquisa na comunidade e nas histrias das famlias possibilitou uma interveno, pois foi possvel compartilhar das relaes familiares, conhecer as dificuldades enfrentadas por elas no cotidiano e promover reflexo e insight, que proporcionaram bem-estar, apoio emocional e instrumental e melhoria da qualidade de vida. Tal insero garantiu a validade ecolgica da tese.

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Este estudo teve por objetivo a investigao da rede de apoio social e afetivo e a representao mental das relaes de apego de meninas vtimas e no-vtimas de violência domstica. A amostra foi composta por 40 meninas, sendo 20 vtimas e 20 no-vtimas de violência domstica (abuso fsico), com idades entre oito e doze anos, que cursavam da primeira a quinta srie do Ensino Fundamental de quatro escolas da rede pblica. Os dados foram obtidos usando trs instrumentos: 1) Entrevista bio-sociodemogrfica; 2) Mapa dos Cinco Campos (dimenses estrutura e funcionalidade); e, 3) Desenho da Famlia. Os resultados foram obtidos atravs de anlise de contedo da Entrevista e anlises estatsticas para os demais instrumentos. Os principais resultados revelam que as meninas vtimas de violência domstica apresentam uma rede de apoio social e afetiva que difere mais qualitativamente (funo) do que quantitativamente (estrutura) das meninas no vtimas. H inverso de papis das meninas com suas respectivas mes no ambiente domstico, mas apresentam criatividade, vitalidade e investimento emocional para superao de problemas. As meninas vtimas percebem o ambiente escolar como protetivo e promotor de resilincia, enquanto o ambiente domstico percebido com ambivalncia. Apresentam, tambm, indicadores de vulnerabilidade mais evidentes do que as meninas no vtimas de violência domstica.

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Este estudo trata da violência sob o olhar das trabalhadoras de enfermagem no cuidado aos pacientes hospitalizados vtimas de violência, em um hospital de pronto socorro em trauma. O Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre / HPS RS atende pacientes vtimas de trauma de toda a regio metropolitana e do interior do Estado. As internaes decorrentes da violência, nos ltimos anos, representam um aumento significativo na demanda dos atendimentos e internaes. O estudo tem como objetivo geral conhecer e compreender o modo de olhar e o fazer das trabalhadoras de enfermagem no cuidado ao paciente vtima de violência, hospitalizado nesse servio. Para tanto, se prope caracterizar, do ponto de vista sociodemogrfico e epidemiolgico, o paciente hospitalizado no HPS por violência. Apia-se na tipologia dos estudos hbridos que articulam bases tericas e metodolgicas de mltiplas origens e quantificaes associadas a dados qualitativos. As unidades de internao do HPS so o campo de estudo. Os sujeitos so os pacientes hospitalizados por traumas decorrentes de violência, no perodo de janeiro a junho de 2001, e as trabalhadoras de enfermagem desse hospital Entre os resultados encontraram-se 697 pacientes hospitalizados, nesse perodo, vtimas de violência; 90,5% do sexo masculino; 73% brancos e 27% negros ou descendentes dessa etnia; 59% da faixa etria dos 20 aos 39 anos; a faixa etria dos 11 aos 39 anos corresponde a um percentual de 78,9% das internaes; 47,9% agredidos por arma de fogo, 26,5% por arma branca, 25% vitimas de agresso fsica 0,3% foram vtimas de estupro. Entre os diagnsticos mais freqentes encontram-se trauma abdominal, trauma torcico, traumatismos mltiplos, traumatismo crnio enceflico. 59.5% (415) so procedentes de Porto Alegre, e os bairros mais freqentes so Partenon, Lomba do Pinheiro e Cristal. Em relao ao olhar da enfermagem no cuidado a esse paciente ficou evidente a preocupao das trabalhadoras e a dificuldade desse enfrentamento, visto que, no hospital, no existem estratgias definidas em relao violência, num mbito mais amplo, alm do tratamento da leso causada pelo trauma. Cada trabalhadora lida com esse cuidado da forma que acredita ser a mais adequada e utiliza as estratgias que dispe para suportar e enfrentar essa realidade. Alm disso, os servios pblicos de sade necessitam se auto-avaliar e propiciar a criao de espaos e co-responsabilizar-se nesse processo.

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Nas ltimas dcadas, diversos autores tm indicado que a condio de ser filho adotivo implica maior risco de desadaptao psicológica. Frente a isto, esta pesquisa investigou as relaes existentes entre auto-estima, depresso, estilo parental percebido e adoo. A amostra foi composta por 524 adolescentes entre 14 e 15 anos de idade (68 adotados e 456 criados pelas famlias biolgicas). Os instrumentos utilizados foram um questionrio demogrfico, as Escalas de Responsividade e Exigncia Parental, o CDI e a Escala de Auto-Estima de Rosenberg. Anlises de Regresso apontaram que as variveis que apresentaram maior efeito sobre os ndices de sade emocional foram a responsividade parental, o sexo e o tipo de filiao. Os achados indicaram que pais adotivos so significativamente mais indulgentes do que pais biolgicos. Em comparao, pais biolgicos foram descritos por seus filhos como mais negligentes. Os resultados demonstraram ainda que a adoo isoladamente no resulta em maior depresso entre os jovens, mas a interao da afiliao com diversos outros fatores determina diferenas nestes escores. Os achados corroboraram o efeito transcultural dos estilos parentais sobre a adaptao psicológica e confirmaram a hiptese de que as estratgias de socializao parental moderam o desenvolvimento dos adolescentes adotados.

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Esta dissertao apresenta uma pesquisa numa escola urbana de ensino bsico, situada no municpio de Santa Cruz do Sul/RS, no ano de 2002. O objetivo desta pesquisa compreender o olhar do adolescente sobre o seu processo educativo e as relaes de violência, percebidas e/ou vivenciadas na escola. A fundamentao terica utilizada nesta pesquisa foi: De Marco, para compreenso dos espaos arquitetnicos; Outerial e Aberastury, com relao adolescncia; Arendt e Spsito, para abordagem sobre a violência; Abramo, na compreenso dos grupos juvenis; e Charlot, na relao com o saber. O mtodo utilizado foi a histria de vida, adaptada para educao. Como tcnicas de operacionalizao, destacam-se a observao participante e a entrevista aberta. O resultado desta pesquisa demonstra que as aes de violência partiram mais dos adultos do que dos jovens. H uma ausncia de conhecimento sobre a fase da adolescncia, por parte dos adultos. Existe uma predominncia dos sentimentos de impotncia e frustrao, por parte dos docentes. A pesquisa mostra, ainda, como os jovens, com seus saberes juvenis, criam caminhos para superar suas prprias dificuldades, assim como podem ser compreensivos, diante das dificuldades dos adultos. A pesquisa concluiu que a violência superestimada dentro da escola e que seria relativamente fcil contorn-la, se os adultos compreendessem mais os jovens, oportunizassem a estes a expresso, bem como reconhecessem e trabalhassem pedagogicamente os agrupamentos juvenis.

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Este trabalho de pesquisa parte da experincia da autora em escolas pblicas e objetiva um estudo sobre o fenmeno da violência do adolescente, manifesta no cotidiano do mundo contemporneo. Busca identificar, pela fala dos adolescentes, especificamente aqueles privados de liberdade, quais situaes nas histrias de suas vidas geraram marcas que os levaram a transgredir as normas sociais vigentes, chegando privao de liberdade, encaminhando-os a instituies fechadas. Pelas suas falas, procurou-se construir uma rede de inter-locuo entre a psicanlise, a filosofia, e a teologia, onde foi se constituindo uma reflexo que transpe o racional, buscando na dimenso da f, caminhos que possam, talvez, propor aos adolescentes rotulados como marginais, isto , margem do convvio social, uma possibilidade de retorno ao mesmo. No referencial terico foi construda uma reflexo para que se pudesse detectar e relacionar a religio e a f, com os estudos de Sigmund Freud e Oskar Pfister, bem como outros psicanalistas e telogos que tenham usado da psicanlise para poder ajudar os outros em seus sofrimentos.

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A presente dissertao uma etnografia que tem como objetivo estudar a relao entre atos de violência e como esses podem ser justificados atravs do discurso religioso. Para tal pesquisei um grupo evanglico, denominado de Estrela do Crcere, vinculado a Assemblia de Deus e composto por 145 presidirios que cumprem pena privativa de liberdade na Penitenciria Estadual do Jacu, no municpio de Charqueadas, Rio Grande do Sul. A pesquisa de campo ocorreu de maio de 2003 a novembro de 2004. No decorrer do trabalho discorro sobre o significado de ser crente dentro do presdio, a importncia da honra e sua influncia nas formas de ascenso hierrquica, bem como questes que envolvem a aquisio e o impacto simblico da habilidade da escrita e leitura para o grupo. Concluindo, relativizo o conceito de violência entre os presos crentes e no-crentes, e discuto como o discurso religioso pode justificar atos de violência praticados entre os detentos. A religio atua como um sistema simblico e possibilita aos irmos reescrever o seu passado e ter acesso a uma comunidade que os apia, fornece suporte emocional e material, tanto enquanto presidirios como quando saem do presdio. A violência percebida de forma diferente entre os crentes e os no-crentes. Entre os presos no-crentes a violência fsica o recurso mais utilizado para resolver qualquer problema interno. Entretanto, para os crentes, a violência s utilizada como ltimo recurso para manter a ordem e a disciplina no grupo, e quando se faz necessria passa a ser percebida no mais como violência, mas como punio e castigo aos que desobedecem a Vontade de Deus.

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Esta investigao consiste de dois estudos que examinaram as relaes entre Papis Sexuais, Ajustamento Conjugal e Emocional de mulheres e homens no contexto da transio para a parentalidade. No primeiro, participaram 135 mulheres e 49 homens, recrutados na rede pblica de sade (SUS). No segundo estudo, os 72 sujeitos, 62 mulheres e 10 homens, foram examinados duas vezes, antes e depois do nascimento do beb. Os indivduos das duas amostras estavam esperando os seus primeiros filhos e coabitavam com seus parceiros, independente de serem formalmente casados. Os instrumentos utilizados foram o Bem Sex-Role Inventory (Bem, 1974), a Dyadic Adjustment Scale (Spanier, 1976) e a Escala Fatorial de Neuroticismo (Hutz & Nunes, 2001). A coleta foi individual e, em geral, os instrumentos foram preenchidos na presena do entrevistador. Um nmero pequeno de questionrios foi respondido no domiclio dos sujeitos e, posteriormente, devolvido aos pesquisadores. Os resultados mostraram relaes significativas entre Papel Sexual e Ajustamento Conjugal, no primeiro estudo. No segundo estudo foi constatado um decrscimo significativo no Ajustamento Conjugal do perodo pr para o ps-natal. Os dados so discutidos luz da Teoria de Esquema de Gnero e do conhecimento produzido na linha de pesquisa da transio para a parentalidade.

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Esta dissertao aborda um dos problemas da democracia representativa, a responsabilizao (accountability) dos representantes da sociedade, partindo da exigncia de que prestem contas de suas aes ao escrutnio pblico e que se submetam a possvel aplicao de sano, caso suas justificativas apresentadas no sejam consideradas satisfatrias. Apresentaremos alguns mecanismos existentes na democracia representativa, que podem ser ativados pela ao poltica da sociedade civil, obrigando os representantes a agir de forma mais transparente e comprometida com os resultados para a coletividade. Tais mecanismos vo alm dos incentivos eleitorais, podendo ser disponibilizados para que sejam acionados no decorrer dos mandatos. Frente o destaque que tem sido dado participao da sociedade civil nos assuntos pblicos, abordaremos como ela pode contribuir para a construo de um contexto poltico mais responsabilizvel. Para que ocorra, imprescindvel que a transparncia permeie todos as decises e aes que afetam a coletividade e que existam arenas e instrumentos de participao e contestao disposio dos cidados, alm de possibilidades de sanes para atos que forem considerados no representativos. Dada a impossibilidade da participao de todos os cidados nos assuntos pblicos (caso contrrio, poderamos viver em uma democracia direta), as demandas coletivas so, em grande parte, defendidas por grupos organizados, que compem a parcela da sociedade conhecida como sociedade civil organizada, composta por ONGs, movimentos sociais, fruns, etc. A atuao da sociedade civil organizada pode variar nas diversas reas de defesa de direitos, tornando muito difcil a realizao de uma anlise geral. Sendo assim, foi escolhida uma rea especfica para este estudo: a do combate violência sexual contra crianas e adolescentes. O presente trabalho visa a analisar a atuao poltica da sociedade civil organizada, no sentido de: (1) influenciar a agenda pblica, incluindo temas e chamando a ateno para polticas antes negligenciadas pelo Estado e, dessa forma, aumentando o escopo da exigncia por prestao de contas; e (2) acionar, direta ou indiretamente, mecanismos de responsabilizao, sejam eles horizontais ou verticais. Atuando dessa forma, a sociedade civil organizada pode contribuir para a efetivao dos mecanismos de responsabilizao existentes ou propor a criao de novas formas. Podemos observar que a utilizao de mecanismos no institucionais (campanhas, mobilizao da mdia, etc.) predominam sobre os institucionais. A utilizao dos mecanismos no institucionais contribui fortemente para a educao para a cidadania, pois amplificam as demandas e/ou denncias de um determinado grupo, geralmente com o auxlio da mdia, atingindo boa parte da populao, conscientizando-a de seus direitos e incentivando-a a exigir que estes sejam cumpridos. No entanto, sua efetividade depende de mecanismos institucionais de responsabilizao exercendo controle horizontal. A anlise da atuao poltica da sociedade civil permite-nos observar que suas organizaes incorrem em alguns dos mesmos problemas da democracia representativa, como questes de representao e responsabilizao. No existem mecanismos que garantam que as organizaes da sociedade civil que controlam o governo, ou seja, que influenciam e monitoram suas decises e aes, sejam realmente representativas da populao, nem que sejam obrigadas a prestar de contas e sujeitar-se a eventuais sanes.