885 resultados para conceito de Saúde doença e Paciente
Resumo:
Com o envelhecimento demogrfico e o natural aumento dos cuidados de enfermagem no mbito gerontolgico surge o interesse em responder como que o enfermeiro interage com a pessoa idosa para que esta utilize a sua essncia evidenciando comportamentos protetores e promotores de envelhecimento bem-sucedido? E ao objetivo: compreender o processo da interao enfermeiro-pessoa idosa que conduz utilizao de comportamentos protetores e promotores de envelhecimento bem-sucedido. Trata-se de um estudo naturalista de paradigma qualitativo, de pensamento indutivo, desenvolvido num contexto de cuidados de saúde primrios. Observmos o processo de interao entre enfermeiro-pessoa idosa num Agrupamento de Centros de Saúde e em Centros de Dia/Convvio e completmos a informao com entrevista. Utilizmos o mtodo de anlise groundedtheory segundo Corbin & Strauss[1] que prev a triangulao de dados bem como o recurso a amostragem terica. A interao enfermeiro-pessoa idosa estabelece-se num processo conjunto de recriao do cuidado gerontolgico predispondo, favorecendo e reforando o conhecimento sobre o cerne da vida. A pessoa idosa objeto de cuidados do enfermeiro vai construindo o seu vivido caminhando para a integridade, estabelecendo interao individual e social e intensificando vivncias. De todo este processo de interao emerge o conceito central: clarificao do vivido.
Resumo:
Discute-se o repositrio institucional como um importante servio criado no mbito das redes eletrnicas e destinado a abrigar, preservar e disseminar, em acesso aberto, a informao cientfica produzida por instituies de ensino e pesquisa em C&T. Ressaltam-se aspectos envolvendo as problemticas da literatura cinzenta contida em repositrios e da preservao da memria institucional por estes ensejada. Destacando-se o conceito e a finalidade de reuso da informao, em suas vrias acepes, elege-se o repositrio do Instituto de Comunicao e Informao Cientfica e Tecnolgica em Saúde Icict/Fiocruz para ilustrar aes de reuso da informao. Embora no seja muito conhecido no ambiente acadmico mais amplo, o tema do reuso j se encontra contemplado na literatura voltada para questes concernentes s caractersticas da informao disponibilizada em acesso aberto. Aponta-se que as atividades de ensino e de pesquisa podem beneficiar-se especialmente do reuso da informao, tendo em vista as oportunidades oferecidas para tal, por parte do repositrio institucional. Assinala-se que este, embora seja um novo dispositivo no cenrio dos servios de informao em C&T, j encontra grande aceitao por parte de atores significativos dos ambientes acadmicos e de pesquisa, sobretudo por oferecer grande visibilidade produo dos autores e das respectivas instituies de vnculo
Resumo:
As leishmanioses caracterizam-se por um espectro de doenças distribudas endemicamente em regies tropicais e subtropicais do mundo. A obteno de material biolgico para anlise diagnstica apresenta cuidados cruciais ao paciente, por se tratar de um processo invasivo, passvel de inflamao, e podendo haver reativao da doença, em alguns casos. Diante do avano das tcnicas moleculares e da utilizao de alguns fluidos biolgicos para o diagnstico da Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA), cogitou-se a possibilidade da identificao de DNA de Leishmania spp. em saliva atravs do mtodo de coleta de swab, sendo contribuinte para o avano no diagnstico laboratorial. Assim, o propsito do estudo foi a identificao de DNA de Leishmania spp. a partir do diagnstico molecular. Foram includos no estudo os pacientes que apresentaram leses ativas, diagnsticos clnicos para LTA, antecedentes epidemiolgicos compatveis e no possuam leses cutneo mucosas. O diagnstico laboratorial envolveu a abordagem parasitolgica atravs da pesquisa direta do parasito em amostras escarificadas de leses, enquanto que o molecular compreendeu a extrao do DNA das amostras de bipsia e swab salivar, seguidas da reao de PCR convencional (cPCR) e PCR em tempo real (qPCR). Foram investigados 40 pacientes com LTA havendo ocorrncia de DNA do parasito em 10 amostras de saliva com cPCR, e 36 amostras utilizando qPCR. Em 28 amostras de bipsias tambm foi possvel a deteco do DNA de Leishmania spp. e em 35 amostras de escarificado de leso foram encontradas formas amastigotas do parasito, atravs de pesquisa direta. Na comparao entre os mtodos propostos, a bipsia apresentou uma mdia de 50 por cento de compatibilidade em relao a cPCR e 67,5 por cento para a qPCR. A anlise comparativa observou entre o diagnstico parasitolgico e os diagnsticos moleculares uma concordncia de 32,5 por cento (14/40) em relao a cPCR, enquanto que a qPCR obteve 75,5 por cento (31/40) de concordncia. Considerando a sensibilidade das tcnicas de PCR utilizadas e o procedimento de coleta, atravs de swab advindo de fluidos salivares, os resultados demonstram a viabilidade do mtodo de coleta de Leishmania spp. como uma nova abordagem diagnstica auxiliar para a LTA, com benefcios saúde do paciente
Resumo:
Atualmente o Brasil apresenta 3 milhes de indivduos portadores da cardiomiopatia chagsica. Porm, tratamento etiolgico com o frmaco Benzonidazol (BZ) na fase crnica da doença ainda no est elucidado. Acredita-se que a recomendao do BZ nessa fase, pode prevenir ou retardar a evoluo clnica da cardiomiopatia na Doença Chagas (DC). Assim o objetivo do estudo avaliar a produo de quimiocinas e expresso de seus receptores em Clulas mononucleares do sangue perifrico - PBMC (de portadores crnicos da doença de Chagas) submetidas in vitro ao tratamento com BZ, aps a infeco com T.cruzi. Foram selecionados 11 pacientes na fase crnica da doença. Amostras de sangue desses pacientes foram coletadas para obteno de PBMC, em que foram cultivadas em placas de cultivo na concentrao de 106 clulas/ml por poo. Aps a adeso das clulas aderentes (principalmente macrfagos), as clulas no aderentes (principalmente linfcitos) foram removidas e as formas tripomastigotas foram adicionadas ao cultivo para infeco das clulas aderentes. Subsequente a incubao, as clulas no aderentes foram adicionadas novamente ao cultivo juntamente com o frmaco Bz (1g/mL), ficando um co-cultivo de clulas aderentes infectadas com T.cruzi, clulas no aderentes e o BZ (C+T+BZ). As placas de cultura foram incubadas por perodos de 24h e 5 dias. Para uma anlise fidedigna da ao do BZ nas clulas aderentes e no aderentes foi necessrio a criao dos controles: clulas (C), clulas e tripomastigotas (C+T) e clulas e o BZ (C+BZ). Aps o cultivo, foram coletados os sobrenadantes das culturas, para avaliao da produo de quimiocinas (CCL2, CXL9, CXL10, CCL5 e CXCL8) por CBA (Cytometric Bead Array). Posteriormente foi realizada a imunofenotipagem, avaliando a expresso dos receptores CCR3, CCR4, CXCR3, CXCR5, CCR1, CXCR4, CXCR2 e CCR5, em linfcitos T CD3+ e moncitos CD14+. Os resultados obtidos na avaliao dos linfcitos mostraram que o receptor CXCR5 esteve aumentado na condio C+T+BZ; e os receptores CCR4 e CCR1 estavam diminudos nessa mesma condio. Nos moncitos observamos uma diminuio de CCR4 e um aumento do CCR5 nas mesmas condies. Com relao a dosagem de quimiocinas no sobrenadante, foi evidenciado que CCL2 e CXCL8 apresentaram uma diminuio na condio C+T+BZ. Assim podemos concluir que devido ao carter inflamatrio modulado, que o BZ conduziu, podemos afirmar que o frmaco demonstrou benefcios relevantes na expresso de receptores e na produo de quimiocinas
Resumo:
O nico medicamento disponvel para o tratamento da doença de Chagas (DC) no Brasil o benzonidazol (Bz). O beneficio da medicao aos portadores crnicos da doença ainda demonstra controvrsias, mas seu uso nessa fase pode ter a finalidade de prevenir/retardar a evoluo da DC para formas mais graves. Os fenmenos imunolgicos que ocorrem aps a terapia com o Bz ainda no esto elucidados. Assim, este estudo props avaliar o efeito do Bz sobre o perfil imunolgico de linfcitos T e a produo de citocinas por clulas da resposta imune expostas in vitro ao T. cruzi. Amostras de sangue de portadores crnicos da DC foram coletadas para obteno de clulas mononucleares de sangue perifrico com posterior infeco com tripomastigotas de T. cruzi, seguida de adio do Bz s culturas. Aps o tempo de cultivo, os sobrenadantes foram estocados para posterior anlise das citocinas IFN-gama, TNF, IL-10, IL-6, IL-4 e IL-2 por CBA e as clulas foram avaliadas por citometria de fluxo, quanto expresso das molculas CD28+ e CTLA-4+ e a produo de citocinas (IL-10 e IFN-gama) em linfcitos T CD4+ e CD8+. Nossos resultados mostraram que o tratamento com o Bz aumentou a expresso da molcula CTLA-4+ em linfcitos T CD8+, indicando que o Bz pode induzir uma modulao da resposta imune e, consequentemente, diminuir a ativao exacerbada dessas clulas. Alm disso, verificamos uma diminuio da produo da citocina IL-10 por linfcitos T CD4+ na presena do Bz. Com relao produo global de citocinas por clulas aderentes e no aderentes, observamos que o Bz causou uma diminuio da citocina pr-inflamatria TNF e da citocina anti-inflamatria IL-10, enquanto que as outras citocinas (IFN-gama, IL-6, IL4 e IL-2) permaneceram com nveis elevados de produo na presena desse frmaco. Nossos resultados sugerem que o Bz induz uma regulao da ativao de linfcitos T CD8+ e a produo de citocinas do perfil Th1 modulado por citocinas do perfil Th2, em clulas de portadores crnicos da DC. Assim, acreditamos que a administrao do Bz aos portadores de formas clnicas brandas da DC pode ser benfica a esses pacientes, visto que o Bz no promoveu um perfil inflamatrio exacerbado
Resumo:
A cultura de segurana do paciente tem recebido crescente ateno no campo das organizaes de saúde. Os cuidados de saúde, cada vez mais complexos, elevam o potencial de ocorrncia de incidentes, erros ou falhas, particularmente em hospitais.Uma cultura de segurana fortalecida no mbito hospitalar emerge como um dosrequisitos essenciais para melhorar a qualidade do cuidado de saúde. Avaliar o status da cultura de segurana no hospital permite identificar e gerir prospectivamente questes relevantes de segurana nas rotinas de trabalho. O objetivo central deste estudo foi realizar a adaptao transcultural do Hospital Survey on Patient SafetyCulture (HSOPSC) instrumento de avaliao das caractersticas da cultura de segurana do paciente em hospitais para a Lngua Portuguesa e contexto brasileiro. Secundariamente, objetivou-se avaliar as caractersticas da cultura de segurana nos hospitais participantes. Adotou-se abordagem universalista para avaliar a equivalnciaconceitual, de itens e semntica. A anlise de confiabilidade do instrumento foi realizada por meio da anlise da consistncia interna das dimenses, atravs do coeficiente alfa de Cronbach. A validade de constructo foi realizada por meio das Anlises Fatorial Confirmatria e Exploratria. A cultura de segurana do paciente foi avaliada com a aplicao do questionrio na populao do estudo. A amostra foicomposta por 322 profissionais que trabalham em dois hospitais de cuidados agudos. A aplicao do instrumento ocorreu entre os meses de maro e maio de 2012. O questionrio foi traduzido para o Portugus e sua verso final incluiu 42 itens. Nas etapas iniciais desta adaptao a populao-alvo avaliou todos os itens como de fcilcompreenso. A verso adaptada para Lngua Portuguesa dos HSOPSC apresentou alfa de Cronbach total de 0,91.
Resumo:
Embora a automedicao seja um ato prejudicial saúde, a OMS introduziu o conceito de automedicao responsvel, oferecendo a liberdade para um indivduo pratic-la com os medicamentos de livre comrcio, ou seja, os que no necessitam de prescrio mdica. Quando praticada corretamente, a automedicao pode contribuir para aliviar financeiramente os sistemas de saúde pblica. No entanto, erros comuns podem desencadear algumas reaes, tais como interao medicamentosa e reaes alrgicas, dentre outras. Avaliar a prtica da automedicao pelos usurios da Farmcia-Escola da Universidade Municipal de So Caetano do Sul. Trata-se de estudo transversal, baseado em questionrio estruturado com questes voltadas prtica de automedicao, aplicado no momento em que o paciente retira seu medicamento na Farmcia-Escola da Universidade Municipal de So Caetano do Sul (Farma-USCS) gratuitamente, com prescrio mdica. Foram entrevistados 90 homens e 190 mulheres, com idade mdia de 51,3 20,4 e 46,0 20,3 anos, respectivamente. Um total de 80,7% dos entrevistados admitiu a prtica da automedicao, com maior prevalncia entre as mulheres (56,4%), os jovens (27,1%), os idosos (31%), os casados (33,9%) e os escolarizados (55,7%). Dentre os entrevistados, 58,6% afirmaram j ter pedido conselhos ao farmacutico e/ou balconista para a compra de medicamento no prescrito pelo mdico, e 48,6% receberam conselhos de farmacutico/balconista para o uso de outros medicamentos. A divulgao de medicamentos pela mdia no favoreceu a aquisio. Alm disso, 43,2% costumam ler a bula. Embora a dispensao dos medicamentos fornecidos seja realizada durante a retirada dos mesmos, percebeu-se que tambm deve haver permanente envolvimento dos farmacuticos quanto orientao dos usurios na prtica da automedicao.
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Trata-se de um ensaio sobre o descomprometimento dos profissionais da enfermagem com a manuteno na assistncia prestada ao paciente/cliente, tendo com fundamentao a no satisfao das necessidades humanas bsicas, para tanto parte-se da compreenso das razes histricas do conceito do cuidado como algo inerente a existncia do ser humano. Descreve-se que tanto a equipe de enfermagem quanto os demais profissionais da saúde tm o papel de prestar cuidados e, portanto precisam seguir regras e leis para que essa assistncia seja de qualidade. Tal afirmao verificada quando se observa nas instituies a falta de cobranas continuas, desmotivao, insatisfao, esgotamento fsico e mental, fatores esses que contribuem para que o profissional de enfermagem esteja descomprometido com seu ofcio, portanto com assistncia ao paciente/cliente.
Resumo:
A segurana do paciente em enfermagem visa busca contnua para evitar danos ao paciente durante o perodo de prestao de servios saúde. Objetivou-se com este estudo conhecer os eventos adversos ocorridos no trabalho da enfermagem apresentadas em publicaes cientficas no perodo de 2007 a 2011. Para a coleta de dados, foram utilizados artigos selecionados por meio de pesquisas em bases de dados eletrnicas, de acordo com os critrios de incluso estabelecidos. A anlise das informaes foi realizada por meio de leitura exploratria dos materiais obtidos na pesquisa. A leitura dos artigos permitiu evidenciar o foco das publicaes referentes segurana do paciente e os principais eventos adversos discutidos na literatura, que foram sintetizadas, agrupadas e categorizadas. Os resultados demostraram que a prtica segura e com ateno durante a prestao do cuidado ao paciente pode evitar danos irreversveis ou at fatais aos pacientes.
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Disponvel na ntegra em: http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/Ebooks/Pdf/978-85-397-0403-3.pdf
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O artigo mostra o resultado do estudo bibliomtrico realizado com o objetivo de mapear o perfil das publicaes acadmicas de pesquisadores da rea de enfermagem na temtica comunicao e saúde. Constatou-se que dos 1.185 artigos identificados nos cinco anos pesquisados, apenas 196 (16,5%) estavam relacionados rea de comunicao e saúde; as palavras comunicao, comunicar e comunicando estavam presentes em 8,2% dos ttulos e em 11,7% dos descritores. Observou-se que 83,2% dos estudos foram publicados em peridicos cientficos e os anais de eventos cientficos contriburam com a difuso de 16,8% estudos. A comunicao profissional-paciente e a comunicao interpessoal em outras esferas foram as abordagens temticas principais, contando com 75% das publicaes em comunicao e saúde na enfermagem. Formar pessoas passa pelo transmitir experincias, vivncias, alm de conhecimentos tcnicos. Tal processo de ensino faz parte da atuao do(a) enfermeiro(a), e por este motivo acredita-se que as abordagens formao do profissional em saúde (12,7%) e a comunicao para educao em saúde (9,2%) esto presentes nas publicaes analisadas.
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Este estudo tem por objetivo investigar as representaes dos professores sobre saúde e a expresso destas nas prticas pedaggicas desenvolvidas no cotidiano da escola. A pesquisa partiu da observao de uma escola municipal do ensino fundamental de Porto Alegre; foram observadas atividades pedaggicas nos diferentes espaos da escola, entrevistas com professoras, integrantes dos servios pedaggicos e Direo e analisados documentos escolares. Os resultados da pesquisa mostram que h um predomnio da representao de saúde com enfoque biolgico e apenas como ausncia de doença, e que ela pode ser obtida e mantida to somente por esforo e responsabilidade individual. Entendem as entrevistadas que os problemas de saúde ocorrem, principalmente, pela ignorncia dos alunos e suas famlias. A prtica pedaggica centra-se em atividades desenvolvidas na sala de aula, envolvendo, predominantemente, leituras de textos e cpias do quadro-verde, acompanhadas de exerccios com perguntas e respostas. Esta prtica, combinada com a idia da falta de saúde devido ignorncia da populao, enseja uma educao em saúde verticalizada, em que o professor, que sabe, passa as informaes a quem no sabe H, porm, algumas atividades extras sala de aula que extrapolam o espao da prpria escola, envolvendo aes com outras instituies e com as famlias dos alunos. Mas estas aes no so acompanhadas das reflexes necessrias compreenso dos mecanismos utilizados no seu desenvolvimento, de modo a incluir os aspectos sociais nas representaes de saúde. H um esforo da escola em desenvolver um ambiente saudvel, inclusive desenvolvendo algumas experincias pedaggicas intersetoriais e que apontam para a relao da saúde com aspectos sociais. Em que pese essas experincias relacionando saúde com questes sociais, as representaes de saúde expressas nas entrevistas e na prtica pedaggica desenvolvida em sala de aula fazem a separao destes aspectos, e colocam a saúde como algo predominantemente relacionado aos aspectos biolgicos e de responsabilidade individual.
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A utilizao de uma emergncia por pacientes com problemas mdicos eletivos contribui para a demanda excessiva e impede de acesso a pacientes com emergncia verdadeira. O presente estudo se props: (1) investigar as caractersticas do usurio da emergncia em relao a aspectos demogrficos, local de moradia e tempo que apresenta os sintomas que o levaram a consultar; (2) identificar as diferenas da demanda entre o final de semana e durante a semana; (3) investigar a prevalncia de saúde mental, alcoolismo, doença coronariana e hipertenso; (4) avaliar como a utilizao e o acesso a servios de saúde para pacientes que referem ter um mdico definido em comparao com quem refere no ter; (5) avaliar a satisfao dos pacientes com o atendimento na emergncia e (6) verificar se o atendimento atravs de um mdico definido ou em servio de ateno primria em saúde diminui o afluxo de casos no urgentes aos servios de emergncia. Foi realizado um estudo transversal na Emergncia do Hospital N.S. da Conceio de Porto Alegre (RS) no perodo de 6 de janeiro a 25 de junho de 1996, tendo sido includos 20 dias escolhidos entre o meio-dia de sbado e o meio-dia de domingo, para caracterizar a demanda do final de semana, e o meio-dia de segunda-feira e meio-dia de tera-feira, para a dos outros dias. Fizeram parte da amostra 553 pacientes selecionados atravs de amostragem aleatria sistemtica, com uma taxa de resposta de 88%. A coleta de dados consistiu de questionrio de 156 questes aplicado aos pacientes. O registro e anlise dos dados foram realizados utilizando-se os programas Epi-Info, EGRET e SPSS. As anlises incluram tabulaes simples para determinao de prevalncia das condies investigadas e regresso logstica para avaliar o efeito conjunto das variveis independentes sobre cada uma das variveis dependentes. A populao que freqenta a emergncia do HNSC composta de jovens, predominantemente do sexo feminino, mora em Porto Alegre (especialmente, no bairro Sarandi) e na Grande Porto Alegre (especialmente, Alvorada), desloca-se preferencialmente de nibus at o servio de emergncia, vem acompanhada, na maioria das vezes, de algum familiar, e a maioria decide consultar por iniciativa prpria ou por indicao de algum familiar. Os homens internam com maior freqncia. Os servios de ateno primria representaram 23% do atendimento habitual dos pacientes. As consultas foram definidas pelos emergencistas como de emergncia em 15% dos casos, de urgncia em 46%, e programveis em 39% poderiam ser programadas. A prevalncia de hipertenso foi 19%; de angina, 13%; de alcoolismo, 16%; de problema psiquitrico menor, 32% entre os homens e 51% entre as mulheres (p< 0,0001). Como desfecho da consulta, 73% dos pacientes foram encaminhados para o domiclio ou para um servio especializado, 10% foram para sala de observao e para apenas 5% foi indicada a internao. A maioria dos pacientes referiram estar satisfeitos com o atendimento. Os que consultaram no final de semana apresentaram, em mdia, um tempo menor de sintomas at decidir consultar, um menor tempo de deslocamento at o servio de emergncia, maior satisfao, mdia de idade maior, maior proporo de moradores de Porto Alegre e foram levados de carro at a emergncia mais do que aqueles que consultaram durante a semana. O modelo de regresso logstica identificou as variveis independentes determinantes de ter um mdico definido: consulta habitual em ateno primria em saúde (RC=3,22 IC95%=2,04-5,09), consulta definida como emergncia ou urgncia (RC=2,46 IC95%=1,55-3,92) e afastamento do trabalho (RC=1,59 IC95%= 1,03-2,45). Este resultado demonstra que o paciente que habitualmente consulta em servios de ateno primria tem mais probabilidade para ter a continuidade no atendimento. A consulta ser de emergncia ou de urgncia apresentou associao significativa com as seguintes variveis independentes, aps ser colocada num modelo de regresso logstica: pacientes internados ou em observao (RC=5,80 IC95%=3,33-10,17), costume de consultar com o mesmo mdico (RC=2,98 IC95%=1,84-4,80) e ida de carro at a emergncia (RC=2,67 IC95%=1,75-4,05). A varivel hbito de consultar em servio de ateno primria deixou de ficar estatisticamente significativa ao ser colocada no modelo de regresso logstica. Este resultado revela que pacientes com mdico definido tm trs vezes mais chances de consultar por um problema de emergncia no servio de emergncia do que aqueles que no tm um mdico definido. Assim, uma estratgia para reduzir a ocorrncia de consultas no urgentes em servios de emergncia o paciente ter tal vnculo. No entanto, aqueles pacientes que referiram o posto de saúde como local onde habitualmente consultam no evitam, necessariamente, a utilizao de um servio de emergncia por motivo considerado como programvel. necessrio otimizar o atendimento de pacientes com problemas no urgentes que chegam emergncia atravs de estratgias no nvel de ateno primria especialmente possibilitando o atendimento mdico continuado -, onde uma abordagem integral com nfase na preveno garanta um atendimento de melhor qualidade e custo menor.
Resumo:
Essa pesquisa busca, atravs da cartografia de uma Equipe de Saúde Mental, problematizar os mecanismos de subjetivao operados pelo modo de trabalhar em grupo. Para tanto, prioriza o trabalho como atividade coletiva e inventiva e suas relaes com a constituio de sujeitos e instituies, modos de produzir tecnologias, subjetividades e de se autoproduzir; e enfoca a implementao de um servio de saúde mental dito substitutivo ao modelo manicomial e sua relao com a Reforma Psiquitrica, o Movimento Antimanicomial e o Sistema nico de Saúde. Pretendemos que essa pesquisa nos possibilite pensar o quanto opera nesse grupo, elementos do discurso psiquitrico e classificatrio da doença mental; e, principalmente, o quanto opera elementos de outros discursos: de desinstitucionalizao, da Reforma Psiquitrica, do SUS e da poltica local. Essa pesquisa busca visibilizar algumas implicaes do trabalho grupal com os sujeitos da Equipe estudada, bem como o modo de trabalhar da mesma, tomando o grupal como plano de virtualidades capaz de engendrar novas modalidades de si e de mundos. Situa o operar em grupo como dispositivo de inveno, privilegiando conceitos como virtual, rede, autopoiese, transdisciplinaridade e clnica. Nessa perspectiva, o grupal tomado como prtica que atua diretamente na ontologia da realidade, no se limitando a influenci-la, mas sim, atravessando-a e constituindo-a.
Resumo:
O presente estudo investigou os sentimentos de mes de crianas com e sem doença crnica com relao sua experincia de maternidade e examinou a interao das dades nesses dois grupos. Participaram do estudo dezesseis dades me-criana, sendo oito com crianas portadoras de doença crnica fsica h pelo menos um ano, e oito cujas crianas no apresentavam problemas crnicos de saúde. As crianas eram de ambos os sexos e tinham entre 24 e 25 meses de idade. As mes responderam a uma entrevista sobre o desenvolvimento infantil e a experincia da maternidade, e as mes do grupo com doença crnica tambm foram solicitadas a responder a uma entrevista sobre as impresses e sentimentos sobre a doença crnica da criana. Alm disso, foi realizada uma observao da interao das dades durante uma sesso de interao livre. A anlise de contedo das entrevistas mostrou que a experincia da maternidade foi afetada pela presena de doença crnica na criana. Isto apareceu especialmente no sofrimento vivido por essas mes que despertam sentimentos ambivalentes em relao s crianas, culpa, ansiedade, superproteo, ansiedade de separao e sentimentos de pouca ajuda de outras pessoas. Contudo, os resultados da anlise da interao da dade revelou apenas uma tendncia a diferenas, indicando que as mes de crianas com doença crnica foram menos responsivas quando comparadas ao outro grupo. Dessa forma, as particularidades existentes na experincia da maternidade entre os grupos no tenham aparecido de forma significativa na interao da dade devido grande variabilidade de comportamentos no grupo com doença crnica, ou por aspectos relacionados ao nmero de participantes e ao protocolo utilizado.