1000 resultados para Epidemiologia Teses
Resumo:
OBJETIVO: Analisar a distribuio espacial e sazonal da leptospirose, identificando possveis componentes ecolgicos e sociais para a sua transmisso. MTODOS: Foram georreferenciados 2.490 casos em cada distrito do municpio de So Paulo, SP, registrados de 1998 a 2006. Os dados foram obtidos do Sistema de Informao de Agravos de Notificao. Foram realizados mapas temticos com as variveis taxa de incidncia, letalidade, taxa de alfabetizao, renda mdia mensal, nmero de moradores por domicilio, abastecimento de gua e rede de esgoto. Para identificar o padro espacial (disperso, em aglomerado ou randmico), foram analisadas pelo ndice de Moran global e local. Foi utilizado o coeficiente de correlao de Spearman para testar associaes entre as variveis com padro espacial em aglomerados. RESULTADOS: O padro espacial em aglomerados foi observado nas variveis taxa de incidncia de leptospirose, taxa de alfabetizao, renda mdia mensal, nmero de moradores por domiclio, abastecimento de gua e rede de esgoto. Foram notificados 773 casos no perodo seco e 1.717 no mido. A incidncia e a letalidade esto correlacionadas com as condies socioeconmicas da populao, independentemente do perodo. CONCLUSES: A leptospirose est distribuda por todo o municpio de So Paulo e sua incidncia aumenta no perodo das chuvas. No perodo seco, os locais de aparecimento dos casos coincidem com as reas de piores condies de moradia e, durante o perodo mido, tambm aumenta em outros distritos, provavelmente devido proximidade de rios e crregos.
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OBJETIVO: Estimar a prevalncia de hipertenso arterial entre militares jovens e fatores associados. MTODOS: Estudo transversal realizado com amostra de 380 militares do sexo masculino de 19 e 35 anos de idade em uma unidade da Fora Area Brasileira em So Paulo, SP, entre 2000 e 2001. Os pontos de corte para hipertenso foram: >140mmHg para presso sistlica e > 90mmHg para presso diastlica. As variveis estudadas incluram fatores de risco e de proteo para hipertenso, como caractersticas comportamentais e nutricionais. Para anlise das associaes, utilizou-se regresso linear generalizada mltipla, com famlia binomial e ligao logartmica, obtendo-se razes de prevalncias com intervalo de 90% de confiana e seleo hierarquizada das variveis. RESULTADOS: A prevalncia de hipertenso arterial foi de 22% (IC 90%: 21;29). No modelo final da regresso mltipla verificou-se prevalncia de hipertenso 68% maior entre os ex-fumantes em relao aos no fumantes (IC 90%: 1,13;2,50). Entre os indivduos com sobrepeso (ndice de massa corporal - IMC de 25 a 29kg/m2) e com obesidade (IMC>29kg/m2) as prevalncias foram, respectivamente, 75% (IC 90%: 1,23;2,50) e 178% (IC 90%: 1,82;4,25) maiores do que entre os eutrficos. Entre os que praticavam atividade fsica regular, comparado aos que no praticavam, a prevalncia foi 52% menor (IC 90%: 0,30;0,90). CONCLUSES: Ser ex-fumante e ter sobrepeso ou obesidade foram situaes de risco para hipertenso, enquanto que a prtica regular de atividade fsica foi fator de proteo em militares jovens.
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O envelhecimento da populao mundial um fato concreto e de conhecimento pblico. O Brasil inicia seu processo de transio demogrfica seguindo o padro mundial: o aumento do nmero de idosos com possibilidade de atingir elevadas faixas etrias, o que traz a necessidade de pesquisas nesse campo, devido demanda apresentada por essa nova parcela da populao. A questo da violncia domstica contra idosos tem se ampliado e sugere necessidade de maior campo de investigao nessa rea, dado o risco suposto ao qual essa populao mais idosa est submetida. O objetivo deste artigo verificar os estudos relacionados ao tema j realizados no Brasil e em diferentes pases, com enfoque epidemiolgico. O trabalho apresenta diversos pontos de abordagem da violncia contra idosos, considerando questes relacionadas cultura do envelhecimento, aes de polticas pblicas, atuao de equipes de sade, definio do termo abordado, aspectos legais e ticos da violncia contra o idoso. Tal estudo permite ao pesquisador analisar os diferentes aspectos que envolvem a temtica, demonstrando a necessidade de pesquisas especficas direcionadas ao tema.
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OBJETIVO: Avaliar a associao de condies de sade gengival com a utilizao de servio odontolgico. MTODOS: Realizou-se levantamento epidemiolgico de sade bucal de 1.799 adolescentes, em 35 cidades do Estado de So Paulo, em 2002. A sade gengival foi avaliada pela prevalncia de sangramento na gengiva sondagem e clculo dentrio (ndice periodontal comunitrio) e ocluso dentria (ndice de esttica dentria). A utilizao de servios odontolgicos foi medida pelo ndice de cuidado (O/CPO) para cada cidade. Anlise multinvel de regresso logstica ajustou modelos explicativos para fatores associados aos desfechos de interesse. RESULTADOS: A prevalncia de sangramento gengival sondagem foi 21,5%; de clculo dentrio foi 19,4%. Os participantes do sexo masculino, negros e pardos, moradores em reas rurais, residentes em domiclios aglomerados e com atraso escolar apresentaram chance significantemente mais elevada para os agravos que seus respectivos pares de comparao. Caractersticas de ocluso dentria tambm associaram com gengiva no-saudvel: apinhamento dos segmentos incisais, mordida aberta vertical anterior, relao molar antero-posterior. Cidades com maior utilizao de servio odontolgico tiveram menor proporo de adolescentes com sangramento gengival e clculo. CONCLUSES: A utilizao de servios odontolgicos foi significativamente associada a melhores condies de sade gengival (sangramento e clculo). Essa associao independeu das caractersticas sociodemogrficas individuais e contextuais, e de ocluso dentria.
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INTRODUO: A malria autctone no Estado de So Paulo caracteriza-se por surtos espordicos na regio oeste e transmisso persistente na regio leste onde ocorrem casos oligossintomticos com baixa parasitemia pelo Plasmodium vivax. Os objetivos deste estudo foram: analisar a completitude das fichas de notificao de malria autctone; estimar a tendncia da incidncia de casos autctones no ESP de 1980 a 2007; analisar o comportamento clnico e epidemiolgico dos casos em duas regies de autoctonia neste perodo. MTODOS: Foi realizado um estudo descritivo com 18 variveis das FIN de malria do ESP, analisadas em duas regies e em dois perodos (1980-1993 e 1994-2007). Fontes de dados: SUCEN/SES/SP, SINAN/CVE/SES/SP e DATASUS. RESULTADOS: A completitude foi superior a 85% em 11 variveis. A tendncia da incidncia foi decrescente. Foram notificados 821 casos autctones, 91,6% na regio leste, predominando Plasmodium vivax. A infeco assintomtica teve maior porcentagem no segundo perodo (p<0,001). CONCLUSES: A completitude das informaes foi considerada satisfatria. As diferenas clnicas encontradas merecem ateno da vigilncia epidemiolgica que deve lidar com o desafio da infeco assintomtica por Plasmodium.
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Foi realizado estudo epidemiolgico sobre casos de leishmaniose visceral notificados em Campo Grande de 2001 a 2006, utilizando-se dados do Sistema de Informao de Agravos de Notificao. Foram registradas 577 notificaes com incidncia de 1,47 casos/100.000hab em 2001, chegando a 20,98 casos /100.000hab em 2006, com notificaes todos os meses a partir de 2002. Crianas at nove anos contriburam com 40% dos casos. O sexo masculino contribuiu com 64% das notificaes e o sexo feminino com 36%. A letalidade variou de 5% a 11%, com mdia de 8%. Dos 44 bitos, 33 (75%) ocorreram no sexo masculino e 11 (25%) no sexo feminino. Embora os idosos tenham contribudo com 9% dos casos, a mortalidade entre eles alcanou 39%. Foram 27 casos de co-infeco Leishmania/HIV (5%) com letalidade de 15%, a maioria em homens dos 20 aos 49 anos. Constatou-se processo de endemizao da doena com elevada incidncia.
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A leishmaniose tegumentar americana adquiriu carter epidmico no Litoral Norte Paulista, desde a dcada de 1990. A partir de dados secundrios, realizou-se estudo descritivo da doena no perodo de 1993 a 2005 nos quatro municpios que compem a regio e analisou-se a freqncia dos flebotomneos capturados nos locais provveis de transmisso. Foram notificados 689 casos autctones de leishmaniose tegumentar, com casos isolados e agrupados, determinando uma distribuio espacial heterognea, com sincronismo na manifestao e ciclicidade, em intervalo de seis a oito anos. Todas as faixas etrias foram acometidas, com ligeiro predomnio do sexo masculino, sem associao com uma ocupao. Capturou-se 2.758 flebotomneos e a espcie Nyssomyia intermedia predominou (80,4%), no peri e intradomiclio. A doena apresentou perfil de transmisso peri e intradomiciliar, entre o periurbano e a mata, e no interior da mata. Neste caso, a transmisso estaria mais relacionada com os focos enzoticos.
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OBJETIVOS: agregar e discutir os resultados de estudos realizados no Brasil que avaliaram a concentrao de vitamina A no leite materno. FONTES DOS DADOS: foram pesquisadas as bases LILACS, Banco de Teses da Capes, SciELO (Scientific Electronic Library), e Plataforma Lattes -seo de produo cientfica. As palavras-chaves utilizadas foram: gestantes, lactante, concentrao de vitamina A no leite humano, Brasil. As buscas foram realizadas em 2006 e atualizadas em maro de 2008. Foram includos todos os estudos localizados. SNTESE DOS DADOS: foram localizados 14 estudos, publicados entre 1988 e 2008, heterogneos quanto ao tamanho da amostra, fase do leite, perodo do dia da coleta e mtodo de determinao das concentraes de vitamina A. Foram descritas concentraes mdias de vitamina A no leite humano entre 0,62 e 4,50 mol/L. CONCLUSES: no houve consenso sobre a relao entre concentrao de vitamina A no leite humano e vitamina A diettica, estado nutricional materno, caractersticas obsttricas e demogrficas e durao da gestao. Sugere-se que estudos futuros utilizem, amostras de leite maduro, coletadas aleatoriamente ao longo dos diferentes perodos do dia, e a utilizao do high performance liquid chromatography - HPLC - como mtodo de determinao de vitamina A.
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OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi comparar estimativas obtidas em inquritos domiciliar e telefnico, da realizao dos exames de Papanicolaou e mamografia em mulheres residentes no municpio de So Paulo em 2008, segundo caractersticas sociodemogrficas, bem como dimensionar as diferenas observadas. MTODOS: Foram utilizados os dados do ISA - Capital 2008, inqurito domiciliar realizado no municpio de So Paulo pela Universidade de So Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e Secretaria de Estado da Sade com apoio da Secretaria Municipal de Sade de So Paulo, e do VIGITEL - So Paulo, inqurito telefnico realizado pelo Ministrio da Sade para Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenas Crnicas. Estimativas da realizao do exame de Papanicolaou e mamografia na vida, bem como a realizao no ltimo ano foram comparadas segundo o tipo de inqurito (domiciliar/telefone) por meio de regresso de Poisson ajustada por idade e escolaridade. RESULTADOS: No foram encontradas diferenas estatisticamente significantes entre as estimativas obtidas pelo VIGITEL e ISA - Capital para as prevalncias de realizao de mamografia no ltimo ano. No entanto, para as estimativas globais de realizao do exame de Papanicolaou alguma vez na vida e no ltimo ano e da mamografia na vida, foi possvel verificar diferenas estatisticamente significantes, com prevalncias de cobertura superiores entre as entrevistadas pelo inqurito telefnico. CONCLUSO: Os resultados sinalizam a tendncia de superestimao de alguns indicadores de cobertura de mamografia e de exame de Papanicolaou nos dados de pesquisa via telefone, apontando a necessidade de novos estudos que tambm contribuam para o melhor entendimento das diferenas observadas com o uso de diferentes modalidades de inquritos.
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OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi comparar as estimativas obtidas por diferentes modalidades de inqurito para condies crnicas auto-referidas em adultos residentes em Campinas (SP) no ano de 2008. MTODOS: Foram utilizados os dados do ISACamp, inqurito domiciliar realizado pela Faculdade de Cincias Mdicas da Universidade Estadual de Campinas com apoio da Secretaria Municipal de Sade, e do VIGITEL - Campinas (SP), inqurito telefnico realizado pelo Ministrio da Sade para Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenas Crnicas na populao adulta (18 anos ou mais). Estimativas do auto-relato de hipertenso arterial, diabetes, osteoporose, asma/bronquite/enfisema, foram avaliadas e comparadas por meio do teste t de Student para duas amostras independentes. RESULTADOS: Para as estimativas globais, maior prevalncia de hipertenso arterial e osteoporose foram verificadas pelo inqurito telefnico. Diabetes e asma/bronquite/enfisema no apresentaram diferenas estatsticas significantes. Na anlise segundo variveis scio-demogrficas, maior prevalncia de hipertenso foi obtida pelo VIGITEL para os homens, entre as pessoas de 18 a 59 anos e nos que referiram 9 ou mais anos de estudo. Maior prevalncia de osteoporose entre adultos (18 a 59 anos) foi verificada pelo VIGITEL. Em relao asma/bronquite/enfisema nos idosos, maior prevalncia foi observada pelo ISACamp. CONCLUSO: Exceto para hipertenso arterial, os dados obtidos do inqurito telefnico constituram uma alternativa rpida para disponibilizar estimativas globais da prevalncia das condies estudadas na populao adulta residente em Campinas (SP).
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OBJETIVO: Identificar as causas associadas de morte e o nmero de causas informadas nas declaraes de bito por doenas cerebrovasculares entre residentes no Estado do Paran. MATERIAL E MTODOS: O banco de dados de mortalidade do ano de 2004 foi obtido do Sistema de Informao de Mortalidade disponvel no endereo eletrnico do Datasus. A populao escolhida foi separada pelo programa TabWin e as causas mltiplas foram processadas pelo programa Tabulador de Causas Mltiplas de Morte. RESULTADOS: O nmero mdio de causas informadas foi de 2,92 para as mulheres e 2,97 para os homens. A maioria dos bitos (74,8%) foi de pessoas com 65 anos ou mais de idade. Entre as causas associadas aos bitos por doenas cerebrovasculares se destacaram as doenas do aparelho respiratrio (37,9%), as doenas hipertensivas (37,5%) e os sintomas, sinais e achados anormais de exames clnicos e de laboratrio (32,3%). CONSIDERAES FINAIS: Foi observada relativa melhora na qualidade dos dados de mortalidade em relao ao nmero de causas citadas. A hipertenso arterial como uma das principais causas associadas sugere a necessidade do seu controle no combate mortalidade por doenas cerebrovasculares. Incentivos devem ser promovidos para estudos com causas mltiplas, para que se utilizem melhor informaes to importantes, que so desprezadas em estudos de mortalidade feitos somente com a causa bsica de morte.
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O artigo aborda questes relativas ao bito e sua investigao como elementos importantes para a Epidemiologia e a Sade Pblica. Ressalta aspectos ligados melhoria da sua qualidade e da vigilncia, bem como da pesquisa cientfica/epidemiolgica nessa rea, vistos sob a ptica da legislao e das normas ticas existentes no Brasil. Discute o problema relativo, a saber, "a quem pertence a informao em sade e quais os limites de sua utilizao", tratando, inclusive, da possibilidade do uso de bancos de dados identificados. Conclui sugerindo meios hbeis, como "Termo de Responsabilidade e Confidencialidade" por parte do pesquisador, para que a pesquisa cientfica/epidemiolgica possa ter continuidade no pas, com agilidade e oportunidade.
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OBJETIVO: Descrever as prevalncias de consumo abusivo e dependncia de lcool em populao adulta de 20 a 59 anos no Estado de So Paulo, e suas associaes com variveis demogrficas e socioeconmicas. MTODOS: Inqurito domiciliar do tipo transversal (ISA-SP), em quatro reas do Estado de So Paulo: a) Regio Sudoeste da Grande So Paulo, constituda pelos Municpios de Taboo da Serra, Itapecerica da Serra e Embu; b) Distrito do Butant, no Municpio de So Paulo; c) Municpio de Campinas e; d) Municpio de Botucatu. Foi considerado consumo abusivo de lcool a ingesto em dia tpico de 30 gramas ou mais de etanol para os homens, e 24 gramas ou mais para as mulheres. A dependncia de lcool foi caracterizada pelo questionrio CAGE. Anlises bivariadas e multivariadas dos dados foram realizadas a partir de Modelos de Regresso de Poisson. Todas as anlises foram estratificadas por sexo. RESULTADOS: Em 1.646 adultos entrevistados, a prevalncia de consumo abusivo de lcool foi de 52,9% no sexo masculino e 26,8% no sexo feminino. Quanto dependncia de lcool, foram observadas duas ou mais respostas positivas no teste CAGE em 14,8% dos homens e em 5,4% das mulheres que relataram consumir lcool. Isto corresponde a uma prevalncia populacional de dependncia de 10,4% nos homens e 2,6% nas mulheres. O consumo abusivo de lcool no sexo masculino apresentou associao inversa faixa etria e associao direta escolaridade e ao tabagismo. No sexo feminino, observou-se associao direta do consumo abusivo de lcool com a escolaridade e o tabagismo, e com as situaes conjugais sem companheiro. A dependncia de lcool no sexo masculino associou-se a no exercer atividade de trabalho e baixa escolaridade. No sexo feminino no houve associao do CAGE com nenhuma das variveis estudadas. CONCLUSES: Pela alta prevalncia de consumidores e dependentes, essencial a identificao dos segmentos sociodemogrficos mais vulnerveis ao consumo abusivo e dependncia de lcool. As associaes entre a dependncia/abuso e no estar exercendo atividade de trabalho, no sexo masculino, e a maior prevalncia em mulheres de escolaridade universitria, sugerem componentes para programas de interveno e controle.
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A utilizao de servios odontolgicos resulta da interao de determinantes biolgicos com fatores socioculturais, familiares e comunitrios, bem como de caractersticas dos sistemas de sade. O objetivo deste estudo foi identificar os fatores individuais associados utilizao de servios odontolgicos por parte de adultos e idosos de baixa renda residentes na rea de abrangncia da Estratgia Sade da Famlia, em Ponta Grossa, PR. A amostra constou de 246 indivduos, com 35 anos de idade ou mais, que responderam a um questionrio sobre condies socioeconmicas, necessidade percebida e acesso a servios odontolgicos. A anlise dos dados foi realizada por meio de regresso logstica, segundo referencial terico baseado no Modelo Comportamental de Andersen, considerando a consulta odontolgica no recente como varivel dependente. Verificou-se elevada prevalncia de problemas bucais auto-referidos e de perdas dentrias. Cerca de 40% dos adultos e 67% dos idosos no iam ao dentista h mais de trs anos. Indivduos que no residiam em domiclios prprios, realizavam higiene bucal com menor frequncia e utilizavam prteses totais apresentaram maiores chances de haver utilizado os servios odontolgicos h mais tempo. O fato de possuir um dentista regular foi identificado como fator de proteo na anlise. Concluindo, os determinantes individuais mostraram-se importantes indicadores de acesso aos servios de sade bucal. O modelo terico confirmou a presena de desigualdades sociais e psicossociais na utilizao de servios odontolgicos entre os adultos e idosos de baixa renda.
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INTRODUO: A prevalncia da hipertenso arterial vem crescendo no pas, constituindo-se em um problema de sade pblica por sua magnitude e dificuldades no controle. OBJETIVO: Avaliar a qualidade dos dados sobre hipertenso como causa de morte e verificar o ganho de informao na mortalidade por hipertenso arterial de mulheres de 10 a 49 anos, por meio da metodologia de anlise por causas mltiplas de morte. MATERIAL E MTODOS: Foi constituda uma base de dados com 7.332 bitos ocorridos no primeiro semestre de 2002 pertencentes ao "Estudo da Morbi-Mortalidade de Mulheres de 10 a 49 anos". A metodologia RAMOS (Reproductive Age Mortality Survey) foi aplicada em todas as capitais de Estados brasileiros e Distrito Federal. Com as informaes adicionais, foi preenchida uma nova declarao de bito - DO-NOVA. Foram analisados dois conjuntos de dados (DO-ORIGINAL - antes da investigao - e DO-NOVA - aps resgate das informaes. Foram realizadas comparaes segundo causas bsicas e mltiplas por fontes dos dados (DO-O, DO-N). RESULTADOS E CONCLUSO: A DO-ORIGINAL apresentou algumas falhas quantitativas e qualitativas. Concluiu-se que a anlise por causas mltiplas enriquece a informao, com base nas DO. So necessrias aes contnuas para um melhor preenchimento da DO, pelos mdicos, e deve haver mais estudos que adotem a metodologia de causas mltiplas.