999 resultados para Doenças parasitárias Epidemiologia - Teses
Resumo:
OBJETIVO: Analisar a prevalncia da hipertenso, segundo sexo e grupo etrio, em grupamentos sociais, estabelecidos de acordo com critrios socioeconmicos e caracterizadar as prevalncias, segundo tipo de ocupao. MATERIAL E MTODO: A amostra utilizada, formada por 1.041 indivduos de ambos os sexos, maiores de 20 anos, corresponde soma das amostras representativas de "reas de estudo", estabelecidas por critrios socioeconmicos e geogrficos, levando-se em conta a forma de insero do grupo no meio urbano. Foram definidos estratos sociais, obedecendo um gradiente de nveis socioeconmicos, a partir do estrato I (alto) at o IV (baixo). Os padres de referncia utilizados para a definio da hipertenso foram os Joint National Committee (JNC), 140/90 mmHg, e da Organizao Mundial da Sade (OMS), 160/95 mmHg. RESULTADOS: De acordo com os padres do JNC, e da OMS, respectivamente, nos estratos, conforme a idade, as prevalncias foram as seguintes: estrato (I+II), mais ou menos 60 e 47%; estrato III, 50 e 39%; e estrato IV, 55 e 46%. Entre as mulheres os percentuais foram: no estrato (I+II), 40 e 38%; no estrato III, 56 e 48%; e no estrato IV, 55 e 46%. As prevalncias entre os homens pertencentes populao economicamente ativa (PEA), quando classificados segundo tipo de ocupao, tiveram o seguinte comportamento: profissionais autnomos, formados por microempresrio, pequenos comerciantes e profissionais liberais apresentaram uma prevalncia de mais ou menos 60 e 37%; operrios especializados e empregados em indstrias e oficinas, cerca de 47 e 37%; os assalariados do setor de servios, mais ou menos 35 e 14%; os autnomos-diaristas, trabalhadores no especializados e desempregados, cerca de 50 e 40%. Esses diferenciais foram estatiscamente significantes em relao ao conjunto, p<0,05 para o padro JNC, e p<0,005, para o padro OMS. Quando comparados dois a dois os empregados em servios, setor menos atingido pela crise econmica, apresentou prevalncia significativamente menor que os demais (p<0,05). Entre as mulheres, pertencentes e no pertencentes PEA, as prevalncias, segundo o padro da JNC, foram de 39 e 47%, respectivamente (P<0,025). De acordo com o padro da OMS os percentuais foram de 27% para as pertencentes PEA e de 45% para as no pertencentes (P<0,005). CONCLUSO: Os resultados contrariam a hiptese de que a mulher integrada ao mercado de trabalho torna-se mais exposta aos fatores de risco de doenças notransmissveis. Conclui-se, que, nessa populao a hipertenso grave problema de sade pblica, com importante determinao social. Tem peculiaridades prprias no que se refere aos homens e s mulheres.
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Nmero Especial do Boletim Epidemiolgico Observaes dedicado s Doenças Raras. Observaes uma publicao cientfica trimestral do INSA, IP, que visa contribuir para o conhecimento da sade da populao, os fatores que a influenciam, a deciso e a interveno em Sade Pblica, assim como a avaliao do seu impacte na populao portuguesa. Atravs do acesso pblico e gratuito a resultados cientficos gerados por atividades de observao em sade, monitorizao e vigilncia epidemiolgica, dada especial ateno disseminao rpida de informao relevante para a resposta a temas de relevo para a sade da populao portuguesa, tendo como principal alvo todos os profissionais, investigadores e decisores intervenientes na rea da Sade Pblica em Portugal.
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Na Unio Europeia (UE) uma doena considerada rara quando a prevalncia observada inferior a 1 caso em cada 2000 pessoas. No entanto, todos os indivduos com doenças raras compreendem no seu conjunto cerca 30 milhes de cidados, ou seja, 6% a 8% da populao da UE. Sabe-se hoje que existem mais de 6000 doenças raras, sendo que 80% destas doenças so de origem gentica, e muitas vezes crnicas, podendo pr em risco a prpria vida. As doenças raras so caracterizadas por uma grande diversidade de sintomas e sinais que variam no s de doena para doena, mas tambm entre doentes que sofrem de uma mesma patologia. A maioria destas doenças grave e, por vezes, altamente incapacitante, enquanto outras no so impeditivas do normal desenvolvimento intelectual e apresentam evoluo benigna e at funcional, se diagnosticadas e tratadas atempadamente. Assim, o diagnstico precoce e o incio de tratamento com base na evidncia so fatores importantes para reduzir o impacto de uma doena rara na vida adulta. O atraso no diagnstico pode significar que se desperdiou a oportunidade de uma interveno atempada, assim como um diagnstico correto poder determinar a existncia de uma doena rara subjacente quando os sintomas apresentados so relativamente comuns. Em 2004, num levantamento efetuado para oito doenças raras, 25% dos doentes inquiridos revelaram existir uma diferena de 5 a 30 anos entre a manifestao dos primeiros sintomas e o diagnstico.Em Portugal a verdadeira dimenso do problema no conhecida, dada a inexistncia de um registo nico adequado a estas doenças, bem como o reduzido nmero e a extenso dos estudos epidemiolgicos realizados at data. No entanto, a publicao da Estratgia Integrada para as Doenças Raras 2015-2020 (1) poder vir a melhorar o conhecimento das doenças raras no pas. Esta estratgia assenta numa cooperao interministerial, intersectorial e interinstitucional que faz uso dos recursos mdicos, sociais, cientficos e tecnolgicos, com foco nos seguintes aspetos: 1. A coordenao dos cuidados de sade; 2. O acesso ao diagnstico precoce; 3. O acesso ao tratamento; 4. A investigao (cientfica) e 5. A incluso social e a cidadania.
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A EUCERD Joint Action (EJA) para as Doenças Raras (DR) integrou cinco domnios: planos nacionais e estratgias, nomenclatura internacional para DR, servios sociais especializados, qualidade dos cuidados/centros de referncia e integrao de iniciativas em DR. O objetivo deste artigo descrever o enquadramento portugus nas DR. Em novembro de 2014 foi realizado um workshop em Portugal com oito pases participantes. Foi descrita a situao europeia para as DR e comparada com a realidade portuguesa. Estiveram presentes: autoridades europeias, parceiros da EJA, especialistas, investigadores, profissionais de sade e associaes de doentes. Realizou-se uma anlise qualitativa dos contedos das apresentaes, posteriormente atualizada atravs de anlise documental. No domnio dos planos e estratgias foi aprovada a Estratgia Integrada para as Doenças Raras 2015-2020 que assenta numa cooperao interministerial, intersectorial e interinstitucional. Em relao nomenclatura, foi discutida e proposta a utilizao do Orphanumber. Foram descritas vrias iniciativas no mbito das DR e observados exemplos de boas prticas na rea dos servios socias especializados. Recentemente, Portugal reconheceu oficialmente vrios Centros de Referncia Nacionais, onde se incluem alguns para as DR. Em concluso, Portugal tem vindo a desenvolver diversas atividades no domnio das DR sendo necessrio continuar com a integrao das mesmas.
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O Registo Nacional de Anomalias Congnitas (RENAC) recebe notificaes da ocorrncia de anomalias congnitas diagnosticadas at ao final do 1 ms de vida, algumas das quais so raras. Foi realizado um estudo observacional, transversal, com a finalidade de descrever a epidemiologia dos registos de anomalias congnitas que constituem uma sndrome gentica rara, utilizando os dados do RENAC entre 2000-2013. Observou-se uma prevalncia de 1,17 casos/10 000 nascimentos de indivduos com sndrome gentica rara com anomalias que afetam mltiplos sistemas. Estas patologias representam um pequeno grupo do universo das doenças raras. No total das sndromes estudadas (n=171), a maior frequncia observou-se no grupo de sndromes que afetam predominantemente o aspeto da face (50,9%) e, neste grupo, destacam-se a Sequncia de Pierre Robin (26,3%) e a Sndrome de Goldenhar (11,7%). No grupo de outras sndromes genticas, a Sndrome de DiGeorge foi diagnosticada em 12,3% dos casos. Dada a inexistncia de um registo nacional de doenças raras, os dados do RENAC podem contribuir para avaliar a prevalncia de algumas destas doenças. Contudo para uma melhor vigilncia de algumas doenças raras, o prazo de registo ser alargado at ao ano de idade de modo a permitir que situaes mais complexas possam ser identificadas e registadas.
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As Doenças Lisososomais de Sobrecarga (DLS) so um grupo de mais de 50 doenças hereditrias do metabolismo, sendo a maioria causada por defeitos em enzimas lisossomais especficas. A caracterstica distintiva das DLS a acumulao lisossomal do(s) substrato(s) no degradado(s), bem como a acumulao de outro material secundariamente disfuno lisossomal. A apresentao clnica destas patologias bastante heterognea, variando desde formas pr-natais, at apresentaes infantis ou na idade adulta, sendo frequente a presena de atraso psicomotor e neurodegenerao progressiva. Neste artigo so apresentados os resultados de vrios estudos de caracterizao molecular efetuados ao longo da ltima dcada (2006-2016) em doentes portugueses com as seguintes DLS: Mucopolissacaridose II, Mucopolissacaridose IIIA, Mucopolissacaridose IIIB, Mucopolissacaridose IIIC, Sialidose, Galactosialidose, Gangliosidose GM1, Mucolipidose II alfa/beta, Mucolipidose III alfa/beta, Mucolipidose III gama e Doena de Unverricht-Lundborg. De um modo geral, estes trabalhos permitiram conhecer as variaes genticas associadas a estas DLS, analisar a sua distribuio na populao portuguesa e compreender o seu papel na forma de apresentao clnica destas patologias.
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As citopatias mitocondriais constituem um importante grupo de doenças metablicas de expresso clnica heterognea, para as quais no existe uma terapia eficaz. A maioria destas doenças causada por uma disfuno ao nvel da fosforilao oxidativa (OXPHOS), originando consequentemente uma deficiente produo de energia. O correto funcionamento da OXPHOS resulta de uma interao coordenada entre o genoma nuclear e mitocondrial. Assim, as doenças mitocondriais podem ser causadas por defeitos moleculares no genoma mitocondrial, no nuclear, ou em ambos, originando as doenças da comunicao intergenmica, que resultam na perda ou na instabilidade do DNA mitocondrial (mtDNA), e podem causar quer delees mltiplas, quer depleo do genoma mitocondrial. A sndrome da depleo do mtDNA constitui um grupo de doenças raras, autossmicas recessivas, que se manifestam maioritariamente aps o nascimento, causando a morte de muitos doentes durante a infncia ou incio da adolescncia devido a uma reduo acentuada do nmero de cpias do mtDNA. Trata-se de uma sndrome fenotipicamente heterognea, apresentando-se sob trs apresentaes clnicas: hepatocerebral, mioptica e encefalomioptica. A caracterizao molecular destes doentes importante no s para permitir a realizao de aconselhamento gentico e diagnstico pr-natal adequados, mas tambm para melhorar a compreenso da fisiopatologia da doena e as opes teraputicas.
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Aspectos epidemiolgicos da doena meningoccica registrados a partir da segunda metade da dcada de 80 impulsionaram as autoridades de sade pblica a discutirem as medidas de controle disponveis. A ocorrncia da doena entre adolescentes e o registro de surtos envolvendo escolas so os dois pontos que mais pressionaram uma reviso das medidas de controle disponveis. O uso das vacinas antimeningoccicas polissacardeas e as recomendaes para o controle de surtos localizados (clusters) so outros aspectos que mereceram ateno recentemente. Objetivou, assim, apresentar um panorama atual de alguns aspectos da epidemiologia e do controle dos casos secundrios da doena meningoccica.
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INTRODUO: Os poucos estudos existentes apontam para o consumo abusivo de medicamentos em crianas, sendo os mdicos os principais responsveis pela indicao. Para conhecer melhor os padres de consumo de medicamentos, foi feito estudo em crianas no primeiro trimestre de vida, segundo variveis sociais, biolgicas, padres alimentares e ultilizao de servios de sade. MTODO: Estudou-se uma amostra de 655 crianas nascidas em 1993, residentes na zona urbana de Pelotas, Brasil. Informaes sobre o consumo de medicamentos na quinzena precedente entrevista foram coletadas ao final do primeiro e do terceiro ms. RESULTADOS: Com um ms, 65% das crianas consumiam medicamentos e com trs meses, 69%. Trs ou mais medicamentos foram consumidos por 17% das crianas em cada acompanhamento. Combinaes de trs ou mais frmacos (um indicador de m qualidade do medicamento) foram usadas por 14% no primeiro ms e por 19% no terceiro ms. Aos trs meses, 20% das crianas consumiam medicamentos cronicamente. Com um ms, os medicamentos mais consumidos foram Cloreto de Benzalcnio + Soro Fisiolgico, Dimeticona + Homatropina e Nistatina soluo. Aos trs meses foram cido Acetil Saliclico, Cloreto de Benzalcnio + Soro Fisiolgico e Dimeticona + Homatropina. O principal problema referido como motivo de uso foi clica no primeiro acompanhamento e resfriado, no segundo. Na anlise ajustada, o consumo de medicamentos no primeiro ms foi 64% menor para as crianas que tinham trs ou mais irmos menores do que para primognitos. Crianas no amamentadas ao final do primeiro ms apresentaram um risco 75% maior de haver consumido medicamentos. Resultados semelhantes foram observados para o consumo no terceiro ms. CONCLUSO: Desde a mais tenra idade, as crianas so habituadas a conviver com uma medicalizao exagerada de sintomas corriqueiros. No estaria assim sendo preparado o terreno para futuras dependncias de medicamentos ou outras drogas?
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INTRODUO: O grupo das doenças cardiovasculares tem sido apontado como a principal causa de bito no Brasil desde os anos 70, sendo a hipertenso arterial sistmica (HAS) o fator de risco mais importante para esse grupo. Entre os trabalhadores observa-se correlao negativa entre o status ocupacional e a presso arterial. Tais fatos ressaltam a importncia do conhecimento da distribuio da presso arterial sistmica entre os distintos grupos profissionais. Assim, foi realizado estudo para descrever o status pressrico de uma populao homognea e estvel de trabalhadores do setor secundrio da economia, pouco especializados e que ganham baixos salrios, estabelecendo a prevalncia da HAS nesse grupo especfico, relacionando-a com algumas covariveis biolgicas e socioeconmicas, e comparando-a com a prevalncia de HAS em outros grupos profissionais no Brasil. MTODO: Foram estudados 73 trabalhadores regularmente empregados em julho de 1993 em um curtume situado no Municpio de Botucatu, cidade de mdio porte da regio Centro-Oeste do Estado de So Paulo, os quais foram submetidos a exame antropomtrico, aferio de presso arterial, anamnese e exame clnico. Os resultados foram comparados com os obtidos em estudos semelhantes, controlando-se o confundimento da idade por intermdio de diferentes tcnicas. RESULTADOS: A prevalncia bruta da HAS encontrada foi de 56,1%, sendo 15,8% a prevalncia de hipertenso sistlica isolada. Ambas se associaram ao etilismo e ao tabagismo na populao estudada. DISCUSSO: A prevalncia da hipertenso foi consideravelmente alta e significativamente maior do que a encontrada em outros grupos de trabalhadores estudados no Brasil. Tal achado ressalta a necessidade da continuidade da investigao, objetivando o isolamento dos fatores implicados na elevao pressrica do grupo estudado.
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OBJETIVO: Descrever a prevalncia de tabagismo e sua associao com outros fatores de risco para doenças crnicas entre funcionrios dos centros de processamentos de servios e comunicaes de uma empresa bancria. MTODO: Estudo seccional de amostra aleatria simples de 647 funcionrios, atravs de questionrio auto-respondido no ambiente de trabalho. RESULTADOS: A prevalncia de tabagismo foi de 29,5% (Intervalo de Confiana (IC) 95%: 27,5% a 31,5%), sendo 31,1% (IC 95%: 26,2% a 35,8%) entre homens e 27,8% (IC 95%: 22,6% a 32,9%) entre mulheres. O incio do hbito ocorreu, em mdia, aos 17,6 anos entre os homens e 19,4 anos entre as mulheres. Observou-se alta prevalncia de grandes fumantes entre homens e mulheres (53% e 42% respectivamente fumavam mais de 20 cigarros por dia). A freqncia de tabagismo foi maior nos mais velhos, nos divorciados separados e vivos, nos hipertensos, naqueles que consumiam mais bebidas alcolicas, e nos que no praticavam exerccios fsicos. Comparados aos no-fumantes, os ex-fumantes eram mais velhos, consumiam mais bebidas alcolicas e apresentavam maior freqncia de sobrepeso. CONCLUSO: A freqncia de tabagismo e de outros fatores de risco para as doenças crnicas, nesta categoria de trabalhadores, aponta para a necessidade de repensar estratgias das aes de sade atualmente desenvolvidas. Oportunidades de intervenes preventivas mais eficazes e de menor custo podem estar sendo perdidas.
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INTRODUO: A transmisso transfusional da tripanossomase americana tem-se reduzido no Brasil, com a progressiva ampliao do controle de qualidade do sangue. Nesse sentido, realizou-se pesquisa para avaliar a atual soro-prevalncia da infeco por Trypanosoma cruzi em candidatos a doador de sangue em Londrina, Paran (Brasil), e comparar essa taxa com a encontrada em candidatos a doador estudados em 1958 e 1975, na mesma cidade. MTODO: Estudo transversal para determinao da soroprevalncia. O imuno-diagnstico de infeco por Trypanosoma cruzi foi realizado atravs das tcnicas imunoenzimtica (ELISA) e imunofluorescncia indireta. RESULTADOS E CONCLUSO: A taxa de soroprevalncia encontrada foi de 1,3%. Foi detectada tendncia de queda temporal da taxa de positividade dos testes sorolgicos para o diagnstico de infeco por Trypanosoma cruzi nos bancos de sangue do municpio estudado nos anos de 1958, 1975 e 1995.
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INTRODUO: Muitas mudanas ocorreram no perfil da morbidade dos pacientes atendidos nos hospitais do Pas nos ltimos anos, seja em funo de fatores demogrficos, epidemiolgicos, financeiros, tecnolgicos ou da estrutura dos servios. MTODOS: Foram utilizados dois bancos de dados referentes s sadas hospitalares nos anos de 1975 e 1988, no Vale do Paraba, contendo as mesmas variveis: hospital; residncia, idade e sexo do paciente; condio de sada; fontes de financiamento; tempo de permanncia e diagnstico principal. RESULTADOS E CONCLUSES: Nas internaes percebeu-se queda de alguns grupos de diagnsticos como "sintomas, sinais e afeces maldefinidas" e "doenças infecciosas e parasitárias" e crescimento de outros, em especial "neoplasmas" e "doenças do aparelho circulatrio", tendo como causas possveis as mudanas demogrficas, epidemiolgicas, tecnolgicas e da estrutura de servios. Houve, ainda, uma migrao de diagnsticos pouco especficos para outros mais definidos, provavelmente, como conseqncia das mudanas na forma de remunerao do sistema de sade.
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OBJETIVO: Avaliar atravs do PSR (Registro Periodontal Simplificado) a prevalncia, severidade e necessidades bsicas de tratamento da doena periodontal em gestantes que freqentaram a Clnica de Preveno da Faculdade de Odontologia de Araraquara UNESP. MTODOS: Foram examinadas 41 gestantes com idades que variaram de 16 a 37 anos. O PSR foi aplicado com auxlio de uma sonda especialmente recomendada para este exame (sonda Trinity - tipo 621 OMS), indicando os cdigos 0 a 4 cujos critrios identificam de sade gengival, sangramento, clculo, bolsa periodontal rasa e profunda. Estes foram atribudos a cada sextante, podendo ou no estarem associados a um asterisco (*) diante da presena de recesso gengival, invaso de furca, mobilidade ou alteraes muco-gengivais. RESULTADOS: Demonstraram que 100% das gestantes apresentaram alguma alterao gengival, sendo os cdigos 2 (56,1%) e o * (19,5%) os mais prevalentes. Os grupos etrios de 15-19 e 20-24 anos, apresentaram o cdigo 2 como maior escore e ausncia de sextante excludo (X). A partir do grupo de 25-29 anos, alm da maior prevalncia ainda ser do cdigo 2 (54,5%), ocorreram os cdigos 3 e 4 (bolsa periodontal). Os cdigos * e sextante excludo (X) tenderam a aumentar com a idade no grupo de 30-37 anos. De modo geral, os cdigos 1 e 2, prevaleceram em relao ao percentual de sextantes afetados, correspondendo a 41,6% e 39,8%, respectivamente e afetando 2,49 e 2,39 sextantes, em mdia, por gestante. Em relao s necessidades de tratamento, 90,2% das gestantes necessitaram tratamentos adicionais aos preventivos, ou seja, 61,0% das gestantes necessitaram de raspagem e alisamento radicular e/ou eliminar margens de restauraes defeituosas e 29,2% de tratamento complexo. CONCLUSO: O atendimento s necessidades de tratamento na gravidez deve receber especial ateno com o intuito de se promover sade bucal e motivao, e conseqentemente, contribuir para minimizar a provvel transmissibilidade de microrganismos bucais patognicos para a criana, obtendo assim uma preveno primria das principais doenças bucais.
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INTRODUO: A experincia da morbimortalidade de migrantes em relao aos padres existentes nos locais de sua origem e seu destino mostra-se interessante, em epidemiologia, permitindo distinguir possveis fatores de risco culturais, sociais e ambientais, por um lado, e aqueles genticos, por outro. O objetivo do estudo foi analisar o padro de mortalidade da populao de nascidos no Japo e residentes no Paran (Brasil), comparando-o ao perfil do Japo e ao do Paran. MTODOS: A populao exposta foi constituda pelos imigrantes japoneses - isseis - residentes no Paran, com 50 e mais anos, identificada por ocasio do X Recenseamento Geral do Brasil, em 1 de setembro de 1991. Os bitos, ocorridos entre 1 de maro de 1990 e 28 de fevereiro de 1993, foram apurados do Sistema de Informao de Mortalidade do Ministrio da Sade. Foram calculadas taxas de mortalidade padronizadas por idade, ajustadas pela populao-padro mundial de 50 e mais anos, em cada sexo, para cada grupo de estudo. Foram estimados a razo de mortalidade padronizada e o respectivo intervalo de 95% de confiana para causas selecionadas, relacionando isseis/residentes no Japo e isseis/residentes no Paran. RESULTADOS: A mortalidade das mulheres isseis ocupou posio intermediria quando comparada do Japo e do Paran; os homens apresentaram valor bastante prximo ao do Japo. Isseis do sexo masculino, quando comparados com os homens do Japo, apresentaram taxa significantemente mais baixa para cncer de estmago, porm, mais alta para diabetes e doenças isqumicas do corao. Em mulheres isseis somente a taxa de mortalidade por cncer de pulmo apresentou-se significantemente inferior taxa feminina do Japo; as demais taxas foram estatisticamente maiores. Quando os dados foram comparados com os do Paran, os isseis apresentaram taxas mais baixas para doenças isqumicas do corao e doenças cerebrovasculares, porm, similares quanto ao cncer de estmago e de pulmo. Diferentemente dos homens, entre as isseis houve taxas mais baixas para cncer de pulmo e doenças isqumicas do corao. Para diabetes mellitus e doenças cerebrovasculares no foram constatadas diferenas estatisticamente significantes. CONCLUSO: Evidenciou-se afastamento do padro de mortalidade de isseis quando comparado ao de seu pas de origem (Japo) e uma aproximao ao perfil do local de destino. Tais constataes sugerem influncia de fatores socioculturais, principalmente, das prticas dietticas, na mortalidade por alguns agravos.