998 resultados para Célula TCD4
Resumo:
O presente trabalho apresenta um estudo detalhado da monitorao de energia durante a cravao do amostrador no ensaio SPT, bem como da identificao dos fatores que influenciam estas medidas. Para tanto foi desenvolvido um equipamento para a aquisio dos sinais de fora e de acelerao que consta de uma célula de carga, amplificadores e condicionadores de sinais de fora e acelerao, sistema de aquisio de sinal e tratamento numrico dos registros. Paralelamente foi implementado um programa embasado na tcnica de diferenas finitas que simula numericamente o ensaio, inclusive o balano das distintas energias ao longo do processo. De posse dessas ferramentas e tecnologia efetuou-se uma extensa campanha de ensaios totalmente controlados. Os resultados da campanha experimental, associados aos fundamentados e princpios bsicos da fsica, permitiram o entendimento do processo de cravao do amostrador no solo com a determinao das perdas (eficincias) ocorridas ao longo do processo e a proposio de uma nova abordagem de interpretao fundamentada no trabalho efetivamente consumido na cravao do amostrador no solo. O conhecimento deste trabalho abre uma gama de alternativas para a estimativa de propriedades de comportamento de solos com base em resultados de medidas de SPT. Exemplos da aplicao destas alternativas so apresentados Ao longo do trabalho verificou-se que: O intervalo de integrao utilizado na apropriao da energia deve ser tal que leva em considerao os golpes subseqentes mesmo em se tratando de hastes longas; A energia assim determinada dependente da resistncia do solo; Existem perdas de energia ao longo das hastes; Estas perdas so diretamente proporcionais ao comprimento das hastes; O ensaio um fenmeno de grandes deslocamentos e, portanto, deve ser interpretado com a adoo de um referencial fixo e fora do sistema; A variao da energia potencial das hastes deve ser considerada no computo da energia consumida na cravao do amostrador no solo e esta variao da energia diretamente proporcional massa das hastes.
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Uma das complicaes que levam o paciente terminal de cncer morte a imunossupresso. Por sua vez, a superproduo de prostaglandinas ciclopentennicas (CP-PGs) no plasma desses indivduos um fator de risco para depresso imunolgica j que as CP PGs bloqueiam inmeras interaes entre células imunolgicas. Estudos de nosso grupo revelaram que células tumorais apresentam alta atividade da ATPase bomba GS X/MRP que exporta conjugados sulfidrila, inclusive CP PG na forma de S-conjugados de glutationa. A glutationa uma das, ou a mais importante substncia para manuteno do estado redox celular. Como o acmulo de protenas de choque trmico (HSP) induzidas pelas CP PGs em células imunolgicas indicativo do grau de estresse ao qual cada célula est sendo submetida, neste trabalho, buscamos determinar qual a influncia da MRP1/bomba GS-X na presena de estresse celular causado por desbalano redox e os parmetros de estresse celular necessrios para influenciar a expresso e/ou a atividade da MRP1/bomba GS-X. Nossos resultados sugerem que linfcitos respondem bem a transfeco por eletroporao com o gene da MRP1/bomba GS-X e que a presena desta protena possa conferir resistncia ao tratamento com substncias eletroflicas de maneira a ajustar o estado redox celular mais rapidamente, o que impede o efeito citotxico destas substncias.
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Dispositivos microeletrnicos como células solares e circuitos integrados MOS em satlites, esto sujeitos ao bombardeamento de partculas de alta energia, especialmente os uxos de prtons. Os danos causados pela irradiao de prtons podem ser facilmente simulados usando as tcnicas implantao inica, uma vez que os estudos de con abilidade dos dispositivos em condies reais (no espao) so despendiosos. A proposta deste trabalho usar capacitores MOS para estudar a in uncia do bombardeamento de prtons na degradao do tempo de vida de portadores minoritrios, na mudana de corrente de fuga atravs do SiO2 e na mudana da carga efetiva na interface SiO2/Si. Assim como o tempo de vida est relacionado aos defeitos criados na estrutura cristalina devido s colises das partculas com os tomos de Si, a corrente de fuga caracteriza a estabilidade do dieltrico e a carga efetiva mostra o quanto a tenso de limiar dos transistores MOS (VT) afetada. Uma combinao de formao de zona desnuda na regio de depleo e gettering por implanta o inica na face inferior das lminas garantiu o melhoramento do tempo de vida nos capacitores MOS. Os aceleradores de ons do Laboratrio de Implantao Inica da UFRGS foram usados para produzir bombardeamentos de prtons com energias de 100keV , 200keV , 600keV e 2MeV , e doses no intervalo de 1x10 9 cm-2 a 3x10 12 cm-2 O tempo de vida de gerao foi obtido atravs do mtodo C-t (Zerbst modificado), a corrente de fuga atravs do mtodo I-V e a carga criada no xido atravs do mtodo C-V de alta freqncia. A literatura apresenta dados de uxos de prtons no espao possibilitando a conexo entre os efeitos simulados por implantao inica e o espectro solar real. Como eventos solares apresentam variabilidade, alguns casos de atividade solar proeminente foram estudados. Foi de nida a funo (x) que relaciona a concentrao defeitos eletricamente ativos com a profundidade e foi feito um clculo para estimar as conseqncias sobre o tempo de vida dos portadores minorit rios. Os resultados mostram que um dia de atividade solar expressiva su ciente para degradar o tempo de vida intensamente, tendo como conseqncia a destruio de uma célula solar sem blindagem.
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Neste trabalho foi estudado o comportamento em altas presses e temperatura ambiente de dois compostos com estrutura de escuterudita, CoSb3 e LaFe3CoSb12. A determinao dos parmetros das equaes de estado isotrmicas, bem como a verificao das diferenas relativas nas curvas de compressibilidade desses compostos, foram os objetivos principais deste trabalho. Ambos compostos foram sintetizados conforme rota proposta na literatura. O sucesso da sntese foi verificado por meio de difrao de raios X, no sendo observada a presena de fases contaminantes. Como meio gerador de altas presses foi utilizada uma cmara de bigornas de diamante (DAC). A evoluo das estruturas destes compostos com a presso foi acompanhada por meio de difrao de raios X por disperso em energia. At o limite de presso esttica de cerca de 14 GPa (definido pelas condies experimentais previamente existentes no laboratrio), no foram observadas anomalias nas curvas de volume versus presso desses compostos ou mesmo evidncias de transies de fase. Com o objetivo de estender este limite de presso, foram feitas melhorias na célula de alta presso existente no laboratrio, possibilitando assim a gerao de presses de at 40 GPa. Trs equaes de estado isotrmicas foram ajustadas aos dados experimentais, utilizando como parmetros no ajuste o mdulo volumtrico isotrpico e sua derivada primeira com relao presso. Como resultado deste procedimento, verificou-se que a escuterudita com lantnio apresenta um mdulo volumtrico ligeiramente menor que o CoSb3, sendo, portanto, mais compressvel, apesar da presena do on lantnio preenchendo as cavidades deste composto. Foi observada tambm uma mudana na compressibilidade da escuterudita CoSb3 acima de 20 GPa, devido, talvez, ao congelamento do meio transmissor de presso ou ao pinamento do rubi (calibrante de presso) entre as bigornas da DAC. O CoSb3 foi comprimido at a presso de 40 GPa, apresentando indcios de um estranho comportamento na seqncia decrescente de presso. Aps a descompresso, o parmetro de rede desse composto, a presso ambiente, mostrou-se maior que o da fase original. Este aumento do parmetro de rede no foi acompanhado de alteraes significativas do espectro de difrao de raios X. Este efeito anmalo dever ser sujeito a verificao por meio de novos experimentos.
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A seqncia de nucleotdeos codificante do peptdeo derivado da hidrlise da canatoxina (jaburetox-2Ec), foi clonada e expressa nos sistema pET101/E. coli BL 21. Neste trabalho, estudamos a estabilidade dos plasmdeos da srie pET contendo a seqncia codificante do jaburetox-2Ec no sistema de expresso E. coli BL 21 (Mulinari, 2004), e as condies para aumentar produo do peptdeo recombinante, avaliando a velocidade de transferncia de oxignio, o controle do pH, e a utilizao da lactose como indutor em substituio ao IPTG. O cultivo da bactria recombinante em incubadora orbital contendo 10 g/l de lactose como indutor produziu 1,26 g de jaburetox-2Ec/mg de protena total aps oito horas de cultivo. A estabilidade do plasmdeo e a expresso do peptdeo recombinante foram estudadas em biorreatores. A expresso do jaburetox-2Ec foi fortemente afetada pelo pH da cultura, com a diminuio de mais de 50 % da concentrao desse peptdeo quando ocorre acidificao do meio de cultura. Da mesma forma, o aumento da aerao e agitao tem efeito negativo sobre a produo do peptdeo, diminuindo em sete vezes a produo do jaburetox-2Ec Apesar do aumento da biomassa devido ao cultivo da E. coli recombinante em meio mnimo, contendo como fonte de carbono a glicose, isto no representou aumento da concentrao do peptdeo recombinante. Contudo, sob a melhor condio de cultivo em biorreator estudada (pH controlado e menor transferncia de oxignio), obteve-se uma produo de 7,14 g de jaburetox-2Ec/mg de protena total, representando em torno de 2 % da protena total da célula. Em todas as bateladas, aps atingir a mxima expresso do peptdeo, essa concentrao diminui provavelmente devido atividade das proteases da célula causando a degradao do peptdeo recombinante. A carga metablica imposta célula devido expresso do jaburetox-2Ec, uma das possveis causas da instabilidade do plasmdeo observada em todas as bateladas.
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A modulao fenotpica da célula estrelada heptica (CEH) um dos eventos primrios do processo de fibrose heptica. Durante este evento, a CEH modifica seu fentipo lipoctico (quiescente) para miofibroblstico (ativado), fenmeno chamado de ativao. Estudos recentes sugerem que fatores de transcrio adipognicos atuam no processo de ativao das CEH, e conseqentemente teriam um papel chave na evoluo do processo fibrtico. Neste estudo analisamos a expresso gnica de vrios fatores de transcrio adipognicos, como os receptores ativados por proliferadores de peroxissomos (RAPP), receptor X do fgado (RXF), protena ligante de CCAAT/enhancer (PLCE) e protena ligante do elemento regulatrio de esteris-1 (PLERE-1), em uma linhagem representativa de CEH, a GRX. A linhagem GRX, capaz de ser induzida in vitro a expressar o fentipo quiescente atravs do tratamento com indometacina ou retinol. Aps 24 horas ou 7 dias de tratamento, a expresso gnica foi analisada atravs de PCR em tempo real. Tratamento com indometacina aumentou a expresso de todos os genes avaliados, exceto PLCE e RAPP. O mesmo resultado obtido com desmetil indometacina (LM 4511) sobre RAPP e sugere que a ao da indometacina sobre a diferenciao fenotpica da GRX independente de sua ao inibitria sobre ciclooxigenase, j que a LM 4511 no possui esta atividade. Tratamento com retinol levou modulao de um nmero menor de genes, diminuindo a expresso de PLCE e aumentando a de RAPP, e RAPP. Adipsina, gene caracterstico de adipcitos, teve sua expresso induzida apenas nas células tratadas com indometacina. Pex16 e catalase, genes modulados pelos RAPPs, foram diferencialmente expressos, dependendo do tratamento. Os resultados apresentados sugerem que a linhagem representativa de CEH, GRX, tem sua induo fenotpica modulada por fatores de transcrio adipognicos, que so diferencialmente expressos dependendo do tratamento de converso.
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The focus of this thesis is to discuss the development and modeling of an interface architecture to be employed for interfacing analog signals in mixed-signal SOC. We claim that the approach that is going to be presented is able to achieve wide frequency range, and covers a large range of applications with constant performance, allied to digital configuration compatibility. Our primary assumptions are to use a fixed analog block and to promote application configurability in the digital domain, which leads to a mixed-signal interface. The use of a fixed analog block avoids the performance loss common to configurable analog blocks. The usage of configurability on the digital domain makes possible the use of all existing tools for high level design, simulation and synthesis to implement the target application, with very good performance prediction. The proposed approach utilizes the concept of frequency translation (mixing) of the input signal followed by its conversion to the domain, which makes possible the use of a fairly constant analog block, and also, a uniform treatment of input signal from DC to high frequencies. The programmability is performed in the digital domain where performance can be closely achieved according to application specification. The interface performance theoretical and simulation model are developed for design space exploration and for physical design support. Two prototypes are built and characterized to validate the proposed model and to implement some application examples. The usage of this interface as a multi-band parametric ADC and as a two channels analog multiplier and adder are shown. The multi-channel analog interface architecture is also presented. The characterization measurements support the main advantages of the approach proposed.
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Este trabalho teve como objetivo o desenvolvimento de uma nova tcnica para determinao do tamanho mdio e da distribuio de tamanho de bolhas de ar em meio aquoso. A nova tcnica, denominada de LTM-BSizer, uma vez otimizada, foi aplicada na caracterizao das bolhas geradas por diversos mtodos utilizados tanto na flotao para tratamento de efluentes lquidos quanto na flotao de partculas minerais e, principalmente, na investigao de parmetros operacionais e do efeito do tamanho de bolhas na flotao de partculas minerais (quartzo como modelo) finas (40-10 m) e ultrafinas (<10 m). A tcnica LTM-BSizer baseada no conceito da captura, ou seja, ao contrrio das tcnicas fotogrficas at agora propostas, onde as imagens (fotos ou vdeos) das bolhas em movimento foram obtidas com visores verticais, este mtodo obteve as imagens das bolhas estabilizadas em um visor disposto na horizontal. Entre as vantagens em relao aos mtodos fotogrficos existentes destacam-se a melhor qualidade das imagens e a capacidade de medir distribuies de tamanho de bolha com grande amplitude, desde microbolhas (<100 m) at bolhas maiores (~ 1 a 3 mm). Os mtodos de gerao de bolhas pesquisados foram: microbolhas geradas por despressurizao de gua saturada com ar em um vaso saturador (processo de flotao por ar dissolvido-FAD) ou por uma bomba centrfuga multifase (novo equipamento para gerao de microbolhas), injeo de mistura ar-lquido atravs de um constritor tipo venturi (destaque na flotao no convencional), injeo de ar em cilindro inox poroso (comumente aplicado para disperso de gs) e bolhas geradas em uma célula de flotao por ar induzido (FAI), convencional de bancada Para todos os mtodos citados, exceto o ltimo, a distribuio de tamanho de bolha foi avaliada numa coluna em acrlico com 200 cm de altura e 72 mm de dimetro, onde atravs de um ponto de amostragem parte do fluxo foi conduzida at o visor. Os resultados obtidos com esta tcnica foram, para os dimetros mdios de bolha: 30 a 70 m para FAD, 65 a 130 m para bomba multifase, 200 a 1400 m para venturi, 500 a 1300 m para FAI e 500 a 1000 m para o cilindro poroso. A influncia de alguns parmetros operacionais na formao das bolhas foi estudada em detalhe e os resultados obtidos mostraram uma boa correspondncia com os valores encontrados na literatura e em outros casos, elucidaram efeitos considerados contraditrios na literatura tcnica. Este trabalho demonstrou que, o tamanho mdio e a distribuio de tamanho das microbolhas, no so influenciados pela presso de saturao no intervalo de 294 a 588 kPa, mas sim pela quantidade de bolhas e pelo tempo de reteno Tambm foi constatado que a diminuio da tenso superficial da gua (adio de 30 mg/L de oleato de sdio) aumenta consideravelmente (3 a 8 vezes) o nmero de microbolhas na FAD a baixas presses de saturao (196 e 294 kPa). O tamanho e a distribuio de tamanho de bolhas geradas em constries de fluxo tipo venturi variam em funo dos parmetros concentrao de tensoativo, velocidade superficial de lquido (UL) e razo gs/lquido (Qr). Uma pequena diminuio da tenso superficial, de 73 para 68 mN/m, provocada pela adio de 20 mg/L do tensoativo DF 250, foi suficiente para diminuir consideravelmente o tamanho das bolhas geradas, permanecendo constante para concentraes maiores, sugerindo que esta seja a concentrao crtica de coalescncia (CCC) para este sistema. Um aumento de UL (mantendo Qr constante) e diminuio de Qr (com UL constante) levaram a distribuies com menor amplitude e dimetro mdio. No caso das microbolhas geradas atravs da bomba multifase, o tamanho de bolhas diminuiu com a presso at atingir o limite de solubilidade terico ar/lquido. O tamanho das bolhas gerados atravs de placa porosa e FAI apresentaram boa correspondncia com os reportados na literatura e em ambas as tcnicas foi, de novo, encontrada, para DF 250, a mesma CCC igual a 20 mg/L. O sistema de flotao de partculas finas e ultrafinas, foi estudado via recuperao de finos de quartzo (50% < 10m) em coluna de laboratrio. As variveis estudadas foram; a distribuio de tamanho de bolhas e a concentrao de coletor (amina). Os resultados obtidos mostraram que a recuperao das fraes mais finas aumenta com a diminuio do tamanho de bolhas de acordo com os modelos existentes de flotao. Entretanto, foi encontrado, na captura de partculas ultrafinas pelas bolhas, um valor timo de tamanho de partcula. Assim, a captura diminui com o tamanho de partcula at 5-7 m e aumenta, de novo, nas fraes menores. Esses resultados so discutidos em termos de um mecanismo de difuso como fenmeno predominante nos mecanismos de adeso bolha-partcula.
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Uma nova rede de polmeros interpenetrantes (IPN) baseada em poliuretana de leo de mamona e poli(etileno glicol) e poli(metacrilato de metila) foi preparada para ser utilizada como eletrlito polimrico. Os seguintes parmetros de polimerizao foram avaliados: massa molecular do poli(etileno glicol) (PEG), concentrao de PEG e concentrao de metacrilato de metila. As membranas de IPN foram caracterizadas por calorimetria diferencial de varredura (DSC) e espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier (FT-IR). Os eletrlitos de redes de polmeros interpenetrantes (IPNE) foram preparados a partir da dopagem com sal de ltio atravs do inchamento numa soluo de 10% em massa de LiClO4 na mistura de carbonato de etileno e carbonato de propileno na razo mssica de 50:50. As IPNEs foram caracterizadas por espectroscopia de impedncia eletroqumica e Raman. As IPNEs foram testadas como eletrlito polimrico em supercapacitores. As células capacitivas foram preparadas utilizando eletrodos de polipirrol (PPy). Os valores de capacitncia e eficincia foram calculados por impedncia eletroqumica, voltametria cclica e ciclos galvonostticos de carga e descarga. Os valores de capacitncia obtidos foram em torno de 90 F.g-1 e eficincia variou no intervalo de 88 a 99%. Os valores de densidade de potncia foram superiores a 250 W.kg-1 enquanto que a densidade de energia variou de 10 a 33 W.h.kg-1, dependendo da composio da IPNE. As caractersticas eletroqumicas do eletrlito formado pela IPN-LiClO4 (IPNE) foram comparadas aos eletrlitos polimricos convencionais, tais como poli(difluoreto de vinilideno)-(hexafluorpropileno) ((PVDF-HFP/LiClO4) e poliuretana comercial (Bayer desmopan 385) (PU385/LiClO4). As condutividades na temperatura ambiente foram da ordem de 10-3 S.cm-1. A capacitncia da célula utilizando eletrodos de PPy com eletrlito de PVDFHFP foi de 115 F.g-1 (30 mF.cm-2) e 110 F.g-1 (25 mF.cm-2) para a célula com PU385 comparadas a 90 F.g-1 (20 mF.cm-2) para a IPNE. Os capacitores preparados com eletrlito de IPNE apresentaram valores de capacitncia inferior aos demais, entretanto provaram ser mais estveis e mais resistentes aos ciclos de carga/descarga. A interpenetrao de duas redes polimricas, PU e PMMA produziu um eletrlito com boa estabilidade mecnica e eltrica. Um prottipo de supercapacitor de estado slido foi produzindo utilizando eletrodos impressos de carbono ativado (PCE) e o eletrlito polimrico de IPNE. A tcnica de impresso de carbono possui vrias vantagens em relao aos outros mtodos de manufatura de eletrodos de carbono, pois a rea do eletrodo, espessura e composio so variveis que podem ser controladas experimentalmente. As células apresentaram uma larga janela eletroqumica (4V) e valores da capacitncia da ordem de 113 mF.cm-2 (16 F.g-1). Mtodos alternativos de preparao do PCE investigados incluem o uso de IPNE como polmero de ligao ao carbono ativado, estes eletrodos apresentaram valores de capacitncia similares aos produzidos com PVDF. A influncia do nmero de camadas de carbono usadas na produo do PCE tambm foi alvo de estudo. Em relao ao eletrlito polimrico, o plastificante e o sal de ltio foram adicionados durante a sntese, formando a IPNGel. As células apresentaram alta capacitncia e boa estabilidade aps 4000 ciclos de carga e descarga. As membranas de IPN foram testadas tambm como reservatrio de medicamento em sistemas de transporte transdrmico por iontoforese. Os filmes, mecanicamente estveis, formaram gis quando inchado em solues saturadas de lidocaina.HCl, anestsico local, em propileno glicol (PG), poli(etileno glicol) (PEG400) e suas misturas. O grau de inchamento em PG foi de 15% e 35% em PEG400. Agentes qumicos de penetrao foram utilizados para diminuir a resistncia da barreira causada pela pele, dentre eles o prprio PG, a 2-pirrolidinona (E1) e a 1-dodecil-2-pirrolidinona (E2). Os gis foram caracterizados por espectroscopia de impedncia eletroqumica e transporte passivo e por iontoforese atravs de uma membrana artificial (celofane). O sistema IPN/ lidocaina.HCl apresentou uma correlao linear entre medicamento liberado e a corrente aplicada. Os melhores resultados de transporte de medicamento foram obtidos utilizando o PG como solvente.
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A doena de Marek (MD), causada por um alfaherpesvrus, uma enfermidade linfoproliferativa que acomete principalmente galinhas. Como no existe tratamento, a melhor forma de preveno e controle da MD atravs do uso de vacinas atenuadas, que vm sendo usadas desde 1970. Este trabalho descreve a anlise de vacinas vivas congeladas contra o sorotipo 3 do vrus da doena de Marek (herpesvrus de peru HVT) por PCR em tempo real (qPCR) e por cultivo em células de embrio de galinha. Foram avaliadas trs vacinas (cepa FC126) provenientes de distintos fabricantes. As anlises da homogeneidade inter e intra-lote apresentaram, respectivamente, mdia desvio padro de 2,6 1,7%, 2,1 1,1% e 1,2 0,1% e mdia desvio padro de 1,5 0,1%, 1,2 0,8% e 1,0 0,3% para A, B e C, respectivamente. A qPCR subestimou os ttulos das vacinas concentradas 4x e superestimou os ttulos das vacinas diludas 8x, enquanto o cultivo celular superestimou os ttulos das vacinas concentradas. As vacinas apresentaram quantidades diferentes de células/dose e unidade formadoras de placa/dose. Conseqentemente, a relao PFU/célula tambm foi diferente, o que demonstra a necessidade de construo de curvas diferentes, para cada fabricante, para a titulao por qPCR.
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A relao entre as concentraes intracelulares de glutationa (GSH) e dissulfeto de glutationa (GSSG), dita o estado redox celular que, por sua vez, modula a atividade de muitos genes e protenas sensveis s alteraes de potencial redox. As protenas de choque trmico (HSP) so fundamentais na defesa contra o estresse oxidativo e em processos de reparo celular. J a bomba GS-X codificada pelo gene MRP1 pode regular o estado redox celular exportando dissulfeto de glutationa (GSSG), prevenindo o estresse oxidativo. Nosso objetivo foi verificar a expresso de HSP70, da bomba MRP1 e sua atividade, bem como o metabolismo da glutationa (GSH) no miocrdio e gastrocnmio de ratos submetidos ao exerccio agudo e ao treinamento fsico de natao. Ratos machos Wistar, separados em controle e exerccio (n=6; treinamento de uma semana, com carga de 5% do peso corporal na cauda, temperatura da gua 30C). Aps o exerccio os ratos foram sacrificados e o msculo cardaco e gastrocnmio retirados. Para anlise do estado redox, foram utilizadas tcnicas bioqumicas de anlise do contedo intracelular de GSH e GSSG; para anlise da expresso de HSP70 e MRP1 foram utilizadas tcnicas de SDS-PAGE e Western blotting. A atividade da bomba MRP1 foi medida por tcnicas espectrofotomtricas em membranas isoladas dos msculos em estudo. Os resultados foram expressos como mdia desvio padro da mdia. Foi utilizado o teste de anlise de varincia complementado com o teste de comparaes mltiplas de Student-Newmann-Keus, para p < 0,05. Na anlise do estado redox celular ([GSSG]/[GSH]), o miocrdio no apresentou mudanas significativas, enquanto que o gastrocnmio do grupo exerccio demonstrou aumento nesta modalidade indicando estresse (controle: 0,424 0,056 e exerccio: 3,775 0,466). Com relao expresso de HSP70 (unidades arbitrrias), o miocrdio no apresentou diferena, enquanto o gastrocnmio do grupo exerccio obteve um aumento significativo (controle 0,602 0,047 e exerccio 0,807 0,224). Na expresso da MRP1, o corao apresentou diferena significativa (controle: 0,360 0,028 e exerccio: 0,800 0,094), enquanto o gastrocnmio no. A atividade da bomba MRP1 foi 21,4% maior no corao, e essa atividade foi diminuda pelo treinamento em 27,76% em relao ao controle. Os dados obtidos indicam que o miocrdio parece estar mais protegido do que o gastrocnmio contra o estresse oxidativo induzido pelo exerccio por apresentar maior expresso e atividade da bomba MRP1, uma vez que esta previne o acmulo de GSSG intracelular bombeando o mesmo para o exterior da célula.
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O principal objetivo da tese foi desenvolver um modelo matemtico computacional espacialmente explcito, de autmatos celulares (CA), capaz de simular a dinmica de vegetao campestre sob pastejo, descrita por tipos funcionais de plantas (PFTs), ao invs de espcies. Com dados obtidos a campo, utilizou-se um mtodo recursivo de identificao polittica de PFTs a partir de atributos morfolgicos das plantas, de forma a expressar mxima correlao com diversidade de espcies. A alternncia entre condies experimentais de exposio e excluso de pastejo permitiu produzir variao em padres espaciais e temporais da composio da vegetao descrita por esses PFTs. A seguir buscou-se modelar a dinmica da vegetao. Assumiu-se que a dinmica da vegetao, embora complexa, pudesse ser simulada a partir de mecanismos relativamente simples incorporados a um modelo CA formado por uma grade de células (comunidades). Cada célula tem uma dada composio de PFTs a qual se altera a cada passo no tempo conforme a composio da prpria célula e da vizinhana e matrizes de transio determinadas empiricamente com os dados experimentais. A dinmica simulada da composio de comunidades excludas do pastejo mostrou determinismo no sentido de um PFT nico, caracterstico daquelas comunidades. A mesma tendncia no foi observada nas simulaes de comunidades sempre pastejadas. Os resultados indicam uma razovel concordncia entre a dinmica simulada e real, para as comunidades excludas; e uma discordncia para as comunidades sempre pastejadas. Sugere-se que diferenas no arranjo espacial inicial das comunidades motivam falhas do modelo sob pastejo. O Institut National de la Recherche Agronomique (INRA), na Frana, vem desenvolvendo um modelo simulador multi-agente espacializado como objetivo de representar realisticamente o manejo da vegetao campestre natural sob diferentes regimes de pastejo. Ele foi concebido como uma ferramenta de pesquisa para explorar o comportamento animal em pastagens heterogneas Nesse modelo implcito e determinstico, uma definio funcional de trs diferentes comunidades vegetais foi introduzida objetivando simular a dinmica de pastagens multi-espcies. Isto foi feito pela intercambio de parmetros do modelo com atributos funcionais da comunidade. Do ponto vista conceptual o modelo apresentou boa resposta e parece adequado para simular a dinmica de uma vegetao campestre por atributos funcionais. O modelo apresentou um bom ajuste aos dados experimentais para alto nvel de utilizao, mas no to bom para mdio e baixo nvel de pastejo, ou seja, comunidades vegetais mais heterogneas. Refora-se a idia de que mais modelos que levem em conta a estrutura horizontal da vegetao so necessrios.
Resumo:
Durante a respirao celular, cerca de 1 a 3% do oxignio metabolizado produz espcies reativas de oxignio (ERO). Entretanto, para defender o organismo do efeito dessas espcies, existem vrios sistemas antioxidantes, dependendo do organismo, da célula ou do tecido em questo. A Vitamina A (retinol) e seu derivados exercem uma infinidade de efeitos em diversos processos biolgicos, destacando-se a embriognese, viso, regulao de processos inflamatrios, crescimento, proliferao e diferenciao de células normais e neoplsicas. Embora o potencial antioxidante da vitamina A e carotenides tenha sido descrito primeiramente, sabe-se hoje que, sob diferentes condies, essas molculas podem se comportar de uma maneira pr-oxidante. Por isso, atualmente so melhores descritas como molculas redox ativas. Apesar dos nossos trabalhos anteriores demonstrarem um efeito pr-oxidante do retinol em culturas de células de Sertoli, o mecanismo exato pelo qual esse efeito verificado permanece a ser elucidado. Uma vez que o cido retinico (AR) o metablito mais ativo do retinol, foram verificados os efeitos da suplementao de AR em culturas de células de Sertoli, com o objetivo de verificar se os efeitos anteriormente observados com o retinol devem-se metabolizao do mesmo a AR. Nossos resultados mostraram que o AR em baixas doses no aumentou os nveis de TBARS. Alm disso, na concentrao de 1 nM o AR foi capaz de diminuir os nveis de TBARS. Entretanto, quando as células foram tratadas com altas doses de AR foi observado um aumento destes nveis, alm de uma diminuio da viabilidade celular. Uma vez que altas doses de AR induziram um aumento na lipoperoxidao e diminuram a viabilidade celular, ns decidimos investigar somente os efeitos de doses fisiolgicas (nM) de AR. Foram dosadas as atividades da SOD, CAT e GPx em células de Sertoli tratadas com AR. A atividade da SOD encontrou-se aumentada em todas as doses testadas. A atividade da GPx mostrou-se aumentada nas células tratadas com 0,1 nM, 1 nM e 10 nM e a atividade da CAT aumentou somente com 1 nM de AR. Esses resultados sugerem que o AR em doses fisiolgicas aumenta a atividade das enzimas antioxidantes, protegendo, assim, as células do estresse oxidativo, como pode ser observado nos ndices de lipoperoxidao e viabilidade celular. Todavia, o mecanismo pelo qual o AR induz a gerao de ERO desconhecido. Ento ns decidimos verificar a ao anti ou pr-oxidante in vitro do AR. Na concentrao suprafisiolgica de 10 M, AR foi capaz de degradar a 2-deoxiribose, um substrato especfico do radical hidroxil, sugerindo que a auto-oxidao do mesmo capaz de gerar radicais livres. Alm disso, o potencial antioxidante total do AR foi avaliado: altas concentraes de AR (110 M) aumentaram a gerao de radicais livres. Esses resultados demonstram, pela primeira vez, que o cido retinico capaz de gerar radicais livres e sugerem, pelo menos em parte, que alguns efeitos induzidos por AR podem ser mediados por ERO geradas a partir da degradao espontnea do cido retinico. Classicamente, os efeitos biolgicos dos retinides esto relacionados sua converso em cido retinico atravs da modulao da expresso de genes. Entretanto, recentes trabalhos tm demonstrado que os retinides possuem aes biolgicas que no envolvem sua interao com receptores nucleares. Assim, alguns autores sugerem que o mecanismo de regulao dos retinides tambm seja por modificao do estado redox celular. As concentraes de AR utilizadas nesse trabalho variaram de faixa do fisiolgico at a do farmacolgico. Sabe-se que as células de Sertoli sintetizam AR a partir do retinol circulante; isso pode ser uma das explicaes dos efeitos observados em células de Sertoli tratadas com altas doses de retinol, uma vez que a metabolizao de grandes concentraes de retinol poderia acarretar uma grande formao de cido retinico.
Resumo:
O exame de sangue um dos procedimentos de anlises clnicos mais utilizados pelo largo espectro de anomalias que consegue detectar. A contagem de células de sangue, objeto deste trabalho, um destes exames. A contagem manual feita por um operador que examina ao microscpio, com ampliao adequada, uma amostra eventualmente tratada ou colorida. Ainda hoje h casos em que contagem manual necessria mas cada vez mais freqente a utilizao da contagem automtica, feita atravs de citmetro de fluxo. Esta dissertao aborda um sistema de contagem de células do sangue por processamento digital de imagens e pode ser automtico ou semi-automtico. O projeto fruto de uma parceria entre o LaPSIDELET e o HCPA. Deste projeto surgiu o SAIMO (Sistema de Aquisio de Imagens para uso em Microscopia ptica). No estgio atual o SAIMO possui algumas limitaes no controle de posicionamento e no campo de viso limitado. O controle de posicionamento atual fica a cargo do operador: no h informao sobre as imagens j adquiridas, podendo ocorrer sobreposio. Devido limitao do campo de viso, vrias aquisies devem ser feitas para se obter o nmero mnimo de células recomendado. Alm disso, h um possvel aumento de erro de contagem associado s imagens parciais de célula presentes nas bordas das imagens. Este trabalho tem como proposta solucionar o problema de controle de posicionamento das aquisies, com a localizao da cena durante a captura da imagem. Alm disso, proposta uma tcnica de composio de mosaico com as imagens adquiridas, reduzindo os problemas causados pelo campo de viso limitado. Tambm so propostos mtodos de prprocessamento apropriados s imagens adquiridas, que proporcionam a reduo do tempo das tarefas subseqentes. O mtodo de validao das localizaes verifica se as coordenadas encontradas por este processo so consistentes. Os resultados obtidos mostraram que o mtodo rpido na localizao e eficiente na composio do mosaico, podendo ser utilizado como parte de um sistema de contagem de células por processamento digital de imagens.
Resumo:
Estresse oxidativo um desequilbrio entre a gerao de radicais livres e a capacidade de defesa do sistema antioxidante endgeno. Sabe-se tambm que o acmulo extracelular de aminocidos excitatrios leva a uma exacerbada estimulao de seus receptores, provocando insultos oxidativos no crebro e pode levar a uma srie de eventos que podem ser os causadores de diversas patologias como isquemia e doenas neurodegenerativas. A adenosina, ao ligar-se aos seus receptores, age como neuromoduladora da liberao desses neurotransmissores, protegendo as células contra o estresse oxidativo. Alem disso, sabe-se que a ativao de receptores de adenosina promove um aumento da atividade de enzimas antioxidantes. A Cafena tem sua principal ao farmacolgica atravs do antagonismo no seletivo dos receptores de adenosina, causando o bloqueio dos mesmos, e neste caso leva ao acmulo de neurotransmissores no meio extracelular. Entretanto em altas concentraes, ela pode, por si s, ter ao antioxidante, seqestrando radicais livres e, desta maneira, protegendo a célula do dano oxidativo. Por outro lado, alguns estudos demonstram que ela tambm pode ter ao pr-oxidante, quando em presena de altas concentraes de ons cobre e pode ter ao pr-apopttica, via ativao da caspase 3. O objetivo deste trabalho foi a caracterizao do efeito da ingesto crnica de cafena (1g/L) por 7dias, sobre a atividade de enzimas de defesa antioxidantes (CAT, GSH-Px, SOD) em homogenato de hipocampo, cerebelo e estriado de ratos Wistar adultos. Ns tambm medimos a produo de radicais livres e a peroxidao de lipdeos Os resultados obtidos demonstraram que cafena, administrada cronicamente, causa um aumento na peroxidao dos lipdeos de membranas e uma diminuio nas atividades das enzimas antioxidantes SOD e GSH-Px, nas trs estruturas analisadas quando comparadas ao controle, porm no foi observada alterao na atividade da catalase. Alm disso, no encontramos alterao nos nveis de produo de radicais livres. Portanto, embora alguns trabalhos demonstrem que a ingesto crnica de cafena pode ter uma ao neuroprotetora, em nosso trabalho ns demonstramos que cafena pode potencialmente provocar dano celular em estruturas cerebrais atravs da diminuio das enzimas antioxidantes. Provavelmente, esse efeito seja devido a uma diminuio da expresso e/ou nmero de receptores de adenosina (A1 ou A2) ou a cafena est agindo somente como antagonista competitivo, bloqueando a ao da adenosina endgena. Outros experimentos so necessrios para comprovar esta hiptese.