915 resultados para 2003-09-BS
Resumo:
Caracteriza-se neste estudo a estrutura das comunidades fitobentônicas em cinco locais da baía de Sepetiba, RJ. Foram realizadas amostragens do tipo destrutiva desde a região mais interna da baía, sujeita diretamente aos impactos antrópicos locais, até a região próxima ao mar aberto, onde a interferência humana é reduzida, em quatro épocas do ano de 1999 (janeiro, maio, agosto e novembro). Para comparação dos resultados foram utilizados: o número total de espécies, a biomassa total, a diversidade (H') e a equitabilidade (J). Foram identificados 96 táxons, sendo 61 rodofíceas, 18 clorofíceas, 15 feofíceas e duas cianofíceas. O maior número de táxons (65) e os mais elevados valores de biomassa (492,4 g.m-2) foram observados no ponto 5, situado na Ponta da Marambaia. Ficou evidenciado o aumento da diversidade da região mais interna da baía em relação ao local mais próximo ao oceano. Sargassum spp. apresentaram a maior biomassa, seguida por Padina gymnospora e outras algas de menor porte como Hypnea spp., Gelidium pusillum, Pterocladiella caerulescens e Gelidiopsis spp. A utilização do método destrutivo permitiu uma caracterização detalhada da composição e da estrutura das comunidades fitobentônicas da baía de Sepetiba, facilitando no futuro, a identificação das mudanças impostas às comunidades através de abordagens metodológicas mais simples.
Resumo:
Immature and mature leaves of juvenile and adult plants of Araucaria angustifolia (Araucariaceae) were observed with the objective of updating the morphoanatomical data of the leaves of this species, which were restricted to basic descriptions in previous studies. The observations, made in optical allowed to establish anatomical differences among mature leaves of juvenile and adult plants in relation to the number of palisade parenchimal layers, the number of compartmented cells and the transfusion tissue development. Epidermis, the albuminous cells, the phloem, and the transfusion tissue descriptions are in disagreement with the data obtained data by different authors. The epidermal tissue and the hypodermis differ entirely when the plant is still juvenile, being inferred that these tissues would soon perform the protection function against mechanical damages and water loss, the vital characteristics during the first development months of young offspring.
Resumo:
Foram examinados os grãos de pólen de sete exsicatas de C. echinata. O material polínico foi acetolisado, medido, descrito e fotodigitalizado sob microscopia óptica e microscopia eletrônica de varredura. Os grãos de pólen de C. echinata são, médios a grandes, suboblatos a oblato-esferoidais, âmbito circular, 3-brevicolporados, colpo com margem bem larga, microrreticulada, formada por um afinamento da sexina nessa região, endoabertura lolongada, exina reticulada e heterorreticulada.
Resumo:
A diversidade, estrutura e distribuição espacial de palmeiras em um cerrado sensu stricto foi estudada. Os dados foram coletados em 21 parcelas de 20 × 50 m distribuídas aleatoriamente em 152 ha (400 × 3800 m). Os diâmetros foram adquiridos a 0,10 m acima do nível do solo. Registraram-se o estágio reprodutivo e a altura dos indivíduos. Foram identificadas seis espécies de palmeiras, totalizando 1671 indivíduos em 2,1 ha. A densidade total das espécies foi de 795,7 palmeiras.ha-1, destacando-se Syagrus flexuosa (Mart.) Becc. (41,2%), S. petraea (Mart.) Becc. (21,7%) e S. comosa (Mart.) Mart. (11,2%). As mais freqüentes foram S. flexuosa e Allagoptera leucocalyx (Drude) O. Kuntze. A área basal total foi de 0,51 m².ha-1. S. flexuosa teve o maior VI. A distribuição de alturas e diâmetros foi quase unimodal para todas as espécies. O coeficiente de correlação entre diâmetro e altura foi baixo (r = 0,0002 a 0,1247). Syagrus comosa apresentou a maior altura (380 cm). Butia archeri destacou-se em diâmetro (6,8-21 cm). Todas as espécies apresentaram-se férteis, destacando-se B. archeri (100%). Todas as espécies tiveram padrão de dispersão agregado. Uma classificação por TWINSPAN (autovalor 0,501), separou dois grupos: B. archeri, S. comosa e S. petraea, como preferenciais para um grupo de parcelas, e A. campestris, A. leucocalyx e S. flexuosa, como menos agregada. Conclui-se que o cerrado apresenta uma rica e abundante flora de palmeiras com diferenças morfológicas e estruturais que precisam ser melhor conhecidas para se determinarem padrões da diversidade e estrutura de palmeiras para o bioma.
Resumo:
Embora aves e macacos freqüentemente se alimentem dos mesmos frutos, a qualidade da dispersão de sementes produzida por estes animais pode diferir em vários aspectos. Um desses aspectos é o padrão de deposição de sementes ou o modo como as sementes são depositadas no ambiente; aves tendem a depositar sementes isoladas enquanto os macacos as depositam agrupadas. Neste trabalho investigou-se, para duas espécies de Myrtaceae da Mata Atlântica (Gomidesia anacardiifolia e Marlierea obscura) cujos frutos possuem características ornitocóricas, mas que na natureza são comidos por aves e macacos, a sobrevivência de sementes e plântulas experimentalmente arranjadas de modo a simular os padrões de deposição de sementes produzidos por estes dispersores. Ao final de seis meses de acompanhamento, os resultados indicaram diferenças entre os tratamentos isolado e agrupado na sobrevivência de sementes e plântulas consideradas separadamente. A magnitude e direção de tais diferenças, entretanto, variaram interespecificamente. Ao analisar as duas fases (semente e plântula) em conjunto, concluiu-se que, para ambas as espécies de plantas, o padrão de deposição isolado deve produzir um balanço entre número de sementes dispersadas e número de plântulas estabelecidas mais favorável que o padrão agrupado. Isto sugere que, em comparação com macacos, as aves otimizam o esforço reprodutivo das plantas pesquisadas.
Resumo:
Objetivou-se verificar, em condições de campo, até que ponto a presença de SO2 no ar, na região do polo industrial de Cubatão, pode causar alterações no crescimento de plantas jovens de T. pulchra. Durante 1997, expuseram-se as plantas envasadas por três períodos consecutivos de 16 semanas, em três locais: vale do rio Pilões (RP; sob baixos níveis de SO2); Caminho do Mar e vale do rio Mogi (CM e VM respectivamente; sob baixos níveis de SO2). Após cada exposição, o acúmulo foliar de enxofre e alterações em variáveis de crescimento e de biomassa foram determinados e as relações entre essas variáveis foram testadas estatisticamente. Verificouse acúmulo foliar significativo de enxofre nas plantas do CM (exposições 1 a 3) e nas do VM (exposições 2 e 3). Os padrões de crescimento das plantas foram modificados nas plantas do CM e VM, destacando-se altura, número de folhas e de ramos. A biomassa variou pouco entre as plantas dos três locais, mas houve redução significativa na razão raízes/parte aérea nas plantas dos locais poluídos (exposições 1 e 3). A desaceleração do crescimento em altura e a diminuição em biomassa de caules+ramos e de raízes (exposição 2) e a intensificação do crescimento em altura, da produção de folhas e da ramificação, e a redução no número de folhas no caule principal, na biomassa de raízes e na razão raízes/parte aérea (exposição 3) foram significativamente explicadas pelo acúmulo foliar de enxofre (p < 0,01).
Resumo:
Este estudo foi realizado em 14 áreas de floresta com Araucária, sob clima Cfb, com valores médios anuais de precipitação de 1.450 mm e de temperatura 16,7 ºC. Foram registradas 106 espécies epifíticas (10 exóticas) distribuídas em 21 famílias. Orchidaceae (35 espécies), Polypodiaceae (14 spp.) e Bromeliaceae (12 spp.) apresentaram maior riqueza específica. O número de espécies nativas por fragmento variou entre 10 e 64. A riqueza dos epífitos vasculares em Floresta Ombrófila Mista é menor que em Floresta Ombrófila Densa, e maior que em florestas estacionais brasileiras. As variações climáticas, o tipo de cobertura vegetacional, o grau e intensidade de perturbação nos fragmentos são determinantes na manutenção e incremento das comunidades epifíticas.
Resumo:
O gênero Palicourea Aubl. (Rubiaceae) é restrito aos neotrópicos e inclui aproximadamente 200 espécies de arbustos ou pequenas árvores, que produzem flores tubulares, coloridas e sem odor, dispostas em inflorescências paniculadas e polinizadas por beija-flores, sendo quase todas as espécies distílicas. Homostilia é uma condição rara no gênero. O objetivo do estudo foi caracterizar a biologia reprodutiva de Palicourea macrobotrys Ruiz & Pavon e sua biologia de polinização, avaliando o sistema reprodutivo. O estudo foi desenvolvido na Estação Ecológica do Panga, município de Uberlândia, MG (19°11'10" S e 48°24'35" W), entre os meses de maio de 2000 e maio de 2001. A espécie floresceu de dezembro a junho, e frutificou a partir de março; apresenta inflorescências com cerca de 60 flores hermafroditas, pentâmeras, isostêmones e homostílicas. A flor abre entre 5:00 e 7:00 h e dura cerca de 14 horas. O volume de néctar produzido é de 6,86 µL, com concentração média de açúcares de 18%. Os visitantes florais observados foram formigas, uma espécie de abelha, borboletas e beija-flores, principalmente no período da manhã, entre 7:00 e 12:00 h. O beija-flor Thalurania furcata foi considerado o principal polinizador devido ao seu comportamento na flor e freqüência de visitas. A espécie é autocompatível, sendo que os tubos polínicos atingem o ovário quatro horas após as autopolinizações e as polinizações cruzadas.
Resumo:
Realizou-se o estudo da ontogênese do sistema subterrâneo de P. ahipa com o objetivo de contribuir para o conhecimento da morfologia, bem como do processo de tuberização dos órgãos subterrâneos desta espécie. Amostras das regiões do hipocótilo e da raiz primária foram retiradas em diferentes fases de desenvolvimento da planta e processadas segundo técnica usual. Verificou-se que o sistema subterrâneo de P. ahipa compreende um xilopódio e uma raiz tuberosa. O xilopódio corresponde a uma porção cilíndrica, lenhosa e lignificada, próxima ao solo, da qual surgem novos brotos. Logo abaixo, encontra-se a raiz primária tuberosa, de formato predominantemente fusiforme. O processo de tuberização da raiz resulta da atividade de um câmbio vascular típico, juntamente com câmbios acessórios que surgem a partir da retomada de divisão celular do parênquima do xilema secundário, após a primeira fase do crescimento secundário usual. A ontogênese do xilopódio mostra que este apresenta natureza mista, formando-se a partir do crescimento secundário tanto do hipocótilo quanto da região basal da raiz primária tuberosa.
Resumo:
Brazil's scientific community is under pressure. Each year there is an increase in its contribution to international science and in the number of students who are trained to do research and teach at an advanced level. Most of these activities are carried out in state and federal universities, but with government funding that has decreased by more than 70% since 1996. Interviews with graduate students, post-doctoral fellows and professors in one university department with a strong research tradition illustrate the level of stress engendered by the conflict between increasing competition and diminishing resources, and serve to underscore the negative effects on creativity and on the tendency to choose science as a career.
Resumo:
The cardiovascular protective actions of estrogen are partially mediated by a direct effect on the vessel wall. Estrogen is active both on vascular smooth muscle and endothelial cells where functionally competent estrogen receptors have been identified. Estrogen administration promotes vasodilation in humans and in experimental animals, in part by stimulating prostacyclin and nitric oxide synthesis, as well as by decreasing the production of vasoconstrictor agents such as cyclooxygenase-derived products, reactive oxygen species, angiotensin II, and endothelin-1. In vitro, estrogen exerts a direct inhibitory effect on smooth muscle by activating potassium efflux and by inhibiting calcium influx. In addition, estrogen inhibits vascular smooth muscle cell proliferation. In vivo, 17ß-estradiol prevents neointimal thickening after balloon injury and also ameliorates the lesions occurring in atherosclerotic conditions. As is the case for other steroids, the effect of estrogen on the vessel wall has a rapid non-genomic component involving membrane phenomena, such as alteration of membrane ionic permeability and activation of membrane-bound enzymes, as well as the classical genomic effect involving estrogen receptor activation and gene expression.
Resumo:
The etiopathogenesis of vulvar intraepithelial neoplasia (VIN III) and invasive squamous cell carcinoma are largely unknown. Since there are few studies on Brazilian patients, our purpose was to determine the frequency of human papillomavirus (HPV) infection and the expression of p53 in these lesions, and associate them with other factors such as age, morphological subtypes, multicentric and multifocal disease. Thirty-eight cases of VIN III, nine of superficially invasive carcinoma, and 55 of invasive vulvar carcinoma were retrospectively evaluated from 1983 to 1995 for the presence of HPV by immunohistochemistry and in situ hybridization, and for p53 protein expression by immunohistochemistry on paraffin sections. All cases for whom material (slides and paraffin blocks) and clinical data were available were included. HPV and p53 were detected in 57.9 and 21.1% of the VIN III lesions, 33.3 and 66.7% of superficially invasive carcinomas, and 7.3 and 58.2% of invasive squamous cell carcinomas, respectively. HPV infection was associated with younger age in the VIN III and invasive carcinoma groups. In the latter, HPV infection was associated with the basaloid variant. p53 expression rate was higher in superficially invasive and invasive lesions and was not related to HPV infection. Our findings are similar to others and support the hypothesis that there are two separate entities of the disease, one associated with HPV and the other unrelated, with p53 inactivation possibly being implicated in some of the cases.
Resumo:
Since the discovery of bovine insulin in plants, much effort has been devoted to the characterization of these proteins and elucidation of their functions. We report here the isolation of a protein with similar molecular mass and same amino acid sequence to bovine insulin from developing fruits of cowpea (Vigna unguiculata) genotype Epace 10. Insulin was measured by ELISA using an anti-human insulin antibody and was detected both in empty pods and seed coats but not in the embryo. The highest concentrations (about 0.5 ng/µg of protein) of the protein were detected in seed coats at 16 and 18 days after pollination, and the values were 1.6 to 4.0 times higher than those found for isolated pods tested on any day. N-terminal amino acid sequencing of insulin was performed on the protein purified by C4-HPLC. The significance of the presence of insulin in these plant tissues is not fully understood but we speculate that it may be involved in the transport of carbohydrate to the fruit.
Resumo:
Mechanical forces including pressure and shear stress play an important role in vascular homeostasis via the control of the production and release of a variety of vasoactive factors. An increase in vascular shear stress is accompanied by nitric oxide (NO) release and NO synthase activation. Previously, we have demonstrated that shear stress induces angiotensin-I converting enzyme (ACE) down-regulation in vivo and in vitro. In the present study, we determined whether NO participates in the shear stress-induced ACE suppression response. Rabbit aortic endothelial cells were evaluated using the NO synthase inhibitor L-NAME, and two NO donors, diethylamine NONOate (DEA/NO) and sodium nitroprusside (SNP). Under static conditions, incubation of endothelial cells with 1 mM L-NAME for 18 h increased ACE activity by 27% (from 1.000 ± 0.090 to 1.272 ± 0.182) while DEA/NO and SNP (0.1, 0.5 and 1 mM) caused no change in ACE activity. Interestingly, ACE activity was down-regulated similarly in the presence or absence of L-NAME (delta(0 mM) = 0.26 ± 0.055, delta(0.1 mM) = 0.21 ± 0.22, delta(1 mM) = 0.36 ± 0.13) upon 18 h shear stress activation (from static to 15 dyn/cm²). Taken together, these results indicate that NO can participate in the maintenance of basal ACE levels in the static condition but NO is not associated with the shear stress-induced inactivation of ACE.