1000 resultados para . Seguridade social
Resumo:
O formalismo (a diferena entre o que a lei versa e a conduta concreta, sem que tal diferena implique punio para o infrator da lei) existe em diferentes graus nas mais diversas sociedades do mundo. Tal fato considerado a principal causa do jeitinho. Entretanto, caractersticas socioculturais brasileiras por ns levantadas corroboram com o formalismo para a existncia do jeitinho em nosso pas. O jeitinho o tpico processo por meio do qual algum atinge um dado objetivo a despeito de determinaes contrrias (leis, ordens, regras etc.). Ele usado para "driblar" determinaes que, se fossem levadas em conta, impossibilitariam a realizao da ao pretendida pela pessoa que o solicita, valorizando, assim, o pessoal em detrimento do universal. Ele pode ser considerado uma caracterstica cultural brasileira. A cultura vista como um mecanismo de controle social (Geertz, 1989). Assim, neste artigo, discutiremos como o jeitinho pode ser encarado como controle social pela competio econmica (sucesso) e pelo amor.
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Este artigo analisa algumas das mudanas que vm ocorrendo no ambiente socioorganizacional e as respostas que as grandes empresas tm dado a elas, especialmente desenvolvendo um imaginrio prprio que busca a sua legitimao como ator social central.
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No incio deste artigo, descrevemos os diversos tipos de identidade social formados a partir das relaes de trabalho e os associamos a dois modelos de gesto de recursos humanos: o Modelo Instrumental e o Modelo Poltico. Pretendemos mostrar como as prticas de gesto prprias aos modelos citados esto relacionadas com o grau de autonomia e diferenciao de suas identidades atingido pelos atores sociais nas organizaes. Aps apresentar resumidamente o mtodo da Anlise Comparativa Contnua e os pressupostos metodolgicos que embasaram este artigo, relatamos um estudo de caso realizado em uma empresa francesa do setor de informtica. Conclumos que atores sociais autnomos, acostumados ao Modelo Poltico de Gesto de Recursos Humanos, tm dificuldades em aceitar mudanas que implementem prticas gerenciais mais restritivas, prprias ao Modelo Instrumental. Nesse tipo de situao, a resistncia dos atores sociais pode ameaar a consolidao do processo de mudana organizacional.
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O capital social tem sido considerado uma fora impulsionadora no surgimento e crescimento de novas organizaes. Esta pesquisa investiga os efeitos do capital social sobre os projetos de empresas nascentes, conduzidos por equipes empreendedoras. Usando uma amostra de 33 equipes empreendedoras nascentes, o estudo explora: 1) a estrutura social interna da equipe, refletida pelos padres de comunicao e sentimentos entre seus membros; e 2) a estrutura social externa da equipe, refletida na diversidade de laos que seus membros mantm com terceiros e que influencia no avano de uma idia para negcios. Concluiu-se que equipes com elevado capital social externo apresentam um desempenho superior, ao passo que os resultados empricos no sustentaram que o capital social interno seja melhor para o desempenho da equipe.
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O objetivo deste artigo analisar, em uma perspectiva comparada, a administrao pblica gerencial e a administrao pblica societal, propondo uma agenda de pesquisa para futuras investigaes. Examinamos os antecedentes e as caractersticas desses modelos de gesto pblica. Em seguida, comparamos os modelos a partir de seis variveis de observao: a origem, o projeto poltico, as dimenses estruturais enfatizadas na gesto, a organizao administrativa do aparelho do Estado, a abertura das instituies participao social e a abordagem de gesto. Por fim, enfatizamos os limites e os pontos positivos de cada um dos modelos, alm de enfatizarmos a necessidade de aprofundamento dos estudos sobre a administrao pblica societal e a abordagem de gesto social.
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O objetivo do artigo identificar como uma empresa multinacional de papel e celulose desenvolve programas sociais em uma regio compreendida por 47 municpios no estado de Minas Gerais. A escolha da empresa X foi definida pela sua importncia na indstria mineira, bem como pelo destaque dado aos programas sociais da empresa no meio empresarial, que vivencia iniciativas centralizadas de incentivo ao voluntariado. Foi realizada uma pesquisa bibliogrfica sobre a concepo da responsabilidade social empresarial e uma pesquisa de campo qualitativa com agentes sociais na regio de atuao da empresa. A metodologia empregada na pesquisa foi construda por meio de um conjunto de entrevistas semiestruturadas, utilizando a anlise do discurso como tcnica para pontuao das concluses do trabalho. Os resultados demonstram que a prtica da responsabilidade social se situa num contexto mais significativo que o mero discurso empresarial.
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O artigo aborda o setor coureiro-caladista do Vale do Rio dos Sinos no Rio Grande do Sul e investiga como o mecanismo estrutural de imerso social influencia a ao econmica do setor. O objetivo analisar como os tipos de laos, a posio e a arquitetura da rede afetam a ao econmica. O mtodo adotado foi o estudo de caso, cuja abordagem longitudinal permitiu uma anlise histrica desde a colonizao at os dias atuais. Utilizaram-se dados primrios e secundrios, possibilitando identificar mudanas na dinmica competitiva do setor, nos principais atores e nas caractersticas organizacionais. Observou-se que tanto a posio quanto a arquitetura da rede se mostraram relevantes para a ao econmica, pois tanto criaram oportunidades como limites. A constituio e os tipos de laos foram relevantes para compreender as decises sobre a escolha de parceiros para formar sociedade ou fazer negcios, e entender a relao entre os prprios empresrios e entre os empresrios e os funcionrios.
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O problema da relao entre os atores e as estruturas sociais onde eles esto imersos fundamental para a teoria sociolgica. Este artigo sugere que o foco "neo-institucionalista" sobre os campos, domnios ou jogos proporciona uma viso alternativa para se pensar sobre esse problema com nfase na construo de ordens locais. Este artigo critica o conceito de atores tanto na escolha racional quanto nas verses sociolgicas dessas teorias. desenvolvida, aqui, uma viso mais sociolgica da ao, chamada de "habilidade social". A idia de habilidade social se origina do interacionismo simblico e definida como a habilidade de induzir a cooperao dos outros. Essa idia elaborada para sugerir o quanto os atores so importantes na construo e na reproduo de ordens locais. Proponho mostrar como seus elementos j informam o trabalho existente. Ao final, demonstro como a idia pode sensibilizar os acadmicos para o papel dos atores no trabalho emprico.
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Uma das questes relevantes no campo dos estudos sobre organizaes sem fins lucrativos entender as particularidades desse fenmeno organizacional. Neste trabalho, recorremos Teoria da Estruturao como quadro terico-conceitual para analis-lo. Propomos como contribuio ao avano do conhecimento no campo o uso do conceito de processos de estruturao, elaborado a partir do trabalho originalmente desenvolvido pelo socilogo britnico Anthony Giddens. O quadro conceitual identifica e analisa as idias contidas nas principais perspectivas tericas na produo acadmica sobre Economia Social e not-for-profi t organizations (NPO). O trabalho apresenta dupla contribuio: oferece - por meio de um estudo de caso - experincia emprica com um quadro de anlise estruturacionista, e avana a discusso sobre particularidades das organizaes sem fins lucrativos como fenmeno organizacional que aumentou em quantidade e em complexidade a partir das duas ltimas dcadas do sculo XX. O conceito de processos de estruturao permite a anlise de paradoxos e conflitos organizacionais, tomando-se a estrutura no como um ente esttico que defi ne restries ao ou limita escopos de autoridade, mas como abstrao que revela como as regras e os recursos de um sistema social se relacionam, num processo definido por Giddens como dualidade da estrutura.
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Capital social discutido no mbito do Consrcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento de Caf. O objetivo investigar a viabilidade de utilizar o capital social como instrumento para explicar o gradiente de recursos do consrcio de que os pesquisadores conseguem se apropriar para seus projetos de pesquisa. Foi desenvolvida e aplicada uma mtrica de capital social para testar a existncia de correlao entre volume de recursos captado e volume de capital social. A anlise sociomtrica de escolhas preferenciais dos pesquisadores e a quantificao da participao desses cientistas em projetos do consrcio permitiram o cmputo de uma grandeza - capital social - que poderia vir a explicar metade da variao da verba obtida pelos cientistas responsveis por projetos de pesquisa na rede.