1000 resultados para adsorção de fósforo
Resumo:
Este trabalho objetivou comparar o crescimento, a absorção de fósforo (P) e a distribuição das frações fosfatadas em mudas de sete espécies florestais classificadas como: pioneiras [aroeira (Lithraea molleoides), aroeirinha (Shcinus terebinthifolius), sabiá (Mimosa caesalpiniaefolia), sesbânia (Sesbania virgata)] ou clímax [jatobá (Hymenaea courbaril), guanandi (Calophyllum brasiliensis) e óleo-bálsamo (Myroxylon peruiferum)]. As plantas foram cultivadas com cinco doses de P (0, 100, 250, 500 e 800 mg dm-3 de P) em casa de vegetação. Aos 90 dias, as plantas foram colhidas, determinando-se a produção de matéria seca e o conteúdo de P da parte aérea e as frações de P total, P inorgânico e P orgânico presentes nas folhas. As espécies apresentaram grande variação no comportamento diante da adubação fosfatada. De modo geral, as espécies pioneiras foram mais eficientes em produzir matéria seca da parte aérea e na absorção de P do que as climácicas. Entre as espécies pioneiras, a aroeira apresentou produção de massa estreitamente relacionada ao acúmulo de P, e as proporções de fósforo inorgânico e orgânico permanecem inalteradas com o aumento da disponibilidade do nutriente. O crescimento de aroeirinha, sesbânia e jatobá não acompanhou a absorção do nutriente que é acumulado na forma de fósforo inorgânico na primeira e fósforo orgânico nas últimas. As espécies clímácicas guanandi e óleo-bálsamo apresentaram maior presença de fósforo orgânico, porém a absorção do nutriente e o crescimento das plantas sofreram pouca interferência da adubação fosfatada.
Resumo:
Objetivou-se, neste trabalho, avaliar o efeito de doses combinadas de N e P no conteúdo de nutrientes, bem como na eficiência nutricional de mudas de canafístula (Peltophorum dubium Spreng. Taub.), em Latossolo Vermelho distroférrico. O experimento foi desenvolvido em vasos de 4 dm³, com os tratamentos dispostos em fatorial 4x4, sendo quatro doses de N - fonte ureia (0; 20,82; 41,64; e 62,46 mg kg-1 de N) e quatro doses de P - fonte superfosfato triplo (0; 41,72; 83,72; e 125,16 mg kg-1 de P2O5), em delineamento experimental de blocos casualizados com três repetições. As maiores doses de N e P proporcionaram maior acúmulo de macronutrientes tanto na parte aérea quanto na raiz, enquanto nos micronutrientes esse efeito foi ocasionado somente pelo P. A espécie apresentou alto requerimento nutricional quanto ao N, utilizou mais eficientemente o P, e o aporte de nutrientes é maior na parte aérea das mudas.
Resumo:
Na Floresta Amazônica, a fotossíntese e o crescimento das árvores podem ser limitados pela disponibilidade de nutrientes. O objetivo deste trabalho foi determinar o efeito do conteúdo de nitrogênio (N) e fósforo (P) foliar na fotossíntese e a eficiência do uso destes nutrientes nas taxas fotossintéticas, bem como avaliar o efeito da luminosidade no crescimento em 10 espécies florestais da Amazônia Central. Os dados foram coletados em janeiro de 2008. A capacidade fotossintética (Apot) foi positivamente relacionada com o conteúdo de N e P, mas a capacidade fotossintética da folha foi responsiva apenas quanto à eficiência no uso do P. Os conteúdos de N e P aumentaram com a irradiância do sub-bosque. Observou-se relação positiva entre o conteúdo de N e a relação N/P, mas a razão N/P não teve efeito na eficiência do uso do P. A área foliar específica Correlacionou negativamente com N e P, e a eficiência no uso do N diminuiu com o aumento da razão N/P, que não teve efeito na eficiência do uso do P. O crescimento em diâmetro aumentou com a luminosidade do sub-bosque. Conclui-se que as arvoretas têm alta sensibilidade às variações no ambiente luminoso e o P é utilizado de forma altamente eficiente nas espécies estudadas.
Resumo:
A canafístula é uma importante espécie florestal nativa, encontrada em áreas de Cerrado, que ainda carece de informações nutricionais e de obtenção de mudas de qualidade. Sendo assim, objetivou-se neste trabalho avaliar os efeitos da adição de N e P sobre o crescimento inicial e qualidade de mudas de canafístula em Latossolo Vermelho distroférrico. O experimento foi desenvolvido em vasos de 4 dm³, com os tratamentos dispostos em fatorial 4x4, sendo quatro doses de N (0; 20,82; 41,64 e 62,46 mg kg-1 de N) e quatro doses de P (0; 41,72; 83,44 e 125,16 mg kg-1 de P2O5), em delineamento experimental de blocos casualizados, com três repetições. Foram avaliadas características de crescimento (altura, diâmetro de caule e massa seca da parte aérea e radicular) e parâmetros de qualidade de mudas (relação altura/diâmetro - RAD; relação massa seca da parte aérea/massa seca de raiz - RPAR, e Índice de Dickson). Houve interação significativa entre as doses de N e P para todas as características de crescimento e parâmetros de qualidade avaliados. As maiores doses de N e P proporcionaram maior crescimento de mudas, no entanto, com relação à qualidade das mudas, o índice de Dickson indicou o fósforo como elemento mais importante.
Resumo:
O experimento foi conduzido em casa de vegetação da Universidade Federal de Minas Gerais, com o objetivo de avaliar o crescimento inicial, a eficiência de uso do P e frações de fósforo em três espécies florestais submetidas a quatro níveis de P. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado em arranjo fatorial (3 x 4) com três repetições. Mudas de gonçalo-alves (Astronium fraxinifolium Schott) e barbatimão (Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville), espécies nativas do Cerrado, e acácia-australiana (Acacia mangium Willd.), espécie exótica, foram cultivadas em Latossolo Vermelho-Amarelo adubado com 0, 150, 300 e 600 mg dm-3 de P.Aos 240 dias após a emergência, as plantas foram avaliadas quanto a altura, diâmetro do colo, produção de matéria seca, fósforo total solúvel em ácido e frações de P. As diferentes doses de fósforo influenciaram o crescimento inicial, a absorção e os teores totais e das frações de P, nas três espécies. A espécie acácia-australiana apresentou maior crescimento em relação às espécies nativas nas maiores doses de P. As espécies do Cerrado, por sua vez, apresentaram maior investimento em raízes e maior armazenamento de fósforo em formas inorgânicas, com destaque para o barbatimão. A relação P inorgânico:P orgânico mostrou-se adequada para a avaliação do status nutricional de P de espécies florestais.
Resumo:
Foram investigados a distribuição do fósforo, o pH e a umidade do solo no bulbo molhado em um Latossolo sem vegetação, após fertirrigação com ácido fosfórico, durante 21 dias. O experimento foi instalado na UNESP/Jaboticabal - SP, em blocos casualizados, com cinco repetições. Os tratamentos foram 0; 30; 60; 90 e 120 kg ha-1 de P2O5, dividindo-se as doses em quatro aplicações semanais, via fertirrigação. Após a última aplicação, foram abertas trincheiras nos bulbos molhados e coletadas amostras de solo em quadrículas de 100 cm². O ácido fosfórico provocou aumento da acidez e elevados teores de fósforo no bulbo, principalmente até 30 cm de distância lateral e até 40 cm de profundidade, em relação ao ponto de gotejamento. O aumento da dose de ácido fosfórico (90 e 120 kg ha-1 de P2O5) provocou maiores teores de fósforo e maior acidificação do solo até 30 cm de distância lateral e até 40 cm de profundidade. A distribuição do fósforo e seu efeito no pH no volume de solo molhado não seguiram a distribuição de umidade no mesmo.
Resumo:
A aplicação de fertilizantes fosfatados, tais como superfosfofato simples, superfosfofato triplo e monofosfato de amônio, via gotejamento, pode apresentar incrustações nas canalizações e obstruções de emissores. No presente trabalho, realizado na UNESP/Jaboticabal - SP, estudaram-se a distribuição do fósforo e a sua influência sobre o pH e a umidade em Latossolo Vermelho, fertirrigado durante um mês, com cinco aplicações semanais de ácido fosfórico. Utilizaram-se quatro repetições e oito tratamentos, constituídos da combinação de doses de P2O5 (0 e 50 kg ha-1) e freqüências de aplicação de 1; 3; 5 e 7 dias. Pelos resultados obtidos, observou-se que a freqüência de irrigação ou de fertirrigação não influenciou na distribuição final da umidade no bulbo molhado; aplicando-se o ácido fosfórico, o pH do solo até 30 cm do gotejador e até 40 cm em profundidade foi reduzido, atingindo valor de 3,6, e o teor de fósforo foi maior nessa mesma porção do bulbo, ultrapassando 1.500 mg dm-3. Isso permite indicar que o ácido fosfórico pode ser utilizado em irrigação localizada, com controle do pH do solo, pois sua redução influencia no desenvolvimento das culturas e, conseqüentemente, na produtividade.
Resumo:
A agricultura de precisão surge como uma importante ferramenta para melhorar o gerenciamento da produção cafeeira, mostrando que o conhecimento de determinadas características do solo, associado à resposta de produtividade do cafeeiro, pode facilitar a aplicação localizada e racional dos insumos, com resultados ambientais e econômicos positivos. Desta forma, o presente trabalho objetivou utilizar ferramentas de agricultura de precisão aliadas a ferramentas da geoestatística para avaliar as variáveis fósforo, potássio e produtividade do cafeeiro, em três safras agrícolas, por meio de análises dos semivariogramas e de mapas de isolinhas interpolados por krigagem, e demonstrar que estas ferramentas são de grande valia para o manejo da cultura do café. Este trabalho foi conduzido na fazenda Brejão, no município de Três Pontas, Minas Gerais, nas safras de 2007/2008, 2008/2009 e 2009/2010, utilizando-se dos atributos químicos do solo, fósforo e potássio, amostrados com o auxílio de um quadriciclo com trado calador e dados de produtividade, que foram obtidos por meio de colheita manual, ambos em pontos georreferenciados. Foi possível caracterizar a magnitude da variabilidade espacial dos atributos em estudo, que apresentaram grande variação no tempo e no espaço. Os melhores ajustes dos semivariogramas permitiram a confecção de mapas mais precisos, contribuindo para a utilização da geoestatística na cafeicultura.
Resumo:
A limitação principal do uso de fosfatos naturais na alimentação de suínos é a presença de flúor que pode ser tóxico quando ingerido por longos períodos. O objetivo deste trabalho foi avaliar os eventuais efeitos deletérios dos fosfatos Monocálcico (MP) e Tapira (TP), sobre porcas e suas proles alimentadas com esses fosfatos durante quatro ciclos reprodutivos consecutivos, comparativamente com o tradicional fosfato bicálcico (DP). Foram usadas 13 porcas alimentadas com FB (testemunha) 16 com MP e 13 com TP. As leitegadas oriundas de cada ciclo também foram alimentados com os respectivos fosfatos até a idade de abate. As seguintes variáveis foram avaliadas: lesões macroscópicas nos dentes das porcas, alterações histológicas no tecido ósseo e nas glândulas tireóide e paratireóide, conteúdo de minerais no tecido ósseo e características morfométricas do osso. Os resultados obtidos mostraram que o uso de TP por 4 ciclos reprodutivos, na alimentação de suínos, provocou lesões de fluorose crônica nos dentes e tecido ósseo das porcas. As leitegadas alimentadas com este fosfato também apresentaram discretas lesões de fluorose, mas somente evidentes no 4º ciclo reprodutivo. Somente algumas alterações inespecíficas ocorreram nos ossos das porcas que receberam o MP.O DP não provocou alterações patológicas no tecido ósseo, tanto nas porcas como nas suas leitegadas.
Resumo:
Na doença renal crônica (DRC) a manutenção da homeostase de água e sódio é o primeiro problema a ser contornado pelo organismo e com o agravamento das lesões renais surgem outros problemas graves relacionados à homeostase de cálcio e fósforo. O presente estudo tem por escopo avaliar a excreção renal de cálcio, fósforo, sódio e potássio, e o perfil sérico destes eletrólitos em cães normais e em cães com DRC naturalmente adquirida. Foram avaliados três grupos de cães adultos, machos ou fêmeas, de raças variadas. Animais normais compuseram o grupo controle (G1) e os cães com DRC foram distribuídos em dois grupos de acordo com os estágios de comprometimento da função renal (G2 e G3, respectivamente, estágios 1-2 e estágios 3-4, descritos pela IRIS 2006 staging CKD). Os cães do G3 apresentaram aumento das concentrações séricas de cálcio ionizado e fósforo, além de diminuição da concentração sérica de sódio. Quanto à excreção renal dos eletrólitos analisados, os animais dos grupos G1 e G2 apresentaram diminuição de carga filtrada e aumento de excreção fracionada, mas as excreções urinárias não variaram significativamente. Os resultados são indicativos de que os rins de cães com DRC podem manter a excreção urinária dos eletrólitos em valores se melhantes aos dos normais. O mecanismo envolve aumento da excreção fracionada na medida em que haja diminuição da filtração glomerular. Esse processo de compensação, entretanto, pode perder a eficiência nos estágios mais avançados da enfermidade no que se refere à manutenção das concentrações séricas de fósforo e sódio.
Resumo:
Foram estudados 104 bubalinos, adultos, sem distinção de raça e sexo, criados extensivamente, sem suplementação, em pastagens nativas de baixa qualidade nutricional, dos municípios de Breves, Cachoeira do Arari, Salvaterra e Soure, Ilha de Marajó, Pará. Realizou-se coleta de amostras de fígado, osso e sangue de 26 animais do município de Salvaterra, 38 animais do município de Soure, 20 animais do município de Breves e 20 animais do município de Cachoeira do Arari. Foram realizadas determinações dos teores de fósforo, no soro sanguíneo e no osso, do percentual de cinzas e da densidade específica no tecido ósseo, e de cobalto, cobre e zinco no tecido hepático. Observou-se que a média das concentrações de fósforo no soro sanguíneo (6,26mg/dl) e no osso (10,77%), a percentagem de cinzas (60,87%) e a densidade específica (1,59g/ml) do osso foram inferiores aos níveis críticos estabelecidos para bovinos, caracterizando deficiência de fósforo. As concentrações médias de cobre (5,57ppm), e zinco (27,05ppm) foram consideradas baixas quando comparadas com valores de referência, caracterizando deficiência para estes elementos. No caso do cobalto, quando se considerou os valores detectáveis e não detectáveis pela metodologia observou-se que 51,92% dos animais apresentaram níveis inferiores aos de referência, demonstrando a ocorrência da deficiência de cobalto nesses animais. Ressalta-se que as deficiências de cobre e zinco demonstraram uma maior gravidade já que todos os animais estudados apresentaram níveis deficientes nesses elementos.
Resumo:
O desempenho produtivo e a possível interferência do flúor sobre a saúde dos animais foram investigados em bovinos Nelore suplementados, por 866 dias, com distintas fontes alternativas de fósforo com diferentes relações fósforo:fluor (P:F). Os tratamentos experimentais foram: Controle negativo (CONTNEG, sem qualquer suplementação com P), fosfato bicálcico (FB 120:1, FB 30:1 e FB 10:1), fosfato monobicálcico (FMBC 60:1), superfosfato triplo (SFT 30:1) e fosfato de rocha de Cajati (FR 10:1). Foram utilizados 49 novilhos, desmamados aos oito meses de idade, castrados e com 230 kg de peso médio, distribuídos em sete piquetes com água e mistura mineral formulada sem P. A dieta padrão foi feita com bagaço de cana (0,03% de P) como volumoso e um concentrado contendo 0,239 % de P oferecido na base de 1% do peso dos animais para permitir um ganho de peso aproximado de 0,50 kg/dia. Até o dia 134, não houve diferença estatística entre os diversos lotes, inclusive para o tratamento CONTNEG, que não recebeu fósforo suplementar na dieta e ganhou 71,6 kg de peso ou 0,633 kg/dia. Após 866 dias de confinamento (2,37 anos), os animais suplementados com o fosfato bicálcico padrão (120:1) ganharam menos peso que os suplementados com as fontes FMCB 60:1, FB 30:1 e SFT 30:1. Até um ano de suplementação fosfórica com fosfato bicálcico padrão (120:1) artificialmente fluoretado com NaF ou com o fosfato de rocha não se detectou danos à saúde ou ao ganho de peso dos animais. As análises de fósforo nos ossos mostraram diferença estatística apenas entre o tratamento CONTNEG e os que tinham fosfato bicálcico. As concentrações de flúor nos ossos se mostraram intimamente associadas à quantidade de flúor disponível nas fontes utilizadas. Conforme a proporção P:F na dieta foi diminuindo, características relacionadas à fluorose dentária ficaram mais evidentes, sendo que os animais que receberam fontes com relação 10:1, apresentaram, ao final do experimento, dentes incisivos permanentes mal formados, quebradiços e com manchas esbranquiçadas.
Resumo:
Resumo: A ovinocultura no Brasil é uma atividade em grande expansão e, com o aumento da demanda mundial por carne ovina, aumentou-se o interesse no monitoramento da sanidade do rebanho, utilizando diversas ferramentas como auxiliares no diagnóstico clínico, tais como os intervalos de referência séricos. Os elementos minerais constituem 2 a 5,5% do corpo dos vertebrados, exercendo diversas funções no organismo. O objetivo deste trabalho foi obter intervalos de referência para os eletrólitos magnésio, fósforo, cloreto e cálcio para ovinos das raças Dorper e Santa Inês. Foram coletados soros de 487 animais clinicamente sadios, sendo 146 da raça Dorper e 341 da raça Santa Inês. Os eletrólitos foram mensurados utilizando-se kits comerciais. Os dados foram analisados quanto à raça, sexo e idade, e os intervalos de referência determinados. Os resultados revelaram diferenças significativas nos intervalos de referência obtidos para os eletrólitos cálcio e magnésio na variável raça, e para o eletrólito fósforo na variável faixa etária e, quando confrontados com valores de referência já publicados, comprovou-se a existência de diferença estatística significativa entre os mesmos em todos os analitos estudados.
Resumo:
O presente experimento, inteiramente casualizado, foi desenvolvido em condições de laboratório no Departamento de Defesa Fitossanitária, FCA/UNESP - Botucatu, entre julho e setembro de 1992. Amostras de Areia Quartzosa equivalentes à 40 g de terra seca à 105 oC ± 2 com ou sem adição de 1,9 g de matéria seca de plantas de poaia-branca (Richardia brasiliensis), 0,19 g de nitrogênio (NH4)2SO4 e 0,88 g de apatita de Araxá, foram incubadas no escuro a 25 o C ± 2 , com umidade mantida a 60% da capacidade de retenção de água. Durante a incubação, determinou-se o CO2 liberado, utilizando-se o método de retenção em NAOH seguida de titulometria com HCl; a biomassa microbiana, método de fumigação-incubação; o pH e a quantidade de fósforo extraído por resina. A maior liberação de CO2 ocorreu durante os dez primeiros dias de incubação, com 77% do total de carbono liberado nos tratamentos com adição de poaia, e 37% nos tratamentos sem adição da mesma. A liberação de CO2 foi 57 vezes maior nos tratamentos com poaia em relação ao controle. A poaia também provocou aumentos na biomassa microbiana (média de 8 vezes a biomassa do tratamento controle), e a adição de nitrogênio e/ou fosfato de rocha junto à poaia antecipou os picos de formação de biomassa de 20 para 10 dias de incubação. Os níveis de fósforo disponível foram maiores no tratamento com adição de fosfato de rocha apenas. A poaia também alcalinizou o sistema, não permitindo desta forma, observar-se relação significativa entre pH e teor de fósforo disponível.
Resumo:
O estudo objetivou avaliar os coeficientes adsortivos e dessortivos de ametryn e trifloxysulfuron-sodium em seis solos brasileiros, com intuito de prever o comportamento e o potencial de movimentação desses herbicidas nos solos. Utilizou-se o método Batch slurry, conduzido em condições controladas de laboratório. Para isso, 10,0 mL das soluções em CaCl2 0,01 mol L-1, contendo 0, 5, 10, 25, 50 e 100 µg mL-1 de ametryn e 0; 0,25; 0,5; 1,0; 2,0; e 4,0 µg mL-1 de trifloxysulfuron-sodium, foram adicionadas em frascos com 2,0 g de solo, permanecendo sob agitação orbital até atingir o tempo de equilíbrio. Após centrifugação e filtração, a concentração do sobrenadante foi determinada por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), com detector UV a 245 nm. A dessorção foi avaliada para a maior dosagem utilizada de cada composto. O solo Latossolo Vermelho distroférrico - LVdf (Sete Lagoas) apresentou o maior coeficiente de adsorção (Kf) para ambos os herbicidas, sendo o mesmo atribuído ao seu elevado teor de matéria orgânica (MO). Verificou-se correlação positiva do Kf de ametryn com MO (0,81), percentual de argila (ARG) (0,80) e capacidade de troca catiônica (CTC) (0,75) dos solos, sendo a MO identificada como o principal contribuinte na sua adsorção. Entretanto, o Kf de trifloxysulfuron-sodium apresentou apenas pequena correlação com ARG (0,48) e MO (0,28), sendo sua adsorção dependente, possivelmente, do teor de óxidos de Fe e Al presentes no solo. Baixos índices H de histerese foram verificados no ametryn em relação a trifloxysulfuron-sodium, representando maior potencial de dessorção e, conseqüentemente, risco de lixiviação desse herbicida no perfil dos solos estudados.