823 resultados para Social Movement
Resumo:
O movimento de cooperativas populares vem crescendo exponencialmente nós últimos anos. Como forma de organização alternativa à crise do desemprego, as cooperativas atendem não só às camadas de base popular, mas também a um contingente expressivo de trabalhadores qualificados e com um bom padrão de vida. O estudo de caso foi realizado em numa cooperativa popular Amigos do Lixo , localizada na cidade de Guaratinguetá SP. A metodologia utilizada foi o estudo de caso único, como técnicas de coleta de dados, observação direta, análise de documentos e entrevistas com cooperados e gestor. O objetivo geral foi analisar se a Cooperativa de Trabalho citada atua como geradora de trabalho e renda. Procurou-se descrever os principais conceitos que definem a Economia Solidária e a Cooperativa de trabalho. A questão foi analisada por meio da investigação das percepções das condições de vida dos cooperados antes e após o ingresso nas respectivas cooperativas.
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A proposta do presente estudo é verificar a ação pastoral da Igreja Católica junto ao povo de rua da cidade de São Paulo, tendo como objetivo formar um conceito teórico sobre a contribuição social da pastoral em um contexto urbano, a partir da ação de Entid ades de apoio ao povo de rua. A metodologia utilizada foi a bibliográfica. As implicações do estudo foram o direcionamento que a práxis pastoral está direcionada à priorização da superação e do reconhecimento da necessidade material e psicossocial de quem está morando na rua. A concretização da práxis se dá por meio de uma prática interventora sócio-politica, a qual visa a efetivação de medidas públicas para uma demanda de pessoas que usam a rua como moradia. A ação pastoral contribui ao mostrar a ausência de política pública que dificulta o reconhecimento deste grupo social como pessoas capacitadas a produzir e pertencer a sociedade em geral. E, ao mesmo tempo em que aponta a lacuna exposta pelo poder público, o agir pastoral sinaliza alternativa para o reconhecimento de pessoas que moram na rua com parcerias entre entidades não governamentais e movimentos sociais, como o MST, sendo assim uma via de reinserção social, além da promoção de Fóruns para a criação de medidas públicas com participação direta de pessoas que vivem na rua e albergues da cidade de São Paulo. Portanto, verifica-se uma práxis pastoral fundamentada por uma responsabilidade social dinamizada pela prática de parceria participativa que envolva as diversas esferas sociais para efetivação concreta dos direitos sociais da pessoa em situação de rua que vive em áreas urbana como a Cidade de São Paulo.
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Esta pesquisa, Responsabilidade Social, Pregação e Educação: tensões missiológicas no projeto missionário da Igreja Metodista em terras brasileiras, tem como objetivo analisar as ações missionárias da Igreja Metodista do período de sua implantação até o final do período referente ao 18° Concílio Geral (2006-2011). A análise resgatou a tríade Responsabilidade Social, Pregação e Educação como uma marca identitária do movimento wesleyano e que esse princípio missionário nem sempre foi seguido pelo metodismo brasileiro. Notou-se também que a tríade serviu, em momentos decisivos, como elemento norteador do projeto missionário. Isso é percebido no período da implantação, bem como na constituição do Plano para Vida e Missão (PVM). Em que pese que as ações missionárias no metodismo brasileiro nem sempre foram providas de uma reflexão teológica sistemática, a tríade Responsabilidade Social, Pregação e Educação sempre funcionou como eixos essenciais da missão e de forma indissociável. Não foram poucos os momentos em que o projeto missionário metodista enfrentou tensões na sua execução. O ímpeto pelo crescimento numérico e expansão geográfica, muitas vezes, ofuscou a fidelidade à tríade. Nessa trajetória de pesquisa está construída em quatro capítulos, nos quais se busca a superação de uma compreensão histórica equivocada e faz-se necessário que o projeto missionário assuma os elementos essenciais da tríade como marco regulatório da missão metodista. As repetitivas opções equivocadas não colaboram com a nova compreensão de missão. O resultado da pesquisa encoraja futuras análises para que o metodismo assuma o papel de agente de Deus na missio Dei e para que o seu envolvimento missionário mantenha fidelidade à tríade Responsabilidade Social, Pregação e Educação.
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Este estudo investiga os elementos da soteriologia de John Wesley e seus aspectos dinamizantes. Em vez de favorecer um determinado período da vida de Jonh Wesley, a biografia teológica de John Wesley é desenvolvida a partir do conceito da sedimentação de experiência. Dessa forma, a theologia viatorum de John Wesley é desenvolvida com foco nos seus elementos transversais e os crescentes desdobramentos dos mesmos segundo os seus aspectos comunitários, sinergéticos e públicos. Segundo esta tese, a theologia viatorum de John Wesley ganha em profundidade e vitalidade com a sua crescente e consciente aprendizagem e compromisso com o povo inglês e, em especial, com os pobres da Inglaterra. Acompanhado por uma cuidadosa auto-análise, Wesley parte para a análise do efeito de diversas soteriologias dos seus dias no cotidiano, as quais são marcadas pela demorada transição entre a época medieval e a modernidade. Surge uma re-construção característica da soteriologia, designado por nós como soteriologia social. Entendemos esta soteriologia social como o eixo principal da teologia de John Wesley que se manifesta numa típica antropologia, cristologia, pneumatologia, escatologia e eclesiologia soteriológica. Os aspectos comunitários, sinergéticos e públicos desta soteriologia social são vistos e desenvolvidos por Wesley a partir da auto-experiência e da convivência com o povo, suas dinâmicas, sua cultura, suas necessidades e suas competências. Tais aspectos levam, passo a passo, a uma práxis que começa a contemplar o entrelaçamento entre a reforma da igreja, da nação e a transformação de pessoas. Este movimento é comotivado por um horizonte soterioló gico utópico que prevê a continuação da theologia viatorum até na transformação do cosmo inteiro. A soteriologia social é parecida com a um tecido que acompanha a topografia socio-econômica e religiosa da época, procurando caminhos para a superação dos seus impasses, da sua desesperança e irresponsabilidade em relação aos pobres.(AU)
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Num ambiente como o da Galiléia do século I, onde o ensino era realizado nas comunidades religiosas, vilarejos e núcleos familiares de forma oral, o método de fixação de ensinos mediante a assimilação de símbolos do cotidiano era fundamental. Por conta disso, acreditamos que, dentre as fontes orais ou escritas preservadas e organizadas pelos Evangelhos Sinóticos, as parábolas de Jesus compõem o gênero literário mais original por terem sido preservadas na memória, com maior precisão pelos primeiros seguidores de Jesus. Muitos estudiosos empreenderam importantes trabalhos para pesquisar o lugar social das parábolas de Jesus, a maioria deles partindo dos próprios textos dispostos como estão nos Evangelhos. Neste trabalho, nos propomos trabalhar as parábolas de Jesus como ditos bem preservados pela oralidade a partir da teoria da Fonte Q, que é tratada como um dos estratos mais primitivos da tradição formativa dos Evangelhos Sinóticos e do movimento de Jesus. As parábolas do Ladrão (Q 12,39-40), Servo Infiel (Q 12,42-46) e do Dinheiro Confiado (Q 19,12-27) sempre foram vistas pela tradição eclesial como parábolas que tratam da necessária vigilância do cristão por conta da repentina parusia de Jesus. No entanto, nesse trabalho vamos além, pois acreditamos que essas parábolas tratam do contexto social da Galiléia do século I, onde são retratadas a opressão econômica e a violência social imposta aos pequenos proprietários e camponeses empobrecidos.(AU)
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A pesquisa se propõe a refletir sobre a influência da fé na transformação social da favela de Heliópolis. Focada em algumas ações representativas da luta por moradia, no período de 1970 a 1993, e na conquista de melhores condições de vida na favela e na cidade de São Paulo, a pesquisa observa como as práticas religiosas servem ou não de motivação para a transformação social. A pesquisa pergunta pela influência da fé no engajamento de indivíduos denvolvidos ativamente no movimento de moradia na favela e como essa fé se evidencia em meio à luta por melhores condições de vida.
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O estudo aponta como a internet ampliou as possibilidades de comunicação dos cidadãos de uma forma que não era possível no período do controle e concentração dos meios broadcasting sobre a informação social, assim, oferecendo espaço para a livre circulação de informação e novas possibilidades de comunicação. Entretanto, ressalta que ainda há assimetrias tanto do ponto de vista do acesso quanto do uso da rede em todas as suas potencialidades. Verifica que o atual momento ainda é de disputas em relação à legislação que diz respeito aos direitos e deveres dos que utilizam a rede. O trabalho foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica e documental, tendo com base autores que pesquisam sobre as áreas da Comunicação, Tecnologias Digitais, Direito à Informação Social Livre e Legislação de internet, como Cicília Peruzzo, Manuel Castells, Rousiley Maia, Sérgio Amadeu da Silveira, Tim Wu, Tim Berners-Lee, Walter Lima Junior, Wilson Gomes e Yochai Benkler. O resultado da pesquisa demonstra que no cenário brasileiro, as desigualdades socioeconômicas são fator de desigualdade tanto em relação ao acesso quanto aos usos da internet, sendo dificultador para quem desejar se apropriar com liberdade deste desenvolvimento tecnológico. Portanto, cabe ao setor público interferir com vistas à diminuição das assimetrias informativas para garantir o direito de comunicação dos brasileiros no espaço de comunicação digital conectada.
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A idéia de voltar a estudar, buscando uma escolarização considerada como perdida, ganha sentido quando se apresenta não apenas como uma forma reparadora para aqueles que não tiveram acesso a escola na idade certa, mas também como uma necessidade de inserção ao espaço contemporâneo do trabalho e da sociedade, vinculado a um grau mais elevado de escolarização que estimule o prosseguimento dos estudos na busca de ascensão social e profissional. Essa verificação mostra-se contrária a muitos estudos já apresentados, pois normalmente vemos a Educação de Jovens e Adultos como um bálsamo que suprirá todos os problemas sociais e econômicos de uma clientela desfavorecida e insegura de sua capacidade de aprendizagem e com históricos frustrantes de escolarização. Este trabalho objetiva apresentar uma pesquisa empírica sobre a trajetória escolar de 88 alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) do ensino fundamental II (5ª a 8ª série) e do ensino médio, realizada em uma escola da periferia da cidade de São Bernardo do Campo, no estado de São Paulo, mostrando as relações existentes entre o fracasso e o sucesso que a volta à escola pode propiciar, assim como a análise dos ascendentes e descendentes em relação à escolarização e a escolha profissional. A pesquisa apresenta-se dividida em duas partes, sendo a primeira constituída de informações sobre os alunos, seus pais, filhos e irmãos e a segunda compreendida por duas partes, em que se vêem quantitativamente os motivos do abandono e do retorno à escola e por textos descritivos (redações) dos alunos pesquisados, seus desejos e aspirações, frustrações e sonhos, propondo análises sobre a escolarização e a continuidade de estudos e a necessidade desse retorno à escola. O corpo teórico desta pesquisa foi norteado pelos estudos sobre alfabetização e escolarização de jovens e adultos, sobre as políticas públicas e os movimentos de educação popular, assim como pelas leis que regem essa modalidade de ensino e suas aplicabilidades. Como instrumentos metodológicos, foram utilizados técnicas de análise das leis vigentes, questionários e redações dos alunos. A apresentação e interpretação dos dados coletados sugerem a viabilidade da trajetória escolar dos alunos.(AU)
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This thesis describes the history of the scientific Left beginning with the period of its most extensive influence in the mid-1940s as a movement for the planning of science and ending with the Labour Party's programme of 1964 claiming to harness science and socialism. Its central theme is the external and internal pressures involved in the project to align left-wing politics, trade unions and social responsibility in science. The problematic aspects of this project are examined in the evolution of the Association of Scientific Workers and the World Federation of Scientific Workers as organisations committed to trade union and science policy objectives. This is presented also in the broader context of the Association's attempts to influence the Trade Union Congress's policies for science and technology in a more radical direction. The thesis argues that the shift in the balance of political forces in the labour movement, in the scientific community and in the state brought about by the Cold War was crucial in frustrating these endeavours. This led to alternative, but largely unsuccessful attempts, in the form of the Engels Society and subsequently Science for Peace to create the new expressions of the left-wing politics of science. However, the period 1956-1964 was characterised by intensive interest within the Labour Party in science and technology which reopened informal channels of political influence for the scientific Left. This was not matched by any radical renewal within the Association or the Trade Union Congress and thus took place on a narrower basis and lacked the democratic aspects of the earlier generation of socialist science policy.
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There is much talk of =the crisis‘ in higher education, often expressed in fatalistic narratives about the (im)possibility of critical resistance or alternatives to the deepening domination of neoliberal rationality and capitalist power throughout social life. But how precisely are we to make sense of this situation? In what ways is it experienced? And what knowledges and practices may help us to respond? These questions form the basis for a series of explorations of the history and character of this crisis, the particular historical conjuncture that we occupy today, and the different types of theoretical analysis and political response it seems to be engendering. Our talk will explore the tensions between readings of the situation as a paralyzing experience of domination, loss and impossibility, on the one hand, and radical transformation and the opening of future possibilities, on the other. We will finally consider what implications new forms of political theory being created in the new student movements have for reconceptualising praxis in higher education today, and perhaps for a wider imagination of post-capitalist politics.
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Background: Parkinson’s disease (PD) is an incurable neurological disease with approximately 0.3% prevalence. The hallmark symptom is gradual movement deterioration. Current scientific consensus about disease progression holds that symptoms will worsen smoothly over time unless treated. Accurate information about symptom dynamics is of critical importance to patients, caregivers, and the scientific community for the design of new treatments, clinical decision making, and individual disease management. Long-term studies characterize the typical time course of the disease as an early linear progression gradually reaching a plateau in later stages. However, symptom dynamics over durations of days to weeks remains unquantified. Currently, there is a scarcity of objective clinical information about symptom dynamics at intervals shorter than 3 months stretching over several years, but Internet-based patient self-report platforms may change this. Objective: To assess the clinical value of online self-reported PD symptom data recorded by users of the health-focused Internet social research platform PatientsLikeMe (PLM), in which patients quantify their symptoms on a regular basis on a subset of the Unified Parkinson’s Disease Ratings Scale (UPDRS). By analyzing this data, we aim for a scientific window on the nature of symptom dynamics for assessment intervals shorter than 3 months over durations of several years. Methods: Online self-reported data was validated against the gold standard Parkinson’s Disease Data and Organizing Center (PD-DOC) database, containing clinical symptom data at intervals greater than 3 months. The data were compared visually using quantile-quantile plots, and numerically using the Kolmogorov-Smirnov test. By using a simple piecewise linear trend estimation algorithm, the PLM data was smoothed to separate random fluctuations from continuous symptom dynamics. Subtracting the trends from the original data revealed random fluctuations in symptom severity. The average magnitude of fluctuations versus time since diagnosis was modeled by using a gamma generalized linear model. Results: Distributions of ages at diagnosis and UPDRS in the PLM and PD-DOC databases were broadly consistent. The PLM patients were systematically younger than the PD-DOC patients and showed increased symptom severity in the PD off state. The average fluctuation in symptoms (UPDRS Parts I and II) was 2.6 points at the time of diagnosis, rising to 5.9 points 16 years after diagnosis. This fluctuation exceeds the estimated minimal and moderate clinically important differences, respectively. Not all patients conformed to the current clinical picture of gradual, smooth changes: many patients had regimes where symptom severity varied in an unpredictable manner, or underwent large rapid changes in an otherwise more stable progression. Conclusions: This information about short-term PD symptom dynamics contributes new scientific understanding about the disease progression, currently very costly to obtain without self-administered Internet-based reporting. This understanding should have implications for the optimization of clinical trials into new treatments and for the choice of treatment decision timescales.
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The focus of this paper is young people’s participation in the Occupy protest movement that emerged in the early autumn of 2011. Its concern is with the emotional dimensions of this and in particular the significance of emotions to the reasoning of young people who came to commit significant time and energy to the movement. Its starting point is the critique of emotions as narrowly subjective, whereby the passions that events like Occupy arouse are treated as beyond the scope of human reason. The rightful rejection of this reductionist argument has given rise to an interest in under- standings of the emotional content of social and political protest as normatively con- stituted, but this paper seeks a different perspective by arguing that the emotions of Occupy activists can be regarded as a reasonable force. It does so by discussing find- ings from long-term qualitative research with a Local Occupy movement somewhere in England and Wales. Using the arguments of social realists, the paper explores this data to examine why things matter sufficiently for young people to care about them and how the emotional force that this involves constitutes an indispensable source of reason in young activists’ decisions to become involved in Local Occupy.
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This paper considers the agency of children moving to the streets of Accra, Ghana's capital city. A much used but largely unexamined concept, agency is nevertheless commonly deployed in childhood studies as a means to stress the capacity of children to choose to do things. In the literature on street and working children, and a cognate area of study concerned with children's independent migration, this has involved accounts of children's agency made meaningful by reference to theories of rational choice or to the normative force of childhood. It is our argument that both approaches leave unanswered important questions and to counter these omissions we draw upon the arguments of social realists and, in particular, the stress they place on vulnerability as the basis for human agency. We develop this argument further by reference to our research with street children. By drawing upon the children's accounts of leaving their households and heading for Accra's streets, it is our contention that these children do frame their departures as matters of individual choice and self-determination, and that in doing so they speak of a considerable capacity for action. Nevertheless, a deeper reading of their testimonies also points to the children's understandings of their own vulnerability. By examining what we see as their inability to be dependent upon family and kin, we stress the importance of the children's perceptions of their vulnerability, frailty and need as the basis for a fuller understanding of their agency in leaving their households. © 2013 The Author. The Sociological Review © 2013 The Editorial Board of The Sociological Review.