998 resultados para Pedro II, Imperador do Brasil, 1825-1891
Resumo:
Relata-se uma enfermidade hereditria em bovinos caracterizada por acmulo lisossomal de glicognio em diversos rgos. A doena foi diagnosticada em um rebanho da raa Brahman, no municpio de Porto Lucena, Rio Grande do Sul, Brasil. Os animais afetados, a partir de 1 ms de idade, apresentavam dificuldade em acompanhar a me e crescimento retardado, desenvolviam fraqueza e tremores musculares, letargia e perda de condio corporal progressivos. Todos os bezerros eram descendentes do mesmo touro. Foi realizada necropsia em trs bezerros doentes; palidez muscular do tronco e membros foi a nica alterao macroscpica encontrada. Vacuolizao citoplasmtica de diversos rgos foi a principal alterao histolgica observada. Os vacolos citoplasmticos eram mais evidentes na musculatura esqueltica, miocrdio, especialmente nas fibras de Purkinje e em neurnios do Sistema Nervoso Central (SNC). Nos tecidos mais afetados foi observada grande quantidade de grnulos cido peridico de Schiff (PAS), positivos e negativos quando o tecido era tratado previamente com diastase. Uma mutao no gene da glicosidase alfa cida, causadora da glicogenose generalizada em bovinos Brahman, a 1057?TA, foi detectada pela tcnica de reao em cadeia de polimerase (PCR) em tecidos dos animais necropsiados. Tambm foi detectada a presena dessa mutao em amostras de sangue de animais parentes dos bezerros doentes. Os achados clnicos, patolgicos e moleculares so semelhante s descries de glicogenose tipo II em bovinos da raa Brahman descritos na Austrlia. No foram encontrados relatos anteriores em revistas indexadas sobre glicogenose hereditria em bovinos Brahman no Brasil.
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Infeco por Toxoplasma gondii foi associada com perdas reprodutivas em um rebanho caprino no Rio Grande do Sul, Brasil. Leses macroscpicas foram observadas em dois de seis produtos caprinos enviados para diagnstico e incluram linfonodos mesentricos plidos e aumentados e pulmes com consistncia firme e reas claras intercaladas com vermelhas. Leses histolgicas, especialmente caracterizadas por infiltrados linfoplasmocitrios no crebro e pulmes, foram observadas em todos os fetos. Nefrite intersticial linfoplasmocitria, linfadenite necrosante e hepatite periportal linfoplasmocitria tambm foram observadas. Enquanto tanto o exame bacteriolgico quanto o teste de imunofluorescncia direta para Leptospira sp. foram negativos em todos os casos, a PCR e a imunoistoqumica resultaram positivamente para T. gondii em quase todas as amostras testadas. Anticorpos anti-T.gondii, em titulaes de 1:512 a 1:2048, foram detectados nas amostras de soro sangneo das cabras que pariram natimortos (3), abortaram (1) ou cujos neonatos morreram (2). Este trabalho descreve os achados clnicos, patolgicos, sorolgicos, imunoistoqumicos e de PCR observados em um rebanho caprino infectado por T. gondii.
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Est bem estabelecida a importncia que as deficincias e a suplementao minerais exercem na sanidade, produtividade e economicidade da atividade pecuria brasileira. Apesar de os conhecimentos sobre este assunto no meio acadmico no Brasil serem slidos, h numerosos equvocos e crendices sobre a suplementao mineral, aliados comercializao indiscriminada de suplementos minerais, amplamente aceitos e aplicados no meio rural, o que causa considerveis prejuzos ao setor pecurio. Neste artigo de interesse geral so discutidos, um por um, as mais importantes interpretaes errneas a respeito desse tema.
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Este estudo descreve a primeira investigao de anticorpos para arbovrus em primatas no humanos do Novo Mundo no nordeste brasileiro. No perodo de maro de 2008 a setembro de 2010 foram colhidos soros sanguneos de 31 macacos-prego-galegos (Cebus flavius) de vida livre na Paraba e de 100 macacos-prego (Cebus libidinosus) em cativeiro nos estados de Alagoas, Paraba, Pernambuco, Piau e Rio Grande do Norte. Para a pesquisa de anticorpos utilizou-se o teste de inibio da hemaglutinao (IH), usando antgenos de 19 diferentes tipos de arbovrus, pertencentes aos gneros Flavivirus,Alphavirus e Bunyavirus. As amostras de soro foram testadas nas diluies de 1:20 a 1:1280. Dentre as amostras examinadas, todas as de C. flavius foram negativas e 46% das de C. libidinosus em cativeiro apresentaram anticorpos para arbovrus. Foram detectados anticorpos para nove (9/19) arbovrus. Foram observadas 17 reaes heterotpicas, para dois ou mais vrus, do gnero Flavivirus, e 15 para o gnero Alphavirus, com ttulos variando de 1:20 a 1:1280. Quinze amostras apresentaram reao monotpica para ILHV (n=4), MAYV (n=6), SLEV (n=1), ROCV (n=2), OROV (n=1) e MUCV (n=1). Estes resultados sugerem que houve intensa circulao de arbovrus na populao estudada de macacos-prego em cativeiro.
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O presente estudo objetivou descrever as leses pulmonares macro e microscpicas associadas ao parasitismo por Sebekia oxycephala em 100 espcimes de jacars-au (Melanosuchusniger), abatidos na Reserva de Desenvolvimento Sustentvel Mamirau, situada no Estado do Amazonas, Brasil. Durante a avaliao macroscpica, exemplares dos parasitos encontrados no tecido pulmonar foram coletados individualmente em AFA (lcool etlico - Formalina - cido actico glacial) e formol a 5% para avaliao parasitolgica e classificao taxonmica. Amostras de tecido pulmonar de todos os animais, independentemente da ocorrncia de leses macroscpicas, foram fixadas em formol 10% e includas em parafina. Seces histolgicas coradas por Hematoxilina-Eosina destas amostras foram avaliadas por meio de microscopia ptica. Macroscopicamente, 4 dos 100 animais (4%) apresentaram espcimes de pentastomdeos no parnquima pulmonar. Os parasitos foram classificados taxonomicamente como pertencentes espcie Sebekia oxycephala. Nenhuma alterao macroscpicas foi observada, porm, microscopicamente, leses pulmonares foram encontradas em 37% dos casos, sendo que, leses inflamatrias associadas ao parasitismo corresponderam a 75,6% dos mesmos (28/37). Nestes, segmentos degenerados e ovos de S. oxycephala encontravam-se envolvidos por cpsula de tecido conjuntivo fibroso e infiltrado inflamatrio predominantemente composto por clulas gigantes do tipo corpo estranho. Trs espcimes apresentaram espessamento de septos alveolares e sete exemplares continham infiltrado inflamatrio granuloctico multifocal no parnquima pulmonar. As leses associadas ao parasitismo, de modo geral, apresentaram intensidade discreta e parecem no representar uma causa importante de doena pulmonar entre a populao estudada. Esta a primeira descrio de leses pulmonares em M. niger associadas ao parasitismo por S. oxycephala na Amaznia brasileira.
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So descritos dois surtos de intoxicao por selnio em sunos na regio Sul do Brasil. Foram acometidos leites em fase de creche, entre 27 e 22 dias, com mortalidade variando de 16% a 15,3% (Surto 1 e 2 respectivamente). Os sunos apresentaram poliomielomalacia simtrica focal e leses de casco, que inicialmente eram caracterizadas por uma linha avermelhada na borda coronria que evolua nos sunos sobreviventes para desprendimento do casco. Os sinais clnicos iniciaram aps seis dias (Surto 1) e 30 horas (Surto 2) da introduo da rao com alto teor de selnio. O surgimento dos sinais foi abrupto, caracterizado por andar cambaleante, com evoluo para paralisia dos membros plvicos e posteriormente tetraparesia. Macroscopicamente observaram-se focos circulares amarelados com reas deprimidas mais escuras, restritas ao corno ventral da substncia cinzenta em intumescncias cervical e lombar. Microscopicamente essas reas corresponderam malacia da substncia cinzenta, caracterizada por microcavitaes, perda neuronal, cromatlise, neuronofagia, infiltrado de clulas Gitter, microgliose, astrcitos de Alzheimer tipo II e proliferao de clulas endoteliais evidenciadas na imunohistoqumica (IHQ) para fator de von Willebrand. Ainda, no segundo surto, dois animais apresentaram vacuolizao difusa do citoplasma de neurnios e em um suno foram observados astrcitos gemistocticos. Na IHQ para GFAP ficou evidenciada uma astrocitose e astrogliose. Alm dessas alteraes medulares, em dois sunos observou-se, polioencefalomalcia simtrica no tronco enceflico. Em amostras de rao, detectou-se 3,38ppm (Surto 1) e 154ppm (Surto 2) de Se/kg e em amostras de fgado foram encontradas dosagens superiores a 3,34ppm (variando de 3,34 at 10ppm). No Surto 2, aps 44 dias da retirada da rao, foi realizada eutansia de seis sunos para monitoramento de nveis hepticos de selnio (dois sunos controles e quatro sobreviventes ao surto) e todos apresentaram nveis normais de selnio no fgado.
Resumo:
A presente pesquisa foi conduzida no municpio de Conchal - SP, Brasil, em um Latossol Vermelho Amarelo com 1,75% de matria orgnica com o objetivo de veri fic ar o efeito do uso cont inuo dos principais herbicidas no desenvolvimento, produo e qualidade dos frutos em um pomar de laranja 'Pera' Citrus sinensis (L.) Osbeck), en xertada sobr e limo cravo (Citrus lionia Osbeck). O delineamento experimental adotado foi o de blocos ao acaso, com 12 tratamentos e 4 repeties. Os tratamentos utilizados com as respectivas doses do i. a. em kg/h a foram: terbacil a 3,2; simazine a 4,0; ametryne + secbumetone 4,5; dichlobenil a5,0 ; diuron a3,2 ; bromacila 3,2; bromacil + diuron a 3,2; paraquat a 0,6; glyphosate a 1,61 e MSMA a 1,77 alem de uma testemunha que recebia uma capina anualmente, e outra que era capinada sempre que a cobertura pelas plantas daninhas atingia 25% da rea da parcela. O pomar foi plantado em meio/ 75 e a 1a aplicao dos herbicidas foi realizada em outubro de 1977. As parcelas continham 4 plantas em uma area de 3,0 x 18,0 m (54 m2). A ltima aplic ao foi realizada em 1992. O efeito no desenvolvimento foi feito pela medida do dimetro do caule a 10 m acima do ponto de enxertia, pelo dimetro da copa na altura mediana e pela altura das plantas. Todas essas medidas eram realizadas 2 vezes por ano. Para avaliao da produo, eram colhidos os frutos de quatro plantas por parcela. A qualidade dos frutos foi avaliada atravs das medidas do dimetro longitudinal e transversal, albedo, peso e nmero de sementes, peso mdio dos frutos, % de suco, % de slidos solveis e % de acidez. Pelos dados obtidos , verifica - se que no houve influncia dos herbicidas no desenvolvimento das plantas de citros, e na produo. As influencias na qualidade dos frutos foram mnimas, e dependeram do ano de amostragem.
Resumo:
Diferentes tipos de pulverizadores so utilizados para a aplicao de herbicidas sendo que, em pequenas propriedades, comum, por questes econmicas, a adaptao de barras ou pistolas manuais a tanques de grande capacidade. Por outro lado, em grandes propriedades, crescente a tendncia da substituio do sistema tradicional de reabastecimento dos pulverizadores pelo sistema de calda pronta. Em ambos os casos, pode haver a necessidade de um armazenamento prolongado nos tanques ou no veculo reabastecedor, principalmente na ocorrncia de perodos prolongados de chuva. Torna-se, portanto, importante a determinao de perodos de tempo pelos quais as caldas de herbicidas possam ser armazenadas, sem que haja prejuzo eficcia dos mesmos. O presente trabalho estudou os efeitos do tempo de armazenamento da calda sobre a eficcia de herbicidas aplicados em pr-emergncia. O experimento foi instalado no delineamento experimental de blocos ao acaso, com trs repeties, no ano agrcola 91/92, em rea da Fazenda Experimental da Faculdade de Cincias Agrrias e Veterinrias da UNESP, municpio de Jaboticabal, Estado de So Paulo, Brasil. Avaliou-se as formulaes comerciais de ametryne e diuron com 00, 05, 10, 15, 20, 25 e 30 dias de armazenamento da calda, alm de uma testemunha, onde no se efetuou a aplicao de herbicidas. Foram realizadas contagens do nmero de emergncias e altura, por espcie, das plantas daninhas em 1,2 m2 por parcela, aos 30, 45 e 59 dias aps a aplicao e uma avaliao visual do controle geral por parcela aos 95 dias aps a aplicao. Os resultados obtidos mostram que nenhum dos perodos de armazenamento testados interferiu significativamente na eficincia dos herbicidas, independente do produto utilizado (teste de F a 5%). Portanto, conclui-se que as caldas dos herbicidas testados puderam ser utilizadas normalmente, quando armazenadas por at 30 dias.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi de estudar a anatomia das folhas das espcies de plantas daninhas de grande ocorrncia no Brasil: Bidens pilosa, Emilia sonchifolia, Ageratum conyzoides e Sonchus asper, visando aprofundar o conhecimento sobre as barreiras que cada espcie impe penetrao dos herbicidas e, assim, fornecer subsdios para a busca de estratgias para superar esses obstculos. As folhas completamente expandidas do terceiro ao quinto n foram coletadas de plantas de ocorrncia espontnea no campo. Das folhas de cada espcie foram obtidas trs amostras da regio central mediana, com aproximadamente 1 cm. Foram realizados estudos de estrutura e clarificao e observaes em microscpio eletrnico de varredura (MEV). Todas as espcies avaliadas so anfiestomticas. As principais barreiras potenciais foliares penetrao de herbicidas constatadas na planta daninha B. pilosa foram a alta densidade tricomtica, a baixa densidade estomtica na face adaxial e o alto teor de cera epicuticular, principalmente na face adaxial. Alto teor de cera epicuticular, grande espessura da cutcula da face adaxial e baixa densidade estomtica nas duas faces foram os obstculos constatados nas folhas de E. sonchifolia. J em relao a A. conizoides, a baixa densidade estomtica na face adaxial foi o principal obstculo detectado. S. asper apresentou como principais barreiras foliares penetrao de herbicidas a baixa densidade estomtica na face adaxial e a grande espessura da epiderme da face adaxial.
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A explorao descontrolada do pau-brasil reduziu sua distribuio original a pequenos remanescentes na atualidade. O conhecimento da fisiologia da unidade de disperso da espcie pode contribuir para a ampliao de seu cultivo, uso racional e conservao. A sensibilidade das sementes dessecao foi avaliada em sementes recm-colhidas, separadas em quatro categorias (estdios I, II, III e IV), segundo avaliao visual de tamanho e cor. Sementes de cada estdio foram submetidas a secagem a 40 C e a 50 C, at que o teor de gua atingisse 8% (base mida). A capacidade de manuteno da viabilidade das sementes durante o armazenamento foi avaliada em diferentes embalagens (permevel, semi-permevel e impermevel), em ambiente natural (22 7 C) ou em cmara fria (7 1 C), com sementes submetidas ou no a secagem inicial, que reduziu o teor de gua para 9,7%. Os resultados permitiram concluir que as sementes de C. echinata so tolerantes dessecao, mas a sensibilidade secagem pode ser influenciada pela qualidade inicial das sementes. Quando armazenadas sob condies normais de ambiente podem perder a viabilidade em menos de trs meses. Sob temperatura baixa foi possvel manter a viabilidade das sementes por at 18 meses, com germinao superior a 80%. A espcie em estudo comporta-se como ortodoxa, tolerando dessecao at atingir 7,6% de gua, o que pode facilitar o armazenamento e ampliar o potencial de conservao, para fins de reposio das populaes naturais.
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Oitenta fungos filamentosos isolados do solo da Mata Atlntica da regio conhecida como Banhado Grande, Estao Ecolgica de Juria-Itatins, So Paulo, Brasil, foram analisados para avaliar seus potenciais quanto a produo de celulases em resposta presena de celulose, como nica fonte de carbono, em meio de cultura. Foi utilizada a tcnica de colorao com vermelho congo e determinada a atividades da celulase em papel de filtro (FPase) e em carboximetilcelulose (CMCase). Os fungos foram diferenciados quanto atividade dessas enzimas, pois tais atividades variaram em relao ao tipo de substrato e metodologia aqui utilizados. A melhor atividade CMCase (1,64 U) foi obtida com o cultivo de Trichoderma harzianum (V) em meio de farelo de trigo aps cultivo por 4 dias, a 25 C. Os resultados obtidos no forneceram evidncias para diferenciar qualquer linhagem que tivesse melhor atividade da celulase em relao s demais. Contudo, sugerem que estudos mais detalhados com as linhagens de Trichoderma: T. harzianum III e V, T. inhamatum I, T. longibrachiatum, T. pseudokoningii II e T. viride I, sero necessrios para avaliar se estas so potencialmente boas produtoras de celulase, sob condies adequadas de cultivo.
Resumo:
As florestas paludosas ocupam geralmente pores planas de vrzeas e fundos de vale. Caracterizouse a flora e a estrutura de uma floresta paludosa estabelecida sobre um declive acentuado no Municpio de Rio Claro, SP, visando comparao florstica dessa floresta com outras florestas paludosas estudadas no interior do Estado de So Paulo. Os indivduos (PAP > 15 cm) foram amostrados em 45 parcelas de 10 m × 10 m (0,45 ha). Foram encontrados 1.651 indivduos vivos, pertencentes a 49 espcies e 30 famlias. O ndice de diversidade (H') para as espcies foi de 2,10 nats.indivduo-1 e a eqabilidade (J) foi de 0,54. As espcies mais importantes (em VI) foram Euterpe edulis Mart., Calophyllum brasiliense Cambess., Talauma ovata A. St.-Hill., Cedrela odorata L., Dendropanax cuneatum Decne & Planch. e Protium spruceanum (Benth.) Engl. O elevado nmero de espcies, em comparao com as outras florestas, pode ser atribudo aos diferentes perodos de saturao hdrica determinados pelo desnvel topogrfico, enquanto a baixa diversidade florstica conseqncia da elevada densidade relativa de poucas espcies, como Euterpe edulis (41%). A comparao florstica indicou que: i) Calophyllum brasiliense, Cedrela odorata, Dendropanax cuneatum, Protium almecega, Styrax pohlii A. DC., Talauma ovata e Tapirira guianensis Aubl. constituem um importante grupo de espcies que predominam nas florestas paludosas do interior paulista e conferem uma semelhana estrutural a essas formaes; ii) a flora dessas florestas mostra-se bastante variada, com muitas espcies exclusivas verificadas em cada estudo. Os resultados sugerem que cada fragmento de floresta paludosa, alm de favorecer a ocorrncia das principais populaes associadas a solos hidromrficos, apresenta peculiaridades florsticas que, somadas, promovem o aumento da diversidade de espcies.
Resumo:
Este estudo avaliou a variao da composio florstica do componente arbreo de 35 reas inundveis das regies Sul e Sudeste do Brasil. Foi utilizada uma lista com 602 espcies arbreas de 23 reas de florestas aluviais (inundaes temporrias) e 12 de florestas paludosas (inundaes permanentes). Por meio de um teste de chi2, as espcies foram classificadas de acordo com o habitat em: 1) preferenciais de florestas paludosas, e.g. Magnolia ovata (A. St.-Hil.) Spreng., Dendropanax cuneatus (DC.) Decne & Planch. e Calophyllum brasiliense Cambess.; 2) preferenciais de florestas aluviais, e.g. Sebastiania commersoniana (Baill.) L.B. Sm. & Downs, Ocotea pulchella Mart. e Sorocea bonplandii (Baill.) W. Burger et al. e 3) espcies no preferenciais, e.g. Luehea divaricata Mart. & Zucc., Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman e Copaifera langsdorffii Desf. A anlise multivariada de gradientes (DCA) demonstrou maior agrupamento das florestas paludosas do que florestas aluviais, indicando maior heterogeneidade florstica do ltimo grupo. Os resultados indicaram que a variao, ambiental associada aos diferentes regimes de inundao determinante na definio dos padres fitogeogrficos de reas inundveis.
Resumo:
Uma anlise da distribuio geogrfica de Schefflera no Brasil extra-amaznico foi realizada com base em mapas atualizados plotando as ocorrncias conhecidas das 26 espcies do gnero encontradas nessa grande rea: S. angustissima (Marchal) Frodin, S. aurata Fiaschi, S. botumirimensis Fiaschi & Pirani, S. burchellii (Seem.) Frodin & Fiaschi, S. calva (Cham.) Frodin & Fiaschi, S. capixaba Fiaschi, S. cephalantha (Harms) Frodin, S. cordata (Taub.) Frodin & Fiaschi, S. distractiflora (Harms) Frodin, S. fruticosa Fiaschi & Pirani, S. gardneri (Seem.) Frodin & Fiaschi, S. glaziovii (Taub.) Frodin & Fiaschi, S. grandigemma Fiaschi, S. kollmannii Fiaschi, S. longipetiolata (Pohl ex DC.) Frodin & Fiaschi, S. lucumoides (Decne. & Planch. ex Marchal) Frodin & Fiaschi, S. macrocarpa (Cham. & Schltdl.) Frodin, S. malmei (Harms) Frodin, S. morototoni (Aubl.) Maguire, Steyermark & Frodin, S. racemifera Fiaschi & Frodin, S. ruschiana Fiaschi & Pirani, S. selloi (Marchal) Frodin & Fiaschi, S. succinea Frodin & Fiaschi, S. villosissima Fiaschi & Pirani, S. vinosa (Cham. & Schltdl.) Frodin & Fiaschi e S. aff. varisiana Frodin. Dois centros de endemismo associados com reas de altitude elevada foram reconhecidos: Cadeia do Espinhao em Minas Gerais e florestas montanas do Estado do Esprito Santo. Os padres de distribuio geogrfica ilustrados so discutidos com base em dados obtidos para outros grupos de angiospermas e em estudos fitogeogrficos das principais fitocrias do Brasil extra-amaznico. So apresentadas tambm hipteses acerca de provveis relaes filogenticas entre alguns txons, visando busca de possveis correlaes entre estas e a biogeografia do grupo.