979 resultados para Imunoglobulinas IgM e IgA
Resumo:
Serum sample obtained from a male, 12 year old patient suffering from Guillain-Barré syndrome (GBS) was positive for human T-lymphotropic virus (HTLV-I) antibody by the enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA) and the Western Blot analysis (WB). Attempts to isolate enteroviruses (including poliovirus) from faecal material in both tissue culture and suckling mice were unsuccessful; in addition, acute and convalescent paired serum samples did not show any evidence of recent poliovirus infection when tested against the three serotypes. Specific tests for detection of Epstein-Barr virus infection were not performed; however, the Paul-Bunnel test yielded negative results. ELISA for detection of anti-cytomegalovirus IgM was also negative. The concomitant occurrence of either adult T cell leukemia (ATL) or lymphoma was not recorded in this case.
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In October, 1986, 7 to 22 days after a meeting at a farm in Paraíba state, 26 individuals presented with a febrile illness associated with bilateral eyelid and lower limb edema, mild hepatosplenomegaly, lymphadenopathy and, occasionally a skin rash. A 11-year-old boy exhibited atrial premature complexes and a 74-year-old patient developed acute heart failure. In two patients hospitalized in São Paulo city, acute Chagas' disease was diagnosed by the demonstration of circulating Trypanosoma cruzi. At autopsy in a fatal case, acute Chagas' cardiomyopathy was demonstrated. Xenodiagnosis were positive in 9 out of 14 tested patients. A specific IgG immune response was found in all patients and specific IgM antibodies were identified in 20 out of 22 tested patients. A epidemiological survey showed the existence of Triatoma brasiliensis in the outbuildings of this farm, but none in the house where most of the guests stayed. A high rate of infection with Trypanosoma cruzi was found in opossums. These observations together with those related to the food consumed by the patients, lead the authors to suggest that the human infections resulted from oral contamination probably originating from naturally infected marsupials in the area or crushed infected bugs.
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Presença de Rickettsia na pele de doente de Febre Maculosa foi evidenciada por inoculação intraperitoneal em cobaio. O diagnóstico sorológico por imunoflüorescência indireta revelou diferença de título de anticorpos específicos para Rickettsia rickettsii, de 4 vezes entre a 1º e a 3º amostra. Imunoglobulina M (IgM) específica foi detectada nas amostras de sangue, evidência de infecção em atividade ou recente. Foi também detectada a presença de anticorpos específicos para R. rickettsii no soro dos cobaios inoculados.
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Uma epidemia de dengue tipo 1 se iniciou em Novembro de 1990 na Região de Ribeirão Preto, Norte do Estado de São Paulo. Foram confirmados por exames laboratoriais cerca de 3.500 casos até fevereiro de 1991. A Unidade de Pesquisa em Virologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, estudou soros de 502 pessoas suspeitas de apresentarem dengue. Fez-se o diagnóstico sorológico através do método da inibição da hemaglutinação (HAI) para dengue tipo 1 em 19% dos analisados. Passou-se a utlilizar um teste imuno-enzimático para dengue em culturas celulares infectadas (EIA-ICC), que permite identificação simultânea de IgG e IgM. O EIA-ICC embora menos sensível quando comparado ao HAI (89%), mostrou-se mais eficiente, porque: dispensou a obtenção de segundas amostras séricas para o diagnóstico; trata-se de técnica simples, podendo ser efetuada em apenas 5 horas. O vírus dengue tipo 1 foi isolado do sangue de 21 pacientes, por inoculação em células de mosquitos C6/36. Fez-se a identificação dos vírus isolados por método de imunofluorescência indireta, utilizando anti-soro contra todos os flavivirus e anticorpos monoclonais tipo-específicos de dengue. Os sintomas mais freqüentemente observados em 71 indivíduos com diagnóstico de dengue confirmado foram febre (90% dos casos), mialgias (57%) e artralgias (41%)
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Recently had been discovery, in the area of the construction of the Carla Sacramento Athletics Stadium at Cruz de Pau (Seixal), a set of stopes and wells with characteristics of ancient Roman mining activities. The old mining works are incised in pliocene sandy formations with conglomeratic facies, where four preliminary samples were collected in a coarser level with subrounded pebbles. The heavy minerais of those samples were studied in accordance with the Heavy Mineral Concentrate Laboratory of the IGM. The previously mentioned facies has interesting gold percentages and the presence of grey (nodular) and classic monazite, xenotime, cassiterite, spinels s.l., ilmenite and rutile. The morphology of the gold grains as well as the heavy minerals shows two phases of transport; an initial fluvial phase and a secondary aeolian phase influenced their concentracion. The high percentage of toroid grains showing evidence of wind ablation, suggests that this was the main factor for reconcentration of the gold. The amount of gold particles obtained in the concentrates is considerable and in one sample, a grade of 3.2 ppm was calculated. The samples also have been analysed for Au + 34 elements by INAA and ICP-MS, the results of which show similar grades as previously obtained.
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Schistosomal nephropathy has long been related to the hepatosplenic form of schistosomiasis. In the last few years, 24 patients with hepatointestinal schistosomiasis and the nephrotic syndrome were studied. Aiming at evaluating a possible etiologic participation of schistosomiasis in the development of the nephropathy, this group was comparatively studied with a group of 37 patients with idiopathic nephrotic syndrome. Both groups had a different distribution of the histologic lesions. In the group with schistosomiasis there was a statistically significant prevalence of proliferative mesangial glomerulonephritis (33.3%), whereas in the control group there was prevalence of membranous glomerulonephritis (32.4%). On immunofluorescence, IgM was positive in 94.4% of the patients with schistosomiasis versus 55.0% in the control group (p<0.01). In the group with schistosomiasis, 8 patients evidenced mesangial proliferative glomerulonephritis and 5, membra-noproliferative glomerulonephritis. In both histological types immunofluorescence showed IgM and C3 granular deposits in the glomeruli. The data in this study suggests that mesangial proliferative and membranoproliferative glomerulonephritis, with glomerular granular IgM and C3 deposits, represent the renal lesions of the schistosomiasis associated nephropathy.
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Foram estudadas 37 amostras de sangue de pacientes com leptospirose, forma icterohemorrágica, com intervalo de tempo de 2 a 12 dias entre o início dos sintomas e a coleta do material. Isolou-se leptospiras por hemocultura de 5 (13,5%) pacientes e em 4 destes, o agente etiológico pertencia ao sorogrupo Icterohaemorrhagiae sorovar copenhageni. O teste imunoenzimático ELISA-IgM apresentou reatividade em 35 (94,6%) pacientes, incluindo os 4 pacientes dos quais o agente etiológico foi isolado. Este teste demonstrou ser um importante recurso laboratorial para o diagnóstico da letospirose humana, mesmo no início da doença quando ainda na fase de leptospiremia.
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An evaluation of the IgM antibody immune response against yellow fever using strain 17D was carried out by MAC-ELISA and PRNT. The results showed an agreement of 97% between both tests and the authors conclude that MAC-ELISA can be used as a specific and sensitive asssay to replace the PRNT for detecting yellow fever antibodies in human sera, after vaccination programs.
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Specific anti-B19 IgM was demonstrated in sera from three children showing transient aplastic crisis. A two years-old boy living in Rio de Janeiro suffering from sickle-cell anaemia showed the crisis during August, 1990. Two siblings living in Santa Maria, RS, developed aplastic crisis during May, 1991, when they were also diagnosed for hereditary spherocytosis. For a third child from this same family, who first developed aplastic crisis no IgM anti-B19 was detected in her sera.
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RESUMO A Leptospirose é uma zoonose re-emergente causada por espiroquetídeos patogénicos do género Leptospira. Em Portugal, é reconhecida, desde 1931, como uma importante doença infecciosa humana, cuja notificação é obrigatória desde 1986 para todos os serovares. Porém, devido ao acentuado polimorfismo clínico e à dificuldade de um diagnóstico laboratorial especializado, esta patologia nem sempre é confirmada. Com efeito, o isolamento do agente é difícil e o método convencional de diagnóstico, baseado no teste serológico de referência TAM (Teste de Aglutinação Microscópica), não é muito sensível na primeira semana da doença. Assim, foram três os principais objectivos desta dissertação: actualizar o padrão epidemiológico da Leptospirose, após uma extensa revisão bibliográfica da doença (Capítulos 1 e 2); esclarecer os aspectos imunológicos relacionados com os marcadores antigénicos que mais influenciam a regulação da resposta humoral na infecção humana, em particular, em área endémica (Capítulo 3); e, por último, promover a identificação molecular de alguns isolados de Leptospira, avaliar o respectivo poder patogénico no modelo murino e contribuir para o diagnóstico precoce da doença humana (Capítulo 4). O primeiro dos temas investigados, com base no estudo retrospectivo de uma larga série de 4.618 doentes sintomáticos analisados representa uma caracterização única da epidemiologia da Leptospirose, em particular, na Região Centro do País, e nas ilhas de São Miguel e Terceira (Açores), nos últimos 18 e 12 anos, respectivamente. Foram confirmados 1.024 (22%) casos, com uma distribuição média de 57 casos/ano, sendo a maior frequência no sexo masculino (67%). As áreas analisadas corresponderam à maioria das notificações em Portugal, com uma taxa de incidência média anual nas ilhas muito superior à registada no continente (11,1 vs 1,7/100.000 habitantes, respectivamente). Os adultos em idade activa (25-54 anos) foram os mais afectados, nos meses de Dezembro e Janeiro. A doença foi causada por serovares de nove serogrupos presuntivos de Leptospira interrogans sensu lato, com predomínio de Icterohaemorrhagiae, Pomona e Ballum, em cerca de 66% dos casos. A seropositividade da Leptospirose esteve associada às formas anictérica e ictérica da doença, sendo evidente uma elevada sub-notificação ( 20 casos/ano). Foram detectados e analisados os diversos factores de risco, verificando-se um risco elevado de transmissão em áreas geográficas onde a circulação dos agentes zoonóticos se processa em ciclos silváticos e/ou domésticos bem estabelecidos. Este estudo confirma que a incidência da Leptospirose em Portugal tem aumentado nos últimos anos, particularmente, nos Açores, onde a seropositividade elevada e a ocorrência de casos fatais confirmam esta patologia como um problema emergente de Saúde Pública. No âmbito do Capítulo 3, investigaram-se os aspectos imunológicos da Leptospirose humana na Aspectos da caracterização antigénica e molecular da Leptospirose em áreas endémicas Região Centro e nas ilhas de São Miguel e Terceira, caracterizando as proteínas e os lipopolissacáridos (LPS) envolvidos durante as fases aguda (estádio único) e tardia da doença (três estádios), através do follow-up serológico de 240 doentes com confirmação clínica e laboratorial de Leptospirose. Foram incluídos no estudo 463 soros, 320 (69%) dos quais, obtidos durante a fase de convalescença (até 6 anos após o início dos sintomas). Soros de dadores de sangue (n=200) e de doentes com outras patologias infecciosas (n=60) foram usados como controlos. As amostras foram testadas pela técnica de Western Blot com lisados de oito estirpes patogénicas pertencentes aos serogrupos mais prevalentes. O reconhecimento dos antigénios leptospíricos, nos quatro estádios evolutivos, resultou da detecção de reactividade específica anti-IgM e anti IgG, nos diferentes immunoblots. Detectaram-se cinco proteínas major (45, 35, 32, 25 e 22 kDa) comuns a todos os serovares. Os soros estudados com as estirpes dos serogrupos homólogos, previamente identificados pela TAM, reagiram contra as proteínas de 45, 32 e 22 kDa, conhecidas como LipL45, LipL32 e LpL21, respectivamente, sendo estes, os antigénios imunodominantes durante o período estudado, nas duas regiões geográficas. Os doentes açorianos mostraram, ainda, uma reactividade elevada contra os LPS, cujo significado é discutido face aos resultados negativos dos soros controlo para os marcadores referidos. Esta investigação indica, pela primeira vez, uma forte persistência da resposta humoral e o importante papel protector da LipL45, Lip32 e LipL21, anos após o início dos sintomas. Por último, procedeu-se à identificação de estirpes Portuguesas, isoladas de murinos e de um caso humano fatal (L. inadai), numa perspectiva polifásica de intervenção. Utilizaram-se três testes fenotípicos (testes de crescimento sob diferentes temperaturas e na presença de 8-azaguanina, a par de um teste de alteração morfológica induzida pela adição de NaCl 1M). Paralelamente, efectuaram-se ensaios de amplificação do gene rrs (16S ARNr) de Leptospira spp por PCR (Polymerase Chain Reaction), utilizando um par de primers “universais” (331 pb) e um segundo par, que apenas amplifica o gene secY (285 pb) de estirpes patogénicas, para definição da identidade dos isolados em estudo. Da integração dos resultados obtidos, confirmou-se que estes ocupam uma posição taxonómica “intermédia” entre as leptospiras saprófitas e as patogénicas. Desenvolveu-se, ainda, uma investigação (complementar) “in vivo” do carácter taxonómico “intermédio” do referido isolado humano, por cultura e amplificação do respectivo ADN de tecidos de hamsters inoculados para o efeito. Esta metodologia molecular foi posteriormente utilizada, com sucesso, no diagnóstico precoce de doentes com Leptospirose, sendo uma mais-valia na confirmação laboratorial de infecção por Leptospira, na ausência de anticorpos específicos na fase inicial da doença.
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RESUMO A Leptospirose é uma zoonose re-emergente causada por espiroquetídeos patogénicos do género Leptospira. Em Portugal, é reconhecida, desde 1931, como uma importante doença infecciosa humana, cuja notificação é obrigatória desde 1986 para todos os serovares. Porém, devido ao acentuado polimorfismo clínico e à dificuldade de um diagnóstico laboratorial especializado, esta patologia nem sempre é confirmada. Com efeito, o isolamento do agente é difícil e o método convencional de diagnóstico, baseado no teste serológico de referência TAM (Teste de Aglutinação Microscópica), não é muito sensível na primeira semana da doença. Assim, foram três os principais objectivos desta dissertação: actualizar o padrão epidemiológico da Leptospirose, após uma extensa revisão bibliográfica da doença (Capítulos 1 e 2); esclarecer os aspectos imunológicos relacionados com os marcadores antigénicos que mais influenciam a regulação da resposta humoral na infecção humana, em particular, em área endémica (Capítulo 3); e, por último, promover a identificação molecular de alguns isolados de Leptospira, avaliar o respectivo poder patogénico no modelo murino e contribuir para o diagnóstico precoce da doença humana (Capítulo 4). O primeiro dos temas investigados, com base no estudo retrospectivo de uma larga série de 4.618 doentes sintomáticos analisados representa uma caracterização única da epidemiologia da Leptospirose, em particular, na Região Centro do País, e nas ilhas de São Miguel e Terceira (Açores), nos últimos 18 e 12 anos, respectivamente. Foram confirmados 1.024 (22%) casos, com uma distribuição média de 57 casos/ano, sendo a maior frequência no sexo masculino (67%). As áreas analisadas corresponderam à maioria das notificações em Portugal, com uma taxa de incidência média anual nas ilhas muito superior à registada no continente (11,1 vs 1,7/100.000 habitantes, respectivamente). Os adultos em idade activa (25-54 anos) foram os mais afectados, nos meses de Dezembro e Janeiro. A doença foi causada por serovares de nove serogrupos presuntivos de Leptospira interrogans sensu lato, com predomínio de Icterohaemorrhagiae, Pomona e Ballum, em cerca de 66% dos casos. A seropositividade da Leptospirose esteve associada às formas anictérica e ictérica da doença, sendo evidente uma elevada sub-notificação ( 20 casos/ano). Foram detectados e analisados os diversos factores de risco, verificando-se um risco elevado de transmissão em áreas geográficas onde a circulação dos agentes zoonóticos se processa em ciclos silváticos e/ou domésticos bem estabelecidos. Este estudo confirma que a incidência da Leptospirose em Portugal tem aumentado nos últimos anos, particularmente, nos Açores, onde a seropositividade elevada e a ocorrência de casos fatais confirmam esta patologia como um problema emergente de Saúde Pública. No âmbito do Capítulo 3, investigaram-se os aspectos imunológicos da Leptospirose humana na Aspectos da caracterização antigénica e molecular da Leptospirose em áreas endémicas Região Centro e nas ilhas de São Miguel e Terceira, caracterizando as proteínas e os lipopolissacáridos (LPS) envolvidos durante as fases aguda (estádio único) e tardia da doença (três estádios), através do follow-up serológico de 240 doentes com confirmação clínica e laboratorial de Leptospirose. Foram incluídos no estudo 463 soros, 320 (69%) dos quais, obtidos durante a fase de convalescença (até 6 anos após o início dos sintomas). Soros de dadores de sangue (n=200) e de doentes com outras patologias infecciosas (n=60) foram usados como controlos. As amostras foram testadas pela técnica de Western Blot com lisados de oito estirpes patogénicas pertencentes aos serogrupos mais prevalentes. O reconhecimento dos antigénios leptospíricos, nos quatro estádios evolutivos, resultou da detecção de reactividade específica anti-IgM e anti IgG, nos diferentes immunoblots. Detectaram-se cinco proteínas major (45, 35, 32, 25 e 22 kDa) comuns a todos os serovares. Os soros estudados com as estirpes dos serogrupos homólogos, previamente identificados pela TAM, reagiram contra as proteínas de 45, 32 e 22 kDa, conhecidas como LipL45, LipL32 e LpL21, respectivamente, sendo estes, os antigénios imunodominantes durante o período estudado, nas duas regiões geográficas. Os doentes açorianos mostraram, ainda, uma reactividade elevada contra os LPS, cujo significado é discutido face aos resultados negativos dos soros controlo para os marcadores referidos. Esta investigação indica, pela primeira vez, uma forte persistência da resposta humoral e o importante papel protector da LipL45, Lip32 e LipL21, anos após o início dos sintomas. Por último, procedeu-se à identificação de estirpes Portuguesas, isoladas de murinos e de um caso humano fatal (L. inadai), numa perspectiva polifásica de intervenção. Utilizaram-se três testes fenotípicos (testes de crescimento sob diferentes temperaturas e na presença de 8-azaguanina, a par de um teste de alteração morfológica induzida pela adição de NaCl 1M). Paralelamente, efectuaram-se ensaios de amplificação do gene rrs (16S ARNr) de Leptospira spp por PCR (Polymerase Chain Reaction), utilizando um par de primers “universais” (331 pb) e um segundo par, que apenas amplifica o gene secY (285 pb) de estirpes patogénicas, para definição da identidade dos isolados em estudo. Da integração dos resultados obtidos, confirmou-se que estes ocupam uma posição taxonómica “intermédia” entre as leptospiras saprófitas e as patogénicas. Desenvolveu-se, ainda, uma investigação (complementar) “in vivo” do carácter taxonómico “intermédio” do referido isolado humano, por cultura e amplificação do respectivo ADN de tecidos de hamsters inoculados para o efeito. Esta metodologia molecular foi posteriormente utilizada, com sucesso, no diagnóstico precoce de doentes com Leptospirose, sendo uma mais-valia na confirmação laboratorial de infecção por Leptospira, na ausência de anticorpos específicos na fase inicial da doença.
Resumo:
Registramos a ocorrência de epidemia de dengue causada pelo sorotipo 2 (DEN 2) na cidade de Araguaina, estado do Tocantins (TO) situado no Brasil central. Quatrocentos indíviduos de 74 famílias, residentes nos bairros S. João, Araguaina Sul e Neblina foram entrevistados e sangrados, independentemente de terem adoecido ou não. Os soros tanto de adultos quanto de crianças de ambos os sexos foram usados para pesquisa de anticorpos inibidores da hemaglutinação (IH) e IgM através de ensaio imunoenzimático (MAC ELISA). Nas casas onde haviam doentes no momento do inquérito, sangue total também foi colhido para tentativa de isolamento de vírus. O quadro clínico apresentado pelos pacientes foi caracterizado por febre, cefaléia, mialgias, artralgias e exantema do tipo máculo-papular não pruriginoso. A infecção foi mais frequente em mulheres (33.9%) do que nos homens (23.8%), ocorrendo em todas as faixas etárias, inclusive em crianças com menos de um ano de idade, bem como em maiores de 70 anos. Um total de 1105 mosquitos (56 fêmeas e 45 machos de Culex quinquefasciatus e 567 fêmeas e 437 machos de Aedes aegypti) foram obtidos a partir de larvas coletadas em Araguaina. As fêmeas de Ae. aegypti obtidas das larvas fizeram repasto sangüíneo em 8 pacientes febris. O diagnóstico laboratorial foi feito por isolamento de vírus (cultura de células de Aedes albopictus, clone C6/36) e por sorologia (IH e MAC ELISA). Foram isoladas 5 amostras de DEN 2 de pacientes febris e tipadas por imunofluorescência indireta usando anticorpos monoclonais de dengue. Nenhuma amostra viral foi isolada de mosquitos. Outrossim, comprovou-se infecção em 111 pessoas sangradas, o que revelou um índice de positividade de 27.75% (111 em 400), sendo que 66.2% das famílias estudadas apresentaram pelo menos um indivíduo positivo. Ocorreram ainda, 26.1% de infecções assintomáti-cas. Por outro lado, a correlação de positividade entre os dois testes usados (IH e MAC ELISA) foi de 94.6%. Estimamos que ocorreram aproximadamente 83.250 casos da doença, entre 15 de março a 31 de maio de 1991. Esta é a primeira epidemia de DEN 2 em um estado da Amazônia Brasileira, portanto em área endêmica de febre amarela, e a primeira evidência da interiorização do DEN 2, até então restrito ao Rio de Janeiro.
Resumo:
Here in is described the clinical and laboratorial findings of a laboratory-acquired infection caused by the virus SP H 114202 (Arenavirus, family Arenaviridae) a recently discovered agent responsible for a viral hemorrhagic fever. The patient was sick for 13 days. The disease had an abrupt onset characterized by high fever (39ºC.), headache, chills and myalgias for 8 days. In addition, on the 3rd day, the patient developed nauseas and vomiting, and in the 10th, epigastralgia, diarrheia and gengivorrhagia. Leucopenia was seen within the 1 st week of onset, with counts as low as 2,500 white cells per mm³. Counts performed after the 23th day of the onset were within normal limits. With the exception of moderate lymphocitosis, no changes were observed in differential counts. An increase in the liter of antibodies by complement fixation, neutralization and ELISA (IgM) was detected. Suckling mice and baby hamsters were inoculated intracerebrally with 0.02 ml of blood samples collected in the 2nd and 7th days of disease. Attempts to isolate the virus were also made in Vero cells. No virus was isolated. This virus was isolated before in a single occasion in São Paulo State, in 1990, from the blood of a patient with hemorrhagic fever with a fatal outcome. The manipulation of the virus under study, must be done carefully, since the transmission can occur through aerosols.
Resumo:
Resumo O vírus citomegálico humano (CMV) é o principal agente de infecção congénita, atingindo cerca de 0.2 a 2.2% de todos os recém-nascidos. As crianças que nascem infectadas por este vírus têm cerca de 11% a 12.7% de probabilidades de apresentarem sintomas e sinais de doença citomegálica ao nascimento, podendo cerca de 40 a 58% destas virem a apresentar sequelas neurológicas permanentes. Das crianças infectadas que terão infecção assintomática no período neo-natal, 5 a 15% poderão vir igualmente a sofrer de sequelas tardias, sobretudo a surdez ou o atraso mental. Em Portugal, desconhece-se a dimensão deste problema. O primeiro objectivo desta dissertação foi, desta forma, a determinação da prevalência através do recurso aos cartões do diagnóstico precoce (“Guthrie cards”), utilizando uma técnica de nested-PCR dirigida para o vírus. Foram estudados 3600 cartões, seleccionados de todo o território nacional (continente e ilhas), de uma forma proporcional ao número de nascimentos em cada distrito, dos quais 38 foram positivos, o que dá uma prevalência de 1.05% (intervalo de confiança para 95%: 0.748-1.446). A revisão sobre a experiência acumulada nos últimos 15 anos, na área do diagnóstico pré-natal, juntamente com um estudo adicional sobre a técnica da avidez, permitiu retirar algumas ilações, nomeadamente que este diagnóstico constitui uma arma diagnostica fiável para a avaliação pré-natal desta infecção congénita e que a selecção dos casos para amniocentese deverá obedecer a indicações serológicas precisas, como a “seroconversão para IgG” ou a “IgM confirmada” (devendo o método de confirmação ser a avidez das IgG com um índice <0,6) e as alterações ecográficas de etiologia não esclarecida. A possibilidade de utilizar pools de urinas para detectar a infecção congénita por CMV foi abordada na terceira parte do trabalho experimental. A metodologia aí descrita teve correlação total com o método de referência, permitindo uma redução bastante significativa nos tempos de execução e nos custos em consumíveis, pelo que abre a possibilidade da sua utilização para o rastreio da infecção congénita por CMV nos recém-nascidos.
Resumo:
A Dot-ELISA using a measles virus (MV) antigen obtained by sodium deoxycholate treatment was standardized and evaluated for IgM and IgG antibody detection in measles patients and measles-vaccinated subjects. A total of 192 serum samples were studied, comprising 47 from patients with acute and convalescent measles, 55 from 9-month old children prior to measles vaccination and 41 from children of the same age after vaccination, and 49 from patients with unrelated diseases. The diagnostic performances of the IgG Dot-ELISA and IgG immuno fluorescence test (IFT) were found to be close, varying from 0.97 to 1.00 in sensitivity and the specificities were maximum (1.00). Nevertheless, the sensitivity of the IgM Dot-ELISA (0.85) was higher than that (0.63) of the IgM IFT, although both assays had comparably high (1.00) specificities. The IgM Dot-ELISA in particular proved to be more sensitive in relation to other assays studied by revealing antibodies in 80.0% (12/15) of vaccinated children on the 15th day after immunization. In contrast the IgM IFT, failed to detect antibodies in the same group of vaccinated children. The stability of the MV antigen was longer than that of the IFT antigen, and the reproducibility of the Dot-Elisa was satisfactory.