905 resultados para Hábitat
Resumo:
Apesar do grande número de estudos realizados com a herpetofauna do Estado de São Paulo, que a caracteriza como a mais conhecida no país, ainda existem vazios amostrais dentro de biomas considerados mundialmente como prioritários para a conservação pelo elevado grau de endemismo e pressão antrópica, como é o caso da Mata Atlântica. Como resultado de pressões políticas e históricas, o bioma foi reduzido a menos de 12% de sua extensão original e apesar de sua importância para a conservação da biodiversidade mundial, apenas uma porcentagem mínima de sua cobertura vegetal original (1%) encontra-se protegida sob alguma forma legal de proteção. Este é o caso do Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR) que juntamente com o Parque Estadual de Intervales, Parque Estadual Carlos Botelho e Mosaico de Unidades de Conservação de Jacupiranga formam um extenso contínuo ecológico de 360 mil ha de floresta ombrófila no sul do estado. O presente estudo apresenta a lista de anfíbios e répteis do PETAR, com informações sobre a distribuição local e uso de hábitat destas espécies. O inventário foi realizado de outubro a dezembro 2009, totalizando 15 dias de amostragens que foram realizadas por meio de quatro métodos complementares de amostragem ativa: procura visual, procura auditiva, procura de carro e encontro ocasional. Foram registradas no total 91 espécies pertencentes a 53 gêneros e 24 famílias. Esta alta diversidade pode ser atribuída à existência de uma grande variedade de hábitats e microhábitats nesta localidade, como os diversos sítios aquáticos utilizados por várias das espécies de anfíbios anuros amostradas. Além disso, o PETAR apresenta um amplo gradiente altitudinal (80 - 1.160 m) que confere uma grande heterogeneidade climática, geológica e hidrológica a área. Neste sentido, este inventário é uma importante contribuição para a ampliação do conhecimento destas taxocenoses de floresta ombrófila presentes na porção mais ao sul da Serra de Paranapiacaba, fornecendo subsídios para a adoção de medidas visando à conservação dessas taxocenoses no Estado de São Paulo.
Resumo:
Macroalgas são organismos tipicamente bentônicos, constituídos por um talo maduro, discreto e reconhecível a olho nu, cuja identificação microscópica é necessária. Diversos estudos foram realizados visando o conhecimento taxonômico em riachos brasileiros, no entanto, são raros os trabalhos que abordam as algas que se desenvolvem nas nascentes destes riachos. de fevereiro a setembro/2007 coletas mensais foram realizadas em nascentes e em suas imediações (solos úmidos dos afloramentos d'água) de quatro riachos na região noroeste do estado de São Paulo. O levantamento taxonômico resultou na identificação de 13 espécies, sendo 54% dos táxons pertencentes a Cyanophyta e 46% a Chlorophyta. Cylindrospermum gorakhpurense, Mougeotia gotlandica, Spirogyra gallica e S. taftiana são registradas pela primeira vez para o Brasil. A flora aquática encontrada diferiu da regional devido à presença de organismos da família Zygnemataceae (Chlorophyta) em estágio reprodutivo. Este tipo de hábitat mostrou-se especialmente favorável à reprodução das Zygnemataceae.
Resumo:
O gênero Ecballocystis foi proposto por Bohlin, em 1897, a partir da descrição da espécie Ecballocystis pulvinata coletada no Brasil (Rio Grande do Sul). O gênero é considerado de rara ocorrência no mundo. No Brasil, E. pulvinata tem sido citada com maior frequência. Diversos espécimes de E. pulvinata provenientes de diferentes riachos foram avaliados taxonomicamente por meio de estudos morfométricos e verificou-se a ocorrência desta espécie em relação a algumas variáveis ambientais. Considerável amplitude morfológica foi constada nas populações avaliadas, provavelmente relacionada às variações do ambiente. A característica que mais variou foi o número de cloroplastos, sugerindo que este atributo não seja um caráter taxonômico confiável. A presença de E. pulvinata em riachos de leito rochoso e correnteza rápida (38,5-75,0 cm s-1), mostra que, provavelmente, este tipo de hábitat seja o mais adequado ao seu desenvolvimento.
Resumo:
Este estudo teve como objetivo verificar se fragmentos de cerrado influenciam na composição da acarofauna de seringais. Foram estabelecidos cinco transectos, distantes 50 m entre si, em duas áreas de cultivo no sul do Mato Grosso, sendo o primeiro na borda com o limite das áreas nativas e o último a 200 m no interior do seringal. em cada transecto foram marcadas cinco plantas, sendo coletadas sete folhas de cada planta. Durante um ano foram realizadas 25 coletas quantitativas em dois cultivos de seringueiras. O menor número de fitófagos foi registrado no transecto próximo da vegetação nativa e o maior no mais distante. A maior diversidade também foi observada no transecto mais próximo da vegetação nativa. Dez espécies de ácaros predadores também foram registradas nas áreas nativas vizinhas. Os dados sugerem o deslocamento dos ácaros predadores das áreas naturais para o monocultivo. Essas áreas naturais podem fornecer alimento alternativo e hábitat para inimigos naturais de fitófagos no período de escassez de alimento no seringal. A presença de áreas nativas próximo a áreas de cultivo deve ser considerada na elaboração de programas de manejo ecológico de pragas.
Resumo:
É apresentada uma análise dos possíveis impactos que a diminuição da vegetação nativa, notadamente das florestas ripárias, pode causar sobre a ictiofauna. Três conjuntos de aspectos funcionais primordiais desempenhados pelas florestas ripárias são discutidos: transferência de energia solar ao ambiente aquático, interceptação de nutrientes e sedimentos que adentram nos rios e trocas de material orgânico entre o sistema terrestre e aquático. Conclui-se que qualquer alteração que se traduza em mais perdas de vegetação nativa, seja em áreas de preservação permanente ou em reservas legais, pode gerar perdas de espécies, homogeneização faunística e diminuição de biomassa íctica.
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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O sítio de vocalização e os parâmetros acústicos do canto de anúncio foram determinados para 18 espécies de anuros em seis corpos d'água na região noroeste paulista. A freqüência dominante do canto de anúncio foi positivamente correlacionada com o CRC das espécies: as espécies pequenas vocalizaram em uma freqüência mais alta e as maiores vocalizaram em uma freqüência mais baixa. A similaridade nos parâmetros espectrais e temporais do canto de anúncio foi alta entre 94% das espécies registradas. A similaridade no uso do sítio de vocalização foi baixa, apenas 22% das espécies apresentaram alta sobreposição, apesar de cerca de metade das espécies terem sido generalistas no uso de sítio de vocalização. Analisando conjuntamente a similaridade no uso de sítio de vocalização, no hábitat e nos parâmetros do canto de anúncio, a proporção de espécies com alta sobreposição diminui de 94% para 11%, correspondente à sobreposição entre um único par de espécies: Dendropsophus elianeae e D. minutus. Espécies com sobreposição no sítio de vocalização apresentaram segregação nos parâmetros acústicos e, espécies com sobreposição nos parâmetros acústicos tenderam a partilhar sítio de vocalização. Esse resultado sugere a ocorrência de complementaridade de nicho, pois as espécies que ocuparam uma posição similar em uma dimensão tenderam a diferir em outra dimensão. A homogeneidade estrutural dos corpos d'água, a severidade climática da região e o elevado grau de conversão do ambiente natural em áreas de cultivo limitam a abundância das populações e a riqueza de espécies. A baixa sobreposição no sítio de vocalização está, provavelmente, associada a insaturação das comunidades amostradas.
Resumo:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)