511 resultados para ENTEROCOCCUS-FAECIUM


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A busca por produtos mais saudáveis e minimamente processados tem levado indústrias e pesquisadores a estudarem novas formas de preservação de alimentos. Os objetivos deste trabalho foram: 1) avaliar o efeito da embalagem com atmosfera modificada (ATM) na preservação de lombo ovino armazenado sob refrigeração e 2) Avaliar o efeito do processamento em alta pressão na conservação de carne bovina marinada e com teor de sódio reduzido. Em ambas as pesquisas, músculos Longissimus lumborum foram submetidos à contagem microbiana, avaliação de cor, pH, oxidação lipídica (TBARS), perdas por cocção (PPC) e força de cisalhamento. Para o estudo do efeito da embalagem em atmosfera modificada, as amostras foram acondicionadas em cinco sistemas de ATM, 15% O2 + 85% CO2; 30% de O2 + 70% de CO2; 45% de O2 + 55% de CO2; 60% de O2 + 40% de CO2 e Vácuo (controle) e armazenadas a 1°C durante 21 dias. As análises de cor, pH, TBARS, PPC e força de cisalhamento foram realizadas a cada sete dias e as microbiológicas duas vezes por semana. Diferentes concentrações de oxigênio dentro da embalagem trouxeram diferença significativa na intensidade de cor vermelha das carnes armazenadas em ATM. Até o sétimo dia de estocagem tratamentos com maior quantidade de O2 apresentaram melhor coloração, após esse período embalagens a vácuo conseguiram preservar melhor a mioglobina. Diferentes concentrações gasosas não trouxeram causaram diferença (p> 0,05) no pH da carne entre tratamentos. Nenhuma diferença significativa entre tratamentos foi encontrada para amostras embaladas em ATM nos parâmetros perda de peso por cocção e força de cisalhamento. A embalagem em atmosfera modificada foi capaz de retardar o crescimento da microbiota presente na carne. Isso levou á preservação da amostra por até 18 dias sob refrigeração, enquanto amostras a vácuo tiveram uma vida útil de 11 dias. Para o estudo do efeito da alta pressão em carne marinada com baixo teor de sódio, as carnes foram inoculadas com 106 UFC/g de carne com E. faecium e Listeria innocua e em seguida marinadas durante 18 horas, a 4°C, em diferentes soluções: 1% NaCl + 1% ácido cítrico, 1% NaCl + 2% ácido cítrico, 2% NaCl + 2% ácido cítrico e 2% NaCl + 2% ácido cítrico. Após a marinação as amostras foram submetidas ao tratamento nas seguintes pressões: Zero (controle), 300MPa, 450Mpa, 600MPa. As análises físico-químicas e microbiológicas foram realizadas logo após o tratamento. O tratamento em alta pressão foi capaz de reduzir a população microbiana em até seis ciclos logarítmicos quando 600Mpa foram aplicados em todas as soluções estudadas. A não aplicação de alta pressão proporcionou a redução de apenas um ciclo log na população de E. faecium quando as carnes foram marinadas com 2% NaCl + 2% ácido cítrico. A alta pressão e as diferentes concentrações de sal e ácido, não trouxeram diferença significativa na coloração das amostras. Já o maior teor de ácido cítrico na marinada causou maior (p<0,05) redução do pH da carne em comparação com as amostras em baixa concentração de ácido. Os experimentos demonstraram que a tanto embalagem a vácuo quanto a aplicação de ácido cítrico foram eficientes em retardar a oxidação lipídica. Pressões de 600Mpa tornaram a carne significativamente mais dura que as demais pressões aplicadas. Os resultados demonstraram a possibilidade de extensão da vida útil da carne refrigerada através da aplicação de diferentes tecnologias: a embalagem com atmosfera modificada para carne fresca e processamento em alta pressão de carnes marinadas com reduzido teor de sal.

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Introdução: Infecções relacionadas à assistência de saúde (IRAS) representam hoje um dos principais desafios da qualidade do cuidado do paciente, principalmente em pacientes submetido a transplante de células tronco e hematopoiéticas (TCTH) O banho diário com a clorexidina (CHG) degermante a 2% tem sido proposto principalmente em unidades de terapia intensivas (UTIs) para diminuir a colonização bacteriana do paciente e assim diminuir IRAS. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto do banho com CHG degermante a 2% em unidade de internação de TCTH na incidência de infecção e colonização por patógenos multirresistentes e ainda avaliar seu impacto na sensibilidade das bactérias ao antisséptico. Métodos: Foi realizado um estudo quasi-experimental, com duração de 9 anos, com início em janeiro/2005 até dezembro/2013. A intervenção foi iniciada em agosto de 2009, sendo que os períodos pré e pós-intervenção tiveram duração de 4,5 anos. As taxas de IRAS, infecção por gram-negativos multirresistentes e infecção e colonização por enterococo resistente a vancomicina (VRE) foram avaliadas através de série temporal, para estudar o impacto da intervenção. As concentrações inibitórias mínimas (CIM) das bactérias para a CHG com e sem o inibidor de bomba de efluxo (CCCP) foram avaliadas nos dois períodos. Os genes de resistência a CHG foram estudados por meio da PCR e a clonalidade dos isolados por eletroforese em campo pulsátil. Resultados: Foi observada redução significativa na incidência de infecção e colonização de VRE na unidade no período pós-intervenção (p: 0,001). Essa taxa permaneceu estável em outras UTIs clínicas do hospital. Contudo as taxas de infecção por Gram negativos multirresistentes aumentou nos últimos anos na unidade. Não ocorreu diminuição na taxa de IRAS na unidade. As CIMs testadas de CHG aumentaram nas amostras de VRE e K. pneumoniae após o período de exposição ao antisséptico, com queda importante da CIM após o uso do CCCP, revelando ser a bomba de efluxo, um importante mecanismo de resistência à CHG. As amostras de A. baumannii e P. aeruginosa não apresentaram aumento da CIM após período de exposição à clorexidina. As bombas de efluxo Ade A, B e C estiveram presentes na maioria dos A. baumannii do grupo controle (66%). A bomba cepA foi encontrada em 67% de todas as K. pneumoniae testadas e em 44,5% das P. aeruginosas do grupo pré intervenção. Observamos uma relação positiva entre a presença da CepA nas amostras de K. pneumoniae e a resposta ao CCCP: de todas as 49 amostras CepA positivas 67,3% obtiveram redução do seu MIC em 4 diluições após adição do CCCP. A avaliação de clonalidade demonstrou padrão policlonal das amostras de VRE, K. pneumoniae e A. baumannii avaliadas. Em relação às amostras de P. aeruginosa foi observado que no período pós-intervenção ocorreu predominância de um clone com > 80% semelhança em 10 das 22 amostras avaliadas pelo dendrograma. Conclusões: O banho de clorexidina teve impacto na redução da incidência de infecção e colonização por VRE na unidade de TCTH, e não teve o mesmo impacto nas bactérias gram-negativas. Os mecanismos moleculares de resistência à clorexidina estão intimamente ligados à presença de bomba de efluxo, sendo provavelmente o principal mecanismo de resistência e tolerância das bactérias ao antisséptico

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Introdução: Em situações clínicas selecionadas é aconselhada investigação complementar da criança com febre, nomeadamente realização de hemocultura. Objetivos: Analisar as hemoculturas positivas por bactérias patogénicas num serviço de pediatria, nomeadamente agentes mais frequentes, sua evolução, respetivos antibiogramas e correlação com dados clínicos. Material e Métodos: Estudo retrospetivo de dados micro- biológicos das bactérias patogénicas isoladas em hemoculturas e dados clínicos de crianças com idade entre um mês e 17 anos, admitidas num serviço de pediatria, entre 2003 e 2012. Resultados: No período estudado, a percentagem anual de hemoculturas positivas por bactérias potencialmente patogénicas variou entre 0,8% e 2,9%. No total isolaram-se 158 bactérias patogénicas, sendo mais frequentes: Staphylococcus aureus (29,1%), Streptococcus pneumoniae (27,8%), Escherichia coli (10,1%), Enterococcus faecalis (8,2%), Neisseria meningitidis (5,7%) e Streptococcus pyogenes (5,7%). Nenhuma Neisseria meningitidis foi resistente à resistente à ampicilina, 9% dos Streptococcus pneumoniae tiveram resistência intermédia à penicilina, 8,7% dos Staphylococcus aureus tiveram resistência à meticilina e 6,3% das Escherichia coli tinham resistência à amoxicilina/ácido clavulânico. Sessenta e sete porcento das hemoculturas positivas por bactérias patogénicas correspondiam a crianças com idade inferior a 36 meses. Os diagnósticos mais relevantes foram: bacteriémia oculta, pneumonia, sépsis, meningite e pielonefrite. Ocorreu um óbito devido a choque sético (Streptococcus pneumoniae). Conclusão: Nos 10 anos analisados, as bactérias mais frequentes foram: Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae e Escherichia coli. Verificou-se diminuição da incidência da Neisseria meningitidis após 2005 e do Streptococcus pneumoniae após 2007. As suscetibilidades das diferentes bactérias patogénicas aos antimicrobianos mantiveram-se estáveis. Enfatiza-se a importância epidemiológica e clínica da monitorização de dados microbiológicos.

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O presente trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antibacteriana de um extrato aquoso de sementes de açaí (Euterpe oleracea Mart.), proveniente do Brasil, em isolados clínicos. O extrato revelou atividade antibacteriana em todos os isolados clínicos testados com a exceção de Escherichia coli e de Klebsiella pneumoniae. Os melhores valores de CMIs (concentrações mínimas inibitórias) foram observados para Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) (0,25 mg/mL), Staphylococcus aureus sensível à meticilina (MSSA), Enterococcus faecalis e Streptococcus agalactiae com um valor de 0,5 mg/mL. O extrato testado parece ser uma opção a explorar no combate de bactérias resistentes.

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Two new antibacterial agents, rugulotrosin A (1) and B (2), were obtained from cultures of a Penicillium sp. isolated from soil samples acquired near Sussex Inlet, New South Wales, Australia. Rugulotrosin A (1) is a chiral symmetric dimer, and its relative stereostructure was determined by spectroscopic and X-ray crystallographic analysis. Rugulotrosin B (2) is a chiral asymmetric dimer isomeric with 1. Its structure was determined by spectroscopic analysis with comparison to the co-metabolite 1 and previously reported fungal metabolites. Both rugulotrosins A and B displayed significant antibacterial activity against Bacillus subtilis, while rugulotrosin A was also strongly active against Enterococcus faecalis and B. cereus.

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The antibacterial activities of water, ethanol and hexane extracts of five Australian herbs (Backhousia citriodora, Anetholea anisata, Eucalyptus staigerana, Eu. olida and Prostanthera incisa) against seven food-related bacteria (Enterococcus faecalis, Escherichia coli, Listeria monocytogenes, Pseudomonas aeruginosa, Salmonella Enteritidis, Sal. Typhimurium and Staphylococcus aureus) were determined by the microtitre broth microdilution assay. The water extracts of all the herbs displayed no or low antimicrobial activity against all of the bacteria tested with the exception of S. aureus. Relatively high levels of activity (minimum inhibitory concentrations of 125-15.6 mu g ml(-1)) against this pathogen were present in water extracts from all herbs except P. incisa. The ethanol and hexane extracts of all herbs displayed some activity against a number of the bacteria tested, with no one particular herb displaying an obviously higher level or range of activity. Staphylococcus aureus proved to be the most sensitive of the bacteria tested against the solvent extracts with all extracts displaying activity ranging from 125 to 7.8 mu g ml(-1), while E. coli and L. monocytogenes, on the other hand, proved the least sensitive with only five of 15 herb/extract combinations displaying any activity against these pathogens. The extracts of the Australian native herbs examined in this study have potential for application in foods to increase shelf-life or promote safety. (c) 2005 Elsevier Ltd. All rights reserved.

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A general strategy for the expression of bacterial membrane transport and receptor genes in Escherichia coli is described. Expression is amplified so that the encoded proteins comprise 5-35% of E. coli inner membrane protein. Depending upon their topology, proteins are produced with RGSH6 or a Strep tag at the C-terminus. These enable purification in mg quantities for crystallization and NMR studies. Examples of one nutrient uptake and one multidrug extrusion protein from Helicobacter pylori are described. This strategy is successful for membrane proteins from H. pylori, E. coli, Enterococcus faecalis, Bacillus subtilis, Staphylococcus aureus, Microbacterium liquefaciens, Brucella abortus, Brucella melitensis, Campylobacter jejuni, Neisseria meningitides, Streptomyces coelicolor and Rhodobacter sphaeroides. ©2005 Biochemical Society.

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Four novel oxapenem compounds were evaluated for their ß-lactamase inhibitory and antibacterial properties. Two (AM-112 and AM-113) displayed intrinsic antibacterial activity with MICs of between 2 to 16µg/ml and 0.5-2µg/ml against Escherichia coli and methicillin-sensitive and -resistant Staphylococcus aureus, respectively. The isomers of these compounds, AM-115 and AM-114 did not display significant antibacterial activity. Combination of the oxapenems with ceftazidime afforded protection against ß-lactamase-producing strains, including hyperproducers of class C enzymes and extended-spectrum ß-lactamase enzymes. A fixed 4µg/ml concentration of AM-112 protected a panel of eight cephalosporins against hydrolysis by class A and class C ß-lactamase producers. In vivo studies confirmed the protective effect of AM-112 for ceftazidime against ß-lactamase producing S. aureus, Enterobacter cloacae and E. coli strains in a murine intraperitoneal infection model. Each of the oxapenems inhibited class A, class C and class D ß-lactamases isolated from whole cells and purified by isoelectric focusing. AM-114 and AM-115 were as effective as clavulanic acid against class A enzymes. AM-112 and AM-113 were less potent against these enzymes. Class C and class D enzymes proved very susceptible to inhibition by the oxapenems. Molecular modelling of the oxapenems in the active site of the class A. TEM-1 and class C P99 enzymes identified a number of potential sites of interaction. The modelling suggested that Ser-130 in TEM-1 and Tyr-150 in P99 were likely candidates for cross-linking of the inhibitor, leading to inhibition of the enzyme. Morphology studies indicated that sub-inhibitory concentrations of the oxapenems caused the formation of round-shaped cells in E. coli DC0, indicating inhibition of penicillin-binding protein 2 (PBP2). The PBP affinity profile of AM-112 was examined in isolated cell membranes of E. coli DC0, S. aureus NCTC 6571, Enterococcus faecalis SFZ and E. faecalis ATCC 29213, in competition with a radiolabelled penicillin. PBP2 was identified as the primary target for AM-112 in E. coli DC0. Studies on S. aureus NCTC 6571 failed to identify a binding target. AM-112 bound to all the PBPs of both E. faecalis strains, and a concentration of 10µg/ml inhibited all the PBPs except PBP3.

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Introdução: Ao longo do tempo o Tratamento Endodôntico Não Cirúrgico tem sido das áreas da Medicina Dentária que mais tem evoluído. Todos os passos do tratamento têm sido revistos de forma a aumentar a taxa de sucesso. O controlo microbiológico é crucial para que o tratamento seja um sucesso a curto, médio e longo prazo. A assepsia deve ser mantida em todas as fases deste tratamento para que este seja um sucesso. Objetivo: Ao longo do meu percurso académico pude concluir que a fase da descontaminação dos cones, aquando a obturação (fase final do Tratamento Endodôntico Não Cirúrgico) era desvalorizada, o que me levou a efetuar uma revisão bibliográfica de modo a poder melhorar os meus conhecimentos e técnica. Material e Métodos: Para a elaboração deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliográfica recorrendo aos seguintes motores de busca: B-on, PubMed, Scielo e ScienceDirect, com as seguintes palavras-chave: “decontamination in endodontics”;” disinfection in endodontics”; “root canal irrigants”; “endodontics microbiology”; “Candida albicans“; “Enterococcus faecalis”; “sodium hypochlorite ”; “alcohol”; “contamination during Obturation”; “clorohexidine”; “filling materials endodontics”; “termoplastic gutta-percha”; “obturation material”; “Mineral Trioxide Aggregate”; “resilon”; “resin cement”; “resin material for root canal obturation”; “resin sealer”; “root canal”; “root canal sealing”; “root canal filling materials”; “condensation in endodontics”; “lateral condensation”; “gutta-percha”; “microlekeage”; “system B”; “fluid filtration model”;“dye penetration”. Como critério de inclusão estabeleceu-se que os artigos deveriam ser em Português, Inglês ou Espanhol e publicados entre 1995 e 2015. Dos resultados apresentados foram utilizados 110 artigos, pesquisados entre Maio de 2015 e 20 de Outubro de 2015. Foram ainda consultados livros de referência nestes mesmos locais. Conclusão: a presença de bactérias e os seus subprodutos no sistema tridimensional de canais está diretamente implicado com o insucesso do Tratamento Endodôntico. A descontaminação dos cones de guta-percha, é, portanto, um processo importante no Tratamento Endodôntico pois impede que os cones sejam colocados nos canais radiculares, estando contaminados por microorganismos que inviabilizam o tratamento efetuado. A submersão dos cones durante um minuto em clorohexidina a 2% ou hipoclorito a 5,25% está indicado e comprovado como um processo eficiente de desinfeção dos cones.

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As infeções do trato urinário (ITU), depois das infeções respiratórias, são as mais comuns na comunidade, sendo a Escherichia coli o principal agente etiológico. Afeta predominantemente o sexo feminino e, anualmente, estima-se que ocorram em todo o Mundo cerca de 150 milhões de episódios de ITU, sendo responsável por 15% dos antibióticos prescritos em ambulatório. Os objetivos deste estudo foram caracterizar os agentes etiológicos das ITU e determinar o seu padrão de resistência aos antimicrobianos na região litoral norte de Portugal, de modo a contribuir para o uso racional na terapêutica empírica. Foi realizado um estudo observacional, descritivo e transversal, sendo obtidos 80 967 resultados de uroculturas de um Laboratório de Análises Clínicas de prestação de serviços à comunidade, relativos ao período entre Abril de 2007 e Março de 2015. Registaram-se 13 541 bacteriúrias positivas (16,72%). Escherichia coli foi o microrganismo mais isolado (71,62%), seguida de Klebsiella pneumoniae (12,41%), Proteus mirabilis (7,84%), Enterococcus. faecalis (3,97%) e Pseudomonas aeruginosa (1,42%), tendo-se observado diferenças estatisticamente significativas entre sexos e idades. Verificou-se uma diminuição da resistência aos antimicrobianos a partir do ano de 2012. E. coli apresentou em 2015 a menor taxa de resistência respetivamente de 4,46% e 12,37% para a fosfomicina e nitrofurantoína. A combinação de amoxicilina+ácido clavulânico registou uma taxa de resistência superior a 20% (22,03%). O baixo nível de resistência à fosfomicina permite que este antibiótico se apresente como a opção terapêutica de primeira linha no tratamento empírico de ITU não complicada na mulher em ambulatório, pelo que, estes resultados permitem corroborar as indicações de 2011 da Direção Geral de Saúde sobre a substituição de fluoroquinolonas por fosfomicina.

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A cavidade oral é um habitat favorável ao desenvolvimento de microrganismos, alguns dos quais podem causar doenças, sendo Enterococcus faecalis uma bactéria frequentemente encontrada em biofilmes instalados em diferentes nichos da cavidade oral. Este trabalho teve como objetivo testar a aplicabilidade da inativação fotodinâmica (PDI), usando porfirinas como fotossensibilizadores, como estratégia de controlo de biofilmes da cavidade oral, tomando E. faecalis como microrganismo modelo. Como fotossensibilizadores, foram testadas as porfirinas catiónicas Tetra-Py+-Me, Tri-Py+-Me-PF, PCat 2, PCat 3, PCat 4 e o corante azul de toluidina O (TBO), incluído como fotossensibilizador de referência. Os biofilmes de E. faecalis foram irradiados com luz branca (270 J.cm-2) a uma intensidade de 150 mW.cm-2, na presença de até 50 µM de porfirina ou até 20 µM de TBO. A cinética de inativação foi caracterizada pela variação da concentração de células viáveis ao longo da experiência. Foi também testada a inativação de células na forma livre, em condições equivalentes. Os biofilmes de E. faecalis mostraram-se muito resistentes à PDI com qualquer dos PS testados, não tendo sido conseguidos fatores de inativação superiores a 2 log com a concentração máxima de PS (50 µM) e a dose máxima de luz (270 J.cm-2). Na forma livre as células foram inativadas até ao limite de quantificação com concentrações de PS de 0,5 µM e doses de luz até 108 J.cm-2, com uma intensidade de 10 mW.cm-2. No entanto, a eficiência de ligação dos PS às células livres não foi maior do que aos biofilmes. Embora os fatores de inativação obtidos não permitam ainda considerar que a PDI com os compostos testados seja uma abordagem antimicrobiana eficiente contra biofilmes de E. faecalis, o facto de se confirmar uma relação entre as propriedades químicas e físicas do PS e a sua eficiência, bem como os resultados muito promissores obtidos com uma das famílias de porfirinas testadas apenas em células livres, justifica a prossecução do desenvolvimento de novos PS para o controle de biofilmes bacterianos na cavidade oral.

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La resistencia bacteriana es uno de los problemas de Salud Pública más graves, los microorganismos que causan enfermedades infecciosas han dejado de responder a los antibióticos de uso común; en la investigación el objetivo fue determinar la resistencia antimicrobiana de Staphylococcus aureus en pacientes con pie diabético que asistieron a la Consulta Externa del Hospital Nacional Dr. Jorge Arturo Mena de Santiago de María, departamento de Usulután en el período de junio a agosto de 2014; a los antibióticos Eritromicina, Clindamicina, Ampicilina, Ciprofloxacina, Ceftriaxona, Cotrimoxazol; utilizados en el tratamiento de infecciones por bacterias grampositivas, para lo cual se observaron y analizaron 30 muestras de personas con pie diabético para obtener una población de 10 personas a quienes se les aisló la bacteria Staphylococcus aureus y se les realizó el respectivo antibiograma. Metodología fue un estudio de tipo prospectivo, transversal, descriptivo y de campo; los datos obtenidos fueron ordenados y tabulados en donde se obtuvieron las siguientes Resultados se determinó que existe resistencia antimicrobiana de Staphylococcus aureus a los antibióticos: Eritromicina 70%, Clindamicina 60%, Ampicilina 60%, Ciprofloxacina 50%, Ceftriaxona 40% y Crotrimoxazol 20%; en pacientes con pie diabético que asistieron a la Consulta Externa del Hospital Nacional Dr. Jorge Arturo Mena de Santiago de María; mediante la utilizando la técnica de Kirby-Bauer y se cumplió con la norma del CLSI (Clinical and Laboratory Standards Institute). La población en estudio manifestó no conocer que el no tomar el tratamiento completo puede producir resistencia bacteriana 60%, el 90% recibió tratamiento con el antibiótico Ciprofloxacina, 70% Eritromicina, 50% Clindamicina y Ampicilina; el 60% no recordaba cuantas veces había recibido tratamiento con los antibióticos mencionados, factores que contribuyen a las complicaciones de quienes padecen pie diabético y son tratados por infecciones bacterianas.También se obtuvo resistencia antimicrobiana de otras bacterias aisladas en el estudio, donde: Enterococcus sp presentó una resistencia en un 100% a los antibióticos Cotrimoxazol, Ceftriaxona y Ciprofloxacina, al igual que Pseudomonas sp que es una bacteria nosocomial, manifestó ser resistente en un 50% a los 3 antibióticos; Escherichia coli presentó un 41.7% de resistencia al antibiótico Cotrimoxazol, Ciprofloxacina 33.3% y Ceftriaxona 25%; a diferencia de Proteus sp y Staphylococcus coagulasa negativa que no presentaron resistencia. Conclusiones: Staphylococcus aureus presento mayor resistencia al antibiótico Eritromicina 70%; uno de los factores que influye puede ser que la población en estudio manifestó en un 60% no saber que el abandonar los tratamientos producen resistencias bacteriana.

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ANTECEDENTES: Las infecciones urinarias (ITU) son una de las principales causas de morbimortalidad en el país. Las enterobacterias son los principales uropatógenos que por vía ascendente colonizan el tracto urinario. (1) OBJETIVO: Fue identificar el agente etiológico y sensibilidad a antimicrobianos en muestras de orina de los habitantes con infección urinaria de la comunidad de Chuichún-Tambo-Cañar. Agosto-Enero 2015-2016. METODOLOGÍA: Se realizó un estudio descriptivo de corte transversal compuesto por 1037 habitantes, cuya muestra representativa fue de 281 personas. Se realizó urocultivo y antibiograma previa detección de ITU mediante el Examen Elemental y Microscópico de Orina (EMO). Los participantes con su firma/huella en el consentimiento informado aceptaron colaborar en el proyecto, llenaron una encuesta con datos de filiación y variables de estudio, luego entregaron la muestra de orina para su respectivo análisis. Para procesar y tabular la información obtenida, se utilizaron los programas SPSS v22 y Microsoft Excel 2010 para la estadística descriptiva y gráfica. RESULTADOS: De 281 habitantes el 16,0% presentó infección urinaria según el EMO, de los cuales el 66,7% resultó urocultivo positivo. De los pacientes con ITU el 64,4% son mujeres entre 15–64 años. Escherichia coli resultó ser el microorganismo más frecuente (63,3%), seguido de Proteus spp, (16,7%), Enterococo (10,0%), Klebsiella spp (6,7%) y Estafilococo aureus (3,3%). CONCLUSIÓN: Las ITU afectan principalmente a mujeres, relacionándose con infecciones recurrentes, actividad sexual y mala práctica de hábitos de higiene.

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Staphylococcal pathogenicity islands (SaPIs), the prototype members of the family of phage inducible chromosomal islands (PICIs), are extremely mobile phage satellites, which are transferred between bacterial hosts after their induction by a helper phage. The intimate relationship between SaPIs and their helper phages is one of the most studied examples of virus satellite interactions in prokaryotic cells. SaPIs encode and disseminate virulence and fitness factors, representing a driving force for bacterial adaptation and pathogenesis. Many SaPIs encode a conserved morphogenetic operon, including a core set of genes whose function allows them to parasitize and exploit the phage life cycle. One of the central mechanisms of this molecular piracy is the specific packaging of the SaPI genomes into reduced sized capsid structures derived from phage proteins. Pac phages were classically thought to be the only phages involved in the mobilisation of phage-mediated virulence genes, including the transfer of SaPIs within related and non-related bacteria. This study presents the involvement of S. aureus cos phages in the intra- and intergeneric transfer of cos SaPIs for the first time. A novel example of molecular parasitism is shown, by which this newly characterised group of cos SaPIs uses two distinct and complementary mechanisms to take over the helper phage packaging machinery for their own reproduction. SaPIbov5, the prototype of the cos SaPIs, does not encode the characteristic morphogenetic operon found in pac SaPIs. However, cos SaPIs features both pac and cos phage cleavage sequences in their genome, ensuring SaPI packaging in small- and full-sized phage particles, depending on the helper phage. Moreover, cos-site packaging in S. aureus was shown to require the activity of a phage HNH nuclease. The HNH protein functions together with the large terminase subunit, triggering cleavage and melting of the cos-site sequence. In addition, a novel piracy strategy, severely interfering with the helper phage reproduction, was identified in cos SaPIs and characterised. This mechanism of piracy depends on the cos SaPI-encoded ccm gene, which encodes a capsid protein involved in the formation of small phage particles, modifying the assembling process via a scaffolding mechanism. This strategy resembles the ones described for pac SaPIs and represents a remarkable example of convergent evolution. A further convergent mechanism of capsid size-reduction was identified and characterised for the Enterococcus faecalis EfCIV583 pathogenicity island, another member of the PICI family. In this case, the self-encoded CpmE conducts this molecular piracy through a putative scaffolding function. Similar to cos SaPIs, EfCIV583 carries the helper phage cleavage sequence in its genome enabling its mobilisation by the phage terminase complex. The results presented in this thesis show how two examples of non-related members of the PICI family follow the same evolutionary convergent strategy to interfere with their helper phage. These findings could indicate that the described strategies might be widespread among PICIs and implicate a significant impact of PICIs mediated-virulence gene transfer in bacterial evolution and the emergence of pathogenic bacteria.