998 resultados para Anemometria de Fio Quente
Resumo:
Pesquisas sobre a disponibilidade de B em solos são necessárias para avaliar o comportamento das culturas sob diferentes teores disponíveis desse elemento no solo. Com essa finalidade, foi realizado um experimento em casa de vegetação para avaliar a resposta de milho (Zea mays) a doses de boro (0, 2, 4, 6 e 12 mg dm-3) em dez solos de Pernambuco. O B disponível foi determinado por três extratores: água quente, ácido clorídrico 0,05 mol L-1 e Mehlich-1. Foram ainda determinados os níveis críticos (90 e 95 % da produção máxima de matéria seca) e tóxicos (equivalente à redução de 10 % da produção máxima) nos solos e na planta, além da descrição de sintomas de toxidez de B em milho. Os resultados demonstraram que os níveis críticos e tóxicos de B nos solos variaram de 0,4 a 2,3 mg kg-1 e de 1,8 a 8,3 mg kg-1, respectivamente. Em plantas de milho, os níveis críticos variaram de 13,8 a 129,6 mg kg-1, enquanto teores tóxicos foram obtidos entre 43,3 e 372,2 mg kg-1. O extrator que obteve a melhor correlação com o teor de B na planta foi o HCl 0,05 mol L-1, seguido pelo Mehlich-1 e pela água quente. A disponibilidade do B no solo pelo extrator HCl e os teores de B na folha foram afetados negativamente pelo aumento no teor de argila e matéria orgânica dos solos. Os solos que apresentaram plantas com maior teor de B no tecido vegetal mostraram sintomas mais graves de toxidez, fator associado à maior disponibilidade de boro em solos com textura mais arenosa e, ou, baixos teores de matéria orgânica.
Resumo:
Em observações de campo, muitas vezes não tem sido possível detectar diferenças nos teores de B no solo com a aplicação de adubos boratados, embora os teores do nutriente nas folhas apresentem resposta, havendo dúvidas quanto à eficiência do método de extração normalmente utilizado. Neste trabalho, foi avaliada a disponibilidade de B em Latossolo Vermelho-Amarelo do Mato Grosso com três extratores, procurando-se correlacionar as respostas da planta às doses de B aplicadas. Doses de 0, 1, 3, 5, 7 e 10 kg-1 ha-1 de B foram aplicadas em experimento com doses de 1,5, 3, 4,5, 6, 7,5 e 9 t ha-1 de calcário, em soja cultivada por três anos. A cada ano foram tomadas amostras de solo, da camada de 0-15 cm de profundidade (camada arável) e de folhas no florescimento da soja. Para as análises de B do solo, foram utilizados três extratores: CaCl2, BaCl2 e H2O quente tradicional. A soja respondeu à calagem e ao B aplicado a partir do segundo ano do experimento, mas as respostas não foram correlacionadas com os teores foliares de B. O extrator que apresentou maior consistência de regressões significativas entre teores no solo e nas folhas, nas três safras, foi o CaCl2. Entretanto, nenhum dos extratores discriminou a possibilidade de resposta da soja ao B, assim como não foi possível proceder à calibração dos resultados de modo a estabelecer faixas de resposta, uma vez que não houve correlação dos teores no solo com a produtividade.
Resumo:
Atributos físicos de solo foram avaliados num Latossolo Vermelho distrófico típico, em Passo Fundo, RS, dez anos após o estabelecimento (1993 a 2003) de cinco sistemas de produção integrando culturas produtoras de grãos, pastagens de inverno e forrageiras perenes: I) trigo/soja, aveia-branca/soja e ervilhaca/milho; II) trigo/soja, aveia-branca/soja e forrageiras anuais - aveia-preta + ervilhaca/milho; III) forrageiras perenes da estação fria - festuca + trevo-branco + trevo-vermelho + cornichão; IV) forrageiras perenes da estação quente - pensacola + aveia-preta + azevém + trevo-branco + trevo-vermelho + cornichão; e V) alfafa para feno, acrescentada em 1994, como tratamento adicional, com repetições em áreas contíguas ao experimento. Metade das áreas sob os sistemas III, IV e V retornou ao sistema I a partir do verão de 1996. As culturas, tanto de inverno como de verão, foram estabelecidas sob plantio direto. Os tratamentos foram distribuídos em blocos ao acaso com quatro repetições. Amostras de solo também foram coletadas em fragmento de floresta subtropical ao lado do experimento. O aumento da densidade do solo e da microporosidade, e a redução da porosidade total e da macroporosidade, devido aos distintos sistemas de produção de grãos com pastagens, não atingiram níveis capazes de promover degradação do solo. Os sistemas com pastagens perenes apresentaram menor densidade do solo e maior porosidade total e macroporosidade na camada 0-2 cm, em relação aos sistemas de produção de grãos ou produção de grãos com pastagens anuais.
Resumo:
Além dos baixos teores normalmente encontrados na fração argila dos solos sob clima tropical e subtropical, o tamanho reduzido e a baixa cristalinidade dos minerais 2:1 secundários dificultam sua identificação por difratometria de raios X (DRX). Este estudo objetivou avaliar métodos químicos e físico de concentração de minerais 2:1 secundários na fração argila para facilitar a identificação por DRX, incluindo a natureza dos minerais quanto ao local de formação de cargas permanentes (lâmina tetraedral ou octaedral). Coletaram-se amostras de dois Cambissolos originados de argilito da Formação Guabirotuba na Bacia Sedimentar de Curitiba (PR): horizontes A, Bi, C1 (1,2 a 1,5 m), C2 (2,2 a 2,5 m), C3 (3,2 a 3,5 m) e C4 (4,2 a 4,5 m). Após remoção da matéria orgânica e dispersão da terra fina seca ao ar, a fração argila foi submetida a tratamentos sequenciais com ditionito-citratobicarbonato (DCB) (amostra desferrificada - remoção de óxidos de Fe pedogenéticos) e com soluções de NaOH a quente, em diferentes concentrações (0,5; 1,0; 1,5; 2,5; 3,5; 4,0; 4,5 e 5,0 mol L-1), para extração de gibbsita e caulinita, em diferentes graus. A fração argila desferrificada também foi submetida à separação física (centrifugação) em argila grossa (0,2 a 2 m) e fina (< 0,2 m). Foram realizados tratamentos auxiliares para identificar as espécies minerais 2:1 na fração argila: saturação com Mg e solvatação com etilenoglicol; saturação com K e secagem ao ar e aquecimento a 550 ºC; e saturação com Li (teste de Greene-Kelly). Os resultados mostraram que o método clássico de extração da caulinita, com solução de NaOH 5,0 mol L-1 a quente, não deve ser aplicado para concentração de minerais 2:1 secundários, pois também removeu grande parte desses minerais. O tratamento com DCB e com solução de NaOH 3,5 mol L-1 possibilitou, com maior eficiência, a concentração e identificação de minerais 2:1 secundários por DRX nas amostras dos horizontes A, Bi e C1. Nas amostras tomadas em maiores profundidades (horizontes C2, C3 e C4), devido aos maiores teores desses minerais e ao menor tamanho dos cristais (argila fina), a solução menos concentrada de NaOH (1,5 mol L-1) foi mais eficiente para esse propósito. No horizonte A, os minerais 2:1 concentraram-se na fração argila grossa, compatível com o maior grau de intemperismo desse horizonte. Identificou-se esmectita com hidroxi-Al entrecamadas nos horizontes mais superficiais (A e Bi) e esmectita nas amostras do horizonte C. A saturação com Li permitiu a identificação das esmectitas dioctaedrais montmorilonita e beidelita/nontronita. As adaptações ao métodopadrão (NaOH 5 mol L-1) favoreceram a concentração de minerais 2:1 secundários na fração argila dos solos; a concentração da solução de NaOH deve ser maior para horizontes com menor teor do mineral.
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O caráter coeso é um atributo característico de horizontes subsuperficiais que, quando secos, apresentam consistência muito dura e extremamente dura, passando a friável ou firme quando úmidos. A formação desses horizontes, entretanto, ainda é um assunto polêmico, não estando completamente esclarecida. O objetivo deste trabalho foi realizar uma caracterização química, mineralógica e micromorfológica de solos coesos, visando entender a sua gênese e definir características que possam complementar a definição do caráter coeso no Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Quatro perfis de solos foram coletados na região dos tabuleiros costeiros de Alagoas, envolvendo um Argissolo Amarelo, um Argissolo Acinzentado e dois Latossolos Amarelos. Os solos foram descritos morfologicamente, e as amostras dos horizontes coesos e não coesos foram coletadas para execução de análises químicas de Fe, Al e Si por extração com DCB, oxalato, CaCl2 e água quente, análises mineralógicas por DRX e caracterização micromorfológica. Os solos apresentaram baixos teores de Fe, com domínio das formas de baixa cristalinidade e predominância de caulinitas com moderado a alto grau de desordem estrutural em todos os horizontes. Não foi observada, nos horizontes coesos, tendência de aumento dos teores de Al e Si extraídos com DCB e oxalato, indicando que a sua gênese não se deve à presença de agentes cimentantes. Os resultados das análises mineralógicas e micromorfológicas sugerem que a gênese do caráter coeso apresenta duas fases distintas, sendo formado inicialmente pelo entupimento dos poros decorrente da iluviação de argila fina, havendo posteriormente uma perda de Fe na parte superior, que colapsa a estrutura e provoca um ajuste face a face da caulinita.
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Este ensaio tem como objetivo discutir a crise das identidades e suas repercussões no que diz respeito às identidades socialmente estigmatizadas, sobretudo as das pessoas com deficiência. Essa crise acontece em meio às profundas modificações sociais e econômicas no contexto da pós-modernidade. A identidade, entendida como constructo histórico-cultural, é mediada por relações de poder, e não se refere a uma "entidade" imutável e arduamente construída, mas a algo fluido e metamórfico. Ao examinar as relações entre diferença e identidade, sustentamos que tais conceitos estão imbricados no contexto dessa crise. A discussão sobre identidade e diferença remete-nos à obra de Erving Goffman e ao conceito de estigma na perspectiva da compreensão da manipulação da identidade dos sujeitos que discrepam das expectativas sociais. A identidade da pessoa com deficiência tende a sofrer, em virtude do estigma, processos de controle social nos quais são negadas importantes oportunidades de metamorfose. Discutir identidade pode ser, portanto, um fio condutor para a compreensão da inserção social e escolar da pessoa com deficiência.
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Com o objetivo de verificar as relações entre o boro (B) extraível e os teores de argila, carbono (C) e pH, foram determinados os conteúdos de B disponível em 103 amostras do horizonte superficial de solos do Estado do Rio de Janeiro, por colorimetria utilizando azomethina-H, após extração com água quente. Os teores de B variaram de 1,31 a 4,50 mg kg-1 de solo, com média de 2,43 + 0,67 mg kg-1. Os valores de correlação encontrados foram r = 0,29** no que tange a B e C orgânico, e r = 0,27** no tocante a B e argila. O maior valor de correlação foi verificado entre B e pH (r = -0,41**). Os conteúdos de argila e C orgânico influenciaram na disponibilidade de B.
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No laboratório de sementes da Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, avaliou-se o efeito de tratamentos pré-germinativos sobre a quebra de dormência em sementes do feijão-mungo (Vigna radiata L., Leguminosae). As sementes de quatro cultivares (Pusa 9173, ML 267, NM 51 e Chun Nam 4) foram submetidas aos tratamentos com água quente (80°C), álcool à temperatura ambiente e ácido sulfúrico concentrado. Os tratamentos com ácido sulfúrico concentrado foram os que apresentaram as maiores porcentagens de germinação. Os tratamentos com imersão em álcool durante 5 e 10 minutos, e em água à temperatura de 80°C por 5 e 10 minutos mostraram-se eficientes, atingindo percentuais de germinação superiores aos da testemunha. No tratamento de imersão em água à temperatura de 80°C por 15 minutos, verificou-se acentuada mortalidade de sementes, reduzindo drasticamente o percentual de germinação. O tratamento com ácido sulfúrico concentrado, por 6 minutos, possibilitou uma porcentagem de germinação de 96%, sendo assim o mais indicado. As cultivares Pusa 9173, ML 267 e NM 51 apresentaram maior intensidade de dormência em comparação à cultivar Chun Nam 4.
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Foram comparadas as características de carcaça de novilhos cruza Charolês x Nelore, desmamados aos 90 (T90) ou 210 (T210) dias. Utilizaram-se 63 terneiros, castrados, os quais foram terminados em pastagem cultivada de Avena strigosa + Lolium multiflorum + Trifolium vesiculosum e abatidos aos 24 meses de idade. Não houve diferença significativa em relação às características peso de fazenda (T90=437 kg e T210=467 kg), rendimento de carcaça quente (T90=53,33% e T210=52,21%), peso de carcaça quente (T90=233 kg e T210=244 kg) e peso de carcaça fria (T90=226 kg e T210=238 kg). As carcaças dos dois tratamentos apresentaram conformação semelhante (T90=10,8 pontos e T210=11,0 pontos). Também as porcentagens de dianteiro, costilhar e traseiro não diferiram significativamente entre os dois tratamentos, assim como as variáveis comprimento de carcaça, comprimento de perna, comprimento de braço, perímetro de braço e espessura de coxão. A espessura de gordura de cobertura não diferiu significativamente entre os dois grupos de carcaças (T90=2,56 mm e T210=2,27 mm). Os resultados mostraram que o desmame precoce aos 90 dias não afeta as características de carcaça de novilhos abatidos aos 24 meses de idade, desde que as condições de alimentação durante o período de recria e terminação tenham sido adequadas.
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O objetivo deste trabalho foi comparar as características de carcaça de machos desmamados em duas idades, aos 72 (T72) e aos 210 (T210) dias. Utilizaram-se 36 terneiros 5/8 Hereford e 3/8 Nelore, não castrados, os quais foram terminados em confinamento e abatidos aos 14 meses de idade. Não houve diferença significativa quanto ao peso de fazenda (T72=424 kg e T210=406 kg), rendimento de carcaça quente (T72=54,7% e T210=54,4%), peso de carcaça quente (T72=232 kg e T210=221 kg) e fria (T72=224 kg e T210=214 kg) entre os dois grupos. Os animais desmamados aos 72 dias apresentaram carcaça com conformação ligeiramente superior (11,8 pontos vs. 11,3 pontos) e maior percentagem de costilhar em relação aos novilhos desmamados aos 210 dias, cujos cortes dianteiro e traseiro não diferiram significativamente. Não houve diferença significativa entre as variáveis comprimento de carcaça, comprimento de perna, comprimento de braço, perímetro de braço e espessura de coxão. A espessura de gordura de cobertura não diferiu significativamente entre os dois grupos de carcaça, sendo 4,6 mm e 4,2 mm, respectivamente para T72 e T210 dias. Os resultados mostraram que animais desmamados aos 72 dias de idade apresentam carcaça comparável aos desmamados com 210 dias, com peso e acabamento dentro dos limites exigidos pelos frigoríficos.
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BACKGROUND/AIM: With the evolving boundaries of sports science and greater understanding of the driving factors in the human performance physiology, one of the limiting factors has now become the technology. The growing scientific interest on the practical application of hypoxic training for intermittent activities such as team and racket sports legitimises the development of innovative technologies serving athletes in a sport-specific setting. METHODS: Description of a new mobile inflatable simulated hypoxic equipment. RESULTS: The system comprises two inflatable units-that is, a tunnel and a rectangular design, each with a 215 m(3) volume and a hypoxic trailer generating over 3000 Lpm of hypoxic air with FiO₂ between 0.21 and 0.10 (a simulated altitude up to 5100 m). The inflatable units offer a 45 m running lane (width=1.8 m and height=2.5 m) as well as a 8 m × 10 m dome tent. FiO₂ is stable within a range of 0.1% in normal conditions inside the tunnel. The air supplied is very dry-typically 10-15% relative humidity. CONCLUSIONS: This mobile inflatable simulated hypoxic equipment is a promising technological advance within sport sciences. It offers an opportunity for team-sport players to train under hypoxic conditions, both for repeating sprints (tunnel configuration) or small-side games (rectangular configuration).
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Foram desenvolvidos bioensaios, na Embrapa-Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo (CNPMS), para avaliar o efeito de extratos aquosos, a frio e a quente, da parte aérea de leucena (Leucaena leucocephala (Lam.) De Wit.), sobre a germinação e o desenvolvimento das plantas de milho (Zea mays L.). Os extratos foram preparados na concentração 20% (p/v), e avaliados em solo e papel- germiteste, em casa de vegetação, e em papel-filtro em laboratório. O extrato obtido com água fria (EF) e aplicado ao solo não causou nenhum efeito fitotóxico sobre a germinação e o desenvolvimento das plantas de milho. O extrato obtido com água quente (EQ), quando aplicado em papel-germiteste ou papel-filtro, causou redução no comprimento da raiz seminal, mas não interferiu na germinação das sementes de milho. O comprimento da raiz seminal foi um indicador mais sensível aos efeitos do EQ do que a germinação.
Resumo:
O experimento foi conduzido em casa de vegetação, com o objetivo de estimar os níveis críticos inferiores (equivalentes a 90% da produção máxima de grãos) e superiores (equivalentes à redução de 10% na produção máxima de grãos) de B nos solos e nas plantas de feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) cultivado em amostras de solos de várzea. O delineamento foi inteiramente casualizado, com quatro repetições, arranjado num esquema fatorial 4 x 7, sendo quatro solos (Glei Pouco Húmico, Aluvial, Glei Húmico e Orgânico) e sete doses de B (0,0, 0,25, 0,5, 1,5, 3,0, 6,0 e 10,0 mg dm-3). As amostras dos solos, incubadas por 24 dias com calcário dolomítico, macro e micronutrientes e B, foram analisadas no tocante a B pelos extratores BaCl2 0,125%, Mehlich I, água quente e CaCl2 0,01 mol L-1. Três plantas foram cultivadas por vaso de 3 dm³: uma, colhida no florescimento, avaliando-se os teores foliares de B, e duas, na maturação de grãos, avaliando-se a matéria seca de grãos. Os resultados mostraram que nos solos, os níveis críticos inferiores de B variaram de 0,57 a 1,87 mg dm-3, e os superiores, de 1,89 a 4,65 mg dm-3, independentemente do extrator utilizado. Nas folhas do feijoeiro, os níveis críticos inferiores estiveram entre 44,2 e 68,1 mg kg-1, e os superiores, entre 143,6 e 199,1 mg kg-1.
Ocorrência da macaúba em Minas Gerais: relação com atributos climáticos, pedológicos e vegetacionais
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O objetivo deste trabalho foi relacionar a ocorrência da macaúba (Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Martius) no Estado de Minas Gerais a atributos climáticos, pedológicos e vegetacionais. O Estado possui três grandes regiões de ocorrência de macaúba: Alto Paranaíba, Zona Metalúrgica e Montes Claros. A região de Montes Claros é relativamente mais quente e mais seca do que as outras duas, porém as diferenças macroclimáticas regionais não chegam a representar um fator limitante à ocorrência da macaúba. Dentro de cada região, foram selecionadas e amostradas nove seqüências de solos na paisagem, totalizando 27 perfis de solo, registrando-se, inclusive, a vegetação primitiva. O uso de atributos químicos e físicos do solo permitiu separar de forma eficiente os conjuntos de segmentos da paisagem (sítios) com e sem macaúba, mediante a análise de componentes principais, dos quais as correlações com os atributos químicos são os mais relevantes. A ocorrência de macaúba acompanhou áreas de solos com fertilidade natural mais elevada e vegetação primitiva de fisionomia florestal, o que mostra que a espécie avança como pioneira, evitando extremos de deficiência de nutrientes e de água. Os resultados evidenciam que, nos casos estudados, a ocorrência da macaúba só se verificou quando a vegetação primitiva é de floresta subcaducifólia.
Resumo:
A busca de métodos que permitam a extração do boro para avaliação da fertilidade do solo para a recomendação de adubação é importante, devido aos baixos teores de boro e aos altos teores de Fe na maioria dos solos brasileiros. A extração com água quente, método-referência, é trabalhosa e apresenta dificuldades operacionais. Por outro lado, soluções de CaCl2 5 mmol/L e BaCl2.2H2O 5 mmol/L são usadas com sucesso. O objetivo deste trabalho foi testar a eficiência do ácido tioglicólico na eliminação da interferência do Fe na dosagem de B do solo com azometina-H, após extrações com soluções ácidas de Mehlich-1 e HCl (50 e 100 mmol/L). Dosagem com azometina-H, com e sem ácido tioglicólico, foram feitas para oito solos de Minas Gerais e dois solos do Mato Grosso do Sul. Foi utilizada como referência, a extração com BaCl2.2H2O 5 mmol/L, com aquecimento em forno de microondas e dosagem com azometina-H; a determinação de B com azometina-H em extratos originados de soluções ácidas sofre forte interferência do Fe. A adição do ácido tioglicólico não remove esta interferência. A coloração do complexo B-azometina-H fica menos estável com a adição do ácido tioglicólico na dosagem do boro.