643 resultados para prolapso da valva mitral


Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

A prospective two dimensional and Doppler echocardiographic study of 70 consecutive patients with systemic lupus erythematosus (SLE) and 40 controls was carried out. Forty patients (57%) were found to have echocardiographic disturbance. Valvular abnormalities were detected in 31 patients (44%) and in only two controls (5%). Mitral valve abnormalities were the most common findings (23/70 (33%)) with mild or moderate regurgitation the most frequent lesion (16% and 9% respectively). Three patients (4%) had a morphological echocardiographic pattern suggestive of non-infective verrucous vegetations affecting the mitral valve. No patient had haemodynamically significant clinical valve disease. Pericardial effusion was identified in 19 patients (27%), of whom 14 had mild and clinically silent disease. Myocardial abnormalities were found in 14 patients (20%), but clinical features of myocardial dysfunction were present in only one. Patients with antiphospholipid antibodies were found to have an increased prevalence of endocardial lesions, mainly valvular regurgitation. It is concluded that the inclusion of echocardiography in a study protocol of patients with SLE can identify an important subset of patients with cardiac abnormalities, many of which are clinically silent. In addition, the association of antiphospholipid antibodies with endocardial lesions suggests that these antibodies may have a prominent role in the pathogenetic mechanisms of heart valve disease in SLE.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

A prospective two dimensional and Doppler echocardiographic study of 70 consecutive patients with systemic lupus erythematosus (SLE) and 40 controls was carried out. Forty patients (57%) were found to have echocardiographic disturbance. Valvular abnormalities were detected in 31 patients (44%) and in only two controls (5%). Mitral valve abnormalities were the most common findings (23/70 (33%)) with mild or moderate regurgitation the most frequent lesion (16% and 9% respectively). Three patients (4%) had a morphological echocardiographic pattern suggestive of non-infective verrucous vegetations affecting the mitral valve. No patient had haemodynamically significant clinical valve disease. Pericardial effusion was identified in 19 patients (27%), of whom 14 had mild and clinically silent disease. Myocardial abnormalities were found in 14 patients (20%), but clinical features of myocardial dysfunction were present in only one. Patients with antiphospholipid antibodies were found to have an increased prevalence of endocardial lesions, mainly valvular regurgitation. It is concluded that the inclusion of echocardiography in a study protocol of patients with SLE can identify an important subset of patients with cardiac abnormalities, many of which are clinically silent. In addition, the association of antiphospholipid antibodies with endocardial lesions suggests that these antibodies may have a prominent role in the pathogenetic mechanisms of heart valve disease in SLE.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

OBJETIVO: A histerectomia é uma operação muito realizada, entretanto há poucos trabalhos na literatura nacional sobre suas indicações, técnica e complicações. O objetivo deste trabalho é avaliar estes procedimentos realizados na Disciplina de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro. MÉTODO: Estudo retrospectivo de 470 histerectomias abdominais e 84 vaginais foi conduzido analisando as indicações, tempo de cirurgia e internação, tipo de incisão e morbidez. RESULTADOS: As principais indicações foram o mioma uterino e o prolapso uterino para as histerectomias abdominais e vaginais, respectivamente. As complicações intra-operatórias aconteceram em 3,4% e as pós-operatórias em 2,4% do total de casos. Nenhuma diferença estatística foi encontrada no número de complicações em relação ao tipo de incisão (vertical ou transversal). O tempo de cirurgia e o de hospitalização foram estatisticamente maiores nas incisões verticais. A hemorragia foi a mais freqüente complicação intra-operatória e a infecção da incisão operatória foi a mais freqüente no pós-operatório. CONCLUSÕES: A histerectomia é um procedimento de baixo risco, no entanto, a realização de revisões sobre indicações e complicações, e a pesquisa de melhores técnicas cirúrgicas são necessárias para torná-la cada vez mais segura.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

OBJETIVO: Descrever a experiência dos autores na correção de grandes hérnias ostomais , apresentando os resultados obtidos através da utilização de técnica preconizada pelo serviço. MÉTODO: Foram analisados , retrospectivamente , seis casos de grandes hérnias ostomais (>10cm), no período de 1982 a 1999, sendo dois pacientes do sexo masculino e quatro do feminino, com média etária de 60 anos. Foram observadas duas hérnias paraostomais e quatro hérnias periostomais. RESULTADOS: Três pacientes foram submetidos à técnica preconizada pelos autores, com uso de tela de polipropileno e permanência do estoma, outros três pacientes foram submetidos à correção das hérnias com mudança do local da ostomia. Não houve recorrência na amostra estudada após acompanhamento que variou de um a cinco anos. CONCLUSÕES: A técnica proposta possibilita a manutenção da ostomia em seu sítio primário, reforça a parede, previne a recidiva herniária e o prolapso da ostomia.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Objetivos: a laparoscopia pode auxiliar na conversão de uma histerectomia abdominal em vaginal quando esta última está contra-indicada, não devendo substituir a histerectomia vaginal simples quando esta é viável. Este estudo tem por objetivo discutir o papel da laparoscopia na histerectomia vaginal. Métodos: de fevereiro de 1995 a setembro de 1998, 400 pacientes foram consideradas candidatas à histerectomia vaginal. Foram excluídas as pacientes portadoras de prolapso uterino, tumor anexial associado e útero fixo ao toque bimanual. Os procedimentos foram realizados com a técnica de Heaney utilizando métodos de redução do volume uterino no caso de úteros miomatosos. Resultados: A média de idade e paridade foi de 46,9 anos e 3,2 partos, respectivamente. Vinte e nove pacientes (7,2%) eram nulíparas e 104 (26,0%) não tinham antecedente de parto vaginal. Trezentas e três pacientes (75,7%) apresentavam cirurgia pélvica prévia, sendo a cesárea a mais freqüente (48,7%). A principal indicação cirúrgica foi miomatose uterina (61,2%), e o volume uterino médio foi de 239,9 cm³ (30-1228 cm³). A histerectomia vaginal foi realizada com sucesso em 396 pacientes (99,0%), sendo que 73 cirurgias (18,2%) foram realizadas por residentes. O tempo cirúrgico médio foi de 45 min. A laparoscopia diagnóstica/cirúrgica foi realizada em 16 pacientes (4,0%). As complicações intra-operatórias incluíram 6 lesões vesicais (1,5%) e uma lesão retal (0,2%). Quatro procedimentos (1,0%) foram efetivados pela via abdominal. Ocorreram complicações pós-operatórias em 24 pacientes (6,0%). Duzentas e oitenta e uma pacientes (70,2%) receberam alta hospitalar 24 h após a cirurgia. Conclusões: O laparoscópio não parece ser necessário nos casos em que o útero é móvel e não existe tumor anexial associado. Em última análise, o principal papel do laparoscópio parece ser o de permitir que o ginecologista se dê conta de que histerectomia vaginal simples pode ser realizada na grande maioria dos casos.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Objetivo: analisar os resultados cirúrgicos após slings com mucosa vaginal, realizados pelo setor de Uroginecologia e Cirurgia Vaginal da UNIFESP/EPM, no tratamento de mulheres incontinentes com hipermobilidade do colo vesical, que apresentam alto risco de falha cirúrgica para outras técnicas ou naquelas com defeito esfincteriano intrínseco e, ainda, recidivas cirúrgicas. Métodos: foram avaliadas 21 pacientes submetidas à cirurgia para correção de incontinência urinária pela técnica de sling vaginal, no período de dezembro de 1997 a fevereiro de 1999, com seguimento pós-operatório que variou de 1 a 14 meses (média de 8,2). A média de idade das pacientes foi de 56 anos (39 a 77 anos), sendo que 15 (71,4%) encontravam-se na menopausa e 6 (28,6%) no menacme. Todas as pacientes foram avaliadas antes da cirurgia por meio de anamnese, exame clínico, estudo ultra-sonográfico e urodinâmico, sendo o grau de perda urinária acentuado em 66,7% e moderado em 33,3% das pacientes. Todas as pacientes apresentavam hipermobilidade da junção uretrovesical (superior a 10 mm) e 12 pacientes apresentavam cirurgia prévia para correção de incontinência urinária. Ao estudo urodinâmico, as pacientes apresentavam perda urinária com pressão máxima de fechamento uretral (PMFU) variando de 20 a 124 cmH2O (média de 55,2) e "Valsalva leak point pressure" (VLPP) variando de 18 a 128 cmH2O (média de 60,3). As indicações das cirurgias foram: defeito esfincteriano (11 pacientes - 52,4%), obesidade (5 pacientes - 23,8%), defeito esfincteriano e obesidade (2 pacientes - 9,5%), recidiva cirúrgica (2 pacientes - 9,5%) e defeito esfincteriano e prolapso uterino de 1º grau (1 paciente - 4,8%). Resultados: como complicações, 6 pacientes (28,6%) apresentaram retenção urinária temporária no pós-operatório, 1 (4,8%) infecção do trato urinário, 1 (4,8%) presença de fio de polipropileno na vagina, 1 (4,8%) infecção da ferida cirúrgica, 4 pacientes (19%) evoluíram com urgência/incontinência, 1 (4,8%) com urgência miccional e 1 (4,8%) com dificuldade para urinar (elevado resíduo pós-miccional). O grau de satisfação das pacientes foi satisfatório, com 15 pacientes (71,4%) referindo cura, 3 (14,3%) melhora, 2 (9,5%) quadro de perda urinária inalterado e 1 (4,8%) piora da perda urinária. Conclusões: a cirurgia de sling com mucosa vaginal é eficaz para o tratamento de casos específicos de incontinência urinária de esforço, destacando-se defeito esfincteriano, recidivas cirúrgicas e fatores predisponentes para falha de outras técnicas.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

OBJETIVO: testar a reprodutibilidade entre observadores das medidas e do estádio da distopia genital pela classificação do prolapso pélvico feminino preconizada pela Sociedade Internacional de Continência (ICS). MÉTODOS: foram avaliadas 51 pacientes atendidas no setor de Uroginecologia e Cirurgia Vaginal do Departamento de Ginecologia da UNIFESP/EPM durante investigação uroginecológica. Descrevemos a localização dos pontos propostos pela classificação da ICS, sendo dois na parede vaginal anterior, dois no ápice vaginal, dois na parede vaginal posterior, além do hiato genital, corpo perineal e comprimento vaginal total. A seguir, realizamos o estadiamento da distopia genital baseada nesta classificação. O procedimento foi realizado por dois investigadores diferentes sem contato prévio entre eles. A reprodutibilidade das nove medidas sítio-específicas e do estádio final foi analisada pela correlação de Pearson e a média dos pontos específicos pelo teste de t-pareado. RESULTADOS: houve correlação significativa e substancial para as medidas avaliadas. O índice de correlação para o ponto Aa foi de 0,89 (p<0,0001), ponto Ba de 0,90 (p<0,0001), ponto C de 0,97 (p<0,0001), ponto Ap de 0,72 (p<0,0001), ponto Bp de 0,84 (p<0,0001), ponto D de 0,91 (p<0,0001), hiato genital de 0,65 (p<0,0001), corpo perineal de 0,66 (p<0,0001) e comprimento vaginal total de 0,73 (p<0,0001). Também não se observou variação na média das medidas realizadas pelos dois examinadores. Da mesma forma, o estádio final da distopia foi altamente reprodutível (r = 0,81, p<0,0001). Em nenhuma paciente houve variação maior que um estádio, sendo idênticos em 86,2% dos casos. CONCLUSÕES: existe reprodutibilidade nas medidas obtidas pelo sistema de classificação da distopia genital da Sociedade Internacional de Continência.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

OBJETIVO: avaliar as repercussões das cirurgias de correção de distopia genital sobre a função sexual feminina, bem como os resultados anatômicos pós-operatórios, e detectar possíveis correlações entre eles. MÉTODOS: estudo prospectivo realizado entre outubro de 2004 e setembro de 2006. Foram incluídas 43 mulheres sexualmente ativas com distopia genital com indicação de cirurgia de reconstrução do assoalho pélvico. No pré-operatório e três e seis meses após a cirurgia, as pacientes responderam ao questionário de avaliação do comportamento sexual e escalas analógicas para quantificação do grau de desejo, excitação e satisfação, além de se submeterem a exame físico para graduação da distopia genital. Para análise dos resultados, utilizaram-se os testes de simetria de Bowker, Wilcoxon, t de Student, chi2 e análise de variância (ANOVA), quando indicados, com limite de significância estatística de 5% (p<0,05). RESULTADOS: as 43 mulheres completaram o seguimento de três e seis meses após a cirurgia, mas duas perderam os parceiros. Houve melhora significativa na qualificação da vida sexual (p=0,03). Dispareunia (25,6% no pré-operatório versus 17,1% no pós-operatório), incômodo (27,9 versus 0%), embaraço (20,9 versus 0%) e medo (2,3 versus 0%) melhoraram de forma significativa (p<0,001). As escalas analógicas de desejo (5 versus 7, p=0,001), excitação (6 versus 8, p<0,001) e satisfação com a vida sexual (5 versus 7, p<0,001) também apresentaram melhora significativa. Houve melhora significativa entre os estádios clínicos do pré-operatório e seis meses após a cirurgia (p<0,001). Não houve correlação significativa entre as alterações nas dimensões vaginais e a mudança na função sexual. CONCLUSÕES: após cirurgias de reconstrução do assoalho pélvico, houve melhora significativa na qualificação da vida sexual e no estadiamento clínico das distopias. No entanto, não houve correlação entre estes indicadores.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

OBJETIVO: observar o impacto da obesidade e de outros fatores de risco sobre a taxa de falha das pacientes submetidas à cirurgia de Burch para tratamento da incontinência urinária. MÉTODOS: estudo de casos de pacientes submetidas à cirurgia de Burch no período de 1992 a 2003. As pacientes foram avaliadas no momento da segunda consulta pós-operatória (66 dias em média) e com um ano de acompanhamento, e classificadas em dois grupos: Continentes e Não Continentes. As variáveis analisadas foram: idade, paridade, índice de massa corpórea (IMC), tempo de menopausa, tempo de terapia de reposição hormonal, avaliação urodinâmica, história de infecção do trato urinário, cirurgia prévia para incontinência urinária, diabetes, cistocele e prolapso uterino, tempo de internação, necessidade de autossondagem, micção espontânea no pós-operatório e ferida operatória. Os dados foram analisados com o pacote estatístico Statistical Package for Social Sciences 14.0. Foram utilizados o teste τ de Student ou Mann-Whitney, para comparação das variáveis contínuas, e os testes exato de Fisher e χ2, para variáveis categóricas (p<0,05). RESULTADOS: no momento da segunda avaliação pós-operatória, não houve diferença significativa entre os dois grupos quanto às variáveis analisadas. Com um ano de seguimento, de um total de 97 pacientes, 81 apresentavam-se continentes e 16, não continentes, sendo o IMC e a altura diferentes entre os grupos. No Grupo Continente, o IMC médio foi 27,1 e a altura de 1,57 m e, no Não Continente, 30,8 (p=0,02) e 1,52 m (p=0,01). A Odds Ratio para IMC>30 foi 3,7 (IC95%=1,2-11,5). CONCLUSÕES: a obesidade mostrou-se um importante fator de risco para a falha da cirurgia no primeiro ano de acompanhamento. Os resultados demonstram que pacientes com IMC>30 têm chance 3,7 vezes maior de apresentarem-se não continentes após um ano da cirurgia de Burch em relação às não obesas.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

OBJETIVO: Verificar a associação entre complicações maternas e tipo de parto em gestantes cardiopatas, assim como identificar os possíveis fatores clínicos e obstétricos, implicados na determinação da via de parto. MÉTODOS: Estudo retrospectivo e descritivo analisando prontuários médicos das gestantes cardiopatas internadas em Hospital de Referência terciário no município de Fortaleza, Ceará, no período de 2006 a 2007. A população do estudo incluiu todas as gestantes com diagnóstico anteparto de cardiopatias admitidas para realização do parto e excluiu as gestantes que tiveram o diagnóstico de cardiopatia após o parto, independente da idade e semana gestacional. Utilizou-se um questionário semiestruturado com variáveis demográficas, clínicas e obstétricas. Realizou-se, inicialmente, uma análise descritiva por meio de frequências simples e proporções das variáveis sociodemográficas, clínicas e obstétricas. Em seguida foram analisadas possíveis associações entre os aspectos clínicos, obstétricos e tipo de parto, verificando associação entre complicações maternas e tipo de parto. Para isso, foi aplicado o teste Exato de Fischer, considerando p<0,05 para o estabelecimento da significância estatística. Os dados coletados foram processados e analisados utilizando o software Epi-InfoTM, versão 6.04, Atlanta, USA. RESULTADOS: Foram incluídas 73 gestantes cardiopatas. Dentre as congênitas, a comunicação interatrial foi a mais observada (11,0%) e entre as adquiridas, a estone mitral a mais freqüente (24,6%). A proporção de partos cesáreos foi maior do que entre os vaginais, exceto para mulheres com cardiopatia adquirida. Foi encontrada associação entre tipo de cardiopatia e tipo de parto (p=0,01). Houve 13 complicações maternas (17,8%). Dentre as complicações, dez (76,9%) ocorreram por parto cesáreo e três por via vaginal. Não foi encontrada associação entre complicações maternas e tipo de parto em gestantes cardiopatas (p=0,74). CONCLUSÕES: Não houve associação entre a ocorrência de complicações maternas e a via de parto em gestantes cardiopatas.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

OBJETIVO: Verificar o efeito da adição do biofeedback (BF) ao treinamento dos músculos do assoalho pélvico (TMAP) para o tratamento da incontinência urinária de esforço (IUE). MÉTODOS: Estudo piloto prospectivo, randomizado e controlado, com mulheres com IUE sem deficiência esfincteriana detectada ao estudo urodinâmico e que realizavam a correta contração dos MAP. Foram excluídas mulheres com doenças neuromusculares e com prolapso genital graus III e IV. Foram randomizadas 40 mulheres em Grupo Controle e Grupo BF. O protocolo de TMAP com equipamento de BF foi constituído de três séries de dez contrações lentas (tônicas), com tempo de manutenção de seis a oito segundos em cada contração, seguido de um período de repouso de mesmo valor. Após cada contração sustentada, eram realizadas de três a quatro contrações rápidas (fásicas) em decúbito dorsal e ortostatismo, duas vezes na semana, totalizando 12 sessões. Avaliou-se o efeito da adição do BF ao TMAP na qualidade de vida pelo King's Health Questionnaire (KHQ), nos sintomas urinários pelo diário miccional e na função dos músculos do assoalho pélvico (MAP) pela palpação digital. A avaliação foi realizada inicialmente e após as 12 sessões de tratamento. O resultado foi descrito em médias e desvios padrão. Para análise de homogeneidade e verificação das diferenças entre os grupos utilizou-se o teste de Mann-Whitney, e para diferenças entre os momentos de observação, o teste de Wilcoxon, com nível de significância de 0,05. RESULTADOS: Diminuição significativa nos escores dos domínios avaliados pelo KHQ na comparação entre os grupos, exceto para o domínio saúde geral (Grupo BF 32,8±26,9 versus Grupo Controle 48,4±29,5; p<0,13). Em concordância, observou-se melhora da função dos MAP após o tratamento no grupo BF, na power (4,3±0,8; p=0,001), endurance (6,0±2,2; p<0,001) e fast (9,3±1,9; p=0,001). Quando comparados os grupos, o Grupo BF destacou-se positivamente em relação ao power (Grupo BF 4,3±0,8 versus Grupo Controle 2,5±0,9; p<0,001), endurance (Grupo BF 6,0±2,2 versus Grupo Controle 2,7±1,9; p<0,001) e fast (Grupo BF 9,3±1,9 versus Grupo Controle 4,6±3,2; p<0,001). Redução da frequência urinária noturna (1,2±1,2 versus 0,7±0,9; p=0,02) e da perda de urina nos esforços (1,5±1,4 versus 0,6±0,8; p=0,001) foi observada no Grupo BF. CONCLUSÃO: A adição do BF ao TMAP para o tratamento da IUE, aplicado de acordo com o protocolo descrito, contribui para melhora da função dos MAP, redução dos sintomas urinários e melhora da qualidade de vida.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Descreve-se a ocorrência de dois surtos de intoxicação espontânea de bovinos pelos frutos de Xanthium cavanillesii em dois estabelecimentos dos municípios de Casca e Cachoeira do Sul, RS, no final de abril e meados de agosto de 1996. Em um dos estabelecimentos, morreram 17 novilhas de um total de 310 bovinos e no outro, morreram 11 de um total de 83 terneiros de 12 a 18 meses de idade. O curso clínico variou de 3 a 24 horas e caracterizou-se por apatia, anorexia, desidratação progressiva, retração dos globos oculares, tenesmo associado a discreto prolapso retal, tremores musculares, incoordenação motora, agressividade, decúbito, cegueira na fase terminal, e morte. As principais lesões macroscópicas nos animais necropsiados incluíam fígado com acentuação do padrão lobular e hemorragias puntiformes na superfície capsular e de corte; hidropericárdio, edema gelatinoso e translúcido na parede da vesícula biliar, no mesentério, nos ligamentos e dobras do abomaso e na região perirrenal; fezes ressequidas, em pequena quantidade, sob a forma de esferas e recobertas por muco e estrias de sangue coagulado; petéquias, equimoses e sufusões disseminadas em diferentes tecidos e órgãos; e frutos de X. cavanillesii misturados a conteúdo firme e ressecado do rúmen e do retículo. A principal lesão microscópica consistia em acentuada necrose coagulativa hepatocelular centrolobular associada à congestão e hemorragias, circundadas ou não por uma estreita faixa de hepatócitos marcadamente tumefeitos e vesiculares. Nas propriedades, os bovinos confinados eram alimentados com resíduo de lavoura de soja, inteiro ou moído, contaminado acidentalmente por grande quantidade de frutos de X. cavanillesii. Após a retirada do resíduo da suplementação alimentar desses animais, as mortes cessaram. O diagnóstico baseou-se em dados epidemiológicos, clínicos, de necropsia e histopatológicos e na reprodução experimental da enfermidade em bovinos e ovinos. A morfologia e a patogenia da lesão hepática e o quadro clínico-patológico observados são discutidos e comparados com outros relatos de intoxicação por Xanthium spp descritos na literatura e com outras hepato-toxicoses agudas em bovinos.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Seneciose é a principal intoxicação por planta no sul do Rio Grande do Sul, Brasil. Neste trabalho apresentam-se os dados de 24 surtos de seneciose em bovinos e de um em eqüinos, diagnosticados pelo Laboratório Regional de Diagnóstico (LRD) da Universidade Federal de Pelotas, no período de 1998 a 2000. Adicionalmente são avaliados os dados epidemiológicos de 54 surtos ocorridos no período 1978-1997. Os dados epidemiológicos e clínicos do período 1998-2000 foram coletados em visitas às propriedades onde estavam ocorrendo os surtos. Em 11 (45,83%) surtos os animais tinham até 3 anos de idade e, em 13 (54,16%), 3 anos ou mais. Quanto ao sexo, 9 (37,5%) surtos atingiram fêmeas e 15 (62,5%) afetaram machos. Em relação à época de ocorrência, 10 (41,66%) surtos ocorreram na primavera, 4 (16,66%) no verão, 5 (20,83%) no outono, e 5 (20,83%) no inverno. A morbidade foi estimada em 4,92% e a letalidade em 95,59%. As espécies de Senecio que predominaram nas propriedades visitadas foram S. brasiliensis em 12 (57,14%), S. selloi em 10 (47,61%), S. oxyphyllus em 6 (28,57%), S. heterotrichius em 3 (14,28%), e S. leptolobus em 1 (4,76%) propriedade. Os sinais clínicos mais freqüentes foram emagrecimento progressivo, incoordenação, diarréia, tenesmo, prolapso retal e agressividade. O curso clínico da intoxicação, levando em consideração somente os animais necropsiados ou os observados durante as visitas às fazendas, foi de 24 a 96 horas em 4 (16,66%) surtos, de 4 a 7 dias em 7 (29,16%), de 1 a 2 semanas em 4 (16,66%), de 2 a 3 semanas em 2 (8,33%), de 1 a 2 meses em 2 (8,33%), e de 2 a 3 meses em 1 (4,16%) surto. Em quatro (16,66%) surtos o período de manifestação clínica não foi observado. Nos surtos em que o curso clínico foi mais prolongado, alguns animais apresentaram fotossensibilização. Os achados de necropsia mais comuns foram fígado aumentado de tamanho e endurecido, vesícula biliar aumentada, edema no mesentério e abomaso e líquido nas cavidades. No fígado, a histopatologia revelou fibroplasia, megalocitose e proliferação de células dos ductos biliares e, no cérebro, degeneração da substância branca. Em amostras das diferentes espécies de Senecio, coletadas em diferentes épocas do ano, foi determinada a concentração de alcalóides pirrolizidínicos (APs) e seus N-óxidos através de cromatografia de camada delgada e espectrofotometria. Retrorsina foi encontrada em Senecio brasiliensis, S. heterotrichius, S. selloi e S. oxyphyllus. Além deste, S. brasiliensis e S. heterotrichius registraram mais um e dois alcalóides não identificados, respectivamente. A maior concentração de AP reduzido (AP livre + N-óxido) foi encontrada em S. brasiliensis no inverno (0,25%). Nessa mesma época quantidades decrescentes de AP reduzidos foram encontradas em S. heterotrichius (0,19%), S. oxyphyllus (0,03%) e S. selloi (0,03%). Em S. leptolobus não foram detectados alcalóides. Esses dados demonstraram que S. brasiliensis é a espécie mais importante como causa de seneciose no sul do Rio Grande do Sul. Adicionalmente, foram analisados dados de arquivo do LRD sobre 54 surtos de intoxicação por AP no período 1978-1997. Nesse período, 7 (12,96%) surtos afetaram bovinos menores de 3 anos, 39 (72,22%) afetaram bovinos de 3 anos ou mais, 3 (5,55%) afetaram bovinos de várias idades e, em 5 (9,25%) surtos a idade não foi informada. Trinta e nove (72,22%) surtos afetaram fêmeas, 7 (12,96%) afetaram machos, 3 (5,55%) afetaram ambos os sexos e, em 5 (9,25%), o sexo não foi informado. Vinte e três (42,59%) surtos ocorreram na primavera, 9 (16,66%) no verão, 9 (16,66%) no outono, e 13 (24,07%) no inverno. O maior número de surtos da intoxicação no período 1998-2000 (24 surtos em 3 anos) em relação ao período 1978-1997 (54 surtos em 20 anos) pode estar relacionado à diminuição em mais de 50% da população ovina no Estado.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Com o objetivo de estabelecer valores de medidas ecocardiográficas em bezerros da raça Holandesa, utilizaram-se 25 animais, com idade entre 8 e 28 dias e peso entre 27 e 57 kg. Procedeu-se o exame ecocardiográfico em modo-B e modo-M para a obtenção dos valores médios dos seguintes parâmetros, em diástole e sístole, respectivamente: diâmetros internos dos ventrículos direito (2,05±0,13cm e 1,59±0,13cm) e esquerdo (3,91±0,09cm e 2,52±0,13cm), espessuras do septo interventricular (1,24±0,04cm e 1,62±0,06cm) e da parede livre do ventrículo esquerdo (0,92±0,04cm e 1,50±0,05cm). Obtiveram-se ainda valores do diâmetro dos átrios direito e esquerdo em sístole (2,97±0,12cm e 4,11±0,21cm, respectivamente), dos volumes diastólico (67,90±3,65ml), sistólico (25,32±3,05ml) e de ejeção (42,58±2,46ml) do ventrículo esquerdo, do débito cardíaco (3857±339ml/min), do diâmetro aórtico (2,52±0,05cm), da distância entre o ponto de maior abertura do folheto anterior da valva atrioventricular esquerda até o septo interventricular (0,65±0,08cm) e tempo de ejeção (0,39±0,02s), das frações de encurtamento (36,27±2,40%) e de ejeção do ventrículo esquerdo (64,67±3,22%). Houve média correlação linear positiva (66,4%, P<0,01) entre diâmetro aórtico e peso dos animais, média correlação linear negativa (P<0,01) entre tempo de ejeção do ventrículo esquerdo e freqüência cardíaca (69,1%) e com o débito cardíaco (62,4%). Observou-se uma tendência dos bezerros em apresentar menor diâmetro da câmara cardíaca esquerda, apesar de mantidas as relações de espessura de parede e índices funcionais do miocárdio.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Descreve-se um surto de tétano em búfalos da raça Murrah em uma propriedade situada no município de São Caetano de Odivelas, localizado na região metropolitana de Belém, estado do Pará. Do rebanho de 250 bubalinos, 80 animais foram vacinados contra raiva por via intramuscular na região da garupa. Em um período de 15 a 19 dias após a vacinação quatro animais adoeceram, um morreu com dois dias de evolução, um foi eutanasiado in extremis no sétimo dia após o início dos sinais clínicos e os demais se recuperaram após tratamento. Nos bubalinos, o primeiro sinal clínico observado foi o prolapso da terceira pálpebra, em especial quando o animal era estimulado, seguido por andar rígido, manifestado por dificuldade de flexão dos membros e permanência em decúbito lateral com os membros estendidos, pálpebras muito abertas, sialorréia, hiperexcitabilidade, orelhas eretas, leve trismo e acúmulo de alimento na cavidade oral. À necropsia foi evidenciada uma área de coloração amarelada com presença de exsudação purulenta na musculatura da região da garupa, local de aplicação da vacina. Ao exame histopatológico não foram evidenciadas alterações significativas. Em dois animais foi realizado tratamento com penicilina por via intramuscular e soro antitetânico por via intramuscular e sub-aracnóide; após duas semanas esses animais se recuperaram. Diante do quadro clínico, dos dados epidemiológicos e da ausência de lesões histológicas foi feito o diagnóstico de tétano. Concluiu-se que o tétano é uma doença a ser considerada na bubalinocultura no Brasil. A infecção, provavelmente ocorreu durante o procedimento de vacinação, através injeções intramusculares utilizando agulhas contaminadas.