1000 resultados para polinização manual
Resumo:
Sistemas de polinização especializados estão ligados a características que incentivam as visitas por polinizadores e desestimulam visitas por outros animais. O mecanismo de polinização de uma espécie de Marantaceae foi estudado com ênfase nessa questão. Calathea cylindrica é uma erva com flores disponíveis o ano todo. As flores são peculiares pela fusão e modificação dos elementos, assimetria, apresentação secundária de pólen, néctar pouco acessível e tubo longo, estreito e fechado até a visita do polinizador. A polinização consiste em um mecanismo explosivo, sendo que uma vez disparado, as estruturas florais não retornam à posição inicial. Assim, há uma única possibilidade para transferência de pólen. Os polinizadores são fêmeas de abelhas Euglossini (Apidae) e no meio da manhã todas as flores já haviam sido visitadas. O acesso ao néctar em flores intactas requer a realização de movimentos específicos e com força apropriada, o que exclui outros insetos. A quantidade de néctar produzido em flores ensacadas foi em torno de 13 µL com 32% de concentração de açúcares. O néctar continua sendo secretado em quantidades pequenas depois do disparo do mecanismo. A floração contínua, a quantidade alta de néctar produzido e a continuidade de secreção após a polinização parecem promover maior fidelidade dos polinizadores. A complexidade estrutural das flores, a secreção que banha externamente a câmara nectarífera e o tubo estreito com pelos internos dificultam o acesso ao néctar e parecem funcionar como barreiras para outros visitantes. Em conjunto, esses fatores parecem ser os determinantes do alto grau de especialização do sistema.
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A biologia reprodutiva de Dipteryx alata foi estudada de setembro/2004 a agosto/2006. Dipteryx alata é arbórea, floresce na estação chuvosa (4-6 meses) e o pico de frutificação ocorre na estação seca. A espécie apresentou variação na intensidade de floração e frutificação entre os anos. As flores são zigomorfas, papilionáceas, hermafroditas, relativamente pequenas, odoríferas, diurnas e duram até 10 horas. O cálice possui dois lobos petalóides e a corola é formada pelo estandarte, alas e as pétalas da quilha. As anteras produzem pólen com 94,4% de viabilidade. O estigma é recoberto por película que limita a autopolinização espontânea, impedindo a aderência do pólen. Néctar é armazenado em câmara, em pequena quantidade (1,45 µL) e com concentração de 25%. Dipteryx alata tem flores de quilha e possui mecanismo de polinização intermediário entre os tipos explosivo e valvular. Esta espécie é alógama, possui auto-incompatibilidade de ação tardia e elevada taxa de aborto (ER = 0,45). Xylocopa suspecta (16,6% das visitas) é o principal polinizador, pois visita legitimamente as flores e apresenta forrageamento do tipo linha-de-captura, que promove fluxo polínico entre as plantas. As abelhas Pseudaugochlora graminea (15,3%) e Apis mellifera (39,5%), apesar da alta taxa de visitação, não são bons polinizadores (eficiência de polinização de 3,5% e 0%, respectivamente), pois geralmente não realizam movimento entre as plantas. Apis mellifera pilha néctar em 45,5% das visitas realizadas. O aumento da produção de sementes em populações naturais de D. alata depende da manutenção dos polinizadores efetivos (abelhas solitárias), sendo recomendável o manejo da abelha exótica A. mellifera.
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Leguminosae está representada na Caatinga por 293 espécies, das quais oito foram estudadas quanto à polinização e/ou sistema reprodutivo. Foram analisados a biologia floral, os polinizadores e o sistema reprodutivo de Caesalpinia pyramidalis Tul. Houve produção de 5,7 ± 0,9 óvulos/flor, 66,9 ± 47,8 flores e 2,1 ± 1,2 frutos por inflorescência e 2,88 ± 1,44 sementes/fruto. O volume de néctar foi cerca de 1,0 µL durante o primeiro dia da flor, 0,5 µL no segundo dia, não havendo produção no terceiro dia. C. pyramidalis é auto-incompatível, com tubos polínicos oriundos de autopolinização manual crescendo até o saco embrionário. Espécies de Xylocopa e Centris constituem importantes polinizadores de C. pyramidalis. Durante as visitas, as abelhas promovem principalmente geitonogamia, a qual favorece a perda de frutos e leva à baixa razão fruto/flor (0,03). Entretanto, a razão semente/óvulo relativamente elevada (0,50), demonstra maior investimento em sementes provenientes de polinizações cruzadas, reduzindo os efeitos da geitonogamia.
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A espécie Dyckia brevifolia Baker apresenta populações disjuntas e distribuição restrita. Dyckia brevifolia é uma espécie policárpica com propagação clonal. A biologia reprodutiva desta espécie foi estudada nas margens do Rio Itajaí-Açu, Santa Catarina, Brasil. As características florais, a produção de néctar e os visitantes florais foram estudados. Para caracterizar o sistema reprodutivo foram conduzidos cinco tratamentos: agamospermia, autopolinização espontânea, autopolinização manual, polinização cruzada e controle. Cada inflorescência apresentou 60,4 ± 14,5 flores e 58,3 ± 13,3 frutos e a razão fruto/flor foi de 0,97. O número médio de sementes por fruto foi de 129,6 ± 24,3. As flores abrem da base para o ápice da inflorescência e o número de flores abertas por dia por inflorescência foi em média de 6,8 ± 1,2. A antese floral ocorre ao longo do dia e a flor tem duração de um dia e meio. O volume e a concentração médios do néctar foram de 30,5 µL e 25,7%, respectivamente. Os principais visitantes florais foram abelhas, beija-flores e borboletas, sendo o beija-flor Amazilia versicolor Vieillot o principal polinizador. Esta espécie também foi polinizada por abelhas dos gêneros Xylocopa e Bombus. Com relação ao sistema reprodutivo, os resultados indicam que D. brevifolia é autocompatível e que a agamospermia pode ocorrer. A autocompatibilidade apresentada pela espécie, bem como o comportamento dos visitantes florais indicam que as principais formas de polinização promovidas são a autopolinização e a geitonogamia.
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A biologia floral, polinização e sistema reprodutivo de Casearia grandiflora Cambess., C. javitensis Kunth e Lindackeria paludosa (Benth.) Gilg foram estudados no campus da Universidade Federal do Amazonas, Manaus, Brasil (03°04'34" S e 59°57'50" W), durante o período de novembro 2003 a dezembro 2004. Foram realizadas observações sobre morfologia, biologia floral e visitantes florais. O sistema reprodutivo e o sucesso reprodutivo foram determinados através de polinizações experimentais no campo. As flores são hermafroditas ou estaminadas em Lindackeria paludosa e hermafroditas nas espécies de Casearia que emitem um odor adocicado durante a antese e cujo pólen possui alta fertilidade. As flores de Lindackeria paludosa e Casearia javitensis abrem durante a manhã, enquanto que as de Casearia grandiflora abrem durante a noite. Os principais polinizadores são moscas da família Syrphidae em espécies de Casearia e abelhas das famílias Apidae e Halictidae em L. paludosa. Os resultados das polinizações manuais indicam que Casearia grandiflora e Lindackeria paludosa são espécies autocompatíveis, ao contrário de Casearia javitensis, que é autoincompatível. As espécies apresentaram um alto potencial reprodutivo, mas baixo sucesso reprodutivo pré-emergente.
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(Fenologia de floração e polinização de espécies ornitófilas de bromeliáceas em uma área de campo rupestre da Chapada Diamantina, BA, Brasil). Beija-flores são os principais polinizadores de bromeliáceas e a floração sequencial propicia a manutenção local destas aves. Neste estudo investigamos as estratégias fenológicas de floração e os visitantes florais de cinco bromeliáceas ornitófilas em uma área de campo rupestre na Chapada Diamantina, Bahia. Os dados sobre fenologia de floração foram coletados pelo acompanhamento mensal da fenofase de floração de indivíduos no período entre julho de 2006 e dezembro de 2007. Os visitantes florais foram registrados em observações naturalísticas de fevereiro de 2002 a dezembro de 2003 e de julho de 2006 a dezembro de 2007. A maioria das espécies floresceu no fim da estação seca e no início da estação chuvosa; Hohenbergia ramageana Mez apresentou floração contínua na área. A comunidade de bromélias estudada apresentou floração seqüencial e contínua, proporcionando recursos para a manutenção dos polinizadores na área ao longo do ano. Seis troquilídeos, um cerebídeo e três espécies de abelhas visitaram flores das bromélias. Chlorostilbon lucidus (Shaw, 1812), Phaethornis pretrei (Lesson & Delattre, 1839) e Coereba flaveola (Linnaeus, 1759) foram os principais polinizadores das plantas na área. Neoregelia bahiana (Ule) L. B. Sm., de corola de tubo longo é a espécie mais especializada, tendo P. pretrei como seu único polinizador, enquanto H. ramageana, com corola de tubo curto, é a mais generalista, considerada como um importante recurso para os beija-flores da área
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(Fenologia reprodutiva, biologia floral e polinização de Allamanda blanchetii, uma Apocynaceae endêmica da Caatinga). A fenologia reprodutiva, a biologia floral, o mecanismo de polinização e o sistema reprodutivo de Allamanda blanchetii A.DC. foram analisados em populações naturais na Fazenda Almas, Paraíba, Brasil. Allamanda blanchetii é uma espécie arbustiva, endêmica da Caatinga, com floração de fevereiro a julho e pico nos meses de março e abril. A frutificação acompanhou a floração e estendeu-se até o mês de setembro. As flores são tubulares e de coloração rosa, cuja forte hercogamia evita a autopolinização. O pólen é depositado na parte superior da cabeça do estilete (região não receptiva), ainda na fase de botão em pré antese (anteras deiscentes), caracterizando a apresentação secundária de pólen. As flores produzem uma média de 36,6 µL de néctar, o qual é o único recurso para os visitantes florais. Allamanda blanchetii é auto-incompatível e os resultados sugerem mecanismo de incompatibilidade de ação tardia. Seus atributos florais estão relacionados com as síndromes de melitofilia e psicofilia e, de fato, os polinizadores registrados foram a abelha Eulaema nigrita Lepeletier como principal polinizador e quatro espécies de borboletas que atuam como polinizadores secundários. A ocorrência de forte hercogamia, apresentação secundária de pólen e mecanismo de auto-incompatibilidade indicam o elevado grau de especialização dos sistemas de polinização e reprodução de A. blanchetii.
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It is well known that saccadic reaction times (SRT) are reduced when the target is preceded by the offset of the fixation point (FP) - the gap effect. Some authors have proposed that the FP offset also allows the saccadic system to generate a separate population of SRT, the express saccades. Nevertheless, there is no agreement as to whether the gap effect and express responses are also present for manual reaction times (MRT). We tested the gap effect and the MRT distribution in two different conditions, i.e., simple and choice MRT. In the choice MRT condition, subjects need to identify the side of the stimulus and to select the appropriate response, while in the simple MRT these stages are not necessary. We report that the gap effect was present in both conditions (22 ms for choice MRT condition; 15 ms for simple MRT condition), but, when analyzing the MRT distributions, we did not find any clear evidence for express manual responses. The main difference in MRT distribution between simple and choice conditions was a shift towards shorter values for simple MRT.
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The aim of the present study was to assess the spectral behavior of the erector spinae muscle during isometric contractions performed before and after a dynamic manual load-lifting test carried out by the trunk in order to determine the capacity of muscle to perform this task. Nine healthy female students participated in the experiment. Their average age, height, and body mass (± SD) were 20 ± 1 years, 1.6 ± 0.03 m, and 53 ± 4 kg, respectively. The development of muscle fatigue was assessed by spectral analysis (median frequency) and root mean square with time. The test consisted of repeated bending movements from the trunk, starting from a 45º angle of flexion, with the application of approximately 15, 25 and 50% of maximum individual load, to the stand up position. The protocol used proved to be more reliable with loads exceeding 50% of the maximum for the identification of muscle fatigue by electromyography as a function of time. Most of the volunteers showed an increase in root mean square versus time on both the right (N = 7) and the left (N = 6) side, indicating a tendency to become fatigued. With respect to the changes in median frequency of the electromyographic signal, the loads used in this study had no significant effect on either the right or the left side of the erector spinae muscle at this frequency, suggesting that a higher amount and percentage of loads would produce more substantial results in the study of isotonic contractions.
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When the offset of a visual stimulus (GAP condition) precedes the onset of a target, saccadic reaction times are reduced in relation to the condition with no offset (overlap condition) - the GAP effect. However, the existence of the GAP effect for manual responses is still controversial. In two experiments using both simple (Experiment 1, N = 18) and choice key-press procedures (Experiment 2, N = 12), we looked for the GAP effect in manual responses and investigated possible contextual influences on it. Participants were asked to respond to the imperative stimulus that would occur under different experimental contexts, created by varying the array of warning-stimulus intervals (0, 300 and 1000 ms) and conditions (GAP and overlap): i) intervals and conditions were randomized throughout the experiment; ii) conditions were run in different blocks and intervals were randomized; iii) intervals were run in different blocks and conditions were randomized. Our data showed that no GAP effect was obtained for any manipulation. The predictability of stimulus occurrence produced the strongest influence on response latencies. In Experiment 1, simple manual responses were shorter when the intervals were blocked (247 ms, P < 0.001) in relation to the other two contexts (274 and 279 ms). Despite the use of choice key-press procedures, Experiment 2 produced a similar pattern of results. A discussion addressing the critical conditions to obtain the GAP effect for distinct motor responses is presented. In short, our data stress the relevance of the temporal allocation of attention for behavioral performance.
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In vivo proton magnetic resonance spectroscopy (¹H-MRS) is a technique capable of assessing biochemical content and pathways in normal and pathological tissue. In the brain, ¹H-MRS complements the information given by magnetic resonance images. The main goal of the present study was to assess the accuracy of ¹H-MRS for the classification of brain tumors in a pilot study comparing results obtained by manual and semi-automatic quantification of metabolites. In vivo single-voxel ¹H-MRS was performed in 24 control subjects and 26 patients with brain neoplasms that included meningiomas, high-grade neuroglial tumors and pilocytic astrocytomas. Seven metabolite groups (lactate, lipids, N-acetyl-aspartate, glutamate and glutamine group, total creatine, total choline, myo-inositol) were evaluated in all spectra by two methods: a manual one consisting of integration of manually defined peak areas, and the advanced method for accurate, robust and efficient spectral fitting (AMARES), a semi-automatic quantification method implemented in the jMRUI software. Statistical methods included discriminant analysis and the leave-one-out cross-validation method. Both manual and semi-automatic analyses detected differences in metabolite content between tumor groups and controls (P < 0.005). The classification accuracy obtained with the manual method was 75% for high-grade neuroglial tumors, 55% for meningiomas and 56% for pilocytic astrocytomas, while for the semi-automatic method it was 78, 70, and 98%, respectively. Both methods classified all control subjects correctly. The study demonstrated that ¹H-MRS accurately differentiated normal from tumoral brain tissue and confirmed the superiority of the semi-automatic quantification method.
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The impact of automatic and manual shelling methods during manual/visual sorting of different batches of Brazil nuts from the 2010 and 2011 harvests was evaluated in order to investigate aflatoxin prevention.The samples were tested as follows: in-shell, shell, shelled, and pieces in order to evaluate the moisture content (mc), water activity (Aw), and total aflatoxin (LOD = 0.3 µg/kg and LOQ 0.85 µg/kg) at the Brazil nut processing plant. The results of aflatoxins obtained for the manually shelled nut samples ranged from 3.0 to 60.3 µg/g and from 2.0 to 31.0 µg/g for the automatically shelled samples. All samples showed levels of mc below the limit of 15%; on the other hand, shelled samples from both harvests showed levels of Aw above the limit. There were no significant differences concerning the manual or automatic shelling results during the sorting stages. On the other hand, the visual sorting was effective in decreasing the aflatoxin contamination in both methods.
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INTRODUÇÃO: A doença renal crônica consiste na perda lenta, progressiva e irreversível da função renal. É considerada um problema social e economico, pois está relacionada a inúmeras doenças associadas, bem como a altos gastos em saúde pública. Sabe-se que os pacientes dialíticos passam por longos períodos de restrição da atividade física repercutindo em disfungoes nos mais diversos sistemas e na qualidade de vida (QV). OBJETIVO: Verificar os efeitos de uma intervenção fisioterapêutica nos pacientes em hemodiálise para: função da musculatura respiratória, força de preensão manual e QV. METODOLOGIA: Estudo experimental, não randomizado, quantitativo e qualitativo; amostra de 13 pacientes, 43,69 ± 9,28 anos, submetidos à hemodiálise na Santa Casa de Diamantina/MG, selecionados por conveniência. Todos realizaram avaliação das pressões respiratórias máximas (PImáx e PEmáx) e do pico de fluxo expiratório (PFE), antes e após a fisioterapia que consistiu de três sessões semanais, durante 2 meses de: exercícios para membros superiores, com técnica de FNP e respiração diafragmática; exercícios de fortalecimento para membros inferiores e exercícios com bola exercitadora para preensão manual. O tratamento estatístico foi realizado através do teste t de Student com valor de significância em p < 0,05. RESULTADOS: As médias respectivamente das variáveis pré- e pós-intervenção foram PI , (97,69 ± 28,3 cmH2O e 98,46 ± 23,399ªdriH2O) p = 0,93; PEmáx (83,07 ± 31,19 cmH2O e 88,46 ± 14,05 cmH2O) p = 0,46 e PFE (375,38 ± 75,23 L/min e 416,15 ± 57,37 L/min) p = 0,02. A media do dinamometro pré-intervenção: 57,23 ± 17,39 kgf e pósintervenção: 56,61 ± 16,09 kgf. No SF-36, que avalia QV, observou-se melhora dos oito domínios, exceto do item 'vitalidade'. De todas as variáveis mensuradas, somente o PFE mostrou-se estatisticamente significante. CONCLUSÃO: O protocolo fisioterapêutico proposto não promoveu melhoras expressivas, do ponto de vista estatístico, nas variáveis analisadas em pacientes submetidos à hemodiálise, justificando-se em parte ao número pequeno da amostra, tempo do protocolo e intervenções propostas.
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INTODUÇÃO: A espessura do músculo adutor do polegar (EMAP) tem sido sugerida como um novo marcador de estado nutricional em diversas populações. OBJETIVO: Diante da escassez de dados sobre o uso desse marcador nos pacientes com doença renal crônica, o objetivo deste estudo foi avaliar a EMAP e sua associação com indicadores nutricionais em pacientes em hemodiálise. MÉTODOS: Foram avaliados 73 pacientes em hemodiálise (52,3 ± 17 anos, sem função renal residual). A EMAP foi aferida no braço sem o acesso vascular com o auxílio de um adipômetro. A composição corporal (bioimpedância elétrica), a força de preensão manual (dinamômetro), o estado nutricional (Avaliação Global Subjetiva) e os exames laboratoriais (creatinina, proteína total e albumina) também foram avaliados. RESULTADOS: Indivíduos com valores de EMAP acima da mediana eram em maior proporção negros/pardos, jovens e possuíam maior força de preensão manual. A EMAP correlacionou-se positivamente com a força de preensão manual, albumina sérica e massa celular (%), e negativamente com a idade. Na análise de regressão linear ajustada para sexo, idade e tempo em hemodiálise, a EMAP esteve independentemente associada com a força de preensão manual. CONCLUSÃO: A EMAP foi capaz de predizer a força de preensão manual nos pacientes em hemodiálise, o que sugere a EMAP como um marcador promissor de estado nutricional nessa população.