995 resultados para infecção pela Yersinia pestis
Resumo:
De 87 gambás, Didelphis albiventris, capturados na região de Bambuí (MG), 32 (36,7%) estavam infectados pelo Trypanosoma cruzi. Os índices de infecção foram 34,9%, 81,8% e 7,7%, respectivamente, para animais capturados em ambiente silvestre, peridomiciliar rural e periodomiciliar urbano. Em 20 gambás infectados as glândulas anais foram examinadas repetidamente e apenas um (5%) animal (GA09) apresentou exame positivo. Foram positivos 7 dos 17 exames a fresco da secreção glandular desta animal ao longo de 18 meses. Material destas glândulas produziu parasitemia patente em gambás e infecção subpatente em camundongos. A análise isoenzimática realizada com amostras de T. cruzi do GA09, obtidas via hemocultura, xenodiagnóstico e glândulas anais demonstraram pertencerem rigorosamente ao mesmo Zimodema semelhante ao Zimodema Z1. As observações mostram que a infecção das glândulas anias pelo T. cruzi em gambás naturalmente infectados da região de Bambuí é baixa.
Resumo:
No município baiano de Planalto, 47% dos roedores silvestres capturados (Nectomys) estavam infectados pelo Schistosoma mansoni, enquanto a prevalência desta infecção na população humana da área era de 3,26%. Os roedores habitam zonas peridomiciliares, têm hábitos aquáticos e eliminam ovos viáveis do S. mansoni. Albergam número variável de vermes e formam granulomas periovulares pequenos, principalmente no fígado e intestinos, sem fibrose hepática importante ou sinais de hipertensão porta. A deposição maior de ovos se faz a nível do intestino, sobretudo do jejuno, com passagem de grande número de ovos para as fezes. Miracídios isolados a partir dos ovos retirados dos roedores infectaram normalmente a Biomphalaria glabrata, com eliminação de cercárias, com as quais se provocou infecção no camundongo branco, em tudo semelhante aquelas causadas por outras cepas de origem humana. Também camundongos que foram deixados em contacto com as águas infestadas pelos roedores silvestres se infectaram facilmente, atestando o alto grau de transmissibilidade da área. Conclui-se que os roedores silvestres de planalto toleram bem a infecção esquistossomótica natural, são bons eliminadores de ovos viáveis do S. mansoni, estão infectados por uma cepa semelhante a que infecta o homem e podem ter um papel na manutenção do ciclo vital do S. mansoni na área estudada.
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Enterobius vermicularis eggs were found in human coprolites collected from the archaeological site of San Pedro de Atacama, North of Chile, in occupational layers dated from 1,000 BC. Agricultures and herding were begining at this period of time in this region of South America. The paleoparasitological data amplifies the knowledge about the distribution of human oxyuriasis in Pre-Columbian America.
Resumo:
The course of in vivo infection of five isolates of Yersinia pseudotuberculosis was followed for three weeks in Swiss mice. The strains were isolated from diarrheic and normal feces and mesenteric lymph nodes of healthy and sick stock animals. Four strains of serogroup O:3 and one of serogroup O:1a, with and without the virulence plasmid, were inoculated intragastrically and intravenously in the mice. Groups of five animals were sacrificed at 6 h and 3, 6, 10, 15, and 21 days after inoculation, and organs and tissues were checked for possible macroscopic alterations. Development of infection was monitored at these times by performing viable bacterial counts in homogenates of selected tissues. The animals were cheked daily for clinical alterations. The results of the study showed that strains with the virulence plasmid infected organs and tissues at various times and at varying intensity by both routes of infection, the strain of type O:1a being the most invasive. Moreover, clinical and pathological alterations occurred only in animals inoculated with bacteria carrying the virulence plasmid, regardless of the route of infection.
Resumo:
Ribotyping and virulence markers has been used to investigate 68 Yersinia pseudotuberculosis strains of serogroups O:1a and O:3. The strains were isolated from clinical material obtained from healthy and sick animals in the Southern region of Brazil. Ribotypes were identified by double digestion of extracted DNA with the restriction endonucleases SmaI and PstI, separation by electrophoresis and hybridization with a digoxigenin-labeled cDNA probe. The presence of the chromosomal virulence marker genes inv, irp1, irp2, psn, ybtE, ybtP-ybtQ, and ybtX-ybtS, of the IS100 insertion sequence, and of the plasmid gene lcrF was detected by polymerase chain reaction. The strains were grouped into four distinct ribotypes, all of them comprising several strains. Ribotypes 1 and 4 presented distinct profiles, with 57.3% genetic similarity, ribotypes 2 and 3 presented 52.5% genetic similarity, and genetic similarity was 45% between these two groups (1/4 and 2/3). All strains possessed the inv, irp1, and irp2 genes. Additionally, strains of serogroup O:1a carried psn, ybtE, ybtP-ybtQ, ybtX-ybtS, and IS100. As expected lcrF was only detected in strains harboring the virulence plasmid. These data demonstrate the presence of Y. pseudotuberculosis strains harboring genotypic virulence markers in the livestock from Southern Brazil and that the dissemination of these bacteria may occur between herds.
Resumo:
Avaliar as crenças acerca dos graus e riscos atribuídos pelos universitários a diferentes práticas sexuais e comparálas com a atribuição feita por especialistas em AIDS, constituíram o objetivo deste estudo. Um questionário composto por 25 itens (Escala de Probabilidade do tipo Likert), referentes à práticas/hábitos sexuais foi aplicado a alunos dos cursos de graduação em Enfermagem e Obstetrícia, Medicina, Psicologia, Farmácia-Bioquímica, que aquiesceram em respondê-lo. Através deanálise fatorial, usando-se o Sistema Varimax de Rotação, 25 itens foram distribuídos em sete fatores, sendo cinco itens excluídos. Dos 20 itens, 5 foram analisados neste trabalho, compondo dois fatores. O Fator X foi constituído pelos itens 1(sexo vaginal com preservativo) e 2(sexo anal com preservativo). No Fator Y foram alocados os itens: 3(relação com pessoa do sexo oposto), 4(relação vaginal sem preservativo) e 5(sexo anal sem preservativo). Em 80% dos 5 itens, observou-se que os estudantes apresentam conhecimento compatível ao preconizado pelos especialistas. Entretanto faz-se necessária a educação continuada a estes alunos, considerando-os enquanto pessoa e futuro profissional prestador de assistência aos indivíduos infectados pelo HIV ou com AIDS.
Resumo:
Realizou-se estudo num hospital público pediátrico com o intuito de avaliar o conhecimento das enfemeiras-chefes sobre possíveis fatores de risco envolvidos na ocorrência de infecções hospitalares. Entrevistou-se as enfermeiras responsáveis pelos serviços de cuidados semi-intensivos, intensivos e emergências. Através da análise de conteúdo dos discursos, identificou-se os seguintes fatores de risco: ausência de rotinas pré-estabelecidas, inadequação de planta física e instalações, falta de material e equipamentos, desproporção entre o número de profissionais e o número de leitos ocupados, falta de treinamento e orientação dos funcionários e acompanhantes.
Resumo:
Realizou-se estudo retrospectivo do registro de 69 óbitos ocorridos em hospital pediátrico em 1993 para identificar a relação da infecção hospitalar com o óbito. As principais infecções diagnosticadas foram as pneumonias e infecções de corrente sangüínea com um predomínio de bactérias gram-negativas. Em 30,4% das crianças, a infecção hospitalar foi causa direta do óbito e em 50,8% foi contribuinte. A infecção hospitalar foi mais importante como causa de óbito nos pacientes com afecção classificada como não fatal à admissão.
Resumo:
A infecção hospitalar é considerada um problema grave, crescendo tanto em incidência quanto em complexidade, gerando diversos tipos de implicações sociais e econômicas. A presente investigação teve como objetivo identificar a incidência de infecção do sítio cirúrgico (ISC) e os fatores de risco de pacientes submetidos a cirurgias eletivas, na especialidade de Gastroenterologia, realizadas em um hospital público do interior paulista. Os dados foram coletados por meio de estudo retrospectivo de prontuários médicos, no período compreendido entre janeiro a dezembro de 1999. Em 134 casos estudados, detectamos a ocorrência de infecção do sítio cirúrgico em 18 situações (13,4%), ocorrendo 9 casos (50%) do tipo considerado infecção incisional superficial, 8 (44.4%) infecção incisional profunda e 1 (5.5%) infecção de órgão/espaço. Em relação aos fatores de risco presentes nos casos de ISC detectados, os que atingiram porcentagem maior ou igual a 50% foram: idade acima de 50 anos, presença de neoplasias, duração da cirurgia maior que duas horas e tricotomia inadequada.
Resumo:
Trata-se de um estudo prospectivo realizado em dois hospitais de ensino. Foram acompanhados 501 pacientes de agosto de 2001 a março de 2002, submetidos à cirurgia do aparelho digestivo, sendo diagnosticadas 140 infecções do sítio cirúrgico (ISC). 31 ISC intra-hospitalares e 109 após a alta. A incidência da ISC intra-hospitalar foi de 6,2%, elevando-se para 28,0% com a vigilância pós-alta. Os métodos de vigilância pós-alta são discutidos e dentre as várias opções não há uma recomendada como a melhor. Sugere-se, portanto, que algum tipo de vigilância após a alta seja realizada, mas a escolha do método dependerá dos recursos de cada instituição.
Resumo:
Estudo de diagnóstico de situação, que buscou reconhecer e comparar as condições de inspeção sanitária de Programas de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH), junto a agentes de dois Grupos Técnicos de Vigilância Sanitária, em 2002, por meio de questionários. Os resultados mostraram que os agentes possuíam algum conhecimento sobre IH, mas a maioria não inspecionava PCIH, não realizou treinamento, não utilizava roteiro específico e outros recursos. A estrutura física foi o tipo de inspeção mais citado, seguindo-se atas e estatísticas do PCIH. Concluiu-se que as principais dificuldades para a inspeção de PCIH concentram-se na insuficiência de pessoal, recursos, motivação e capacitação técnica. Observou-se, também, heterogeneidade, nesses resultados, entre os Grupos.
Resumo:
Este estudo analítico descritivo objetivou detectar conceitos que traduzem mitos e verdades relativos à infecção hospitalar entre auxiliares e técnicos de enfermagem no centro cirúrgico de três hospitais. O instrumento para coleta de dados possui 28 afirmações (15 verdadeiras e 13 falsas) contemplando fatores relacionados ao paciente, equipe cirúrgica, ambiente, procedimentos. As afirmações contêm escala em três pontos (concordo, tenho dúvida, discordo). Obtivemos respostas adequadas em 72% e não adequadas em 28%, indicando o satisfatório conhecimento da enfermagem perioperatória relacionadas ao controle infecção hospitalar . Nos itens uso de pro-pé, alianças e outros objetos, pêlo como patógeno, escovação das mãos, uso de avental e campo cirúrgico umedecidos, cirurgia infectada e rotina de limpeza, doenças ocupacionais, infecção hospitalar, infecção sítio cirúrgico e tempo operatório, pudemos detectar mitos e rituais referentes ao controle de infecção, que estão relacionados sobretudo à cultura de quem os praticam, perpetuando resistência a mudanças.
Resumo:
Objetivou-se determinar a incidência da Infecção do Sítio Cirúrgico (ISC) em pacientes submetidos à cirurgia do aparelho digestivo (CAD), durante a internação e após alta, verificar a ocorrência de associação entre a ISC e o tipo de cirurgia, tempo de internação, condição clínica do paciente, classificação e duração da cirurgia. Tratou-se de um estudo prospectivo e descritivo realizado em um hospital universitário de agosto de 2001 a março de 2002. De 357 pacientes sub-metidos à CAD, 64 ISC foram notificados, 16 na internação e 48 pós-alta, incidência de 4,5% e 13,9%, respectivamente. Verificou-se uma associação da ISC com o tempo de internação pré-operatório e a classificação da ferida operatória. A taxa global da ISC foi de 18,0%. Observou-se um aumento da ISC em quatro vezes quando a vigilância pós-alta foi realizada. Chama atenção que, caso a vigilância pós-alta não fosse realizada, a taxa global da ISC seria fortemente subnotificada.