997 resultados para Verdade Filosofia moderna
Resumo:
pergunta "O estudo de histria da filosofia de algum interesse para a prpria filosofia?", diferentes so as respostas. Tomando-se como referncia a defesa merleau-pontyana de uma intrnseca relao entre filosofia e histria da filosofia e, particularmente, as ideias de Merleau-Ponty contidas no excerto "A Filosofia e o ‘Fora’", o presente artigo procurar subsidiar a tese de um ensino filosfico da filosofia. Objetiva, pois, encontrar argumentos subjacentes tese de uma histria filosfica da filosofia para fundamentar as relaes entre a filosofia e seu ensino.
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Abordaremos a crtica marxiana noo hegeliana de "ser" (Sein), mostrando que a historicidade e a objetividade, em verdade, so determinaes desta (sendo as categorias, em Marx, formas de ser [Daseinsformen], determinaes de existncia [Existenzbestimmungen]). Deste modo, intentamos mostrar que analogias entre a lgica hegeliana e a teoria marxiana podem eclipsar aspectos centrais abordagem materialista proposta pelo autor de "O capital". Apontando a inverso hegeliana entre sujeito e predicado, Marx trata da apreenso do real que, muito embora seja traada em dilogo com a dialtica hegeliana, tambm sua anttese direta (direktes Gegenteil).
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Para elaborar sua profetologia, Maimônides retoma conceitos relativos às teorias do intelecto de Al-Fārābī e de Avicena, que, por sua vez, se baseiam nas noções sobre a alma de Aristóteles. Dessa perspectiva, a Revelação divina deve ser considerada um fato natural inserido na totalidade da natureza criada por Deus. Compreender a Revelação significa, portanto, compreendê-la a partir do homem, uma vez que o profeta, apesar de se tratar de alguém que se destaca do conjunto da humanidade, é sempre um ser humano, possuidor de uma natureza humana. Desse modo, a doutrina da profecia – central no "Guia dos Perplexos" ‒ é elaborada a partir da natureza humana à luz da filosofia racional greco-árabe. Os falāsifa – filósofos muçulmanos helenizantes – já ensinavam que a profecia é possível graças a certa perfeição da natureza humana (leia-se intelecto). Esse ensinamento está fundamentado na teoria do intelecto apresentada por Aristóteles em "De Anima" III, 5, 430a 10 et seq. Contudo, para os filósofos de expressão árabe (inclusive Maimônides), a profecia é resultante de certas condições físicas e psíquicas determinadas pelo fluxo necessário das emanações, cuja teoria deriva da "Teologia Pseudo-Aristotélica", um tratado neoplatônico atribuído ao Estagirita que, durante a Idade Média, circulou amplamente nos ambientes filosóficos tanto dos judeus quanto dos muçulmanos. Na cosmovisão neoplatônica adotada por eles, o intelecto do profeta reflete a luz e o conhecimento divino derramado pelo fluxo emanatório (fayḍ) do Ser primeiro no mundo celeste, composto pelas dez inteligências separadas, suas almas e esferas. No processo emanatório, a faculdade da imaginação do profeta recebe da última inteligência, o Intelecto Agente, as verdades dos preceitos positivos e culturais da religião, que a imaginação transforma em alegorias e símbolos a serem transmitidos para a humanidade. Maimônides faz da imaginação a pedra de toque de sua profetologia.
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A questão "se uma elocução (palavra/termo/nome) perde seu significado com a destruição das coisas (quer dizer, as coisas significadas)"surge como uma questão sobre o valor-verdade de declarações com um termo vazio como sujeito, a saber, como um subproblema do sofisma "Se 'omnis homo de necessitate est animal' é verdade quando não há homem algum (=OHNEA)". Neste trabalho, trarei as discussões conforme elas se apresentam em "De signis" IV.2 de Roger Bacon, em "Quaestiones logicales", q. 2–3 de Peter John Olivi, no OHNEA de Boethius of Dacia, e no OHNEA de Anonymus Alani. Tais textos nos apresentam quatro modos diversos de nos relacionarmos com a questão sobre significação para OHNEA e, assim, com quatro posições diferentes sobre a relação entre significação e referência vazia. Usarei Anonymus Alani como o fio conductor de minha análise, inserindo outras posições onde tal se fizer relevante.
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RESUMO Este trabalho desenvolve aspectos da controvrsia entre Fichte e Schelling em relao aos elementos estticos, lingustico-filosficos e da filosofia da religio de ambos, que foco das "Investigaes sobre a liberdade humana de Schelling", assim como das exposies da doutrina da cincia e da tica do Fichte tardio (1810-1813). As divergncias entre Fichte e Schelling no envolvem apenas problemas especulativos, mas sim variadas implicaes e consequncias dos seus sistemas filosficos, que podem ser destacadas por uma anlise da funo da analogia nos dois autores. A analogia uma figura que agrega a esttica, a filosofia da linguagem e a filosofia da religio nos dois autores; ela um significante que pe o problema do significado, ou seja, pe o problema da relao entre finito e infinito (Schelling) e da relao entre saber absoluto e saber particular (Fichte). Essa relao vai ser investigada a partir de algumas passagens das "Investigaes" de Schelling (2); num segundo momento, ser analisada a funo do conceito de analogia e de smbolo nesse contexto (3); e, no final, a diferente compreenso da Igreja como smbolo do absoluto na "Filosofia da arte" de Schelling e na "Doutrina moral" fichtiana de 1798 e 1812 (4).
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RSUM Cette tude met en perspective le prcdent constitu par les travaux prcoces du jeune Nietzsche o ce dernier fait valoir la force structurante de la mtaphore comme matrice des facults cognitives. Nous offrons d’abord une brve esquisse des postulats et des acquis des grammaires cognitives associes aux travaux d’Eleanor Rosch, ensuite de George Lakoff et Mark Johnson, ainsi qu’ la notion d’inscription corporelle de l’esprit dveloppe par Francesco Varela. Cet exercice sert de propdeutique une srie de lectures tangentes mobilisant divers angles d’approche appels faciliter noter valuation des contributions de Nietzsche au domaine de la cognition. Les travaux examins nous situent dans la priode contemporaine de la publication de son premier grand ouvrage, La naissance de la tragdie (1872) : les notes pour le cours intitul Prsentation de la rhtorique ancienne (Darstellung der antiken Rhetorik), prononc au semestre d’hiver 1872-1873 l’Universit de Ble, ensuite ses Theoretische Studien, datant de l’t 1873, avec un renvoi aux dveloppements plus tardifs dans le Gai Savoir (1882). La thse de Nietzsche peut tre rsume comme suit : tous les lments de l’appareil catgorial et du rgime conceptuel l’aide desquels nous apprhendons la ralit, a fortiori la notion de vrit qui en est le garant, sont le prcipit ou le rsidu d’un faisceau de mtaphores qui constituent la force structurante des facults cognitives. Si chez Kant nous n’avons accs qu’aux phnomnes et non au noumne, chez Nietzsche nous n’avons affaire qu’ des perspectives ou des points de vues alors que la ralit nous est monnaye sous forme de vrits qui sont des fictions ou des mtaphores uses. Il ressort de cet examen que le tropisme endogne de la langue constitue une force majeure dans l’implmentation d’une conceptualit qui a la vertu d’oblitrer sa prhistoire et de se mnager un statut qui est incessamment implos par le reflux de l’imagination cratrice nourrie par la force mtaphorique qui rpond une impulsion foncire que Nietzsche associe une force artiste (Kunstkraft) qui tend dmultiplier les perspectives dont la gnalogie se conjugue l’exponentiel.
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RESUMO Entre os vrios pontos da obra de Nāgārjuna que deram origem a anlises e discusses, o tema das 'duas verdades' um dos mais controversos. Com efeito, dentro da ampla bibliografia dedicada a essa temtica, so muitas, e amide divergentes, as tentativas de explicar o que Nāgārjuna entendesse - no verso 24.8 das suas Mūla-madhyamaka-kārikā (MMK) - com as expresses 'verdade convencional' e 'verdade suprema'. Esses pontos de vista interpretativos, entretanto, frequentemente, parecem prescindir daquele que talvez seja o critrio mais confivel para dirimir as controvrsias relativas s MMK: i. e., a leitura dos comentrios indianos s mesmas MMK. Em contraste com essa tendncia, este escrito objetiva investigar as passagens do Prajāpradīpa e das Prasannapadā onde encontramos explicaes, respectivamente de Bhāviveka e de Candrakīrti, que dizem respeito s duas verdades. O resultado dessa pesquisa se apresentar como nitidamente favorvel interpretao da doutrina das duas verdades que, em outros escritos, chamei de 'pedaggica'.
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RESUMO Hans-Georg Gadamer retomou e elevou a atividade hermenutica ao status de filosofia. Uma das suas idiossincrasias consiste em entrelaar, no seu discurso, experincias de ordem tica, poltica, metafsica e esttica. A hermenutica filosfica pauta-se pela prtica do dilogo sobre questes relativas ao pensar e conduta humana. O presente artigo tem por meta realizar um exerccio dialgico entre o projeto filosfico de Gadamer e o pensamento oriental - mais especificamente, o budismo zen da tradio da escola de Kyoto, representada pelo pensamento de Nishida Kitarō. Nossa reflexo ser articulada sobre quatro momentos distintos, mas que devem ser tomados dialeticamente: inicialmente, apresentaremos um quadro geral, indicando o estado da questo da hermenutica gadameriana relativo ao pensamento oriental; a seguir, sustentaremos as semelhanas sobre o modo de proceder de ambas, sua metodologia dialtica; posteriormente, aprofundaremos a noo fundamental de experincia e as proximidades que permeiam as perspectivas de ambas as tradies; enfim, como implicao das reflexes precedentes, sustentaremos a hiptese de um saber intuitivo enquanto experincia e ao intuitivas. Ao final, apontaremos algumas concluses instauradas a partir desse exerccio dialgico para a prtica filosfica.
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Nos ltimos anos, inmeros problemas surgiram na rea da sade em decorrncia, sobretudo, dos avanos ocorridos no campo das biotecnocincias. Percebendo-se a exigidade de espao, no atual currculo mdico, para a discusso de muitas dessas questes, alunos e professores da Fundao Educacional Serra dos rgos (FESO) propuseram a criao do Ncleo de Estudos em Filosofia e Sade (NEFISA), espao destinado a fomentar o debate, o ensino e a pesquisa sobre os assuntos que tenham sua emergncia na interface da Filosofia com a Medicina e a Sade. O escopo do presente artigo apresentar o trabalho desenvolvido no NEFISA-FESO.
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