665 resultados para Triatoma infestan s
Resumo:
Entre 2000 a 2004, foi realizado levantamento da fauna de Triatominae (Hemiptera: Reduviidae) e exame de infecção natural por Trypanosomatidae, no Estado de Mato Grosso do Sul. Um total de 13.671 espécimes foram capturados. Na análise faunística das espécies capturadas, Triatoma sordida foi caracterizada como muito abundante, muito freqüente, constante e dominante. Os índices de infecção natural para Trypanosoma cruzi apresentaram os valores de 3,2% para Panstrongylus geniculatus, 0,6% para Rhodnius neglectus e 0,1% para Triatoma sordida, apesar do Estado de Mato Grosso do Sul apresentar-se livre da transmissão vetorial endêmica.
Resumo:
Foram capturados quatro exemplares de Triatoma vitticeps e um de Panstrongylus geniculatus, no intradomicílio, no município de São Fidélis, Rio de Janeiro. Ficou comprovado a infecção positiva para Trypanosoma cruzi num dos exemplares de Triatoma vitticeps. Dois moradores da residência, um adulto e uma adolescente apresentaram sorologia positiva.
Resumo:
An acute case of Chagas disease was studied in 1944, with clinical and laboratory follow-up until 2007, in Bambuí, Minas Gerais, Brazil. A five-year-old girl living in a rural hut that was highly infested with Triatoma infestans presented a febrile clinical condition compatible with the acute form of trypanosomiasis. She presented a positive thick blood smear, but never again showed serological and/or parasitological evidence of Trypanosoma cruzi infection, on several occasions. This patient never received any specific treatment and, to this day, she remains completely asymptomatic, with normal findings from clinical, electrocardiographic, X-ray and echocardiographic examinations.
Resumo:
This study aimed to evaluate the Chagas Disease Control Program which has operated since 1982 in the municipality of Berilo in the Jequitinhonha Valley, Minas Gerais, Brazil, based on evaluation of 5,242 domiciliary units (DUs) and 7,807 outbuildings over an eight-year period of epidemiological surveillance implanted in 1997. A total of 391 triatomines (280 Panstrongylus megistus and 111 Triatoma pseudomaculata) were captured, indicating the continued predominance of the former species. However, Triatoma pseudomaculata is clearly becoming more important in this region, with intradomiciliary colonies being detected in recent years. Entomological parameters, such as dispersion (17%) and intradomiciliary infestation (0.15%) indices, are compatible with the results of the epidemiological surveillance. The majority of DUs were of construction type A (plaster over bricks) or C (plaster over adobe). Twenty-five percent of the inhabitants of the DUs infested by triatomines were reactive in ELISA, IHA and IIF tests for Trypanosoma cruzi antigens.
Resumo:
INTRODUCTION: from an epidemiological point of view, more than 120 species of triatomine (Hemiptera, Reduviidae) are known. The occurrence and positivity for Trypanosoma cruzi in triatomines in 16 municipalities of the Triângulo Mineiro and Alto Paranaíba were evaluated from January 2002 to December 2004. METHODS: the triatomines were captured basically according to the classic norms of the National Health Foundation. The parasitological exams of the triatomines were conducted according to the technique described by the Ministry of Health. During the study period, 990 specimens of triatomines were captured and of these, 771 could be examined. RESULTS: five species were identified: Triatoma sordida, Panstrongylus diasi, Panstrongylus megistus, Panstrongylus geniculatus and Rhodnius neglectus. Triatoma sordida represented 71.5% of all the triatomines captured, followed by Panstrongylus megistus (18%), Rhodnius neglectus (9.3%), Panstrongylus diasi (0.8%) and Panstrongylus geniculatus (0.4%). Of the total number of triatomines examined, 2.7% were positive for Trypanosoma cruzi. Panstrongylus megistus was the species that presented the highest rates of infection by Trypanosoma cruzi (8.3%), followed by Rhodnius neglectus (2.9%) and Triatoma sordida (1.4%). CONCLUSIONS: there is a need to adapt to new circumstances in epidemiology, with greater emphasis on entomological surveillance, since the potential for adaptation of secondary species of triatomines exists, especially where Chagas' disease is already under control.
Resumo:
INTRODUCTION: Triatoma pseudomaculata and T. wygodzinskyi (Hemiptera: Reduviidae: Triatominae) are two Brazilian vectors of Chagas disease. The first is an arboricolous species in sylvatic environment and considered a vector of T. cruzi in peridomestic structures; the second, a rupicolous species in the wild environment of no epidemiological importance. In order to test the assumption that sister species share biological traits, comparative studies of their development cycle and blood ingestion were conducted. METHODS: Eggs laid by five field females of each species were randomly selected. The nymphs were observed daily and fed on mice weekly. The time required to pass through the different stages to adulthood was recorded in days. The triatomines were weighed individually before and after feeding. The mortality rate according to each nymphal stage was calculated. RESULTS AND CONCLUSIONS: Analysis of the results shows that they display only minor biological differences even though they exhibit a distinct ecology. This suggests that the biological traits are important criteria to determine the relationship between species.
Resumo:
INTRODUCTION: This work was an epidemiological investigation of the risk of Trypanosoma cruzi transmission in the rural Quilombola community of Furnas do Dionízio, State of Mato Grosso do Sul, Brazil. METHODS: Of the 71 animals examined, seven were captured (two opossums, Didelphis albiventris; four rats, Rattus rattus; and one nine-banded armadillo, Dasypus novemcinctus) and 64 were domestic (one canine, Canis familiaris; five pigs, Sus scrofa; two bovines, Bos taurus; five caprines, Capra sp.; and 51 ovines, Ovis aries). Parasitological tests were performed to detect parasites in the blood and to identify the morphology of flagellates. These methods included fresh examinations, buffy coat tests and blood cultures. Molecular analysis of DNA for identification of trypanosomatids was performed by polymerase chain reaction (PCR) with primers S35 and S36. RESULTS: The parasitological tests showed flagellates in an opossum and two cattle. The molecular tests showed DNA from T. cruzi in an opossum and a pig. Triatoma sordida was the only triatomine species found in the community, and it colonized households (four specimens) and the surrounding areas (124 specimens). Twenty-three specimens tested positive for flagellates, which were subsequently identified as T. cruzi by PCR. CONCLUSIONS: Data analysis demonstrated that T. cruzi has a peridomestic life cycle that involves both domestic and wild mammals.
Resumo:
Quando redimensionadas e sistematizadas as ações de controle vetorial no país, a partir do ano de 1975, havia, antes de tudo, que atualizar a informação existente sobre a distribuição dos vetores no país, e distinguir precisamente a importância das diferentes espécies na transmissão domiciliar da doença de Chagas. Foram então realizados inquéritos regionais por amostragem naquelas regiões para as quais a informação então existente se considerava especialmente precária ou insuficiente; e também inquérito entomológico feito casa-a-casa em todos os municípios sabida ou supostamente de risco. No caso deste último, foram pesquisados 1.942 municípios em 19 estados, segundo a divisão política vigente no ano de 1980, tomado aqui como referencia. Esse trabalho, feito já como parte da rotina das operações de controle e que serviu como linha de base para as intervenções, se completou no ano de 1983. Em anos imediatamente seguintes foi ainda estendido a outras áreas consideradas também vulneráveis à infestação por triatomíneos. Os resultados colhidos permitiram o mapeamento da área endêmica ou com risco de transmissão vetorial no país. Ademais, através dele se reconheceu como espécies comprovadamente vetoras da infecção chagásica no ambiente domiciliar, ao menos cinco do total de trinta então identificadas: Triatoma infestans, Panstrongylus megistus, T. brasiliensis, T pseudomaculata e T. sordida, por ordem de importância. Pode-se também verificar o avanço havido na dispersão de T. infestans, vetor alóctone capturado em estados da região Nordeste onde antes não se sabia estar presente. Em relação às espécies nativas se comprovou uma clara divisão de território entre elas; e, ainda, que P. megistus era a espécie mais difusamente distribuída, enquanto T. brasiliensis e T. pseudomaculata apresentavam distribuição restrita ao semiárido do nordeste, e T. sordida, aquele com o maior número de capturas (ainda que quase sempre peri-domiciliares), se mantinha quase que exclusivamente nos limites do cerrado, de onde é nativo.
Resumo:
Aqui se busca correlacionar os resultados dos grandes inquéritos nacionais realizados no final da década de 1970 e início da década de 1980 (entomológico, sorológico e eletrocardiográfico) que serviram de base para orientar as ações de controle da doença de Chagas no país. Verificou-se uma maior proporção de infectados nas áreas correspondentes àquela de distribuição de Triatoma infestans, a espécie reconhecidamente com maior capacidade vetorial entre as cinco identificadas como as mais importantes no Brasil à época. Achado similar foi observado para a área de dispersão de Triatoma sordida, pela coincidência existente com grande parte daquela de distribuição de T. infestans, especialmente na região central do país de onde é nativa, e não pela sua relevância na transmissão. No semiárido do nordeste do país, centro de endemismo de Triatoma brasiliensis e de Triatoma pseudomaculata, as taxas de soro-prevalência de infecção humana foram bastante menores, ainda que se possa atribuir a ambos vetores importância na manutenção da endemia chagásica na região. Para Panstrongylus megistus ocorreram variações de acordo com as suas características de maior ou menor domiciliação. Sempre que domiciliado pode-se comprovar ter papel relevante na transmissão domiciliar de Trypanosoma cruzi, como no litoral úmido do nordeste, onde em alguns casos era vetor exclusivo, como no Recôncavo Baiano. A partir dos dados do inquérito de soroprevalência foi realizado estudo eletrocardiográfico em onze estados, o qual mostrou variações regionais evidentes nas manifestações clínicas observadas.
Resumo:
Entre 1950 e 1951, foi realizada a primeira Campanha de Profilaxia da Doença de Chagas, no Brasil, conduzida pelo então Serviço Nacional de Malária. Abrangeu, com ações de controle vetorial químico, 74 municípios ao longo do Vale do Rio Grande, na divisa dos Estados de Minas Gerais e São Paulo. Desde então até o ano de 1975 as atividades de controle foram exercidas de forma mais ou menos regular e com maior ou menor alcance, o que dependeu de um aporte descontínuo de recursos. A doença de Chagas não representava prioridade, relativamente a outras enfermidades endêmicas prevalentes no país. Ainda assim, a julgar pelos dados acumulados ao longo daqueles 25 anos, o volume de trabalho não foi desprezível, mas pouco conseqüente em termos de seu impacto sobre a transmissão. Em 1975, com um aporte adicional de recursos, excedentes do programa de controle da malária; com a sistematização metodológica das operações; e, com base em dois extensos inquéritos epidemiológicos realizados no país, entomológico e sorológico, as ações de controle vetorial passaram a ser exercidas de forma regular, seguindo dois princípios básicos: intervenções em áreas sempre contíguas e progressivamente crescentes e sustentabilidade das atividades, até que cumpridos determinados requisitos e metas, previamente estabelecidos. Essas ações levaram ao esgotamento das populações da principal espécie de vetor, Triatoma infestans, alóctone e exclusivamente domiciliar, e ao controle da colonização intradomiciliar de espécies autóctones com importância na transmissão. A transmissão é hoje residual por algumas dessas espécies nativas, notadamente por Triatoma brasiliensis e Triatoma pseudomaculata; há o risco de domiciliação de espécies, antes consideradas de hábitos silvestres, como é o caso de Panstrongylus lutzi e Triatoma rubrovaria; além da possibilidade de que ocorram casos de infecção humana, diretamente relacionados ao ciclo enzoótico de transmissão. Por tudo isso, é ainda indispensável que se mantenha estrita vigilância entomológica.
Resumo:
Discute-se o controle dos transmissores da doença de Chagas, no Estado de São Paulo, e as atividades que levaram à eliminação do Triatoma infestans. São destacados os fatores coadjuvantes as ações de controle, particularmente o êxodo rural. A partir de 1965, o combate tomou a forma de uma verdadeira campanha, com fases distintas em função das alterações epidemiológicas, experiência adquirida e pressão dos custos. Após 25 anos de trabalho a campanha foi considerada encerrada, com a eliminação dos focos da espécie do planalto paulista. Porém, em função da possibilidade da reintrodução de Triatoma iinfestans(transporte passivo) e da presença, em diversas localidades, de exemplares de espécies vetoras semidomiciliares (Triatoma sordida e Panstrogylus megistus) as atividades de controle não foram interrompidas. Em consequência, continuam em andamento as ações de vigilância entomológica.
Resumo:
A infecção chagásica foi averiguada entre moradores de duas microrregiões geográficas homogêneas do Estado de São Paulo, entre os anos de 1976 a 1980. Campos de Itapetininga, na região de Sorocaba e Encosta Ocidental da Mantiqueira Paulista, na região de Campinas, foram áreas de colonização de Triatoma infestans, no passado, tendo permanecido, na primeira, até o início da década de 70, como reduto da espécie no estado. Atualmente as duas áreas são colonizadas por triatomíneos da espécie Panstrongylus megistus. Perfis de títulos sorológicos caracterizaram ambas as microrregiões como áreas de baixa endemicidade; a interrupção da transmissão foi mais precoce na Encosta, com diferença de 17 anos, em média. Em Campos de Itapetininga, a intensa exposição ao vetor é traduzida pela sororreatividade observada nas idades superiores a 20 anos, correspondentes aos nascidos antes de 1956. Dentre os nascidos entre 1972 e 1977, nessa área, permanece uma baixa positividade, podendo, também, associar-se à transmissão congênita. Na Encosta, a média de idade dos sororreagentes corresponde a nascimentos na década de 1930; os níveis de positividade variaram nos municípios que a compõe segundo o desenvolvimento de capital. Após 1984, com a adoção de novos critérios para o uso da sorologia no Programa de Controle, o encontro de sororreagente não tem sido associado estatisticamente a moradores notificantes de domicílios com presença de triatomíneos.
Resumo:
Como parte de avaliação de medidas de controle de vetores, levadas a efeito no Estado de São Paulo, na década de 60, inquéritos sorológicos entre crianças escolares nascidas após sua aplicação foram realizados nos períodos abrangidos entre os anos 1968 e 1970, em todos os municípios do estado, à exceção dos da Grande São Paulo e, anualmente, de 1973 a 1983, em amostra selecionada a partir daqueles com as maiores soroprevalências para a infecção chagásica. No primeiro caso, a metodologia sorológica previu os exames à base da reação de fixação de complemento, em soros e, no segundo, a reação de imunofluorescência indireta, em eluatos de sangue total absorvido em papel-filtro. Presença de triatomíneos e sua condição de infecção por Trypanosoma cruzi, coligidas nos diversos municípios de acordo com o ano dos nascimentos dos escolares e da realização dos inquéritos, permitiram vislumbrar o quadro da infecção chagásica no Estado de São Paulo, naquelas épocas. A região de Sorocaba destacou-se das demais em termos sorológicos, sustentada pela presença do Triatoma infestans até o início da década de 70. Similarmente, a autoctonia dos casos foi aí observada de maneira preponderante, enquanto que em outras regiões do estado manteve-se um equilíbrio entre casos autóctones e importados. A análise dos dados revela que, ainda em 1974, a transmissão vetorial poderia registrar-se no estado. É importante destacar que, mesmo com falhas de cobertura, até o ano de 1997, não se observou mais sororreatividade para infecção chagásica nas idades inferiores a 15 anos, no Programa de Controle do Estado de São Paulo.
Resumo:
A situação epidemiológica da doença de Chagas no país foi substancialmente alterada como resultado das ações de controle e de mudanças ambientais, econômicas e sociais, havidas nas últimas décadas no país. A transmissão vetorial domiciliar por Triatoma infestans foi interrompida, e controlada em níveis importantes por espécies nativas de vetor. A transmissão transfusional tende ao esgotamento, desde que se logrou a triagem praticamente integral de candidatos à doação de sangue. A transmissão congênita, ainda que possível, especialmente em algumas áreas, tende também ao progressivo esgotamento em consequência do controle da transmissão vetorial e transfusional. Os mecanismos primordiais de transmissão, relacionados diretamente ao ciclo enzoótico, como a transmissão vetorial extradomiciliar ou por visitação de vetores silvestres aos domicílios, além da transmissão oral, passaram a ter relevância na produção de casos humanos de infecção por Trypanosoma cruzi. Diante deste quadro, os novos desafios a enfrentar em relação à doença de Chagas incluem I) a necessidade de se preservar os níveis de controle alcançados; II) a concepção e desenvolvimento de novas tecnologias e métodos de vigilância e controle que permitam reduzir os riscos de ocorrência de casos associados à transmissão enzoótica; e, III) a garantia de adequada atenção aos infectados e enfermos crônicos de doença de Chagas.
Resumo:
INTRODUCTION: The present study shows a descriptive analysis of triatomine occurrence and its natural Trypanosoma infection rates in the state of Pernambuco, Brazil, between 2006 and 2007. METHODS: Entomological data for the species, such as specimens captured in both intra and peridomiciles and natural infection index, were obtained via domiciliary capture in 147 municipalities from 11 Regional Managements of Health. The database was obtained from a sample of insects (100% infected and 20% non-infected) sent to the Central Laboratory of Pernambuco. RESULTS: A total of 18,029 triatomines were analyzed from 138 municipalities of the state. Triatoma pseudomaculata (35%), Triatoma brasiliensis (34%), and Panstrongylus lutzi (25%) were the most captured species. These species also showed a widespread geographical distribution in the state. Panstrongylus megistus, Triatoma petrocchiae, Triatoma melanocephala, Triatoma sordida, Rhodnius nasutus, Rhodnius neglectus, and Triatoma infestans showed more limited geographical distribution and lower relative abundance. The parasitological research showed that 8.8% of the triatomines were naturally infected with flagellates morphologically similar to Trypanosoma cruzi and 91.3% of them were captured inside houses in 113 municipalities. P. lutzi showed the highest rates of natural infection. CONCLUSIONS: After the control of T. infestans, synanthropic species, such as T. brasiliensis, T. pseudomaculata, and P. lutzi, maintain the risk of T. cruzi transmission to humans in the state of Pernambuco. These species are widely distributed, and infected specimens have been found inside houses. Thus, an enhanced surveillance and vector control of Chagas disease is recommended in Pernambuco.