998 resultados para Qualidade de vida Aspectos sociais
Resumo:
FUNDAMENTO: Os questionários de Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QVRS) são instrumentos de medidas de resultados humanÃsticos tanto em estudos clÃnicos quanto em farmacoeconômicos. No entanto, eles devem ter seus parâmetros psicométricos avaliados, de forma a refletir a avaliação subjetiva individual da qualidade de vida. OBJETIVOS: Descrever o perfil de qualidade de vida dos pacientes hipertensos e avaliar a validade concorrente do instrumento Minichal-Brasil, comparando com o instrumento de avaliação genérica da Organização Mundial da Saúde (OMS) conhecido como WHOQOL-Bref. MÉTODOS: Cento e noventa e um pacientes adultos (sendo 72,8% mulheres) com hipertensão arterial foram entrevistados. Aproximadamente um terço dos pacientes teve uma condição de pressão controlada. A média da QVRS medida pela pontuação total do Minichal foi 69,7 (DP = 19,2 IC95% de 66,9 a 72,4), sendo no domÃnio "estado mental" = 69,1 (IC95% de 66,1 a 72,2) e no domÃnio "manifestações somáticas" = 69,9 (IC95% 66,5 -73,2). As médias para o instrumento WHOQOL-Bref foram: no domÃnio "fÃsico" = 61,5 (IC95% de 59,0 a 64,1), no domÃnio "psicológico" = 65,7 (IC95% de 63,2 a 68,2), no domÃnio "social" = 72,3 (IC95% de 70,0 a 74,5) e no domÃnio "meio ambiente" uma média de 59,7 (IC95% de 57,7 a 61,7). RESULTADOS: O Minichal apresentou correlação significativa (p<0,001) com WHOQOL-Bref relativo a todos os seus domÃnios, com exceção do domÃnio "meio ambiente", que não se correlacionou com o domÃnio "manifestações somáticas". CONCLUSÃO: O Minichal-Brasil provou ser uma ferramenta útil na avaliação da QVRS em pacientes hipertensos.
Resumo:
FUNDAMENTO: Estudos que relacionam exercÃcios fÃsicos e saúde têm contribuÃdo para a compreensão da influência de hábitos sedentários com a incidência de doenças cardiovasculares. OBJETIVO: Comparar o efeito de diferentes intensidades de exercÃcio aeróbio sobre a capacidade funcional (VO2 pico) e a qualidade de vida de pacientes pós-infarto agudo do miocárdio. MÉTODOS: 87 homens (57,7 anos, ± 6,1) participaram deste estudo prospectivo, com 12 semanas de treinamento fÃsico de alta intensidade (n=29), a 85% da frequência cardÃaca máxima, de intensidade moderada (n=29), a 75% da frequência cardÃaca máxima, ou no grupo controle (n=29), que recebeu acompanhamento clÃnico. O exercÃcio aeróbio foi realizado cinco vezes por semana, 45 minutos por sessão, além de exercÃcios de resistência muscular e alongamentos. O VO2 pico foi mensurado com teste cardiopulmonar, e a qualidade de vida foi avaliada pelo questionário MacNew. RESULTADOS: A ANOVA two-way revelou aumento do VO2 pico significativo (p<0,05) no grupo de alta intensidade (29,9 ± 2,2 ml/kg.min para 41,6 ± 3,9 ml/kg.min) em relação ao grupo de moderada intensidade (32,0 ± 5,3 ml/kg.min para 37,1 ± 3,9 ml/kg.min). Além disso, ambos os grupos de exercÃcio aumentaram significativamente em relação ao grupo controle (31,6 ± 3,9 para 29,2 ± 4,1). A qualidade de vida teve melhora significativa (p<0,05) no grupo de alta intensidade (5,66 para 6,80) e de moderada intensidade (5,38 para 6,72), mas não no grupo controle (5,30 para 5,15) CONCLUSÃO: Os exercÃcios de maior intensidade resultaram em maior aumento na capacidade funcional e na qualidade de vida em pacientes no pós-infarto do miocárdio.
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FUNDAMENTO: Existem poucas informações sobre fatores agravantes da qualidade de vida em pacientes com doença arterial coronariana (DAC), antes da intervenção coronária percutânea (ICP). OBJETIVO: Associar variáveis clÃnicas com escores de qualidade de vida (EQV) em pacientes com DAC estável, antes da ICP e com desfechos desfavoráveis, 12 meses após o procedimento. MÉTODOS: Trata-se de estudo longitudinal incluindo 78 pacientes (43 homens e 35 mulheres), antes da ICP eletiva. As associações entre EQV (questionário SF-36) e idade, sexo, peso, Ãndice de massa corpórea, diabete melito (DM), hipertensão arterial, dislipidemia, tabagismo atual, evento cardiovascular ou ICP prévios, controle da glicemia e da pressão arterial foram analisadas por meio de regressão logÃstica multivariada. Também se analisaram as associações entre esses atributos clÃnicos e os desfechos desfavoráveis (morte por qualquer causa, insuficiência cardÃaca ou infarto não fatal). O nÃvel de significância foi p < 0,05. RESULTADOS: As medianas dos EQV estiveram abaixo de 70 percentuais em todos os domÃnios. Sexo feminino, idade < 60 anos, evento cardiovascular ou ICP prévios, IMC > 25 kg/m², DM e pressão arterial elevada foram associados a maior prejuÃzo de, pelo menos, um dos EQV. Sexo feminino (OR: 7,19; IC95%: 1,55 - 33,36; p = 0,012), evento cardiovascular prévio (OR: 3,97; IC95%: 1,01 - 15,66; p = 0,049) e insucesso na ICP (OR: 10,60; IC95%: 1,83 - 61,46; p = 0,008) foram associados com risco aumentado de desfecho combinado. CONCLUSÃO: Na presença de DAC, mulheres e pacientes com comorbidades têm maior prejuÃzo da qualidade de vida. Os desfechos desfavoráveis após 12 meses da ICP estão associados com o sexo feminino, evento prévio ou insucesso do procedimento.
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FUNDAMENTO: Na hipertensão arterial pulmonar (HAP) a qualidade de vida relacionada saúde (QVRS) tem sido investigada em curtos perÃodos de tempo (semanas), mas pouco se sabe sobre a perspectiva do paciente no médio e longo prazo. OBJETIVO: Analisar o estado de pacientes em terapias especÃficas de HAP durante um ano de observação, em termos de QVRS, e investigar se possÃveis associações entre a capacidade de exercÃcio (CE) e a QVRS persistem no médio prazo. MÉTODOS: Trinta e quatro pacientes em terapias para a HAP (bosentan e/ou sildenafil) foram selecionados (idade de 14 a 58 anos, mediana de 35,5 anos, classe funcional II ou III), e avaliados no momento basal, e 3, 6, 9 e 12 meses depois, usando o teste de caminhada de 6 minutos e questionário SF-36 de QVRS. RESULTADOS: A distância percorrida nos seis minutos não mudou durante o acompanhamento (387 - 432 metros, valores da mediana, p=0.2775), o mesmo para a classe funcional e saturação periférica de oxigênio. Os escores SF-36 também se mantiveram estáveis, com a saúde fÃsica sempre pior que a saúde mental. Das 40 possÃveis associações entre a CE e QVRS, apenas 12 foram significativas (30%, p<0,05). A previsão de uma QVRS severamente deprimida com base em uma distância percorrida de 235 metros foi especÃfica em >90%, mas sensÃvel em <43%. CONCLUSÃO: Os pacientes com HAP que se mantêm estáveis em termos da CE também parecem fazê-lo em termos de QVRS. Contudo, CE e QVRS não têm ligação consistente com o tempo, e devem ser analisadas como diferentes perspectivas no paciente individual.
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FUNDAMENTO: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é um dos principais fatores de risco cardiovascular e de alta prevalência em quase todos os paÃses. Estudos mostram o efeito negativo da HAS na qualidade de vida relacionada à saúde. OBJETIVO: Avaliar a Qualidade de Vida de pacientes hipertensos comparando com a população geral. MÉTODOS: Avaliados 333 indivÃduos de ambos os sexos, maiores que 18 anos, divididos em Grupo Estudo, composto de 246 pacientes hipertensos sob tratamento em serviço multiprofissional e Grupo Controle, formado por 87 indivÃduos normotensos da comunidade. Aplicaram-se a ambos os grupos, questionário sociodemográfico e o SF-36 de qualidade de vida. Para a análise estatÃstica, utilizados os testes qui-quadrado, de Kolmogorov-Smirnov, de Mann Whitney U, de Kruskal-Wallis e análise multivariada. Os dados foram analisados pelo programa SPSS e valores de p < 0,05 considerados significantes. RESULTADOS: Os grupos foram homogêneos em relação à idade, ao sexo, à etnia, à escolaridade e ao estado civil. Observou-se que os indivÃduos normotensos apresentaram melhor qualidade de vida relacionada à saúde quando foram comparados aos hipertensos. CONCLUSÃO: A hipertensão arterial, embora considerada entidade clÃnica, na maioria das vezes, silenciosa, interfere negativamente na qualidade de vida de seus portadores.
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Estudo realizado por meio de entrevistas com idosos de uma instituição de recreação, com o objetivo de analisar a qualidade de vida dos usuários. Os resultados obtidos sugerem que a maioria dos idosos deste estudo tem urna boa qualidade de vida. Todos os indicadores objetivos e subjetivos considerados foram evidenciados nos relatos de grande parte dos idosos.
Resumo:
Diante da vivência em tratar de indivÃduos que apresentam lesão medular, nos deparamos com a problemática envolvida no cotidiano dessas pessoas após uma situação de trauma súbito e inesperado. Com a intenção de prestar cuidados efetivos a estas pessoas nos preocupamos, neste estudo, em identificar a situação pela qual elas estão passando, se houve mudanças e quais foram elas, tanto em nÃvel psÃquico como fÃsico e social. Para tanto, optou-se pela realização de urna entrevista individual semi-estruturada, utilizando-se o recurso da gravação, o instrumento de coleta de dados consta de dados de identificação e dados a respeito da vida do entrevistado. O discurso livre com gravação e posterior transcrição caracteriza um estudo de caso de natureza, sobretudo, exploratória. Os dados obtidos receberam uma análise temática utilizando concepções sobre qualidade de vida segundo FORATTINI (1991). Neste estudo foram identificadas uma deficiência fÃsica e uma série de incapacidades. A deambulação é a primeira perda notada pelo paciente após a lesão e a sua primeira questão ao profissional mais próximo dele, é que se estabeleça um canal de comunicação que permita esta expressão. Mas devemos lembrar do processo possÃvel de reabilitação que não aborda somente a busca pela locomoção, permeando o reaprendizado nesta nova situação de vida. Constatamos modificações em todas as esferas (fÃsica, social, psicológica), sendo que as mais afetadas, segundo os dados colhidos, foram a psicológica e a social devido à s alterações fÃsicas. A principal sensação de perda refere-se ao papel social, sendo que esta é caracterizada, principalmente, pela impossibilidade de retornar ao trabalho. As mudanças nas concepções de auto-imagem e auto-estima também foram identificadas, em menor grau, pela sensação de incapacidade. A perda fÃsica mais importante e compreensivelmente mais relatada refere-se a perda de sensibilidade e capacidade motora dos membros.
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Trata-se de um estudo qualitativo realizado a partir do conceito de qualidade de vida adotado por MEEBERG (1993) relacionado com a opinião de um grupo de professoras de enfermagem. Observou-se que este conceito está presente na fala das entrevistadas de forma bem clara, especialmente nos atributos relacionados a satisfação com a própria vida em geral e com o estado aceitável de saúde fÃsica, mental, social e emocional.
Resumo:
Este estudo consiste num espaço de reflexão sobre a questão da cidadania e qualidade de vida dos portadores de transtornos psÃquicos, tomando como eixo as transformações ocorridas na relação da sociedade com esses indivÃduos, explicitando suas contradições e racionalidade. Aponta os desafios a serem superados na construção da cidadania e qualidade de vida dessas pessoas.
Resumo:
Este estudo teve como propósito investigar a qualidade de vida de 264 estudantes de Graduação em Enfermagem. Os dados foram coletados por meio de um questionário e um instrumento de medida de qualidade de vida, o IQV de Ferrans e Powers. As médias obtidas dos escores do IQV para os estudantes foram altas e próximas das médias da população geral de Rockford - USA. As médias do IQV nos diferentes anos do curso mostraram queda no decorrer do 2º ano, quando os estudantes são inseridos no campo prático, fornecendo subsÃdios para possÃveis intervenções dos educadores nessa problemática.
Resumo:
Trata-se de uma pesquisa-ação que teve como objetivos: conhecer as percepções dos alunos de graduação em enfermagem, quanto a sua qualidade de vida, compreender e analisar as demandas por eles evidenciadas no resgate das situações vividas e operacionalizar por meio do grupo operativo direcionamentos e estratégias que possam melhorar a sua qualidade de vida. O estudo foi na PUC/SP. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas individuais na primeira fase e nortearam os temas disparadores dos cinco encontros de grupo focal na segunda fase. Os dados dos encontros foram analisados, segundo a análise temática e adaptados do Modelo Ecológico de QVE. Os resultados evidenciaram que a Universidade é um espaço que propicia vivências promotoras e não promotoras de qualidade de vida dos alunos e a necessidade de encontros sistematizados, nos quais alunos e professores discutam a construção individual e coletiva de estratégias de enfrentamento.
Resumo:
Estudo descritivo e transversal, desenvolvido com o objetivo de avaliar a Qualidade de Vida (QV) de pacientes com câncer, submetidos à quimioterapia. Para a coleta de dados, utilizou-se o instrumento European Organization for Research and Treatment of Cancer - Quality of Life Questionnaire Core-30 (EORTC QLQ-C30). A amostra constitui-se de 30 pacientes que assinaram o consentimento informado. Os dados foram analisados pelo software SPSS. O QLQ-C30 mostrou que a pontuação média das funções fÃsica, cognitiva e social, e desempenho de papel, variou de 71,26 a 75,12, demonstrando um nÃvel satisfatório. Na função emocional, a média foi baixa, de 55,46. Nas escalas de sintomas, houve o predomÃnio da insônia com uma média de 34,44, seguida de dor (23,33) e fadiga (22,31). A QV foi satisfatória em todos os domÃnios, exceto a função emocional, que foi baixa, demonstrando que os efeitos colaterais da quimioterapia influenciam negativamente a QV dos pacientes.
Resumo:
Este estudo tem como objetivos desenvolver a versão reduzida de um instrumento para avaliação da Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) de enfermeiros hospitalares e analisar a sua confiabilidade e validade. O estudo foi desenvolvido com uma amostra probabilÃstica de 348 enfermeiros selecionados em quatro hospitais da cidade de São Paulo. Os métodos clinimétrico e psicométrico foram utilizados no processo de redução de itens, obtendo-se um instrumento com 31 itens e quatro domÃnios: Valorização e reconhecimento institucional; Condições de trabalho, segurança e remuneração; Identidade e imagem profissional e Integração com a equipe. Na análise da consistência interna, obtiveram-se coeficientes alfa de Cronbach de 0,94 para o total de itens e de 0,77 a 0,92 para os domÃnios. Estes resultados e os obtidos nas análises de validade convergente, de critério e discriminante sugerem que o instrumento reduzido é adequado para a mensuração da QVT de enfermeiros em hospitais.