998 resultados para Interação criança-coletividade
Interação fosfito e fosfato no crescimento e na nutrição fosfatada do feijoeiro em solução nutritiva
Resumo:
O uso de fosfito como fungicida ou como fonte suplementar de fósforo (P) tem se intensificado nos últimos anos; entretanto, pouco se sabe sobre seus efeitos em culturas importantes como o feijoeiro. Objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito da interação entre fosfito e fosfato sobre o crescimento e a nutrição fosfatada do feijoeiro. Dois experimentos foram realizados, em delineamento inteiramente casualizado em solução nutritiva, em casa de vegetação, no período de janeiro a março de 2008. No primeiro, os tratamentos foram constituídos por um esquema fatorial 5 x 2, sendo cinco concentrações de P na solução nutritiva: 0,5; 10; 20; 30; e 60 mg L-1 e duas formas de P: fosfito (Phi) e fosfato (Pi), com quatro repetições. No segundo experimento, os tratamentos foram constituídos por cinco proporções de Pi:Phi em solução nutritiva: 100:0, 75:25, 50:50, 25:75 e 0:100, com cinco repetições. Os resultados evidenciaram que as plantas cultivadas com fosfito como única forma de P, ou em elevadas proporções de Phi, apresentaram redução acentuada na matéria seca da parte aérea e de raízes, refletindo em valores desprezíveis para o acúmulo de P nesses tecidos. Da mesma forma, a atividade da enzima fosfatase ácida apresentou decréscimo com o aumento das proporções de Phi, enquanto os teores de Pi solúveis diminuíram. Concluiu-se que o fosfito não é capaz de substituir o fosfato na nutrição fosfatada do feijoeiro, tendo efeito nulo sobre o feijoeiro sob adequada disponibilidade de fosfato. Na ausência ou baixa disponibilidade de fosfato, ocorre toxicidade acentuada de fosfito no feijoeiro que se apresentou muito sensível a esse ânion.
Resumo:
Propriedades físicas do solo, crescimento de plantas e disponibilidade de água são fatores que interagem em resposta a mudanças na estrutura do solo. Conhecer como esses fatores interagem no campo é de grande importância para o manejo da compactação do solo, para fins de produção agrícola. Neste trabalho, três níveis de compactação, com e sem irrigação, foram avaliados sobre o crescimento e rendimento de grãos de feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.). A probabilidade de interação entre compactação e irrigação foi de 88 e 86 % para o índice de área foliar (IAF) e rendimento de grãos, respectivamente. Porém, a disponibilidade de água provocou respostas distintas para crescimento e rendimento de grãos nos diferentes níveis de compactação. No sentido do menor para o maior nível de compactação, o aumento da disponibilidade de água no solo pela irrigação (120 mm) resultou ganhos decrescentes no IAF (1,8, 0,8 e 0,3) e crescentes no rendimento de grãos (695, 1.042 e 1.198 kg ha-1). Assim, a compensação no crescimento do feijoeiro pelo aumento no conteúdo de água foi decrescente à medida que aumentou o estado de compactação, mas a compensação no rendimento de grãos foi maior que no crescimento. Consequentemente, o uso de diferentes variáveis de planta fornece diferentes níveis críticos para os fatores físicos indicadores da compactação do solo. Assim, a decisão de irrigar e, ou, descompactar o solo depende de conhecer como o componente vegetal de interesse agronômico responde conjuntamente à compactação e disponibilidade de água no solo.
Resumo:
O artigo examina as concepções sobre os direitos da criança pequena à educação na legislação brasileira mais recente, à luz da evolução das definições mais gerais sobre os direitos humanos, da criança e da mulher, e das demandas trazidas pelas mobilizações de vários setores da sociedade. Discute também as contradições e obstáculos que surgem na aplicação das novas definições legais à realidade brasileira.
Resumo:
Tendo em vista a importância das experiências iniciais, em termos de responsividade e sincronicidade nas interações com o meio, com amplas repercussões nos terrenos cognitivo, social e afetivo, o presente trabalho objetivou investigar as possibilidades da creche como contexto interacional. 62 crianças de um a três anos, de cinco creches diferentes, metade delas proveniente de creches privadas e as demais de creches públicas, foram observadas em seus ambientes naturais de brinquedo, nas creches, em três sessões de dez minutos cada, tomadas em dias diferentes. Amostras de episódios interativos entre adultos e crianças foram examinados qualitativamente, buscando identificar os parceiros das interações e os modos pelos quais criança e adultos situam-se no conjunto das interações. Os resultados dessa análise sugeriram que o adulto, além das esperadas estratégias de comunicação individual ou coletiva, emprega comumente uma terceira estratégia básica de comunicação, aqui denominada comunicação articulada, com alternância de alvos e articulação, inclusive temática, entre os alvos. Nesse padrão, o adulto estende as interações que ocorrem com um indivíduo para outros, amplificando o episódio interativo, criando inter-relações entre temas e indivíduos. Esses resultados são discutidos em termos da inadequação da oposição situação diádica versus poliádica, que costuma ser empregada para comparar os contextos de criação em ambientes familiar ou coletivo.
Resumo:
A interação a um só tempo complementar e conflitiva de três temas: linguagem, cultura e alteridade, constituem o eixo de um debate sobre a infância e a criança portadora de marcas sociais e étnicas. Na medida em que a percepção do social se prende a princípios e a valores considerados universais, verdadeiros, legítimos e únicos, que precisam ser relativizados, questiona-se o fato de a cultura e a alteridade se expressarem por linguagens nem sempre visíveis e explícitas, que exigem um olhar atento e aprofundado nas muitas realidades do campo social e no seu cotidiano como meio de compreender-lhes seus muitos significados. Crianças pobres de periferia urbana e do meio rural, crianças brancas, negras e mestiças e, ainda, crianças de rua, emprestam-nos suas falas e imagens construídas com desenhos, para expressar a sua percepção do meio em que vivem. Tais expressões referem-se também à escola que aí está, a seus processos e agentes para dizer, por meio de outras linguagens, como olham seu mundo e como são olhados por ele.
Resumo:
Contínuas mudanças econômicas e culturais estão causando transformações no funcionamento das famílias e na educação das crianças pequenas em todas as camadas sociais. Essas transformações têm contribuído para o aumento da demanda e implementação de políticas de educação/cuidado infantil. Avanços políticos e legais têm ocorrido em vários países, nas últimas décadas. Esse processo configura-se sob formas diversas nos países desenvolvidos e nos em desenvolvimento. Naqueles e, em especial, nos países da Comunidade Européia, as justificativas para essas políticas fundamentam-se em um discurso pelos direitos da criança quanto ao acesso à educação e aos bens culturais, e pela igualdade de direitos e oportunidades de homens e mulheres. Já nos países em desenvolvimento, o discurso para ricos e pobres é bastante diferenciado, particularmente quando estabelece políticas para expansão do atendimento. Quando o alvo é a população pobre, negra e de zona rural, essas políticas se pautam por um discurso da necessidade de atender pobremente a pobreza, que transparece de maneira clara nos documentos do Banco Mundial. Neste artigo, propomo-nos a fazer uma reflexão crítica sobre as políticas para a infância nos países em desenvolvimento, tomando a América Latina como estudo de caso.
Resumo:
Preparar o ambiente de sala para crianças entre quatro e 36 meses tem sido um desafio para a educação infantil - EI. A despeito do fato de crianças pequenas serem tradicionalmente educadas no seio da família, o número de pais que procuram escolas de educação infantil vem crescendo rapidamente. Por isso, estudar as possibilidades da sala e da instituição para estas crianças constitui, hoje, um importante tema de investigação. Diversas áreas de conhecimento discutem o impacto do ambiente no comportamento e no desenvolvimento das crianças pequenas, como também nas interações e ações dos envolvidos no processo educativo. Avaliar a qualidade do ambiente para essas crianças é, portanto, primordial. Na pesquisa, avaliamos todas as creches de um município de Santa Catarina - um total de doze salas - utilizando a escala Iters-R, traduzida e testada para o português. Os itens Atividades e Cuidado Pessoal tiveram os escores médios mais baixos em todas as instituições; Interação e Pais e equipe, os escores médios mais altos. Quanto às turmas, as de três anos foram as que apresentaram os piores resultados. A utilização desse instrumento desencadeia discussões produtivas sobre a qualidade do ambiente para crianças pequenas.
Resumo:
A despeito de melhora expressiva no fluxo escolar durante a maior parte da década de 1990, especialmente entre 1992 e 1998, a repetência tem-se mantido constante e em valor elevado desde 1998. Dados provenientes dos dois últimos censos das escolas indicam leve tendência de aumento da repetência. Usamos dados do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica - Saeb/2001 -, para investigar a relação entre origem social e risco de repetência de alunos que cursavam a 8ª série do ensino fundamental em escolas públicas de capitais brasileiras. O resultado da estimação de modelos de risco para repetência mostrou que diversas variáveis de origem social continuam associadas ao aumento do risco da repetência, no sentido usualmente descrito pela literatura educacional. Mostrou também que embora capital econômico acima da média atue como fator de proteção para a repetência, esse resultado não prevalece para todos os grupos raciais, pois alto capital econômico mostrou-se fator de risco para os alunos que se autodeclararam pretos. Conseqüências dos resultados para políticas públicas são discutidas.
Resumo:
Estudo de caso em uma creche pública, que tem como objetivo analisar relações entre famílias e profissionais que se desenvolvem no cuidado compartilhado das crianças. Apesar de esforços de profissionais para interagir com as famílias, há evidentes dificuldades na interação, devido a distintos pontos de vista. Considerando que conflitos são inerentes à vida psíquica e social e que é necessário explicitá-los e negociá-los para alcançar objetivos comuns, o artigo buscou apreender o ponto de vista dos sujeitos envolvidos no cuidado infantil. Depreendeu-se da análise que a confiança é construída com "o tempo", no processo de compartilhar o cuidado, ajustando expectativas e negociando diferentes concepções, valores e conhecimentos. Como mostraram dados da observação, conflitos não explicitados nem refletidos podem comprometer o cuidado da criança, que vivencia e percebe quando as diferenças entre a creche e a família são focos de tensão.
Resumo:
O propósito deste artigo é analisar o ato de pesquisar com crianças e elaborar uma perspectiva crítica da produção da subjetividade na relação entre adultos e crianças na contemporaneidade. A teoria da linguagem de Mikhail Bakhtin serviu de base para discutir o complexo tema da alteridade no âmbito da relação pesquisador-criança. A ampliação do debate sobre a relação entre adultos e crianças em face dos desafios da cultura do consumo e da sociedade da informação foi considerada uma alternativa metodológica promissora na busca de soluções coletivas para as questões que se colocam no campo educacional no mundo de hoje.
Resumo:
A inserção das crianças de zero a 18 meses em creches poderá estimular o seu desenvolvimento motor e perceptocognitivo, podendo essa fase ser considerada a primeira da educação inclusiva. Objetivou-se verificar as concepções das profissionais do berçário relativas à inserção da criança com necessidades especiais na rotina de atividades desenvolvidas. Foram entrevistadas sete berçaristas da Secretaria Municipal de Educação de Bauru. Os dados, organizados segundo categorias analíticas: conceitos relativos ao processo de inclusão, benefícios para a criança e diferenças entre as crianças nessa faixa etária, foram submetidos à análise qualitativa. Os resultados mostraram que a inclusão de crianças com necessidades especiais é vista com reservas, explicitando ideias preconcebidas sobre a deficiência. Eles se justificam pela falta de conhecimento do desenvolvimento infantil e dos fatores que o envolvem, bem como pelo fato de os profissionais vincularem suas atividades às experiências pessoais.
Resumo:
Neste artigo, revisitamos a literatura sobre o contexto sociopolítico e o texto da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, bem como algumas de suas repercussões no Brasil. Nosso interesse de apresentar e discutir a literatura sobre a Convenção decorre não só da escassez da bibliografia brasileira, apesar da célere ratificação do documento pelo Brasil e de ele ter inspirado a elaboração do art. 227 da Constituição Brasileira de 1988 e do Estatuto da Criança e do Adolescente. Deriva, sobretudo, de sua inovação na representação de infância e dos direitos da criança e, em consequência, da intensa e instigante produção acadêmica que tem provocado no hemisfério norte. Além disso, parece-nos urgente que a sociedade brasileira disponha de embasamento mais consistente sobre os marcos legais que adota
Resumo:
O presente trabalho pretende conduzir a uma reflexão sobre universidade-empresa, elemento vital na sociedade do conhecimento. Na introdução, são apresentadas as razões da importância desse processo de interação diante do novo paradigma tecnológico; conduz-se aos principais problemas da ciência e da tecnologia na América Latina com particular ênfase para a economia brasileira, tendo como pano de fundo a montagem de um sistema de inovação. Na seção 2, são analisados os principais mecanismos de interação existentes, suas vantagens e desvantagens. Finalmente, na seção 3, discorre-se sobre o papel dos agentes de interação nesse trabalho de interface, descrevendo-se o perfil adequado dos agentes e os conhecimentos que devem possuir, seja do ambiente universitário, seja do setor empresarial, sem perder de vista, é claro, os diversos modelos de desenvolvimento tecnológico. Nessa mesma seção, finaliza-se o trabalho com uma reflexão sobre o papel do Estado brasileiro como indutor do desenvolvimento tecnológico, inclusive no apoio às instituições de interface.
Resumo:
Com o intuito de avaliar a submissão de consultas em língua natural, especificamente em português, a máquinas de busca na Web, e contrastar com as consultas por palavras-chave, realizou-se um experimento com alunos, professores e funcionários de uma universidade brasileira. Particularmente, analisaram-se as consultas para verificar se os usuários expressavam bem seus objetivos em palavras-chave; como expressariam seus objetivos em língua natural, caso esta possibilidade fosse oferecida; se as consultas em língua natural forneciam informações que pudessem facilitar a recuperação de informação. O pedido de colaboração foi enviado a 440 pessoas de um instituto de computação da universidade. Foram obtidas 63 consultas, correspondentes a 42 objetivos. Observou-se que, para o item a, na maioria dos casos (71,43%), as consultas por meio de palavras-chave não trazem todas as informações declaradas importantes no objetivo; para o item b as consultas foram feitas por meio de perguntas (71,87%), afirmações (18,75%) e ordens (9,37%); e, para o item c todas as perguntas diretas deixavam claro o objetivo da consulta já com a primeira palavra da frase, ou com as duas ou três primeiras, com exceção das iniciadas pela palavra "qual".