1000 resultados para Federação desportiva
Resumo:
Objetivo: estudar o duto venoso mediante o emprego do Doppler colorido e pulsátil com a finalidade de rastrear anomalias cromossômicas entre a 10ª e 14ª semanas de gestação. Métodos: a Dopplerfluxometria referente ao duto venoso e a medida da translucência nucal (TN) precederam a biopsia de vilo corial em 26 gestações. A suspeita de defeitos cromossômicos baseou-se nos seguintes critérios: fluxo ausente ou reverso durante a contração atrial no duto venoso e translucência nucal maior ou igual a 3 mm. Verificaram-se a sensibilidade, a especificidade, o valor preditivo positivo e o negativo para cada um dos itens acima. Resultados: ocorreram 9 casos de anomalias cromossômicas (3 trissomias do 21, 2 trissomias do 13, 1 trissomia do 9, 1 trissomia do 22, 1 triploidia e 1 monossomia do cromossomo X). Na totalidade dos casos o fluxo no duto venoso, durante a contração atrial, foi ausente (1 caso) ou reverso (8 casos), com sensibilidade de 100%. No grupo de fetos normais (17 casos), a avaliação única apresentou alteração no Doppler (especificidade de 94%). Concernente à medida da TN, a sensibilidade e a especificidade foram de 88% e 76%, respectivamente. Conclusão: os resultados preliminares sugerem que a presença de anomalias cromossômicas pode ser fortemente suspeitada quando existir aumento da TN associado a fluxo ausente ou reverso no duto venoso durante a contração atrial. Especulamos que ambos os métodos sejam válidos no rastreamento dos defeitos cromossômicos.
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Objetivo: estudar a correlação entre a saturação de oxigênio fetal medida pela oximetria de pulso durante o segundo período do parto e o pH da artéria umbilical ao nascimento. Pacientes e Métodos: a saturação de oxigênio fetal (FSpO2) foi monitorizada pela oximetria de pulso durante o segundo período do trabalho de parto em 64 gestações simples a termo com apresentação de vértice. O sangue dos vasos umbilicais foi obtido imediatamente após o nascimento para subseqüente medida dos gases e do pH venoso e arterial. Todos os fetos mantiveram a FSpO2 > ou = 30% durante o primeiro período do parto, até o início do segundo período. Resultados: a média da FSpO2 durante o segundo período do parto correlacionou-se significantemente com o pH da artéria umbilical ao nascimento (n = 64, r = 0,79, p<0,001). Não houve correlação significante entre a FSpO2 no segundo período do parto e a saturação de oxigênio do sangue da artéria umbilical ao nascimento. Conclusão: a saturação de oxigênio fetal medida pela oximetria de pulso durante o segundo período do trabalho de parto tem uma boa correlação com o pH da artéria umbilical ao nascimento.
Resumo:
Objetivo: relatar a experiência com o uso da técnica de amnioinfusão nas pacientes em trabalho de parto que apresentam mecônio e verificar a incidência de complicações, da síndrome da aspiração do mecônio com o uso desse procedimento e de cesáreas. Método: foram estudadas retrospectivamente 20 gestantes a termo em trabalho de parto, com líquido amniótico meconiado no Centro Obstétrico de duas instituições do Sistema Único de Saúde no Estado do Rio Grande do Sul. A infusão inicial de 1000 ml de soro fisiológico não-aquecido foi feita a velocidade de 20 a 30 ml por minuto, depois reduzida para 3 ml por minuto. O líquido era drenado com a elevação da apresentação cefálica. Resultados: a amnioinfusão demonstrou-se de fácil aplicação, quando foi utilizado um cateter nasogástrico. Nenhuma paciente apresentou complicações importantes relacionadas com o procedimento. Não houve presença de mecônio abaixo das cordas vocais nos recém-nascidos. A incidência de parto cesárea foi de 3/20 (15%). Conclusões: a amnioinfusão é uma técnica de baixo custo e factível que não apresentou complicações nos casos relatados.
Resumo:
Objetivo: avaliar a relação entre o uso de sulfoniluréias (SF) por gestantes diabéticas seguidas na nossa clínica e as malformações (MF) fetais detectadas. Métodos: estudamos, retrospectivamente, 35 gestantes diabéticas tipo 2, seguidas no Ambulatório de Pré-Natal Patológico do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, no período de 1993-1995, das quais 22 encontravam-se em uso inadvertido de SF no 1º trimestre da gestação (grupo SF). Avaliamos a prevalência de MF e comparamos com as gestantes diabéticas que nesse período encontravam-se em uso de insulina ou apenas dieta (grupo C). Foram também analisadas outras variáveis: tempo de doença, idade, controle metabólico e seguimento pré-natal. Resultados: não houve diferença estatisticamente significativa entre os 2 grupos quanto a faixa etária, tempo de evolução do diabetes, controle metabólico ou precocidade do início do pré-natal, sendo a freqüência de MF semelhante nos 2 grupos (8,3% no grupo C e 13,6% no grupo SF). As malformações encontradas foram: no grupo SF - agenesia renal, hipoplasia pulmonar e gônadas em fita (paciente 1); membros curtos e pododáctilos de implantação anormal (paciente 2); fenda palatina, implantação baixa de orelhas, pescoço alado, prega palmar única e nariz em sela (paciente 3), e no grupo C - micrognatia, orelha displásica, polidactilia, imperfuração anal, hipospadia, comunicação inter-atrial e comunicação interventricular (paciente 4). Conclusões: esses dados não nos permitem atribuir as malformações encontradas no grupo SF ao uso de sulfoniluréias, embora nesse grupo tenham ocorrido alterações não usualmente descritas na embriopatia diabética.
Resumo:
Objetivos: investigar se a adição do swab de algodão à espátula de Ayre e o seu prévio umedecimento com solução salina fisiológica aumentam a obtenção de células endocervicais nos esfregaços colpocitológicos. Métodos: foi realizado um estudo diagnóstico, randômico e simples cego envolvendo três técnicas de colheita (espátula de Ayre, combinação espátula de Ayre-swab de algodão seco e combinação espátula de Ayre-swab de algodão úmido). Foram avaliados 307 esfregaços preparados por estudantes de Medicina e residentes de Ginecologia e Obstetrícia. Resultados: não houve aumento significativo na obtenção de células endocervicais (colunares e/ou metaplásicas), nem com a adição do "swab" seco (p = 0,2), tampouco com a do swab umidecido (p = 0,8). Conclusões: concluiu-se que, principalmente quando as colheitas forem realizadas por profissionais em treinamento e na ausência de outro dispositivo de coleta endocervical mais eficiente, é mais econômico utilizar apenas a espátula de Ayre no preparo do esfregaço.
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Objetivos: determinar se o dia da transferência ou o estágio em que o embrião é transferido interferem nas taxas de gravidez e implantação. Métodos: cento e sete pacientes tiveram seus oócitos aspirados e submetidos à fertilização in vitro. Os embriões foram co-cultivados em células Vero e transferidos no dia 3 ou dia 5 pós-fertilização, após avaliação morfológica. Resultados: a taxa de implantação dos embriões transferidos no dia 5 foi significativamente maior que quando os embriões eram transferidos no dia 3, mas as taxas de gravidez não variaram. Observou-se uma diferença significativa nas taxas de gravidez quando se comparou o estágio em que o embrião era transferido, obtendo-se 70,6% de gravidez quando se transferiam blastocistos expandidos e 20,0% e 10,5% quando eram transferidos blastocistos iniciais ou mórulas, respectivamente. Conclusões: as taxas de implantação e gravidez são significativamente aumentadas quando se transferem embriões em estágio de blastocisto expandido, mas os meios e condições de cultura de que dispomos no momento ainda são insuficientes para nos fornecer uma taxa satisfatória de embriões neste estágio.
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Objetivo: descrever o uso do pack hemostático, um tamponamento feito com compressas amarradas contra a superfície sangrante, que permanece in situ por 48 a 72 horas e que é uma das alternativas terapêuticas diante de quadro de sangramento maciço. Pacientes e Métodos: avaliamos 3 casos de sangramento maciço durante o ato cirúrgico, com troca de 1,4 volemias em média (1,2-2,4). Os parâmetros avaliados foram a efetividade hemostática do pack e alguns parâmetros das pacientes, como idade, quantidade e tipo de volume infundidos. Resultados: a idade média destas pacientes foi de 57 anos (51, 56 e 64). Apenas uma paciente havia sido irradiada previamente. Os sangramentos foram de origem venosa, provenientes da fossa do nervo obturador, plexo ilíaco e pré-sacral. Expansor volumétrico mais utilizado foi o SF 0,9%, seguido dos hemoderivados e depois pelo Ringer lactato. Durante o ato cirúrgico duas pacientes foram submetidas a ligadura da hipogástrica, sem melhora do quadro. O uso de material sintético hemostasiante foi ineficiente nos três casos. Em duas pacientes a sutura com fio inabsorvível da área sangrante apresentou considerável diminuição do sangramento, sem eliminá-lo completamente. Uma paciente faleceu antes de 24 horas com quadro de falência cardíaca. As outras duas pacientes desenvolveram insuficiência renal aguda, e uma, pneumonia aspirativa durante a re-exploração cirúrgica. Conclusões: o quadro de sangramento maciço está relacionado a uma alta morbimortalidade. Dentre as medidas emergenciais de hemostasia o pack parece ser o mais adequado.
Resumo:
O carcinoma espinocelular do parênquima mamário é um tipo raro de neoplasia, representando menos de 1% de todos os carcinomas mamários. Esse trabalho relata a condução de um caso diagnosticado e tratado no Serviço de Ginecologia e Mama do Hospital Araújo Jorge/ACCG. São discutidos a apresentação clínica, o diagnóstico e o prognóstico destes tumores.