1000 resultados para Dinámica estructural
Resumo:
A flutuação populacional da cochonilha-da-raiz (Pseudococcus comstocki) (Kuwana, 1902) e sua preferência alimentar foram estudadas quando infestando plantas de tiririca (Cyperus rotundus) oriundas dos municípios de Lavras, Lambari e Três Pontas, localizados na região sul do Estado de Minas Gerais, no período de março de 1996 a março de 1997. A cochonilha-da-raiz infestou a tiririca durante todos os meses de avaliação, variando, entretanto, a intensidade de infestação. Entre os locais estudados, Lambari apresentou a mais baixa densidade populacional da praga; em Lavras e Três Pontas as infestações foram semelhantes, sendo as mais elevadas. A temperatura e a umidade relativa do ar foram as variáveis climáticas que mais influenciaram a flutuação populacional da cochonilha-da-raiz em plantas de tiririca, nas três localidades estudadas. Foi observada maior preferência alimentar das cochonilhas por plantas de tiririca oriundas de Lavras e Três Pontas.
Resumo:
Para avaliar a influência do pisoteio bovino e do tempo de pousio na dinâmica do banco de sementes de arroz-vermelho foi conduzido um experimento em lavoura comercial de arroz irrigado, que adota o sistema de cultivo mínimo, seguido de dois anos de pousio, manejada, nesse período, pelo pastejo de bovinos. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com três repetições no esquema bifatorial. O fator A constou dos manejos pós-colheita da cultura de arroz: [M1] - pousio com pisoteio animal e [M2] - pousio sem pisoteio animal. O fator B constou dos anos de amostragem: [A1] - 1999, [A2] - 2000 e [A3] - 2001. O banco de sementes de arroz-vermelho foi estimado através de 12 amostras de solo por parcela, em abril de 1999, abril de 2000 e abril de 2001, com trado cilíndrico de 10 cm de diâmetro. As profundidades de coleta das amostras de solo foram de 0-1 cm, 1-5 cm, 5-10 cm e 10-15 cm. Após a coleta, os grãos de arroz-vermelho foram separados do solo, contados e submetidos ao teste de tetrazólio, para estimativa da viabilidade. O pisoteio bovino não afetou a distribuição das sementes no perfil do solo, bem como a dinâmica do banco de sementes. Houve efeito do tempo de pousio sobre o banco de sementes de arroz-vermelho; a equação que melhor explica a correlação entre número de sementes viáveis e tempo de pousio, em meses, foi a equação exponencial y = 1382,15 exp (-0,1988*x) p<0,05, demonstrando o decréscimo de 1.448 para 151 (90% de redução) em 12 meses e para 38 (98% de redução) sementes viáveis por m² em 24 meses de pousio. Com relação às profundidades de enterrio das sementes de arroz-vermelho, foi observado que, para o ano de 2000, a redução do banco de sementes foi maior na superfície do solo, enquanto para o ano de 2001 não houve diferença significativa entre as profundidades. As sementes que estavam na superfície do solo perderam a viabilidade rapidamente, em torno de 99% em um ano de pousio, tanto na presença como na ausência de pisoteio. Conclui-se que o pisoteio animal não interfere na dinâmica do banco de sementes de arroz-vermelho da área em pousio. O pousio do solo, com ou sem pisoteio animal, reduz o banco de sementes de arroz-vermelho.
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Embora o herbicida glyphosate seja considerado não-seletivo, várias espécies de plantas daninhas apresentam certo grau de tolerância às doses recomendadas. No Brasil, já existem relatos de seleção de espécies de plantas daninhas tolerantes ao glyphosate em áreas com o uso intensivo deste herbicida. Assim, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a influência da aplicação repetitiva do herbicida glyphosate sobre a dinâmica do banco de sementes das plantas daninhas tolerantes: Commelina benghalensis, Ipomoea grandifolia e Richardia brasiliensis; e das plantas daninhas suscetíveis: Amaranthus hybridus e Galinsoga parviflora. O experimento foi monitorado durante dois anos em áreas experimentais do Departamento de Produção Vegetal da Escola Superior de Agricultura ''Luiz de Queiroz'' - Universidade de São Paulo, Piracicaba, São Paulo. Partindo de uma densidade de 100 plantas m-2 de cada espécie, o glyphosate foi aplicado periodicamente em pós-emergência sobre as plantas daninhas adultas nas doses de 0, 0,36, 1,44 e 2,88 kg e.a. ha-1. O banco de sementes do solo foi estimado através da avaliação de emergência direta das plântulas e extração física das sementes. O banco de sementes das plantas daninhas tolerantes ao glyphosate teve aumento significativo, principalmente nas menores doses. Por outro lado, o banco de sementes das espécies suscetíveis diminuiu ao longo do tempo mesmo nas menores doses do glyphosate. Na última análise do banco de sementes, as plantas daninhas tolerantes apresentaram, na maior dose de glyphosate aplicada, cerca de 12 milhões de sementes não-dormentes ha-1, ao passo que as suscetíveis apresentaram cerca de 4 milhões de sementes não-dormentes ha-1. Concluiu-se que o uso intensivo do herbicida glyphosate pode ocasionar uma mudança na área, aumentando a freqüência das plantas tolerantes ao longo dos anos.
Resumo:
Com o objetivo de avaliar a dinâmica populacional de plantas daninhas por meio de parâmetros fitossociológicos, realizou-se este trabalho com as culturas de milho e feijão em cultivos sucessivos, no período de novembro de 1998 a maio de 2001, em um Argissolo Vermelho-Amarelo Câmbico, fase terraço, em Viçosa-MG. A comunidade de plantas daninhas era composta por Amaranthus deflexus, Brachiaria plantaginea, Cyperus rotundus, Galinsoga parviflora, Mucuna aterrima e Oxalis latifolia. Os tratamentos foram constituídos de dois sistemas de manejo do solo (plantios convencional e direto) e duas finalidades de uso da cultura do milho (grão e silagem), em blocos com quatro repetições. No plantio convencional, antes da semeadura das culturas, o solo foi arado e gradeado, e, no plantio direto, foi realizada a dessecação das plantas daninhas com herbicidas sistêmicos. As avaliações de plantas daninhas na cultura do milho foram realizadas antes e após a aplicação dos herbicidas nicosulfuron e atrazine em pós-emergência (aos 20 e 55 DAE, respectivamente) no ano agrícola 1999/00, e após a aplicação de atrazine e metolachlor em pré-emergência (aos 20 DAE) em 2000/01. Em se tratando do feijoeiro, as avaliações também foram feitas antes e após a aplicação dos herbicidas fluazifop-p-butil e fomesafen, em pós-emergência aos 20 e 40 DAE, respectivamente. A dinâmica populacional foi avaliada por meio do uso de parâmetros fitossociológicos baseados na densidade, freqüência e biomassa das espécies amostradas. Verificou-se aos 20 DAE, antes da aplicação dos herbicidas em ambas as culturas (milho e feijão), maior densidade e importância relativa das espécies dicotiledôneas no plantio direto. No plantio convencional constatou-se maior densidade, dominância e importância relativa de Cyperus rotundus. Após aplicação dos herbicidas seletivos, Cyperus rotundus foi a espécie de maior importância relativa em todos os sistemas estudados. Em ambas as finalidades de uso do milho, Cyperus rotundus teve sua população reduzida no plantio direto, quando comparado com o convencional.
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O trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos de sistemas de plantio direto, utilizando diferentes programas de rotação de culturas, de preparo convencional e de cultivo mínimo sobre a dinâmica de populações de plantas daninhas nas condições edafoclimáticas do cerrado. Utilizou-se o delineamento experimental de blocos ao acaso, com quatro repetições e cinco tratamentos, sendo dois de plantio direto que constaram de programas de rotação constituídos por culturas de verão e de outono/inverno e dois em monocultivo, nos sistemas de preparo convencional e cultivo mínimo respectivamente. Avaliou-se a dinâmica das populações de plantas daninhas. A maior eficiência de controle cultural da comunidade infestante foi obtida com o sistema de plantio direto, por meio dos seguintes programas de rotação: (sorgo/soja - crotalária/milho - milheto/soja - milho safrinha/soja); (milho safrinha/soja - girassol/milho - sorgo/soja - girassol/milho) e (guandu/soja - milheto/soja - milho safrinha/milho - girassol/soja).
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A transposição da palha por herbicidas aplicados em pré ou pós-emergência durante a aplicação é determinante na sua eficiência, dinâmica e impacto ambiental. O experimento foi conduzido no Núcleo de Pesquisas Avançadas em Matologia - FCA/UNESP, campus de Botucatu-SP, tendo como objetivo avaliar o desempenho de diferentes modelos de pontas de pulverização na transposição em quantidades crescentes de palha de aveia-preta (Avena strigosa). Os tratamentos foram constituídos pelo monitoramento do traçador corante Azul Brilhante (FDC-1) a 3.000 ppm, pulverizado com as pontas de pulverização XR11002-VS, TJ60-11002VS, FL-5VS, DG11002-VS, TXVK-8, TT11002-VP e AI11002-VS, utilizando, respectivamente, as pressões de trabalho de 1,4; 2,0; 1,5; 2,0; 4,9; 3,0 e 3,0 kgf cm² e volume de calda de 200, 200, 428, 200, 213 e 270 L ha-1 sobre quantidades de 0, 1, 2, 4, 6, 8, 10 e 12 t ha-1 de palha de aveia-preta. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado, com sete tratamentos e cinco repetições, as quais foram constituídas de caixas plásticas com palha acondicionada sobre um fundo falso de área conhecida, sendo este lavado após as aplicações, para posterior quantificação do traçador em espectrofotometria. O modelo de Mitscherlich simplificado (Y = 10 ^ (2 - (C*X))) mostrou ajuste satisfatório para os dados originais de traçador que transpôs a palha, apresentando coeficientes de determinação (R²) elevados, oscilando entre 0,9782 e 0,9971. Todos os modelos de pontas de pulverização mostraram-se similares na transposição da palha pelo traçador. As porcentagens médias de transposição foram de 43,00; 18,77; 3,73; 0,78; 0,17; 0,04 e 0,01% para as quantidades de 1, 2, 4, 6, 8, 10 e 12 t ha-1 de palha, respectivamente.
Revisão de modelos matemáticos da dinâmica do banco de sementes de plantas daninhas em agrossistemas
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O crescimento das plantas obedece a certos princípios fisiológicos, que podem ser descritos em termos quantitativos, até certo ponto, por equações matemáticas. No ambiente agrícola, a dinâmica do banco de sementes está fortemente relacionada ao estabelecimento de espécies daninhas e pode ser descrita por um sistema de equações que relaciona a densidade de plântulas com a densidade de sementes produzidas em áreas de cultivo. O objetivo deste artigo foi descrever, através de modelos matemáticos citados na literatura, as características do comportamento dinâmico do banco de sementes de populações de plantas daninhas em sistemas agrícolas.
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Objetivou-se neste trabalho estudar a dinâmica populacional de plantas daninhas no cultivo de milho-verde nos sistemas orgânico e tradicional. Esta pesquisa foi realizada no ano agrícola 2003/2004, usando o sistema de semeadura direta na palha. Os tratamentos, em arranjo fatorial 4 x 2, constituíram-se de quatro doses e fontes de nutrientes: SA - sem adubação; AM1 - adubação mineral na dose de 150 kg ha-1 da fórmula 8-28-16 + 50 kg de N ha-1 em cobertura; AM2 - adubação mineral na dose de 300 kg ha-1 da fórmula 8-28-16 + 100 kg de N ha-1 em cobertura; e AO - adubação com composto orgânico na dose de 40 m³ ha-1 aplicado sobre a palha 10 dias após a semeadura, combinados com dois cultivares de milho (UFVM 100 e AG 1051). Para o estudo fitossociológico, as plantas daninhas foram avaliadas no estádio de quatro folhas completas das plantas do milho, antes da aplicação do herbicida em pós-emergência ou do primeiro corte das plantas daninhas com a ceifadora. As espécies Jaegeria hirta, Artemisia verlotorum, Bidens pilosa, Cyperus rotundus e Ipomoea grandifolia apresentaram as maiores freqüências na área. Bidens pilosa apresentou a maior importância relativa, independentemente dos sistemas de produção. As práticas culturais utilizadas no cultivo de milho-verde, sob sistema orgânico, foram eficientes no manejo das plantas daninhas quando da adoção de cobertura do solo com palha de aveia-preta.
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O objetivo deste trabalho foi estudar a dinâmica do herbicida amicarbazone (Dinamic) aplicado sobre palha de cana-de-açúcar deixada sobre o solo, em sistema de cana crua. Três ensaios foram realizados para avaliar a dinâmica desse herbicida aplicado sobre diferentes quantidades de palha de cana-de-açúcar, em diferentes intervalos de tempo e volumes de simulação de chuvas após aplicação do herbicida. No primeiro ensaio, foi avaliada a interceptação do herbicida por 0, 1, 2,5, 5, 7,5, 10, 15 e 20 t de palha de cana-de-açúcar ha-1. A lixiviação do herbicida em 5, 10, 15 e 20 t de palha ha-1 foi avaliada sob simulação de chuva de 2,5, 5, 10, 15, 20, 35 e 65 mm, um dia após a aplicação (DAPC) do segundo ensaio. As chuvas foram acumulativas, aplicando-se de 2,5 em 2,5 mm. No terceiro ensaio, foi avaliado o efeito dos intervalos de tempo entre a aplicação do herbicida e a primeira chuva na lixiviação do herbicida Dinamic (0, 1, 7, 15 e 30 dias) em 10 t de palha ha-1, em função das mesmas precipitações simuladas no segundo ensaio. Nos segundo e terceiro ensaios foi realizada uma simulação de 20 mm em intensidade de 115 mm h-¹ aos 7 e 14 dias após as primeiras chuvas (DAPC). Os resultados obtidos no segundo e terceiro ensaios foram ajustados pelo modelo de Mitscherlich (Y = a * (1-10-c * (b + x))). A quantificação do herbicida foi realizada por cromatografia líquida de alta eficiência. Quantidades de palha iguais ou superiores a 5 t ha-1 apresentam interceptação quase que total do herbicida no momento da aplicação, sendo nula a transposição. Com o aumento da quantidade de palha, ocorreu diminuição na quantidade de herbicida lixiviado pela ação da chuva simulada, principalmente para valores de 15 e 20 t de palha de cana-de-açúcar ha-1. Quanto maior o intervalo de tempo entre a aplicação do herbicida e a primeira chuva, menor é a lixiviação total do produto. Em relação às chuvas aos 7 e 14 DAPC, no segundo e terceiro ensaios, foram observadas pequenas quantidades extraídas do herbicida, considerando-se que grande parte do amicarbazone foi lixiviada com as primeiras chuvas, que indicaram que os primeiros 20 mm de chuva simulada foram importantes para lixiviação da maior parte do amicarbazone (Dinamic) retido pela palha no momento da aplicação.
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Avaliaram-se, neste trabalho, os efeitos dos herbicidas ametryn, 2,4-D, trifloxysulfuron-sodium e da mistura ametryn+trifloxysulfuron-sodium na nutrição mineral e no crescimento da cana-de-açúcar. Para isso, utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado no esquema de parcelas subdivididas, com quatro repetições. Os efeitos dos herbicidas foram avaliados nas parcelas, e o efeito do tempo, expresso em dias após aplicação dos herbicidas (DAA), considerando as diversas amostragens nas subparcelas. Os herbicidas foram aplicados em pós-emergência, quando as plantas de cana-de-açúcar se apresentavam com três a quatro folhas. As características avaliadas foram: a altura e massa seca da parte aérea, o número de folhas, o número de perfilhos e as concentrações de macro e micronutrientes nos tecidos foliares das plantas. As concentrações de N, P e Mg nos tecidos foliares não foram afetadas pelo uso dos herbicidas, independentemente da época de avaliação (15, 30, 45 e 60 DAA). Ao longo do tempo após a aplicação, constatou-se acréscimo da taxa de acúmulo (coeficiente beta0) dos nutrientes catiônicos Ca, Mg e K em plantas expostas ao ametryn+trifloxysulfuron-sodium. Quando da aplicação do 2,4-D, verificou-se redução na taxa de acúmulo de S e alteração na dinâmica dos nutrientes Mg, Ca e K, comparado à testemunha sem herbicida. Os herbicidas provocaram redução na concentração de Fe nessa cultura aos 15 DAA, na seguinte ordem: ametryn+trifloxysulfuron-sodium > ametryn > trifloxysulfuron-sodium > 2,4-D. Em relação às plantas de cana-de-açúcar não tratadas com herbicida (testemunha), o herbicida trifloxysulfuron-sodium provocou acréscimo de 22,10% no acúmulo de massa seca da sua parte aérea aos 60 DAA. O número de perfilhos observados em plantas tratadas com trifloxysulfuron-sodium foi o dobro do encontrado com ametryn, demonstrando efeito negativo deste herbicida nessa característica. Evidenciaram-se neste trabalho os efeitos dos herbicidas na concentração dos nutrientes e o crescimento das plantas de cana-de-açúcar.
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Apesar da importância na dinâmica dos ecossistemas aquáticos, as macrófitas podem formar densas e extensas colonizações em corpos hídricos cujos equilíbrios ecológicos foram rompidos. Nessas condições, essas plantas promovem uma série de problemas que as tornam alvos de controle. Para elaboração de planos adequados de manejo dessa vegetação, é fundamental o conhecimento das dinâmicas relativas das populações que a compõem. O objetivo deste trabalho foi realizar levantamentos mensais da composição específica da comunidade de macrófitas que coloniza o reservatório de Santana, localizado no município de Piraí/RJ, monitorando 97 pontos georreferenciados, abrangendo toda a lâmina d'água. Foram identificadas 41 espécies, inseridas em 21 famílias botânicas. As famílias Poaceae, Pontederiaceae e Cyperacae foram as que apresentaram os maiores números de espécies ao longo do ano. Salvinia herzogii e Egeria densa apresentaram as maiores notas anuais de colonização do reservatório. As populações de Eichhornia azurea, Brachiaria arrecta e Paspalum repens completaram o grupo das espécies numericamente mais relevantes. As plantas de hábito flutuante tenderam a apresentar populações com padrão de distribuição geográfica casualizado, enquanto as espécies fixadas no sedimento e as submersas apresentaram populações com padrão agregado. Não houve expressivas variações mensais dos valores dos índices de diversidade (H') e de equitabilidade (E') das comunidades de macrófitas aquáticas ao longo do ano. O dendrograma construído com o coeficiente de Odum mostrou uma seqüência lógica dos meses, evidenciando uma definida sucessão de populações divididas em dois grupos de similaridade separados pelo mês de junho. Nessa época, o nível de água do reservatório foi reduzido e o sedimento ficou exposto, favorecendo as espécies de hábito emergente.
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O tebuthiuron é um herbicida residual amplamente utilizado em cana-de-açúcar cultivada no sistema tradicional. Em áreas de cana-crua, o comportamento desse herbicida na palha deixada sobre o solo não é muito conhecido. Para melhor entender esse comportamento, avaliou-se neste trabalho a dinâmica do tebuthiuron aplicado sobre a palha de cana-de-açúcar em diferentes períodos e intensidades de chuvas após a aplicação. Foram conduzidos quatro experimentos instalados em delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro repetições. No primeiro, avaliou-se a interceptação do herbicida tebuthiuron no momento da aplicação sobre 0, 1, 2, 4, 6, 8, 10, 15 e 20 t ha-1 de palha de cana-de-açúcar. No segundo, foi avaliada a passagem do herbicida em 5, 10 e 15 t ha-1 de palha, simulando-se o equivalente a 2,5, 5, 10, 15, 20, 35, 50 e 65 mm de chuva, um dia após a aplicação (DAA). No terceiro, estudou-se o efeito de diferentes períodos de permanência (0, 1, 7, 14 e 28 DAA) do tebuthiuron na palha (10 t ha-1) antes da aplicação das mesmas precipitações simuladas no segundo estudo, acrescentando-se ainda mais uma simulação de 20 mm aos 7 e aos 14 dias após a aplicação do herbicida e das lâminas acumuladas de 65 mm. No quarto, avaliou-se a transposição do herbicida aplicado a 10 t ha-1 de palha, recebendo posteriormente uma lâmina de chuva de água de 20 mm e, no outro tratamento, uma irrigação de vinhaça de 20 mm, um dia após a aplicação. A quantificação do tebuthiuron foi realizada por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Nos estudos de dinâmica observou-se que, quanto maior a quantidade de palha, menor é a quantidade de produto que a transpõe no momento da aplicação. No segundo ensaio, pôde-se observar que, quanto maior a quantidade de palha, menor é a quantidade total extraída na simulação da precipitação. Para o terceiro estudo, os resultados indicaram que, quanto maior o tempo que o produto permanece na palha antes da ocorrência de chuva, menor é a extração total do produto com 65 mm de precipitação. Para as chuvas de 20 mm aos 7 e 14 dias após aplicação do herbicida e da lâmina de 65 mm para cada período, no terceiro ensaio, observou-se extração de quantidades mínimas do herbicida. A utilização de vinhaça como chuva simulada proporcionou aumento de 17% do tebuthiuron lixiviado, quando comparado com a mesma quantidade de chuva simulada com água.
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Objetivou-se com o presente trabalho avaliar o consórcio de forrageiras e sorgo, cultivado na presença ou na ausência do herbicida atrazine, sobre a dinâmica de plantas daninhas e a produção de sorgo e das forrageiras em um sistema agroflorestal. O experimento foi disposto em delineamento com blocos casualizados, com três espécies de forrageiras (Brachiaria brizantha cv. Xaraés; Andropogon gayanus e Panicum maximum cv. Tanzânia) consorciadas com sorgo manejado na presença e na ausência da aplicação de 1,50 kg ha-1 de atrazine para o manejo de plantas daninhas. As forrageiras foram semeadas a lanço imediatamente antes da semeadura do sorgo, em espaçamento de 0,50 m entre linhas e com oito sementes por metro linear, em sistema de plantio direto. A aplicação de atrazine não resultou em menor produção de massa seca total de plantas daninhas, quando comparada às parcelas sem manejo. A maior massa seca das plantas daninhas foi encontrada no monocultivo de sorgo, quando comparado aos consórcios dessa cultura com as forrageiras. No consórcio do sorgo com o capim-tanzânia (forrageira de maior produção) obteve-se a menor ocorrência e produção de masssa de plantas daninhas, indicando boa capacidade competitiva dessa forrageira. A produção do sorgo não diferiu estatisticamente entre os tratamentos; entretanto, ela foi 22% superior no monocultivo, comparando-se aos consórcios com as forrageiras. As espécies de maior produção de massa, como o capim-tanzânia, quando consorciadas com o sorgo, diminuem a infestação e capacidade competitiva das plantas daninhas e favorecem o manejo dessas espécies, dispensando a aplicação de atrazine.
Resumo:
Este estudo investigou a composição florística das plantas daninhas em área queimada durante três anos agrícolas. A pesquisa foi conduzida no município de Zé Doca, Maranhão. O preparo da área no primeiro ano agrícola (2006/2007) foi realizado com corte e queima da vegetação para o cultivo de milho seguido do feijão-caupi. No segundo e no terceiro ano agrícola, o preparo da área consistiu de aração para o cultivo do milho seguido de mandioca (2007/2008) e depois para o feijão-caupi em sucessão à cultura de mandioca (2008/2009). A coleta das plantas daninhas ocorreu nas culturas de feijão-caupi e mandioca aos 30 e 60 dias após a semeadura (DAS), no primeiro e no segundo ano agrícola, respectivamente, e no feijão-caupi aos 30 DAS do terceiro ano agrícola, com retângulo (0,5 x 0,3 m) lançado 10 vezes ao acaso na área cultivada. A cada lançamento, as plantas daninhas foram colhidas, para contagem, identificação, secagem e, assim, obter os índices fitossociológicos. O fogo reduziu a diversidade e o número das plantas daninhas. As espécies com maior valor de IVI foram Imperata brasiliensis, Sida glomerata e Corchorus argutus, após o fogo na cultura do feijãocaupi; e Juncus sp., Spermacoce verticillata, Aeschynomene americana e Cyperus sp., após preparo da área com aração nas culturas de mandioca e feijão-caupi. As plantas de capoeira ocorreram depois da queima, porém sua importância foi reduzida com o passar do tempo.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento da vegetação submersa, em termos da altura dos dosséis, considerando as dimensões espaço e tempo, usando técnicas de hidroacústica. Foram realizados dez levantamentos de campo no período de outubro de 2009 a dezembro de 2010, para aquisição de pontos georreferenciados de altura dos dosséis, frequência de ocorrência de vegetação, bem como de profundidade. Medidas limnológicas também foram feitas, a fim de verificar se suas variações poderiam explicar a distribuição espacial das macrófitas. Os dados de vegetação foram analisados por levantamento e por profundidade; além disso, compuseram um banco de dados implementado em um Sistema de Informação Geográfica. Foram então interpolados e das superfícies resultantes foram geradas cartas, que indicam a distribuição espacial do crescimento ou decaimento da vegetação. Modelos em três dimensões dos dosséis foram produzidos, para representar a ocupação volumétrica das macrófitas submersas. Os resultados mostraram que houve significativa redução da infestação de um ano para outro. Observou-se, ainda, que os maiores dosséis concentram-se em uma profundidade de 2 a 4 m. O mapeamento identificou tanto áreas de crescimento quanto de decaimento, distribuídas de modo heterogêneo. Não foi possível observar relação direta das medidas limnológicas com a dinâmica da vegetação, pois não apresentaram variação espaço-temporal significativa. Foi possível estimar o volume ocupado pelas macrófitas submersas, e a tendência observada é de que o aumento de volume é precedido por uma aparente homogeneização dos dosséis.