1000 resultados para Classificação supervisionada de imagens


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Esta pesquisa descritiva foi conduzida com o intuito de: 1.)investigar a opinião de usuários sobre um instrumento de classificação de pacientes; e 2.) analisar os indicadores de cuidados que mais contribuem para a classificação dos pacientes nas diferentes categorias de cuidados. A opinião dos 24 usuários foi obtida por meio de questionário. O instrumento de classificação foi aplicado em 796 pacientes em um hospital de ensino no interior do Estado de São Paulo, no período de setembro de 2006 a maio de 2007. Para o tratamento estatístico, utilizou-se a Análise de Componentes Principais (ACP) e Análise Discriminante. Os usuários investigados mostraram-se satisfeitos com o instrumento utilizado, mas apontaram uma tendência do mesmo à subestimar a categoria de cuidados à qual o paciente pertence. Os resultados evidenciaram os indicadores Terapêutica, Cuidado Corporal, Educação à Saúde e Integridade Cutâneo-Mucosa como aqueles com maior capacidade discriminatória. A classificação correta dos pacientes variou de 89,8% (cuidados semi-intensivos) a 95,6% (cuidados intensivos).

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É comum considerar ambíguo como sinônimo de confuso. Em uma informação confusa, várias informações têm um mesmo significado. Na informação ambígua, ao contrário, vários significados são atribuídos a uma mesma palavra. Informações excessivas também geram ambiguidade, daí a necessidade de concisão e clareza na linguagem. O termo evento adverso (EA) é definido como qualquer ocorrência médica inconveniente, sofrida por um sujeito da pesquisa em investigação clínica. A confusão e a ambiguidade no uso de palavras podem gerar conseqüências importantes na valorização de EAs. O objetivo deste estudo, de natureza teórica, é harmonizar o vocabulário utilizado na caracterização dos riscos e na comunicação de EAs na pesquisa clínica. Os EAs podem ser classificados quanto à previsibilidade, frequência, gravidade, causalidade e seriedade. Muitas vezes, em documentos regulatórios, os EAs são definidos em função da seriedade e causalidade. A harmonização do vocabulário na comunicação de EAs é fundamental para evitar a utilização equivocada de palavras com sentido confuso, ou ambíguo.

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Os objetivos deste estudo foram: identificar as representações acerca dos fatores desencadeadores do estresse, atribuídos pelos profissionais de enfermagem, na atividade laboral; e discutir a influência destes na sua atividade laboral. Optou-se por um estudo descritivo com abordagem qualitativa, para o qual foram utilizadas as premissas das Representações Sociais, tendo os estudos realizados como referencial de análise. Para coleta utilizou-se como instrumento entrevista semiestruturada e individual. A análise foi através da técnica de análise de conteúdo, a fim de buscar elementos para a compreensão das imagens como representações dos profissionais de enfermagem, o significado dos fatores estressantes, e sua influência na atividade laboral. A população estudada vive e convive com a falta de condições de trabalho, escassez de recursos materiais e humanos, e ainda com pessoal não treinado; o trabalhador sente-se insatisfeito, com fadiga mental e física - situações que podem propiciar o aparecimento do estresse no desempenho das atividades laborais.

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Estudo de validação de conteúdo, descritivo, transversal, com abordagem quantitativa, realizado num hospital universitário. Objetivou-se validar os indicadores de quatro resultados de enfermagem da Classificação dos Resultados de Enfermagem - NOC, para o diagnóstico de enfermagem Déficit no autocuidado: banho/higiene, apresentados por pacientes em pós-operatório de cirurgia ortopédica. Construiu-se um instrumento contendo os indicadores dos resultados Autocuidado: Atividades da Vida Diária, Autocuidado: Banho, Autocuidado: Higiene e Autocuidado: Higiene Oral, e uma escala Likert de cinco pontos (1=não relevante; 5=extremamente relevante). Os peritos foram enfermeiros que atendem esses pacientes há pelo menos um ano e utilizam diagnósticos de enfermagem. Para análise dos dados empregou-se estatística descritiva. Dos 34 indicadores pesquisados, 2 (6%) foram considerados indicadores principais provisórios, 22 (65%), secundários provisórios e 10 (29%) foram descartados. Os indicadores principais e secundários provisórios serão utilizados na observação do banho de pacientes em pós-operatório de Artroplastia Total de Quadril e terão suas evoluções monitoradas.

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Estudo descritivo exploratório que objetivou descrever os diagnósticos e as intervenções de Enfermagem sob a perspectiva da Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva - CIPESC® na atenção à Saúde da Mulher, subtema Pré-Natal e Puerpério, correlacionando-os com as competências do Enfermeiro no Programa Mãe Curitibana. Os dados utilizados foram os diagnósticos e intervenções gerados nas consultas de Enfermagem nos meses de abril a julho de 2005 e trabalhados em estatística simples. O diagnóstico Amamentação Adequada foi o mais frequente e as intervenções mais acionadas relacionam-se ao fortalecimento da usuária frente ao processo saúde-doença (68,9%). Apesar da atuação do Enfermeiro no puerpério, esta competência não consta do Protocolo do Programa. Concluiu-se que são necessários pequenos ajustes nos diagnósticos analisados e uma revisão do Protocolo para abrigar as competências do Enfermeiro que são desenvolvidas em sua prática nos serviços de saúde, conforme constam nos registros da base CIPESC®.

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A classificação de pacientes é essencial para o gerenciamento de uma unidade. Entretanto, a literatura não dispõe de conceituações de categorias de pacientes pediátricos. Os objetivos deste estudo foram definir e validar categorias de cuidado de pacientes pediátricos, de acordo com o grau de dependência da equipe de enfermagem. Utilizou-se revisão bibliográfica para definição das categorias de cuidado e a validação de conteúdo das categorias propostas foi realizada por um grupo de juízes envolvidos em assistência e gerência de unidades pediátricas e por juízes envolvidos em ensino e pesquisa de pediatria e construção de instrumentos de classificação de pacientes. Foram estabelecidas e validadas cinco categorias de cuidados: Mínimos, Intermediários, Alta dependência, Semi-intensivo e Intensivo. A validação das categorias de cuidado subsidiou a construção de um sistema de classificação de pacientes pediátricos que poderá contribuir para o processo de tomada de decisão do enfermeiro na prática gerencial e assistencial.

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A CIPESC® é um instrumento de trabalho do enfermeiro em Saúde Coletiva, que visa apoiar a sistematização de sua prática assistencial, gerencial e de investigação. É também, instrumental pedagógico potente para a formação e qualificação de enfermeiros comprometidos com o SUS. No ensino das doenças transmissíveis, o uso da CIPESC® auxilia a análise sobre as intervenções, ao estimular o raciocínio clínico e epidemiológico do processo saúde-doença e das necessidades de saúde dos indivíduos, famílias e grupos sociais. Com o propósito de desenvolver recursos didáticos para graduação de enfermagem e estimular a reflexão sobre o processo de trabalho de enfermagem, este artigo apresenta o relato de uma experiência de aplicação da CIPESC®, tomando como exemplo a meningite meningocócica.

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Este estudo teve como objetivos avaliar a reprodutibilidade interavaliadores do instrumento para a classificação de pacientes pediátricos portadores de câncer; verificar se o instrumento de classificação de pacientes é adequado a pacientes pediátricos portadores de câncer e elaborar uma proposta de modificação do instrumento, permitindo a adaptação para pacientes pediátricos oncológicos. Foram avaliados, na unidade de internação pediátrica de um Hospital de câncer, 34 pacientes pelas equipes de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Para a avaliação do grau de concordância entre os escores obtidos pelos avaliadores foi utilizado o coeficiente Kappa, que revelou um valor intermediário/alto nas classificações objetivas, e um valor baixo nas subjetivas. Conclui-se que o instrumento é confiável e reprodutível, porém, para classificação do paciente pediátrico oncológico, sugere-se a complementação de itens para atingir um resultado mais compatível com a realidade dessa população.

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Cabo Verde desde do século passado tem envidado esforço na florestação, sobretudo depois de 1975 para atenuar os efeitos da seca e da desertificação criando deste modo grandes áreas arborizadas. Entretanto, à medida que os recursos florestais foram sendo criados, a problemática da sua avaliação e da sua gestão sustentável, passaram a merecer maior atenção das autoridades nacionais. A lei florestal, promulgada em 1998 define como uma das atribuições e acções do Estado, através dos serviços florestais, a elaboração dos planos de gestão das zonas florestais. Este plano de gestão implica a análise e a apreciação de dados concretos e actualizados sobre a situação real das zonas florestais, sendo possível apenas através do inventário florestal nacional (IFN). Neste trabalho é proposta uma metodologia de processamento do IFN em que se utilizam as potencialidades dos Sistemas de Informação Geográfica (SIG). Foram utilizados para este trabalho os programas: ArcGis 9.1, para produção cartográfica, geoprocessamento e análise espacial e o Field-Map 8.1 para a classificação de ortofotos num esquema de classificação hierárquica, em cinco níveis, adaptado a Cabo Verde (classes de uso do solo adoptado ao esquema de classificação do território europeu – CORINE Land Cover e da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). Os dados utilizados foram compilados no âmbito do projecto do inventário florestal. Os resultados obtidos, para a Ilha de Santiago, constituem uma base cartográfica para o IFN com diversos temas cartográficos, nomeadamente, mapas das zonas florestadas, mapas de ocupação do solo e mapas de amostras inventariáveis cuja metodologia de elaboração poderá ser facilmente replicada para as restantes ilhas do arquipélago

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Os contactos luso-chineses tiveram início no século XVI, via Macau. Foi também neste século que os chineses principiaram a imigrar para as regiões vizinhas. Mas apenas na segunda metade do século XIX podemos falar da existência de uma diáspora chinesa no mundo. Uma das constantes dessa diáspora é a sua centragem nas actividades comerciais. No século XX a Europa experimentou um fluxo crescente de imigração chinesa. Portugal não fugiu à regra e desde os anos vinte começou a receber imigrantes com essa origem. Após 1974-75 a imigração chinesa para o território português aumentou em grande escala. Hoje a comunidade chinesa é uma das comunidades mais representadas a nível nacional no país. Tal facto tem gerado impactos sociais e económicos e construído imagens recíprocas diversas. Este estudo pretende investigar quais as imagens que a sociedade portuguesa forma dos imigrantes chineses e como as forma. Pretende ainda comparar as representações actuais com as representações geradas no decurso de quatro séculos e meio de contactos luso-chineses, visando proceder ao balanço entre continuidade e inovação. Por último, pretende avaliar se nessas imagens existem sentimentos de discriminação e de xenofobia. Para isso, irá apoiar-se em várias dezenas de entrevistas conduzidas na Área Metropolitana de Lisboa. Embora os entrevistados não pretendam constituir uma amostra representativa da população portuguesa, os seus depoimentos são elucidativos acerca das imagens e sentimentos nutridos no nosso país em relação aos imigrantes chineses

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Quando iniciei, no Bairro do Alto da Cova da Moura, o trabalho que deu origem a esta tese, apercebi-me que era ali que os tambores se poderiam reinventar, que os ritmos anteriormente vividos ou escutados se recriavam na batida do pilão, na forma de fazer rapé, no funaná, na música rap ou no Colá S. Jon. Foi neste contexto ambíguo de construções culturais simultaneamente reflexivas e experienciais que procurei uma estadia longa no terreno, a passagem para o interior do bairro, espaço-tempo da pesquisa, a construção de um objeto de estudo e de um percurso metodológico. A experiência de campo mostrava-se-me como um processo dialéctico e dinâmico, como construção dialógica e pragmática, através da qual trabalhava o terreno como um meio simultaneamente de comunicação e conhecimento e procurava encontrar nos métodos modos de reconstrução das condições de produção dos saberes. Residia aí o problema do espaço afetivo e intelectual, vital e ao mesmo tempo cognitivo, que é a observação de terreno enquanto diálogo e processo de palavra. Havia que ter em conta a experiência pragmática e comunicativa de terreno, através das resistências e da receção afável, dos mal entendidos e compromissos, dos rituais interativos, da tomada de consciência da observação do observador, que estão na base da construção e da legitimação do terreno como espaço-tempo da pesquisa. A inserção no terreno permitiu-me a viagem por muitos temas possíveis, por muitas áreas de investigação. O percurso realizado conduziu-me a este trabalho que constitui uma abordagem dos processos de produção e reprodução de um ritual cabo-verdiano, Colá S. Jon, na Cova da Moura, um dos bairros da periferia urbana de Lisboa. A tese é uma construção etnográfica, por comparação e contraste, de múltiplos fazeres, (re)fazeres a muitas vozes. Vozes dos que o fazem, repetem, dizem. Vozes do quotidiano ou escrita de poetas que o consideram, “prenda má grande dum pôve e que tá fazê parte de sê vida”(Frusoni). Saber dos antropólogos que o dizem “imagem e metáfora da forma como os cabo-verdianos se representam”, modo como se contam a si, para si, para os outros. É também representação de uma comunidade que se explica a si mesma, e ao explicar-se se constrói para si e para os outros a partir de dois eixos, de duas histórias que simultaneamente se cruzam e diferenciam: uma explicitada pelas palavras e simbolizada pela dança do colá, veiculando o contexto social e cultural das interações e dos processos sociais; outra sugerida pela dança do navio, representando a historicidade de um povo - o cruzamento dos destinos de homens e mulheres que atravessando os mares atraídos pela aventura, arrastados ou empurrados pela tragédia se juntaram e plantaram na terra escassa e pobre das Ilhas, no centro do Atlântico, daí partindo ainda hoje, numa repetição incessante do ciclo da aventura, da tragédia ou da procura, na “terra longe”, da esperança de uma vida melhor. A reconstituição do Colá S. Jon, fora do país de origem, confrontada com outras realidades sociais adquire, neste contexto, novas dimensões e sublinha outras já existentes. Adquire a forma elegíaca da recordação, espécie de realidade ontológica da origem fixada num tempo e num espaço; a de lugar de tensão dialéctica com a sociedade recetora no processo migratório e de consciência reflexiva da diversidade e alteridade resultante do encontro ou do choque com outra cultura; a de simulacro tornando-se objeto repetível, espetáculo em que ressaltam sobretudo a forma estética ou força dramática, um real sem origem na realidade ou produto de outra realidade, a da praxis ou conveniência política distante da participação dos seus atores. A tese coloca-nos perante o questionamento, o olhar reflexivo, da pesquisa antropológica: simultaneamente experiência social e ritual única, relação dialógica com os atores sociais, processo de mediação, de comunicação, e a consequente dimensão epistemológica, ética e política da antropologia. Coloca-nos também perante a viagem ritual - passagem ao terreno, à imagem e à escrita – e a consequente procura de reconhecimento e aceitação do percurso realizado. O processo de produção do filme Colá S. Jon, Oh que Sabe! completa-se com o da escrita, síntese de uma experiência e aparelho crítico do filme. Ambos tem uma matriz epistemológica comum. Resultam da negociação da diferença entre o “Eu” e o “Outro” e da complexa relação entre a experiência vivida no terreno, os saberes locais, os pressupostos teóricos do projeto antropológico. Ao mesmo tempo que recusam a generalização, refletem uma construção dialógica, uma necessária relação de tensão e de porosidade entre experiências e saberes, uma ligação ambígua entre a participação numa experiência vivida e a necessária distanciação objetivante que está subjacente em qualquer atividade de tradução ou negociação intercultural, diatópica.

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Quando iniciei, no Bairro do Alto da Cova da Moura, o trabalho que deu origem a esta tese, apercebi-me que era ali que os tambores se poderiam reinventar, que os ritmos anteriormente vividos ou escutados se recriavam na batida do pilão, na forma de fazer rapé, no funaná, na música rap ou no Colá S. Jon. Foi neste contexto ambíguo de construções culturais simultaneamente reflexivas e experienciais que procurei uma estadia longa no terreno, a passagem para o interior do bairro, espaço-tempo da pesquisa, a construção de um objeto de estudo e de um percurso metodológico. A experiência de campo mostrava-se-me como um processo dialéctico e dinâmico, como construção dialógica e pragmática, através da qual trabalhava o terreno como um meio simultaneamente de comunicação e conhecimento e procurava encontrar nos métodos modos de reconstrução das condições de produção dos saberes. Residia aí o problema do espaço afetivo e intelectual, vital e ao mesmo tempo cognitivo, que é a observação de terreno enquanto diálogo e processo de palavra. Havia que ter em conta a experiência pragmática e comunicativa de terreno, através das resistências e da receção afável, dos mal entendidos e compromissos, dos rituais interativos, da tomada de consciência da observação do observador, que estão na base da construção e da legitimação do terreno como espaço-tempo da pesquisa. A inserção no terreno permitiu-me a viagem por muitos temas possíveis, por muitas áreas de investigação. O percurso realizado conduziu-me a este trabalho que constitui uma abordagem dos processos de produção e reprodução de um ritual cabo-verdiano, Colá S. Jon, na Cova da Moura, um dos bairros da periferia urbana de Lisboa. A tese é uma construção etnográfica, por comparação e contraste, de múltiplos fazeres, (re)fazeres a muitas vozes. Vozes dos que o fazem, repetem, dizem. Vozes do quotidiano ou escrita de poetas que o consideram, “prenda má grande dum pôve e que tá fazê parte de sê vida”(Frusoni). Saber dos antropólogos que o dizem “imagem e metáfora da forma como os cabo-verdianos se representam”, modo como se contam a si, para si, para os outros. É também representação de uma comunidade que se explica a si mesma, e ao explicar-se se constrói para si e para os outros a partir de dois eixos, de duas histórias que simultaneamente se cruzam e diferenciam: uma explicitada pelas palavras e simbolizada pela dança do colá, veiculando o contexto social e cultural das interações e dos processos sociais; outra sugerida pela dança do navio, representando a historicidade de um povo - o cruzamento dos destinos de homens e mulheres que atravessando os mares atraídos pela aventura, arrastados ou empurrados pela tragédia se juntaram e plantaram na terra escassa e pobre das Ilhas, no centro do Atlântico, daí partindo ainda hoje, numa repetição incessante do ciclo da aventura, da tragédia ou da procura, na “terra longe”, da esperança de uma vida melhor. A reconstituição do Colá S. Jon, fora do país de origem, confrontada com outras realidades sociais adquire, neste contexto, novas dimensões e sublinha outras já existentes. Adquire a forma elegíaca da recordação, espécie de realidade ontológica da origem fixada num tempo e num espaço; a de lugar de tensão dialéctica com a sociedade recetora no processo migratório e de consciência reflexiva da diversidade e alteridade resultante do encontro ou do choque com outra cultura; a de simulacro tornando-se objeto repetível, espetáculo em que ressaltam sobretudo a forma estética ou força dramática, um real sem origem na realidade ou produto de outra realidade, a da praxis ou conveniência política distante da participação dos seus atores. A tese coloca-nos perante o questionamento, o olhar reflexivo, da pesquisa antropológica: simultaneamente experiência social e ritual única, relação dialógica com os atores sociais, processo de mediação, de comunicação, e a consequente dimensão epistemológica, ética e política da antropologia. Coloca-nos também perante a viagem ritual - passagem ao terreno, à imagem e à escrita – e a consequente procura de reconhecimento e aceitação do percurso realizado. O processo de produção do filme Colá S. Jon, Oh que Sabe! completa-se com o da escrita, síntese de uma experiência e aparelho crítico do filme. Ambos tem uma matriz epistemológica comum. Resultam da negociação da diferença entre o “Eu” e o “Outro” e da complexa relação entre a experiência vivida no terreno, os saberes locais, os pressupostos teóricos do projeto antropológico. Ao mesmo tempo que recusam a generalização, refletem uma construção dialógica, uma necessária relação de tensão e de porosidade entre experiências e saberes, uma ligação ambígua entre a participação numa experiência vivida e a necessária distanciação objetivante que está subjacente em qualquer atividade de tradução ou negociação intercultural, diatópica.

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Trata-se de uma pesquisa com a abordagem qualitativa para compreender a Percepção dos Utentes sobre o Processo da Triagem com Classificação de Risco e Atendimento de Urgência do Adulto no Hospital Agostinho Neto. A colecta de dados ocorreu nos meses de Agosto, Setembro e Outubro de 2012, por meio de entrevista não-directiva e observação participante. A saturação teórica se configurou na 17a entrevista. Para observação participante foi utilizado o Fluxograma analisador do modelo de atenção de um serviço de saúde segundo Merhy (2007). Da análise da observação participante, observou-se que não foram considerados atendimentos de urgência nem emergências e poderiam ter resolutividade na Atenção primária/ Centros de Saúde. A partir da análise dos discursos evidenciaram-se três categorias temáticas: Sendo avaliado pelo enfermeiro antes do médico; espaço para avaliar parâmetros bioquímicos e sinais vitais; atendimento de urgência: rapidez para salvar vidas. Conclui-se que o atendimento e a superlotação nos serviços de urgência estão relacionados a aspectos como satisfação, rapidez no atendimento, resolubilidade, e humanização, entre outros. Contudo, alguns ressaltaram insatisfação quanto aos encaminhamentos a outras unidades de saúde e demora nos agendamentos de consulta para especialidades. Pretende-se com o resultado dessa pesquisa e a partir da compreensão dos utentes acerca do actual serviço de triagem e atendimento de urgência, propor ao Ministério de Saúde de Cabo Verde (MNSCV) a implantação do acolhimento com classificação de risco no Serviço Urgência e Centros de Saúde de Cabo Verde para organização de uma assistência mais acolhedora e humanizada

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Com objetivo de caracterizar e classificar solos com problemas de tiomorfismo na várzea do rio Coruripe, Zona Úmida Costeira do estado de Alagoas, foram selecionados seis perfis na área pertencente à Usina Coruripe, onde está instalado um sistema de drenagem. Os solos foram morfologicamente caracterizados e, nas amostras de cada horizonte, foram determinados: granulometria, densidade global e das partículas, porosidade total, pH (H2O e KCl), matéria orgânica, bases trocáveis e CTC, sulfato solúvel e condutividade elétrica. As diferenças entre os perfis estudados foram determinadas principalmente pela espessura, teor de carbono orgânico e grau de decomposição do material orgânico dos horizontes superficiais e refletem o arranjamento dos solos na paisagem. Os solos apresentaram altos teores de matéria orgânica, com valores entre 17 a 77% da massa do solo, que determinaram as propriedades físicas, a despeito da textura muito argilosa dos perfis. Os horizontes sulfúricos ocorreram à profundidade entre 45 e 90 cm, nos Gleissolos, e entre 15 e 43 cm, nos Organossolos. A capacidade de troca de cátions é muito alta em todos os perfis em virtude dos altos teores de matéria orgânica. Hidrogênio e alumínio são os cátions dominantes, conferindo o caráter distrófico aos perfis 2, 3 e 6 e álico aos perfis 1, 4 e 5. A condutividade elétrica apresentou valores elevados (≥ 4,0 dS m-1) em apenas alguns dos horizontes sulfúricos, em virtude da presença do hidrogênio em solução, liberado com a oxidação da pirita e formação de ácido sulfúrico. Com base nos resultados obtidos, os solos estudados foram classificados como: Gleissolo Tiomórfico Hístico típico álico; Gleissolo Tiomórfico Húmico típico distrófico; Organossolo Tiomórfico Sáprico térrico distrófico; Organossolo Tiomórfico Sáprico térrico álico; Organossolo Tiomórfico Hêmico térrico álico; Organossolo Tiomórfico Hêmico térrico distrófico. Os critérios estabelecidos no Sistema Brasileiro de Classificação de Solos mostraram-se adequados à classificação dos solos estudados.