1000 resultados para Cirurgia cardíaca Teses
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar o valor preditivo do ndice de performance miocrdica (IPM) para complicaes cardiovasculares em pacientes de baixo risco no ps-operatrio (PO) de cirurgia de revascularizao miocrdica (CRM) no perodo de internao hospitalar. MTODOS: Foram estudados 80 pacientes submetidos a CRM com funo ventricular esquerda adequada no pr-operatrio, nos quais o IPM foi medido nas primeiras horas de ps-operatrio. Os pacientes foram acompanhados at a alta hospitalar. A anlise estatstica incluiu teste qui-quadrado de Pearson, teste t de Student e teste de Mann-Whitney, alm do clculo do risco relativo, com intervalos de confiana de 95%, e das propriedades de sensibilidade e especificidade do ndice, com elaborao de curva ROC. RESULTADOS: Os dados foram avaliados por dois observadores independentes, cegos aos dados clnicos, com variabilidade intra e interobservador no significativa. Encontrou-se IPM=0,43 como ponto de corte, considerando-se acima de 0,43 os pacientes com maior probabilidade de eventos no ps-operatrio. Os eventos relevantes para anlise foram IAM (RR 0,87; IC 0,21 - 3,65); fibrilao atrial (RR 0,65; IC 0,24 - 1,76); outras arritmias (RR 1,51; IC 0,36 - 6,33) e disfuno VE (RR 1,74; IC 0,31 - 9,88), no havendo associao entre pacientes com IPM>0,43 e a ocorrncia destes eventos. O tempo de internao hospitalar foi similar, entre os grupos (p=0,999). CONCLUSO: No houve associao do IPM com complicaes cardiovasculares e maior tempo de internao neste grupo de pacientes, podendo-se considerar esse ndice inadequado como mtodo preditivo isolado.
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OBJETIVO: Descrever as caractersticas de pacientes (P) com suspeita clnica de sndrome coronariana aguda (SCA), identificando-se o tratamento mdico e a mortalidade hospitalar. MTODOS: Avaliamos 860 pacientes com SCA de janeiro a dezembro de 2003. Analisamos caractersticas basais, modalidade de apresentao da SCA, medicamentos durante a internao, indicao de tratamento clnico ou de revascularizao miocrdica (RM) e mortalidade hospitalar. RESULTADOS: Foram 503 (58,3%) pacientes do sexo masculino, com mdia de idade de 62,6 anos (±11,9). O diagnstico na alta hospitalar foi de infarto agudo do miocrdio (IAM) com supradesnivelamento do segmento ST (SST) em 78 (9,1%), IAM sem SST em 238 (27,7%), angina instvel (AI) em 516 (60%), manifestao atpica da SCA (sncope ou dispnia) em dois (0,2%) e dor torcica no cardíaca em 26 (3%). Foram medicados com betabloqueador em 87,9%, AAS em 95,9%, anti-trombnico em 89,9%, nitroglicerina EV em 86,2%, inibidor do receptor de glicoprotena (IGP) IIb/IIIa em 6,4%, clopidogrel em 35,9%, inibidor da enzima conversora da angiotensina (IECA) em 77,9% e estatina em 70,9%. A cinecoronariografia foi realizada em 72 pacientes (92,3%) com IAM com SST e em 452 (59,8%) com SCA sem SST (p<0,0001). Indicao de cirurgia de RM ocorreu em 12,9% e interveno coronariana percutnea em 26,6%. A mortalidade hospitalar foi de 4,8%, sem diferena entre a proporo de bitos em pacientes com IAM com SST e SCA sem SST (6,4% versus 4,8%; p=0,578). CONCLUSO: Por meio deste registro apresentamos uma descrio de pacientes com SCA, avaliando caractersticas demogrficas, tratamento mdico e mortalidade hospitalar. O conhecimento da nossa realidade deve auxiliar para a maior aderncia da classe mdica s condutas recomendadas.
Clonidina na cineangiocoronariografia: efeitos sedativos sobre a presso arterial e freqncia cardíaca
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OBJETIVO: Avaliar os efeitos da clonidina sobre a freqncia cardíaca (FC), presso arterial (PA) e sedao de pacientes submetidos cineangiocoronariografia. MTODOS: Um ensaio clnico prospectivo, duplo cego, randomizado, controlado, foi realizado com 62 pacientes submetidos a cineangiocoronariografias eletivas, divididos em dois grupos: grupo clonidina que utilizou 0,8 g/kg desta droga, e o grupo controle que utilizou soluo fisiolgica a 0,9%. A sedao foi avaliada com base na escala de Ramsay e o consumo de meperidina 0,04 mg/kg que foi utilizada nos pacientes que apresentaram agitao ou ansiedade durante o procedimento. A PA invasiva, a FC e o escore de sedao, de acordo com a escala de Ramsay, foram analisados a cada 5 minutos e quatro diferentes momentos foram considerados para avaliao: M1- inicio do exame; M2- 5 minutos aps o incio do exame; M3- mediana do tempo do exame e M4 - final do exame. RESULTADOS: O grupo clonidina apresentou maior estabilidade da PA e FC e eficcia na sedao, enquanto o grupo controle apresentou um maior consumo de meperidina (p<0,05). Na anlise estatstica, para inferncia das variveis contnuas foi utilizado o teste T ou Mann-Whitney e chi2 ou Teste Exato de Fisher para as variveis categricas. CONCLUSO: Este trabalho mostrou que, nos pacientes submetidos cineangiocoronariografia, a utilizao da clonidina foi eficaz tanto no controle da PA e FC quanto em proporcionar uma sedao consciente.
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OBJETIVO: Avaliar com a Dopplerecocardiografia a reversibilidade das alteraes estruturais e funcionais do corao em obesos submetidos cirurgia baritrica. MTODOS: Foram estudados 23 obesos (19 mulheres: 82,6%) com idade mdia de 37,9 anos. Tinham obesidade classe III ou classe II com co-morbidades. Realizaram avaliao clnica e ecocardiogrfica no pr-operatrio, 6 meses e 3 anos aps a cirurgia. RESULTADOS: Antes da operao o peso era de 128,7 ± 25,8 kg e a presso arterial (PA) 142,2 ± 16,2/92,2 ± 10,4 mmHg. No ps-operatrio houve reduo do peso aos 6 meses (97,6 ± 18,3 Kg) e aos 3 anos (83,6 ± 13,5 Kg), e da PA aos 6 meses (128,5 ± 16,1/80,7 ± 9,9 mmHg) com resultado mantido em 3 anos. Ao ecocardiograma, antes da cirurgia havia hipertrofia da parede posterior do ventrculo esquerdo (VE) e septo interventricular, com dimenso diastlica do VE normal e padro geomtrico predominante de remodelamento concntrico (74%). Aps 6 meses, diminuram as espessuras do septo e da parede posterior, e aumentou a dimenso diastlica do VE. Em 3 anos o padro geomtrico predominante era o normal (69%), com reduo da massa de VE e do ndice de massa do VE/altura² . Observou-se tambm melhora da funo diastlica de VE, com aumento da relao E/A em 6 meses, mantendo-se em 3 anos e diminuio do tempo de relaxamento isovolumtrico do VE em 6 meses e em 3 anos. Houve melhora do ndice de Desempenho Miocrdico em 6 meses, mantendo-se em 3 anos, em 13 pacientes estudados retrospectivamente. Notou-se aumento do tempo de ejeo em 6 meses, mantendo-se em 3 anos, e discreto aumento da frao de ejeo em 3 anos, sugerindo melhora da funo sistlica de VE. CONCLUSO: A reduo de peso obtida atravs da cirurgia para obesidade promove modificaes estruturais e funcionais benficas ao corao.
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A primeira descrio de dor severa no trajeto do nervo glossofarngeo foi realizada por Weisenberg, em 1910, em um paciente com tumor do ngulo ponto cerebelar. Entretanto, coube a Harris, em 1926, nomear como nevralgia do nervo glossofarngeo esse raro quadro clnico, caracterizado por paroxismos de dor intensa, unilaterais, na regio posterior da lngua, no palato mole, na garganta e na regio lateral e posterior da faringe, irradiando para o ouvido. A dor pode ser desencadeada por deglutio, tosse, bocejo ou mastigao e normalmente dura de segundos a minutos. A associao de nevralgia do glossofarngeo e sncope muito rara e se deve a breves perodos de bradicardia, assistolia ou hipotenso, sendo a primeira descrio dessa associao, com essa fisiopatologia, realizada por Riley e cols., em 1942.
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OBJETIVO: Estudar a funo sistlica e diastlica por meio da ecocardiografia Doppler em pacientes assintomticos com obesidade grave. MTODOS: Foram avaliados, por meio de ecocardiograma transtorcico, 30 pacientes candidatos a cirurgia baritrica, com IMC mdio de 49,28,8 kg/m, sem histria de cardiopatia prvia. RESULTADOS: Observou-se aumento de cmaras esquerdas em 42,9% da amostra, disfuno diastlica em 54,6%, hipertrofia ventricular esquerda em 82,1%, com padro geomtrico do tipo hipertrofia excntrica em metade dos casos. A indexao da massa ventricular esquerda com a altura diagnosticou significativamente mais hipertrofia do que a indexao com a superfcie corprea (p = 0,0053), sendo esse ndice mais apropriado para determinao de hipertrofia ventricular em obesos. Correlaes entre hipertrofia ventricular esquerda com tempo de obesidade e nveis pressricos foram positivas, bem como correlaes entre o ndice de massa corprea e indicadores de disfuno diastlica. CONCLUSO: Este estudo mostrou que o ecocardiograma, realizado em portadores de obesidade grave assintomticos, revelou alteraes cardíacas estruturais comuns na miocardiopatia da obesidade, que podem associar-se ao desenvolvimento de insuficincia cardíaca, arritmias e morte sbita, possibilitando a identificao de pacientes sob maior risco cardiovascular.
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OBJETIVO: Observar na prtica como a presso positiva no invasiva com dois nveis de presso, aplicada com diferentes valores, pode interferir na presso arterial sistlica (PAS), presso arterial diastlica (PAD), presso arterial mdia (PAM), freqncia cardíaca (FC), freqncia respiratria (FR) e saturao perifrica de oxignio (SatO2), em pacientes com insuficincia cardíaca congestiva (ICC). MTODOS: Analisamos 14 pacientes com ICC que foram tratados com ventilao mecnica no invasiva com dois nveis de presso. A idade mdia foi de 62,85 anos. Os pacientes foram tratados consecutivamente com EPAP de 5 cmH2O, 10 cmH2O, 15 cmH2O, 10 cmH2O e 5 cmH2O mantendo uma variao de presso (deltaP) de 5 cmH2O entre a presso inspiratria (IPAP) e a presso expiratria (EPAP). Foram coletados os dados ventilatrios e hemodinmicos em todos esses momentos, e tambm 5 minutos antes do incio do protocolo e 5 minutos aps o seu trmino. RESULTADOS: Houve diferena estatisticamente significante na freqncia respiratria, entre o momento anterior ao do incio do protocolo e 5 minutos aps a instalao da mscara de presso positiva (p = 0,022), e na saturao de oxignio, entre o momento final da utilizao de EPAP de 5 cmH2O e depois da retirada da mscara de presso positiva (p = 0,05). CONCLUSO: A ventilao mecnica no invasiva com dois nveis de presso beneficia os pacientes com insuficincia cardíaca congestiva por meio da melhora da oxigenao e diminuio do trabalho respiratrio. No foi possvel observar alteraes estatisticamente significantes nos dados hemodinmicos devido ao pequeno nmero de pacientes e presena de outras doenas cardíacas associadas.
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Relatamos o caso de uma mulher de 60 anos portadora da doena de von Willebrand tipo I, submetida a cirurgia da valva mitral. A paciente necessitou de cuidados especiais em razo da coagulopatia e foi necessria a utilizao de concentrado de fator VIII (VIIIf) e fator de von Willebrand (vWf) antes, durante e depois da cirurgia. No houve complicaes durante e aps a cirurgia. Nove meses depois, a paciente encontra-se assintomtica. A correo para valores adequados de VIIIf e vWf permitiu a realizao da cirurgia com segurana.
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OBJETIVO: Avaliar a taxa de remodelamento ventricular (RV) e a importncia de variveis clnico-funcionais em pacientes com funo cardíaca normal submetidos estimulao artificial apical do ventrculo direito (VD). MTODOS: Dentre 268 pacientes consecutivos com BAVT e marcapasso convencional, foram excludos os portadores de frao de ejeo do ventrculo esquerdo (FEVE) < 55% e dimetro diastlico do ventrculo esquerdo (DDVE) > 53 mm ao eco-Doppler. O RV foi definido como o conjunto de modificaes ecocardiogrficas documentadas pelo menos 6 meses ps-implante: aumento >10% no DDVE e reduo > 20% na FEVE. As variveis analisadas foram: cardiopatia de base, classe funcional de insuficincia cardíaca (IC), tempo de estimulao ventricular e durao do QRS. A anlise estatstica incluiu os testes da razo de verossimilhana, exato de Fisher e a soma de postos de Wilcoxon. O valor de p foi significante quando < 0,05. RESULTADOS: o estudo incluiu 75 pacientes com idade mdia de 70,9 14 anos, 22,6% do sexo masculino. O tempo mdio entre as avaliaes foi de 80,2 meses. A FEVE mdia pr-implante foi 72% e o DDVE 46 mm e ps-implante, 69,7% (p = 0,0025) e 48,5mm (p < 0,0001), respectivamente. A durao mdia do QRS ps-implante foi 156 ms. O RV ocorreu em apenas quatro pacientes (5,3%), e nenhuma das variveis exploratrias discriminou esse comportamento. CONCLUSO: Pacientes sem disfuno ventricular submetidos estimulao cardíaca apical do VD em longo seguimento apresentaram baixa taxa de RV, e no foram definidos fatores associados para sua ocorrncia.
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OBJETIVO: Avaliar o prognstico clnico dos doentes coronrios submetidos a revascularizao percutnea com implantao de stents revestidos com frmacos na descendente anterior proximal. MTODOS: Cento e setenta doentes consecutivos, com idade mdia de 65 anos, 49 (29%) mulheres, receberam implante de pelo menos um stent revestido com frmaco, no nosso centro. O nmero total de stents revestidos com frmaco implantados foi 189, dos quais 115 (61%) de sirolimus (CYPHER) e 74 (39%) de paclitaxel (TAXUS). Em 100 (60%) dos casos, estava presente doena coronrio multivaso. Em 61 (36%) dos doentes tratou-se outro segmento coronrio para alm da descendente anterior proximal. Efetuou-se um seguimento clnico durante um tempo mdio de 11 5 meses e controle angiogrfico entre os seis e os nove meses. Obteve-se um endpoint final composto por morte, infarto agudo do miocrdio e pela necessidade de reinterveno sobre a descendente anterior. Analisou-se secundariamente a ocorrncia de reestenose, a necessidade de reinterveno sobre o segmento proximal da descendente anterior e a trombose de stent. RESULTADOS: O procedimento teve xito angiogrfico imediato em todos os doentes. Registraram-se duas mortes, dois infartos agudos do miocrdio, e duas reintervenes coronrias percutneas por trombose de stent no perodo intra-hospitalar. Aos seis meses de seguimento, observou-se mais uma morte cardíaca e identificaram-se trs infartos do miocrdio; houve necessidade de trs novos procedimentos de revascularizao. At ao final do seguimento, verificaram-se mais trs mortes, trs infartos do miocrdio e oito revascularizaes da descendente anterior, duas delas por cirurgia. A sobrevivncia livre de eventos cardacos adversos maior foi de 91%. A mortalidade cardíaca foi de 3%. A reestenose binria no segmento proximal da descendente anterior foi de 4,1%. A sobrevivncia livre de revascularizao do vaso alvo foi de 94%. No se observaram casos de trombose tardia de stent. CONCLUSO: A revascularizao percutnea da descendente anterior proximal com a implantao de stents revestidos com frmacos constitui uma estratgia teraputica segura e muito eficaz em curto e longo prazos.
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OBJETIVO: Avaliar a contribuio relativa da remodelao geomtrica do ventrculo esquerdo (VE) e das alteraes morfolgicas e funcionais do miocrdio, em ratos com estenose artica supravalvar (EAS), na fase de transio da hipertrofia compensada para a insuficincia cardíaca congestiva (ICC). MTODOS: Vinte e uma semanas aps a induo da EAS os ratos foram classificados como controles (GC,n=13), no portadores (GE,n=11) ou portadores de insuficincia cardíaca congestiva (GE-IC,n=12).Todos os grupos foram avaliados com estudo ecocardiogrfico, hemodinmico e morfolgico do miocrdio. RESULTADOS: Vinte e uma semanas aps EAS: ndice de massa (GE-IC>GE>GC,p<0.05); presso sistlica: (GE-IC = GE>GC, p<0,05); presso diastlica: (GE-IC>GE>GC, p<0,05); estresse meridional sistlico e diastlico: (GE-IC>GE>GC,p<0.05); rea de seco dos micitos: (GE-IC>GE>GC, p<0,05) e contedo de hidroxiprolina: (GE-IC>GE>GC, p<0,05) do VE. No grupo GE-IC o remodelamento geomtrico do VE foi caracterizado por aumento significante das dimenses e espessura relativa da parede normal (remodelamento excntrico) enquanto que o grupo GE apresentou remodelamento concntrico. Os ndices de desempenho do VE do grupo GE-IC foram significantemente menores que do grupo GE. CONCLUSO: Os grupos GE-IC e GE diferiram primariamente no processo de remodelao geomtrica do VE e estrutural do miocrdio que estabeleceu um estado cronicamente compensado no grupo GE e precipitou a ICC no grupo GE-IC na vigncia de graus equivalentes de comprometimento da contratilidade. Neste modelo experimental a fase de transio da hipertrofia compensada para a ICC est mais estreitamente relacionada com o remodelamento geomtrico adverso do VE e estrutural do miocrdio do que com o grau de comprometimento da contratilidade.
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OBJETIVO: Avaliar o efeito prognstico da esclerose valvular artica na mortalidade e morte de causa cardíaca de pacientes atendidos no Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul nos anos de 1996 a 2000. MTODOS: Estudo de coorte histrico que utilizou informaes contidas nos bancos de dados do laboratrio de ecocardiografia do Hospital de Cardiologia e nos Registros de bitos da Secretria da Sade do Rio Grande do Sul. O perodo de avaliao foi de 1996 a 2000. Os desfechos foram morte e morte de causa cardíaca. RESULTADOS: Foram analisados 8.585 casos, dos quais 2.154 (25%) eram portadores de esclerose valvular artica. O tempo de seguimento mdio foi de 416 meses, e a ocorrncia de morte e morte cardíaca foram respectivamente, de 299 (3,5%) e 95 (1,1%). O grupo de pacientes com esclerose valvular artica apresentou mais miocardiopatia segmentar, disfuno ventricular, aumento ventricular e hipertrofia ventricular, e no apresentou, entretanto, maior risco de morte ou morte de causa cardíaca quando feita anlise de multivariana. CONCLUSO: A presena de esclerose valvular artica no aumentou o risco de morte e de morte de causa cardíaca na populao estudada.
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OBJETIVOS: Avaliar a ativao eltrica cardíaca usando Mapeamento Eletrocardiogrfico de Superfcie (MES), em pacientes com ICC e bloqueio de ramo esquerdo [BRE] submetidos a terapia de ressincronizao cardíaca (CRT) com implante de marca-passo trio-biventricular (MP-BIV). MTODOS: Foram analisados os tempos mdios de ativao eltrica cardíaca no ventrculo direito (tempo mdio de ativao do VD [mVD]), rea ntero-septal (mAS), e ventrculo esquerdo (mVE), de 28 pacientes (idade mdia 61,29,5 anos, ICC classe III-IV NYHA, frao de ejeo <40%, BRE com QRS mdio 181,219,4ms, SQRS= -8,568,6), mostrados nos mapas de linhas iscronas do MES, antes e aps implante de marca-passo trio-biventricular, e comparados a valores obtidos em um grupo controle composto de indivduos normais [GNL], em trs situaes: (1) BRE nativo, (2) estimulao do VD; e (3) estimulao trio-biventricular. RESULTADOS: situao (1): mVD e mAS foram semelhantes (41,011,8ms x 43,613,4ms), com mVE tardio (81,012,5ms, p<0,01) perdendo o sincronismo com o VD e a rea ntero-septal; situao (2): mVD foi maior que no GNL (86,822,9ms, p<0,001), com maior diferena entre mAS e mVE (63,420,7ms x 102,720,3ms; p<0,001); situao (3): mVE e mVD foram semelhantes (72,032,0ms x 71,632,3ms), mVD foi maior que no GNL e BRE nativo (71,632,3ms x 35,110,9ms e 41,011,8ms; p<0,001), mAS se aproximou do GNL e BRE nativo (51,332,8ms x 50,111,4ms e 43,613,4ms). CONCLUSO: Pelo mapeamento eletrocardiogrfico de superfcie, tempos de ativao semelhantes no VD e VE e prximos daqueles da regio ntero-septal indicam padres de ativao ventricular sincronizada em portadores de ICC e BRE durante estimulao trio-biventricular.