893 resultados para Churchill, Winston
Resumo:
Os eventos de isquemia-reperfusão desencadeiam uma resposta inflamatória sistêmica que pode levar a lesões celulares e até falência de órgãos. Tais repercussões são notadas no pós-operatório de cirurgias, em especial, com o uso de circulação extracorpórea. Sabe-se, atualmente, que os leucócitos exercem importante papel neste processo. Assim, este estudo aborda o papel dos leucócitos na fisiopatologia das lesões de isquemia-reperfusão e a ativação das cascatas inflamatórias por esse processo e procura auxiliar na compreensão destes mecanismos assim como trazer contribuições acerca das abordagens terapêuticas que possam atenuá-los. Esta revisão bibliográfica retrospectiva foi realizada a partir de documentos científicos publicados nos últimos dez anos, em português e inglês, indexados em bases de dados internacionais Medline e SciELO e de textos clássicos relacionados. Os descritores pesquisados foram: isquemia-reperfusão, leucócitos, resposta inflamatória, circulação extracorpórea, efeitos adversos e apoptose.
Resumo:
CONTEXTO: Os fatores de risco para doença aterosclerótica, que influenciam na evolução natural dessa doença, estão bem estabelecidos, assim como o benefício do programa de exercícios para pacientes claudicantes. Entretanto, faltam informações sobre a relação entres limitações clínicas e fatores de risco, com desempenho do programa de caminhadas e suas implicações na evolução e mortalidade destes pacientes. OBJETIVO: Comparar, ao longo do tempo, a distância de claudicação e sobrevida de pacientes claudicantes em ambulatório específico, com ou sem limitação para exercícios. MÉTODOS: Foi feito um estudo tipo coorte retrospectivo de 185 pacientes e 469 retornos correspondentes, no período de 1999 a 2005, avaliando-se dados demográficos, distância média de claudicação (CI) e óbito. Os dados foram analisados nos programas Epi Info, versão 3.2, e SAS, versão 8.2. RESULTADOS: A idade média foi de 60,9±11,1 anos, sendo 61,1% do sexo masculino e 38,9% do sexo feminino. Oitenta e sete por cento eram brancos, e 13%, não-brancos. Os fatores de risco associados foram: hipertensão (69,7%), tabagismo (44,3%), dislipidemia (32,4%) e diabetes (28,6%). Nos claudicantes para menos de 500 m, a CI inicial em esteira foi de 154,0±107,6 m, e a CI final, de 199,8±120,5 m. Cerca de 45% dos pacientes tinham alguma limitação clínica para realizar o programa de exercícios preconizado, como: angina (26,0%), acidente vascular cerebral (4,3%), artropatia (3,8%), amputação menor ou maior com prótese (2,1%) ou doença pulmonar obstrutiva crônica (1,6%). Cerca de 11,4% dos pacientes tinham infarto do miocárdio prévio, e 5,4% deles usavam cardiotônico. O tempo de seguimento médio foi de 16,0±14,4 meses. A distância média de CI referida pelos pacientes aumentou 100% (de 418,47 m para 817,74 m) ao longo de 2 anos, nos grupos não-limitante (p < 0,001) e não-tabagista (p < 0,001). A sobrevida dos claudicantes foi significativamente menor no grupo com limitação. A análise de regressão logística mostrou que a limitação para realização de exercícios, isoladamente, influenciou significativamente na mortalidade (p < 0,001). CONCLUSÃO: A realização correta e regular dos exercícios e o abandono do fumo melhoram a distância de claudicação, além de reduzir a mortalidade nesses casos, seja por meio de efeitos positivos próprios do exercício, seja por meio de controle dos fatores de risco e de seus efeitos adversos.
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A anastomose arterial término-terminal é demorada, requer tempo prolongado de oclusão vascular e esta associada a necrose focal, infiltração leucocitária e, conseqüentemente, à fibrose e calcificação da parede arterial. A cola de fibrina é uma alternativa para a anastomose microvascular e pode evitar estas alterações com menor aderência aos tecidos vizinhos e melhor coaptação das bordas arteriais. OBJETIVO: Comparar o processo cicatricial de anastomoses convencionais com anastomoses feitas com cola de fibrina em artérias maiores. MÉTODOS: em 22 coelhos, ambas carótidas foram seccionadas transversalmente e reconstruídas por meio de anastomose término-terminal com 4 pontos simples de reparo e cola de fibrina de um lado (G1), e com 8 pontos separados do outro lado (G2). Após 3 e 15 dias, os animais foram destinados aleatoriamente para estudo de força tênsil concentração de hidroxiprolina (8 animais) e avaliação histológica das anastomoses (3 animais). As lâminas histológicas foram coradas pelo HE Masson e Picrossirius polarização (PSP). RESULTADOS: Após 3 e 15 dias a força tênsil aumenta em ambos os grupos, de 280,0± 32,6g para 432,2± 131,2g no Grupo 1 e de 221,4± 72,4g para 452,2± 132,0g no Grupo 2; sem diferença estatística entre os grupos em cada período. A concentração de hidroxiprolina expressa como razão hidroxiprolina/proteína, variou de 0,0816± 0,0651 para 0,0622± 0,0184 no Grupo 1 e de 0,0734± 0,0577 para 0,0460± 0,0271 no Grupo 2; sem diferença estatística entre os períodos e grupos. Os estudos histológicos mostraram discreto aumento das reações de inflamação e reparação no Grupo 2. A técnica PSP mostrou predomínio do colágeno tipo I em relação do colágeno tipo II nas anastomoses de ambos os grupos, sem diferença expressiva entre esses grupos. CONCLUSÃO: A anastomose com a cola de fibrina foi menos lesiva para a parede arterial do que a anastomose convencional. Mesmo usando menos pontos, as características de força tênsil e de cicatrização da anastomose com cola de fibrina foram similares em ambos os grupos. Os tempos de realização das anastomoses foram significativamente maiores do que na anastomose convencional.
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Aim. Lower-limb traumatic injury associated with ischemia and followed by reperfusion (I/R) is a common severe situation in muscle lesions due to trauma and hypoxia followed by local and systemic injuries induced by oxygen-derived free radical release during reperfusion. The aim of this study was to evaluate the attenuating effects of trimetazidine (TMZ) and N-acetylcysteine (NAC) in such situation.Methods. The muscles at the root of the right hind limb of Wistar rats were cross-sectioned, preserving femoral vessels and nerves and clamping the femoral artery for four hours. The clamp was then released and the femoral artery has been reperfused for 2 hours. Rats were randomly divided in groups of ten as follows: Group 1: sham I/R, treated with saline; Group 2: I/R, treated with saline; Group 3: sham I/R, treated with TMZ (7.5 mg/kg/dose); Group 4: sham I/R, treated with NAC (375 mg/kg/dose); Group 5: I/R treated with TMZ (7.5 mg/kg/dose); Group 6: I/R treated with NAC (375 mg/kg/dose). All rats received two intravenous bolus injections of the drugs, one before ischemia and one before reperfusion. Oxidative stress in plasma (MDA, total, oxidized and reduced glutathione), creatinephosphokinase (CPK), optical and electron microscopy and pelvic extremity circumference and volume were studied.Results. No statistical differences were found between the groups for MDA or total and reduced glutathione. Oxidized glutathione increased significantly in groups 5 and 2. Limb circumference as well as limb volume increased in all groups over time, mainly in groups 5, 2 and 1. CPK increased in all groups, being highest in groups 5, 6 and 2. Histological lesions were present in all but sham groups, being less severe in group 6. Soleus muscle analyses at electron microscopy exhibit some degree of alteration in all groups.Conclusion. This experimental model simulated severe limb trauma associated with ischemia and reperfusion, and, as such, it was aggressive, causing severe injury and local inflammatory reaction. The model did not show antioxidant action from NAC, and possible antioxidant action from TMZ was insufficient to attenuate tissue injuries. [Int Angiol 2009;28:412-7]
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Plantar hyperhidrosis can cause great changes to an individual's quality of life. We described a case successfully treated by the minimally invasive method of percutaneous injection of 7.0% phenolic solution into the lumbar sympathetic chains.
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Aim. Superficial thrombophlebitis (ST) ascending the lower limbs is a common disease, which may be associated with deep vein thrombosis (DVT) and pulmonary embolism (PE). The aim of this study was to investigate the prevalence of DVT and PE as complications of ascending ST of the lower limbs in the great saphenous vein (GSV) or SSV (SSV) and probable risk factors.Methods. For this study 60 consecutive patients were enrolled with ascending ST of the GSV or SSV, seen between 2000 and 2003 at a public hospital in Botucatu, SP, Brazil. All patients were assessed clinically, by venous Duplex scanning of the lower limbs to confirm ST and test for DVT, and by means of pulmonary scintigraphy to test for PE.Results. In 13 ST cases (21.67%) there was concomitant DVT and 17 ST patients (28.33%) also had PE. Eleven patients had a clinical status suggestive of DVT, but only in eight of these (61.5%), this clinical diagnosis was confirmed. Fourteen patients had a clinical status suggestive of PE, and this diagnosis was confirmed in six cases (35.30%). ST patients who also had DVT and/or PE were given anticoagulant treatment with heparin and warfarin. None of the variables studied was predictive of DVT or PE (P>0.05). However, the presence of varicose veins reduced the risk of patients having DVT (relative risk=9.09; 95%CI:1.75 - 50.00 and P=0.023).Conclusion. The prevalence rates of PE (28.3%) and DVT (21.6%) were elevated in this sample of ascending ST cases, indicating a need for detailed assessment of patients for signs of these complications, including for therapeutic management decision making. [Int Angiol 2009;28:400-8]
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Superficial nerve injuries are very common during varicose vein surgery. In contrast, deep nerve injuries are rare and reported especially when surgery involves the small saphenous vein (SSV). The deep motor nerves most commonly injured are the tibial nerve and the peroneal nerve, which are directly or indirectly affected by extrinsic compression, stretching, or healing process involvement. In this report, two cases of common fibular nerve injury after SSV stripping are described, including treatment used and patient outcomes. Nerve damage mechanisms, anatomy, and prevention strategies are also discussed. In conclusion, fibular nerve damage may occur during SSV stripping. Preventive measures include careful preoperative ultrasonographic investigation of the anatomy of the vein, determining location of the saphenopopliteal joint, and careful dissection far from fibular nerve and restricted to the popliteal fossa.
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To report a technique to maintain pelvic flow to an internal iliac artery (IIA) with aneurysm in a patient with Marfan syndrome, and previously treated by infrarenal abdominal aortic aneurysm open procedure. Retrograde endovascular hypogastric artery preservation (REHAP) through flexible endograft implantation from external iliac artery (EIA) to internal iliac artery (IIA) was used. REHAP was a reasonable, minimally invasive and elegant alternative (new) to maintain pelvic arterial flow in Marfan syndrome. However, the long-term durability is unknown, and so, it should be used in selected patients.
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Perforation of inferior vena cava (IVC) by filter struts ranges from 9% to 24%, and clinical sequelae and complications are unpredictable. The aim of this article was to report an unusual case of late complication of IVC filter that caused an IVC wall perforation and penetration of the filter's hooks in the aorta, which was treated by endovascular procedure. Molding strut tip by balloon angioplasty, its accommodation with a bare stent, and its coverage and protection with an endoprosthesis is probably the first technique reported so far in this situation.
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Isolated iliac artery aneurysms are rare in the general population (0.03%) and represent 2% of all abdominal aneurysms, and the association with Marfan syndrome is even rarer. We report a Marfan syndrome case with an isolated common iliac artery aneurysm treated by using a modified 'stent-graft sandwich' technique, with preservation of the internal iliac artery perfusion. The modified 'stent-graft sandwich' technique involves building an appropriate proximal neck just in the common iliac artery for fittingly housing two new stent-grafts inside, both deployed simultaneously and each one going to both distal iliac arteries (internal and external).
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OBJETIVO: Rever os fatores predisponentes e a evolução em série de casos de trombose venosa profunda dos membros superiores de nossa instituição. MÉTODOS: Cinqüenta e dois pacientes consecutivos, com trombose venosa profunda dos membros superiores (29 homens e 23 mulheres), idade média de 52,3 anos, documentados por mapeamento dúplex (71,1%), flebografia (11,1%) ou clinicamente (15,6%), foram incluídos no presente estudo. RESULTADOS: As manifestações clínicas foram: dor no antebraço (24 casos - 46,1%), dor no braço (27 casos - 51,9%), edema do membro superior (45 casos - 86,5%), dor à compressão do membro superior (36 casos - 70,2%) e dor à movimentação do mesmo (32 casos - 61,7%). Os principais fatores de risco foram: punção ou acesso venoso (20 casos - 39,1%) e câncer (16 casos - 32,6%). As veias envolvidas foram: umeral (n = 18), axilar (n = 27), subclávia (n = 15) e jugular (n = 11). A embolia pulmonar estava inicialmente presente em quatro casos (7,6%). O tratamento inicial foi feito com heparina não-fracionada intravenosa (64,3%), subcutânea (16,7%), ou heparina de baixo peso molecular (17,1%), seguido de varfarina. Doze pacientes morreram antes da alta, em função de causas não relacionadas à embolia pulmonar. Foram acompanhados os 40 pacientes restantes por período de 3 meses a 10 anos, sendo que dois morreram de causas não relacionadas à embolia pulmonar, um paciente desenvolveu seqüelas pós-trombóticas, como edema residual e limitações aos movimentos, e seis ficaram com discretos sintomas residuais (edema e dor). CONCLUSÕES: A trombose venosa profunda dos membros superiores foi mais freqüente em pacientes submetidos a acessos venosos e com neoplasia em atividade. Comparando com dados da literatura, a evolução dos pacientes sob tratamento exclusivo com anticoagulantes foi, no mínimo, similar a outros tratamentos propostos.
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OBJETIVO: Verificar a aterogenicidade do modelo de hipercolesterolemia por suplementação alimentar com gema de ovo em coelhos e seu uso como modelo de aterosclerose experimental de baixo custo. MATERIAL E MÉTODO: Foram utilizados 14 coelhos divididos em dois grupos de sete animais: grupo controle (G1), que recebeu ração comercial ad libitum, e grupo tratado (G2), que foi alimentado com dieta suplementada com gema de ovo. Ambos os grupos foram alimentados por 90 dias. Foram realizadas dosagens do perfil lipídico dos animais nos momentos 0, 30, 60 e 90 dias. Ao término do período experimental, os animais foram submetidos a eutanásia e retirada da aorta e de seus ramos diretos para realização de estudo anatomopatológico. RESULTADOS Apenas no grupo G2 houve aumento significativo nos níveis de colesterol total e frações. Ao exame macroscópico, foram observadas estrias gordurosas no arco aórtico e aorta abdominal e, à microscopia, acúmulos lipídicos discretos na íntima da aorta abdominal, renal, carótida, transição toracoabdominal e femoral. Portanto, a dieta com gema de ovo provocou aterosclerose leve no animal de experimentação e alterações equivalentes àquelas provocadas pelo colesterol purificado comercial quando fornecido em baixa dosagem. Assim sendo, a gema de ovo pode ser utilizada como fonte de colesterol alimentar de baixo custo em modelos de aterosclerose experimental.
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A migração da endoprótese é complicação do tratamento endovascular definida como deslocamento da ancoragem inicial. Para avaliação da migração, verifica-se a posição da endoprótese em relação a determinada região anatômica. Considerando o aneurisma da aorta abdominal infrarrenal, a área proximal de referência consiste na origem da artéria renal mais baixa e, na região distal, situa-se nas artérias ilíacas internas. Os pacientes deverão ser monitorizados por longos períodos, a fim de serem identificadas migrações, visto que estas ocorrem normalmente após 2 anos de implante. Para evitar migrações, forças mecânicas que propiciam fixação, determinadas por características dos dispositivos e incorporação da endoprótese, devem predominar sobre forças gravitacionais e hemodinâmicas que tendem a arrastar a prótese no sentido caudal. Angulação, extensão e diâmetro do colo, além da medida transversa do saco aneurismático, são importantes aspectos morfológicos do aneurisma relacionados à migração. Com relação à técnica, não se recomenda implante de endopróteses com sobredimensionamento excessivo (> 30%), por provocar dilatação do colo do aneurisma, além de dobras e vazamentos proximais que também contribuem para a migração. Por outro lado, endopróteses com mecanismos adicionais de fixação (ganchos, farpas e fixação suprarrenal) parecem apresentar menos migrações. O processo de incorporação das endopróteses ocorre parcialmente e parece não ser suficiente para impedir migrações tardias. Nesse sentido, estudos experimentais com endopróteses de maior porosidade e uso de substâncias que permitam maior fibroplasia e aderência da prótese à artéria vêm sendo realizados e parecem ser promissores. Esses aspectos serão discutidos nesta revisão.