1000 resultados para ANALGESIA: Pós-operatório


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OBJETIVO: Os procedimentos disponíveis para correção de lesões do trato urinário não são livres de complicações. Recentemente, uma nova opção tem sido investigada: o uso da submucosa de intestino delgado (SIS). Constituída de uma matriz extracelular que não apresenta tendências à rejeição, a SIS é capaz de permitir o crescimento de vasos sangüíneos, participar de processos de diferenciação celular e de ser resistente contra o desenvolvimento de processos infecciosos. O objetivo deste estudo foi avaliar a histocompatibilidade de um enxerto autólogo de submucosa de intestino delgado (SIS), quando utilizado para a ampliação da bexiga urinária. MÉTODO: Utilizaram-se oito cães adultos, pesando entre 10 e 15kg. Realizou-se laparotomia mediana e enterectomia de um segmento de jejuno de 10cm, localizado a 20cm da flexura duodeno-jejunal, seguida de anastomose terminoterminal. Desse segmento de intestino obteve-se, por dissecção, a camada submucosa. Após esvaziamento da bexiga por punção, fez-se uma incisão mediana de 3cm em sua parede, compreendendo todas as camadas. Um segmento de 3 x 2,5cm de SIS foi fixado às bordas da incisão com sutura contínua, laçada de fio absorvível 3.0 de poliglecaprone-25. No 30º dia de pós-operatório os animais foram submetidos à retirada da bexiga para estudo histopatológico. RESULTADOS: Não se observou reação inflamatória aguda. Reação inflamatória crônica esteve presente com graus discreto e moderado. A infiltração fibroblástica foi moderada. A presença de células gigantes de corpo estranho foi mínima. A epitelização foi satisfatória, não sendo completa em apenas um dos oito implantes. Ocorreu incorporação predominante de fibras colágenas tipo III, cuja média correspondeu a 70,7% do colágeno total. A reabsorção da mucosa foi moderada em 7/8 dos implantes. CONCLUSÃO: Os resultados indicam que ocorre regeneração da bexiga, quando é utilizada a submucosa de intestino delgado como substrato. A submucosa de intestino delgado autóloga pode ser uma alternativa viável na reconstrução da bexiga urinária.

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OBJETIVO: Diante da dúvida sobre a existência ou não de vantagens relacionadas à conservação da veia jugular interna nos esvaziamentos cervicais unilaterais resolvemos observar se os pacientes que a tem sacrificada apresentam alterações ao exame de fundo de olho que indiquem um aumento da pressão intracraniana, avaliar a presença de alterações neurológicas e verificar as vantagens na evolução clínico-cirúrgica dos pacientes que tiveram a sua veia jugular interna conservada. MÉTODO: Trata-se de estudo prospectivo, não randomizado, de 15 pacientes portadores de carcinoma epidermóide da cabeça e pescoço, atendidos e operados no Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Heliópolis, que tiveram como parte de seu tratamento a realização de esvaziamento cervical completo (funcional ou não) unilateral, divididos em um grupo com ressecção da veia jugular interna e outro com sua conservação. Todos foram submetidos a exames de retinografia pré e pós-operatórios, além de avaliação neurológica e clínica. RESULTADOS: Não ocorreram alterações oftalmológicas detectáveis através da retinografia em nenhum dos grupos. O grupo que teve sua veia jugular interna ressecada apresentou maior incidência de queixas neurológicas no pós-operatório, além de uma evolução cirúrgica mais desfavorável, com um maior período de internação devido às complicações locais apresentadas. CONCLUSÕES: A conservação da veia jugular interna nos esvaziamentos cervicais unilaterais beneficia a evolução pós-operatória dos pacientes, com um menor período de internação, apesar de não termos identificado qualquer evidência pós-operatória de aumento da pressão intracraniana nos pacientes que tiveram a veia ligada.

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OBJETIVO: Os autores propõem uma nova abordagem no tratamento de lesões extensas de natureza pré-cancerosa da mucosa jugal, utilizando enxerto de mucosa escamosa autógena cultivada em laboratório. MÉTODO: O enxerto é aplicado no mesmo tempo cirúrgico da ressecção da lesão original. Foram operados cinco pacientes, os quais receberam acompanhamento pós-operatório, sendo submetidos à biopsia de controle no 90º dia. A avaliação da integração do enxerto com o leito receptor foi realizada utilizando-se critérios clínicos e morfológicos, incluindo microscopia óptica e eletrônica. RESULTADOS: O estudo anatomopatológico com microscopia óptica e eletrônica dos cinco pacientes mostrou haver integração do enxerto da mucosa cultivada com o leito receptor. As células da mucosa cultivada formam camadas que se organizam e se diferenciam à semelhança da zona doadora. À microscopia eletrônica a mucosa enxertada apresentava lâmina basal com descontinuidades focais, presença de hemidesmosomas e fibrilas de ancoragem. CONCLUSÕES: Os resultados demonstraram que a técnica é oportuna e viável para o tratamento de lesões pré-cancerosas, outrora consideradas irressecáveis pela extensão e pode ser considerada uma possibilidade real para o tratamento cirúrgico definitivo das mesmas.

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OBJETIVO: Os autores apresentam os resultados de reconstruções esofágicas com retalho microcirúrgico de jejuno obtidos no Instituto Nacional de Câncer entre dezembro de 1998 e março de 2001, ressaltando suas vantagens, desvantagens e suas complicações. MÉTODO: Foram estudados sete pacientes portadores de neoplasias avançadas de laringe, faringe ou da tireóide que foram submetidos no Instituto Nacional de Câncer (Rio de Janeiro-Brasil) à reconstrução esofágica cervical com interposição de retalho livre de jejuno após faringolaringectomia associada à esofagectomia cervical. Foram cinco homens e duas mulheres com uma média de idade de 54 anos (39-66). Três pacientes foram submetidos à reconstrução esofágica imediata e em quatro casos a reconstrução foi tardia, em média após 10,5 meses. RESULTADOS: Não existiram perdas do retalho ou mortes no período pós-operatório avaliado. Das complicações, a mais freqüente foi infecção de ferida operatória (57,1%). Fístulas salivares acometeram dois casos (28,5%) e necessitaram de tratamento cirúrgico. Outras complicações incluíram estenose (14,1%) e hipopafatireoidismo (28,5%). Não houve complicações abdominais. Quatro dos sete casos apresentaram recidiva da doença em um período médio de 16,6 meses. Cinco pacientes reconquistaram uma satisfatória capacidade de deglutição após o procedimento. CONCLUSÃO: A experiência apresentada sugere que o retalho livre de jejuno consiste em um procedimento seguro, com elevados índices de sucesso para reabilitação da via digestiva e com baixos índices de complicações se comparado a outros métodos.

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OBJETIVO: Relatar a experiência com a colecistectomia laparoscópica na colecistite aguda, em pacientes de alto risco (ASA 4). MÉTODO: De 1982 a 2001 foram realizadas, na Clínica Especializada em Doenças do Aparelho Digestivo (DIGEST), 1507 colecistectomias laparoscópicas, sendo 150 (10%) em colecistite aguda, dentre as quais 10 (0,7%) em pacientes ASA 4. RESULTADOS: Entre estes 10 pacientes observou-se uma faixa etária elevada com média de 70,9 anos (variando entre 50 e 89 anos), maior freqüência do sexo masculino (60%), período de internação pré-operatório bastante variável (de três a 22 dias), prevalência elevada de colecistite aguda alitiásica (30%) e grande freqüência de insuficiência renal (40%) dentre as doenças associadas. Como complicações de pós-operatório houve uma coleção sub-hepática tratada por drenagem guiada por ultrassonografia; duas infecções de sítio operatório, tratadas pela abertura da pele do portal infectado, e um óbito decorrente da perpetuação do quadro séptico em paciente previamente submetido a colecistostomia percutânea. Não houve necessidade de conversão em nenhum dos pacientes operados. CONCLUSÃO: Os autores concluem pela viabilidade do método laparoscópico no tratamento da colecistite aguda em pacientes de alto risco, observando-se algumas estratégias específicas.

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OBJETIVO: Apresentar dados epidemiológicos de pacientes esquistossomóticos na forma hepatoesplênica com varizes do fundo gástrico, assim como avaliar os resultados de uma estratégia cirúrgica no manuseio destas varizes. MÉTODO: No período de janeiro de 1992 à julho de 2001 foram acompanhados no Serviço de Cirurgia Geral do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco 125 pacientes submetidos à esplenectomia com ligadura da veia gástrica esquerda (LVGE), desvascularização da grande curvatura do estômago e esclerose endoscópica pós-operatória, para o tratamento da hipertensão portal esquistossomótica com antecedentes de hemorragia digestiva. Quando da presença de varizes de fundo gástrico (44/125) foi associado ao procedimento cirúrgico, a abertura do estômago e sutura das varizes. RESULTADOS: Varizes de fundo gástrico foram identificadas em 35,2% (44/125) dos pacientes com esquistossomose hepatoesplênica e antecedentes de hemorragia digestiva alta. Durante o seguimento de 26 meses o procedimento cirúrgico erradicou 76,5% das varizes de fundo gástrico. A incidência de trombose da veia porta no período pós-operatório foi maior no grupo de pacientes sem varizes de fundo gástrico (16,3%) quando comparado com os pacientes portadores de varizes de fundo gástrico (8,8%), sem que, no entanto, esta diferença tivesse respaldo estatístico (p = 0,62). Não se identificou correlação entre a presença de varizes do fundo gástrico e o grau de fibrose periportal e o peso do baço. Na análise bioquímica e hematológica, no período pré-operatório dos grupos estudados, o número de leucócitos foi estatisticamente menor no grupo de pacientes que apresentavam varizes de fundo gástrico. CONCLUSÃO: A esplenectomia associada a desvascularização da grande curvatura do estômago, ligadura da veia gástrica esquerda, gastrotomia e sutura da varizes de fundo gástrico, erradicou 76,5% das varizes de fundo gástrico, em um seguimento tardio médio de 26 meses.

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OBJETIVO: Apresentar a experiência e enfatizar o aprendizado obtido em um programa incipiente de transplante hepático desenvolvido em Hospital Universitário de Recife-PE. MÉTODO: Foram estudados os primeiros 20 pacientes submetidos a transplante ortotópico de fígado, de maneira simplificada, no período de agosto de 1999 a março de 2002. Foram analisadas as indicações, a reserva funcional hepática pré-operatória, o volume de sangue transfundido, o tempo de isquemia, o tempo de permanência em UTI, a morbidade e a mortalidade. A cirrose por vírus C foi a indicação de transplante em 9 pacientes (45%), seguida de cirrose alcoólica em 7 (35%). Quarenta e cinco por cento dos pacientes foram classificados como CHILD-PUGH A, 35% como B, e apenas 20% como C. RESULTADOS: O tempo de isquemia médio foi de 9h 09' (+ 2h 33'). Foram utilizadas em média 2,88 (+ 2,11) unidades de hemácias. A técnica empregada foi a convencional sem bypass em 90% dos casos e piggyback nos restantes. No pós-operatório, houve um caso de trombose de artéria hepática e outro de veia porta. Oito pacientes apresentaram complicações biliares, todas resolvidas por via endoscópica ou percutânea. A sobrevida global é de 100%, no período de seguimento de 2 a 32 meses. CONCLUSÃO: Conclui-se que é possível realizar transplantes de fígado, com bons resultados, em hospital universitário do Nordeste do Brasil, desde que se reúnam as mínimas condições de estrutura física e recursos humanos.

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OBJETIVO: Embora, atualmente, as indicações de hepatectomias em crianças sejam menos frequentes, em alguns casos elas constituem a melhor opção terapêutica. O objetivo deste trabalho é relatar a experiência de dez anos com grandes ressecções hepáticas em pacientes pediátricos. MÉTODO: Foram analisados os dados de doze pacientes submetidos a lobectomia hepática nos serviços de Cirurgia Pediátrica do Hospital da Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e do Hospital Santa Lydia, em Ribeirão Preto (SP) de 1985 a 1995. RESULTADOS: Foram realizadas oito lobectomias esquerdas e quatro lobectomias direitas. Dez crianças foram operadas por neoplasia e duas por complicações de traumatismo hepático. A idade das dez crianças portadoras de neoplasia variou de seis dias a dezesseis meses, sendo em média 3,8 meses. O diagnóstico histopatológico foi hemangioendotelioma em cinco (50%), hepatoadenoma em dois (20%), hepatoblastoma em dois (20%) e hepatocarcinoma em um (10%). O peso do tumor correspondeu em média a 7,1% do peso do paciente. A duração média da cirurgia foi de 2 horas e 58 minutos. O seguimento pós-operatório variou até 141 meses, sendo em média 76,5 meses. Sete pacientes receberam transfusão de sangue intra-operatória, correspondente a 23,3% de sua volemia, em média. Um deles apresentou recidiva de tumor, necessitando reoperação. Nenhum dos doze pacientes apresentou complicações pós-operatórias. CONCLUSÃO: A hepatectomia parcial é um procedimento difícil tecnicamente, que, no entanto, pode ser realizado com segurança, mesmo em hospitais que não disponham de recursos tecnológicos sofisticados, desde que o cirurgião esteja bem preparado para enfrentar suas dificuldades.

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OBJETIVO: Analisar o quadro clínico, morbi-mortalidade e resultados da fundoplicatura gastroesofágica em crianças, com ênfase em portadores de encefalopatias crônicas. MÉTODO: Foram estudados retrospectivamente os prontuários de 55 pacientes em série, submetidos a fundoplicaturas e/ou gastrostomias por 5 anos (1994-1999), analisando manifestações clínicas, características epidemiológicas e evolução pós-operatória. Análises estatísticas, quando pertinentes, utilizaram o método do qui-quadrado. RESULTADOS: Manifestações respiratórias, pacientes com menos de seis meses e encefalopatas predominaram. Opistótono esteve relacionado a formas graves. A mortalidade até 30 dias foi de 7,3%, significativamente maior em cardiopatas congênitos. Complicações imediatas da cirurgia foram basicamente atelectasias e pneumonias (14,6%), relacionadas estatisticamente à desnutrição grave, e infecções da ferida (5,5%). O índice de recorrência de Doença do Refluxo Gastro-Esofagiano foi de 14,5%. O índice de pneumonias caiu de 65,5% em pré-operatório para 16,5% em pós-operatório tardio. Em média houve melhora nutricional a longo prazo, embora com ampla variação individual. CONCLUSÃO: É essencial manter um alto índice de suspeita para Doença do Refluxo Gastro-Esofagiano em lactentes e crianças encefalopatas com manifestações respiratórias. Nestes grupos a indicação cirúrgica é mais freqüente e bastante segura, exceto em presença de desnutrição grave e cardiopatia congênita. Opistótono é marcador de doença grave. Os resultados da cirurgia a longo prazo são favoráveis em crianças encefalopatas.

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OBJETIVO: Avaliar o benefício do tratamento paliativo pela derivação esofágica com o tubo gástrico isoperistáltico em pacientes com carcinoma de esôfago irressecável. MÉTODO: Foram estudados 53 pacientes com carcinoma espino celular do esôfago sem condições de ressecabilidade avaliados por critérios endoscópicos e radiológicos. A maioria dos pacientes era do sexo masculino com idade média de 56,8 anos. A operação realizada foi a derivação esofágica com o tubo gástrico isoperistáltico, de grande curvatura e transposto através do espaço retro esternal. RESULTADOS: Vinte e oito pacientes (52,0%) desenvolveram uma ou mais complicações, sendo a mais freqüente a deiscência e/ou estenose da anastomose cervical (15 pacientes - 28,3%). Em 48 pacientes que sobreviveram, 37 (77,0%) referiram alívio da disfagia no seguimento pós-operatório. A média de sobrevida em 23 pacientes foi de sete meses e meio (seis a 13 meses) e 14 pacientes estão em seguimento com o tempo variável entre dois e 16 meses, com boa evolução, com perda de seguimento nos 11 pacientes restantes. CONCLUSÕES: Tubo gástrico isoperistáltico tem aceitável morbidade e mortalidade para a população em estudo, permitindo paliação da disfagia na maioria dos casos.

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OBJETIVO: Estudar os resultados imediatos e a médio prazo da cirurgia endoscópica subfascial de perfurantes. MÉTODO: Estudo clínico, prospectivo e descritivo. Critérios de inclusão: insuficiência venosa crônica primária ou secundária, sistema venoso profundo pérvio e índice tornozelo/braço maior que 0,8. Critérios de exclusão: ocorrência da trombose venosa profunda, ou trauma ou cirurgia ortopédica e cirurgia sobre o sistema venoso profundo durante o período de seguimento pós-operatório. Todos doentes foram examinados pelo ecodoppler colorido antes da operação. RESULTADOS: Foram operados 43 membros a partir de junho/1997. Eram 27 doentes com média de idade 56,5 anos. A insuficiência venosa crônica era secundária à trombose venosa em dois membros. Três membros foram classificados como C3, 15 como C4, 11 como C5 e 14 como C6. A retirada das veias safena interna, safena externa e tributárias foi associada em 35 membros. Foram ligadas três a cinco perfurantes por membro; não houve óbitos no pós-operatório imediato; houve três infecções e as úlceras cicatrizaram em períodos variáveis de duas a 15 semanas. Dezenove doentes obtiveram alta hospitalar no primeiro dia de pós-operatório, seis no segundo e dois no terceiro. Houve uma recidiva de úlcera (4,0%) durante o período de seguimento de 25 meses (média) por causa de perfurante não-ligada. CONCLUSÕES: A cirurgia endoscópica subfascial de veias perfurantes insuficientes associada à cirurgia radical de varizes é segura, acompanha-se de baixo índice de complicações, pode ser adaptada aos instrumentos comuns da cirurgia laparoscópica, indicada para doentes classificados como C4, C5 e C6 e se acompanha de bons resultados imediatos e a médio prazo.

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OBJETIVO: Apresentar os resultados obtidos com técnica única para tratamento do Pectus Excavatum e Pectus Carinatum. MÉTODO: De 1976 a 2000 foram operados, 183 portadores de Deformidades da Parede Torácica Anterior sendo 98 Pectus Carinatum (70 P. Carinatum Simétrico, 18 P. Carinatum Lateral a Direita e 10 P. Carinatum Lateral a esquerda), 62 Pectus Excavatum (57 P. Excavatum Simétrico, 4 P. Excavatum Lateral a Direita e um P. Excavatum Lateral a Esquerda), 17 Pectus Carinatum Superior, um Pectus Combinado, quatro Protusões Costais Inferiores e uma Depressão Costal. A indicação foi exclusivamente estética em 182 (99,4%) dos pacientes. Foi utilizada técnica única para Pectus Carinatum e Pectus Excavatum: incisão transversal inframamária; ressecção subpericondral de todas as cartilagens envolvidas na deformidade; dissecção retroesternal mínima; osteotomia esternal anterior, fixação da osteotomia esternal com fios de aço;utilização da placa retroesternal em casos selecionados de Pectus Excavatum; pregueamento dos feixes pericondriais para dar maior rigidez a parede torácica e auxílio na manutenção do esterno na sua posição; drenagem do tecido celular subcutâneo e do plano submuscular, sutura intradérmica da pele. RESULTADOS: Bom ou excelente em 175 (95,6%) dos pacientes. Complicações ocorreram em 14 (7,6%) pacientes: oito casos (4,5%) de seroma; um (0,5%)hematoma de parede; dois (1,0%) caso de dor torácica intensa no pós-operatório; um(1,0%) caso de deiscência parcial da sutura da pele e dois casos (1,0%) de cicatriz hipertrófica que foram tratados com ressecção e betaterapia. CONCLUSÃO: Pelos resultados estéticos alcançados, a esternocondroplastia apresentada está indicada para correção de Pectus Excavatum/Carinatum.

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OBJETIVO: Avaliar a ação dos ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) na cicatrização de anastomoses colônicas em ratos. MÉTODO: Utilizaram-se 50 ratos divididos em 4 grupos. Dois desses grupos, vinte e seis animais, foram submetidos à operação de Hartmann; metade destes (grupo HF) recebeu infusões retais diárias, no pós-operatório, de solução fisiológica a 0,9% ; a outra metade (grupo HA) recebeu solução de butirato de sódio à 80mmol/l (AGCC) (HA). Os dois grupos restantes, vinte e quatro animais foram submetidos à anastomose colônica término-terminal a 4 cm da borda anal. Destes, 12 animais (grupo AF) receberam infusões retais de soro fisiológico a 0,9% e 12 animais (grupo AA) receberam a solução com AGCC. Os animais foram avaliados no 7º e 14º dia do pós-operatório. Foi realizada análise histológica da densitometria do colágeno pela coloração do sirius red, utilizando-se a microscopia de polarização com método computadorizado. RESULTADOS: Comparando-se os grupos submetidos à cirurgia de Hartmann, portanto na ausência do trânsito intestinal, observou-se concentração significativamente maior de colágeno I e total no grupo que recebeu AGCC (p=0,001). Comparando-se os grupos submetidos à anastomose término-terminal, com interferência do trânsito intestinal, não se encontrou diferença significante da concentração de colágeno I e total (p=0,056 e p=0,397, respectivamente). A ação isolada do trânsito intestinal promoveu também aumento da produção de colágeno, quando comparado ao grupo sem atuação do trânsito intestinal. CONCLUSÃO: A administração via retal de AGCC, na ausência do trânsito intestinal mostrou-se de grande valia, promovendo aumento da síntese do colágeno. Independentemente da interferência do trânsito intestinal, o principal efeito do AGCC esteve relacionado com o aumento da maturação do colágeno.

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OBJETIVO: As metástases hepáticas do carcinoma colorretal, constituem-se, atualmente, em doença potencialmente curável, através dos diversos tipos de ressecções hepáticas, entre as quais se sobressai a hepatectomia direita. Os objetivos deste trabalho são analisar a evolução pré, per e pós-operatória de pacientes submetidos a hepatectomia direita por metástases hepáticas do adenocarcinoma colorretal, seu prognóstico e a exeqüibilidade de re-ressecção nos casos de recidiva tumoral hepática. MÉTODO: Cinquenta e sete pacientes submetidos à hepatectomia direita por metástases hepáticas do carcinoma colorretal com intenção curativa, entre 1990 e 2000, no Hospital Beaujon, Clichy-França, foram analisados retrospectivamente. O período de seguimento pós-operatório foi de 33±25 meses. RESULTADOS: Não houve mortalidade operatória. Em 29,8% dos casos houve necessidade de transfusão e o índice de complicações pós-operatórias foi de 57,9%. Metástases maiores que 5cm foram observadas em 59% dos pacientes e 78,5% apresentavam mais de uma lesão. A sobrevida de cinco anos foi de 43% e a sobrevida livre de doença no mesmo período foi de 23%.Recidiva hepática do tumor foi observada em 19,3% dos pacientes e destes, 45,5% foram submetidos à re-ressecção hepática também sem mortalidade. CONCLUSÕES: A hepatectomia direita é um procedimento seguro para o tratamento das metástases hepáticas do carcinoma colorretal confinadas no lobo direito do fígado, com baixa mortalidade e morbidez aceitável nos pacientes estudados. A sobrevida de cinco anos encontra-se dentro da média observada na literatura. As re-ressecções hepáticas mostraram-se exequíveis em cerca de metade dos casos de recidiva.

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OBJETIVOS: Analisar o diagnóstico e tratamento de pacientes portadores de câncer gástrico precoce. MÉTODO: Foram estudados 34 pacientes portadores de neoplasia gástrica precoce (CGP) tratados no Serviço de Cirurgia do Aparelho Digestivo Alto da Faculdade de Ciências Médicas da PUC- Campinas durante o período de janeiro de 1978 a dezembro de 1998. RESULTADOS: O diagnóstico foi feito através da endoscopia digestiva alta e biópsia, sendo que em dois deles (5,9%) a biópsia revelou apenas atipias em lesão ulcerada gástrica. O estudo histopatológico das peças cirúrgicas confirmou a existência de adenocarcinoma em todos os pacientes. A localização mais freqüente da neoplasia foi o antro gástrico e os tipos macroscópicos mais encontrados foram IIc e IIc + III. Quanto à profundidade na parede do estômago, verificou-se a prevalência da localização na mucosa. Em nenhum dos casos constatou-se invasão linfonodal. Todos os doentes foram submetidos à gastrectomia subtotal com linfadenectomia D2 e a reconstrução mais freqüente foi a gastro-jejunostomia em Y de Roux (67,6%). O seguimento pós-operatório dos pacientes variou de 17 dias a 21 anos e meio, o qual mostrou complicações em três deles (8,8%). Apenas dois óbitos ocorreram (5,8%), um por complicações pós-operatórias e outro, tardiamente, por recidiva da doença. CONCLUSÕES: A incidência de câncer gástrico precoce (CGP) encontrada no presente estudo (8,7%), mostrou-se semelhante àquela referida pela literatura dos países ocidentais, sendo, entretanto, pobre em relação à incidência referida nas séries japonesas. Este fato valoriza a necessidade da realização de exames endoscópicos periódicos nos pacientes que compõem o chamado grupo de risco para a doença neoplásica do estômago. Finalmente, entendeu-se que quando o CGP está localizado na mucosa e não apresenta invasão de linfonodos e nem metástases à distância, a sobrevida é muito boa.