1000 resultados para Úlceras vasculares
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do glyphosate nas estruturas anatômicas e morfológicas do caule e das folhas de duas espécies de Commelina, bem como investigar o envolvimento do amido de reserva na maior tolerância ao glyphosate de C. diffusa em relação a C. benghalensis. De 10 vasos cultivados de cada espécie, nove receberam 1.440 g ha-1 de glyphosate e um serviu como testemunha. Fragmentos de caule e folhas foram coletados e fixados nos tempos de zero (antes da aplicação do glyphosate), 15, 30 e 50 dias após a aplicação (DAA). O laminário histológico foi obtido conforme metodologia usual, enfatizando-se a aplicação do reagente lugol para verificação de amido. Atribuíram-se notas de 1 a 5, conforme a intensidade crescente da reação. Na folha, as células epidérmicas e os tecidos vasculares são pouco afetados; já o mesofilo é integralmente desorganizado, culminando com a morte das células. As injúrias são mais evidentes no caule e nas folhas de C. benghalensis. Morfologicamente, verificam-se regiões cloróticas e áreas necrosadas dispersas pela superfície foliar, culminando com a queda a partir do 15º DAA em C. benghalensis. Em C. diffusa, a abscisão foliar é mais tardia, apesar de as injúrias serem semelhantes. Ambas as espécies apresentaram maior quantidade de amido na região do nó que do entrenó. C. benghalensis tem poucos e pequenos grãos de amido, enquanto em C. difusa eles são grandes e numerosos. Em resposta à aplicação do glyphosate, houve variação na quantidade de grãos de amido no caule conforme o tempo após a aplicação. Assim, C. difusa terá sempre maiores possibilidades de se restabelecer após aplicação do glyphosate, por manter maior reserva de amido.
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Descreveu-se a anatomia dos órgãos vegetativos de S. orientalis, em estrutura primária, enfatizando a caracterização e histoquímica de suas estruturas secretoras. Folhas, caules e raízes foram fixados em FAA50 e em sulfato ferroso e estocados em etanol 70%. Cortes transversais e longitudinais foram submetidos ao azul-de-toluidina pH 4,0, ao vermelho-de-rutênio, à reação de PAS, ao reativo Xylidine Ponceau, ao Sudan Black B e ao reativo Dragendorff. Anatomicamente, os órgãos vegetativos de S. orientalis são semelhantes aos caracteres descritos para Asteraceae. As raízes laterais são triarcas e o caule, um eustelo. Ductos estão ausentes na raiz e presentes no caule e na folha. Estas estruturas são de pequeno diâmetro, sendo delimitadas por quatro a cinco células epiteliais. No caule, os ductos estavam presentes no córtex, próximos à endoderme e na medula; nas folhas, associados aos feixes vasculares, tanto para o lado do xilema quanto para o do floema. As folhas são dorsiventrais e anfiestomáticas. Três tipos de estruturas secretoras foram observados: ductos, hidatódios e tricomas glandulares. Os testes histoquímicos aplicados demonstraram a presença de compostos fenólicos e alcalóides nos ductos e, nos tricomas, de compostos lipofílicos e fenólicos. Esses resultados indicam a complexidade da secreção produzida pelas estruturas secretoras na espécie.
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Nectários são comuns dentre as Leguminosae, estando freqüentemente localizados nas folhas. Objetivou-se caracterizar anatomicamente o caule, a folha e o nectário extrafloral de Chamaecrista trichopoda, bem como investigar a natureza química do secretado do nectário dessa espécie. As amostras foram submetidas a testes histoquímicos e técnicas usuais em anatomia vegetal, sendo analisadas ao microscópio de luz e eletrônico de varredura. Os folíolos são anfiestomáticos e dorsiventrais, apresentando feixes vasculares colaterais com fibras associadas. Nas células da bainha do feixe é comum a ocorrência de monocristais. Tricomas tectores unisseriados e multicelulares ocorrem na lâmina foliar e no caule. O caule apresenta epiderme unisseriada, com três a quatro camadas de colênquima subepidérmico, seguido internamente por duas a três camadas de colênquima. Na camada mais interna do córtex destacam-se idioblastos cristalíferos contendo monocristais, o feixe vascular é delimitado por fibras e a medula é parenquimática. As características anatômicas foliares e caulinares corroboram os dados existentes para a subfamília Caesalpinioideae. O nectário situa-se na parte adaxial do pecíolo e apresenta coloração alaranjada, com o ápice formando uma concavidade, bordas levemente abauladas e pedúnculo com cerca de 1 mm de altura. É comum a ocorrência de pequenas aberturas na superfície do nectário e hifas fúngicas na fase pós-secretora. Anatomicamente, confirmou-se uma estrutura semelhante à de um nectário, o qual é vascularizado por floema e xilema; o parênquima nectarífero ocorre abaixo da epiderme que apresenta cutícula espessa. Caracteres anatômicos do nectário podem auxiliar na taxonomia do gênero. As análises histoquímicas evidenciaram o acúmulo de tanino nas células do parênquima nectarífero, que pode funcionar como uma proteção à herbivoria. Observou-se a presença de poros na superfície do nectário, que podem ser sítios preferenciais de eliminação do néctar. Entretanto, futuras análises ao microscópio eletrônico de transmissão serão fundamentais para elucidar o processo de eliminação do néctar.
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O objetivo deste estudo foi determinar a frequência relativa e o nível de infestação de cada espécie da flora aquática presente no reservatório de Salto Grande, Americana-SP. O levantamento e a identificação das plantas aquáticas foram realizados percorrendo-se as margens do reservatório em uma embarcação. Ao longo dele foram estabelecidos 20 pontos de avaliação, sendo todos eles fotografados e georreferenciados. Foram atribuídos valores de 0 a 100% tanto para as espécies presentes como para os espaços livres de macrófitas aquáticas que eventualmente pudessem ocorrer dentro dos pontos amostrados. Com os dados referentes ao número de indivíduos e pontos avaliados, foi determinada a frequência relativa de cada espécie. Foram identificadas 13 espécies em todo o reservatório, sendo 12 vasculares e uma de alga-verde (Chlorella spp.). Entre as espécies vasculares, nove eram plantas emersas flutuantes, as quais poderiam estar ou não ancoradas no leito do reservatório: Alternanthera philoxeroides, Brachiaria subquadripara, Cyperus difformis, Echinochloa polystachia var. spectabilis, Eichhornia crassipes, Panicum rivulare, Pistia stratiotes, Salvinia auriculata e Typha angustifolia. Outras três espécies foram encontradas somente em solo firme alagado: Aeschynomene sensitiva, Hedychium coronarium e Mimosa pigra.
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Neste trabalho é apresentada a composição florística e estrutural de ilhas de vegetação de um inselberg do Vale do Moxuara, localizado no município de Cariacica-Espírito Santo, onde avaliou-se a riqueza das ilhas de vegetação está relacionada com seu tamanho e com a profundidade do solo. Foram avaliadas 45 ilhas de vegetação para estimativa dos parâmetros fitossociológicos necessários às análises. Foram encontradas 53 espécies de plantas vasculares, pertencentes a 24 famílias e 48 gêneros. As famílias com maior representatividade foram Poaceae, com sete espécies, seguida de Asteraceae, Malvaceae e Fabaceae, com seis espécies cada. Plantas daninhas representaram 39,6% da flora inventariada e 25,5% da cobertura vegetal das ilhas. As espécies com maior frequência e cobertura relativa foram Selaginella convoluta e Anemia tomentosa. A regressão múltipla não se mostrou significativa, o que foi discutido considerando o papel inibidor de espécies daninhas.
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Este trabalho foi desenvolvido com o intuito de contribuir para o conhecimento anatômico da espécie Lolium multiflorum e, a partir disso, observar possíveis alterações que possam elucidar o mecanismo que confere resistência ao herbicida glyphosate. Para isso, realizou-se um experimento com quatro biótipos dessa espécie com distinta sensibilidade ao herbicida glyphosate, sendo um sensível (B1S) e três resistentes (B2R, B3R e B4R). As análises ocorreram a partir de secções transversais e longitudinais dos órgãos vegetativos de plantas no estádio de afilhamento. Anatomicamente, o azevém caracteriza-se por apresentar grande quantidade de estômatos e de células buliformes, bem como mesofilo homogêneo constituído apenas de células paliçádicas compactamente distribuídas. Comparativamente, não ocorrem diferenças morfológicas evidentes que possam ser usadas para diferir biótipos sensíveis de resistentes, no entanto, nota-se que biótipos resistentes, especialmente B3R e B4R, apresentaram maior densidade estomática em relação aos demais. Ainda, os biótipos resistentes apresentaram maior quantidade de espaços intercelulares no mesofilo e feixes vasculares com menor quantidade de floema em relação ao xilema, o que, por suas funções na planta, pode colaborar para a menor sensibilidade ao herbicida.
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O objetivo deste trabalho foi relacionar as características da anatomia foliar de Brachiaria decumbens (capim-braquiária) e Brachiaria plantaginea (capim-marmelada), em três estádios de desenvolvimento da planta, com a sensibilidade a herbicidas. A semeadura foi feita em vasos plásticos, contendo solo, mantidos em casa de vegetação. Foi amostrada a porção mediana do limbo da terceira folha expandida, a partir da base do colmo, compreendendo três estádios de desenvolvimento da planta: estádio 1 (com 4-6 folhas), estádio 2 (com 3-4 perfilhos) e estádio 3 (plantas adultas no início do florescimento). Foram quantificados os seguintes descritores anatômicos das regiões da quilha (nervura central) e da asa (porção entre a nervura central e a margem do limbo): área da secção transversal; porcentagens de epiderme das faces adaxial e abaxial, esclerênquima, bainha do feixe vascular, feixe vascular e parênquima; espessura da folha; distância entre os feixes vasculares; comprimento do estômato; e número de estômatos e de tricomas (curtos e longos). Os valores obtidos foram submetidos aos testes estatísticos multivariados de Análise de Agrupamento e Análise dos Componentes Principais. Os descritores avaliados permitiram diferenciar o estádio 3 de desenvolvimento da planta em relação aos demais, o qual pode ser considerado o menos sensível à ação dos herbicidas aplicados em pós-emergência.
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Neste estudo é apresentada a composição e similaridade florística de espécies vasculares sinantrópicas em uma área periurbana antropizada, no município de João Pessoa, Estado da Paraíba, e sua relação com outras floras sinantrópicas. Foram encontradas 98 espécies, em 75 gêneros e 30 famílias. Entre as espécies, 41,84% são cosmopolitas; 29,6%, pantropicais; 13,3% ocorrem apenas no cone sul da América; 8,2%, neotropicais; 5,1%, gondwânicas; e 2% ocorrem em toda a América. Asteraceae e Poaceae foram as famílias mais representativas em número de espécies. Os resultados foram comparados com os de outros levantamentos florísticos correlatos, utilizando o índice de similaridade de Sörensen, e observou-se que não é somente a proximidade geográfica entre os locais estudados que reflete uma maior similaridade florística entre as áreas, e sim a amplitude dos táxons e a presença de micro-habitat semelhante. A área de estudo está relacionada a uma área inserida na região Centro-Oeste do Brasil.
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O mesofilo é formado por parênquima lacunoso e os feixes vasculares, maiores e menores, se dispõem intercaladamente, nas folhas de Orchidaceae estudadas (Catasetum fimbriatum Lindl., Dichaea bryophila Rchb. f., Encyclia calamaria (Lindl.) Pabst, Epidendrum campestre Lindl., E. secundum Jacq., Miltonia flavescens Lindl., Pleurothallis smithiana Lindl., Stanhopea lietzei (Regel) Schltr. e Vanda tricolor Lindl.). No mesofilo de quase todas as espécies ocorrem células esclerificadas adjacentes à epiderme, nas duas faces foliares. Também são comuns, nas folhas estudadas, caracteres estruturais que podem ser interpretados como adaptações ao hábito epifítico.
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Astronium graveolens é um representante arbóreo da família Anacardiaceae que se distribui desde o México até o centro-sul da América do Sul. O fruto é uma pseudo-sâmara com exocarpo unisseriado, suberificado e aderido ao mesocarpo. O mesocarpo é parenquimático, com grandes canais secretores associados aos feixes vasculares e localizados próximos ao endocarpo. O endocarpo parenquimático é bisseriado, sendo a camada que reveste o lóculo ligeiramente alongada radialmente. O óvulo é anátropo, unitegumentado, crassinucelado, com rafe dorsal evidente e hipóstase tanífera; apresenta obturador placentário e está inserido em posição apical-lateral no fruto. A testa, fortemente adnata ao pericarpo, apresenta as células da epiderme interna pequenas e de conteúdo bastante denso, indicando uma condição endotestal. O envoltório na semente madura é formado por restos da testa, funículo, região rafe-calazal e hipóstase apresentando duas regiões distintas: uma paquicalazal de coloração marrom e outra tegumentar de coloração amarelo-clara. O embrião ocupa posição axial e é do tipo "investing".
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O estudo das epífitas vasculares foi realizado em uma área de 3.000 m² de floresta na planície litorânea na Ilha do Mel (25°30 S 48°23 W); o levantamento qualitativo foi realizado em toda a área; para o estudo quantitativo, foram sorteados 100 forófitos, divididos em intervalos de 2 m a partir do solo. Em cada intervalo, registraram-se todas as espécies epifíticas ocorrentes, sendo estimado o valor de importância epifítico a partir das freqüências nos estratos, nos forófitos e nas espécies forofíticas. No levantamento total, foram encontradas 77 espécies (16 de Pteridophyta, 53 de Liliopsida e 8 de Magnoliopsida), das quais 70 foram amostradas nos forófitos analisados. As famílias mais ricas foram Orchidaceae, Bromeliaceae e Polypodiaceae e os gêneros foram Vriesea, Encyclia e Maxillaria. A área com maior similaridade florística com este estudo localiza-se no Município de Torres (RS). As espécies mais importantes quantitativamente foram Microgramma vaccinifolia, Codonanthe gracilis, Epidendrum latilabre e E. rigidum. As espécies amostradas foram agrupadas em três categorias quanto à preferência por intervalos de altura: exclusivas, preferenciais e indiferentes. O número de ocorrências de epífitos em um mesmo forófito variou de 1 a 35, enquanto o número de espécies variou de 1 a 21 (médias 14 ± 7,6 e 10 ± 4,6, respectivamente). Os primeiros estratos (0-2 m, 2-4 m e 4-6 m) foram os mais ricos em espécies epifíticas. As espécies forofíticas com maior número de ocorrências foram Andira fraxinifolia e Ternstroemia brasiliensis, e com maior número de espécies Ocotea pulchella e Guapira opposita. Quanto à fidelidade sobre espécies forofíticas, foram encontradas espécies epifíticas exclusivas, preferenciais e generalistas, esta incluindo a maioria das espécies amostradas.
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Estudos epidemiológicos mostram uma relação entre a poluição aérea em centros urbanos e a taxa de doenças respiratórias na sua população. Em São Paulo, a concentração dos principais poluentes aéreos é monitorada pela CETESB porém, tais dados não dão idéia do risco ao qual a população está sujeita; plantas bioindicadoras podem dar idéia deste risco. O clone híbrido 4430 de Tradescantia vem sendo utilizado em bioensaios (Trad-MCN, Trad-SH) que avaliam o efeito genotóxico de várias substâncias. Não há registros das potencialidades de bioindicação relativas à estrutura das folhas do clone. Este estudo objetivou estabelecer o padrão estrutural da folha do clone e verificar se existem características anatômicas afetadas pela poluição, que podem ser utilizadas como bioindicadoras. Para tanto, plantas do clone 4430 procedentes da EMBRAPA-Jaguariúna-SP (fora da influência da poluição da cidade de São Paulo -- material controle) foram cultivadas em condições padronizadas e expostas em três pontos distintos da cidade: Instituto de Botânica, Cerqueira César e Congonhas onde permaneceram por três meses. A análise da estrutura da folha mostrou que a mesma apresenta: epiderme uniestratificada com tricomas tectores e glândulares nas duas superfícies, estômatos diacíticos, mesofilo com parênquima lacunoso, frouxamente disposto, colênquima do tipo angular distribuído junto às nervuras, feixes vasculares colaterais e parênquima aquífero na região da nervura central. Qualitativamente não foram observadas variações entre as folhas provenientes dos quatro locais estudados porém, quantitativamente, foram encontradas reduções estatisticamente significativas no tamanho dos estômatos, no diâmetro do metaxilema e na espessura da folha, que podem ser atribuídas ao efeito da poluição. Tais parâmetros anatômicos podem ser utilizados como indicadores do efeito da poluição nessa planta e a mesma pode ser utilizada como bioindicadora do ponto de vista estrutural.
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Neste trabalho, caracterizou-se a morfo-anatomia do caule e da folha de Brachiaria brizantha e B. humidicola, em três estratos, objetivando diferenciar tais estratos e espécies, bem como justificar, com estes parâmetros, a diferença de consumo que ocorre nessas espécies com o envelhecimento da planta. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, utilizando-se vasos plásticos com areia esterilizada e recebendo solução nutritiva. Aos 70 dias após o corte de uniformização, cada planta foi dividida em três partes (estratos), coletando-se a folha mediana de cada estrato, separando-a em limbo e bainha foliar, e também o entrenó recoberto pela referida bainha. Para o estudo morfológico, foram mensurados a altura total das plantas, número total de folhas, nós e perfilhos, comprimento e largura da lâmina e da bainha foliar, comprimento e diâmetro do entrenó. Para a caracterização anatômica, as amostras foram fixadas em FAA, emblocadas em GMA, seccionadas em micrótomo e coradas com fucsina básica e azul de Astra. Os estudos morfo-anatômicos indicaram parâmetros que podem interferir na digestibilidade de seus tecidos. Verificou-se que as espécies apresentaram diferenças quanto aos aspectos morfológicos, destacando em B. humidicola menores valores de comprimento e largura do limbo, o que pode dificultar a seleção das folhas inferiores, interferindo no consumo dessa forrageira. Constatou-se, também, que o caule foi a fração que mais variou entre as espécies, apresentando B. brizantha diâmetro do entrenó maior e "parede" do colmo mais espessa, o que, além de tornar o caule mais resistente à apreensão, sugere maior número de feixes vasculares e, conseqüentemente, porcentagem de tecidos lignificados. Observaram-se estruturas secretoras na base dos tricomas da bainha foliar de B. brizantha, sugerindo cavidades secretoras, bastante raras na família Poaceae, não havendo estudos de sua interferência no consumo e digestibilidade.
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O estudo das epífitas vasculares foi realizado em floresta ombrófila mista aluvial do rio Barigüi, município de Araucária (25º34' S e 49º20' W); o levantamento qualitativo foi realizado em uma área aproximada de 8,6 ha. Para o estudo quantitativo foram sorteados 110 forófitos, divididos em três estratos (fuste baixo, fuste alto e copa). Em cada estrato foram atribuídas notas de abundância para as espécies epifíticas ocorrentes. No levantamento florístico foram encontradas 49 espécies (16 de Pteridophyta, 23 de Liliopsida e 10 de Magnoliopsida), das quais 34 foram observadas na amostragem quantitativa. As famílias e gêneros mais ricos foram: Orchidaceae, Polypodiaceae e Bromeliaceae, e Pleurothallis, Tillandsia e Oncidium. As áreas de maior similaridade florística com este estudo localizam-se no município de Curitiba (PR). As espécies mais importantes quantitativamente foram Microgramma squamulosa (Kaulf.) de la Sota, Pleopeltis angusta Humb. & Bonpl. ex Kunth, Peperomia catharinae Miq. e Polypodium hirsutissimum Raddi. Em um mesmo forófito, o número de espécies ocorrentes variou de zero a 13, enquanto a soma das notas de abundância para as epífitas variou de zero a 24. A copa apresentou a maior abundância de epífitos, seguido do fuste alto e do fuste baixo.
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Pilocarpus pennatifolius Lem. (Rutaceae) apresenta flores actinomorfas, diclamídeas, nectaríferas e monoclinas, reunidas em cacho pendente. Apresenta antese basípeta na inflorescência e preferencialmente noturna. A flor possui cinco estames com anteras tetrasporangiadas, cuja parede é constituída de epiderme, endotécio, duas camadas médias e tapete binucleado; o conectivo mostra epiderme estomatífera. O gineceu é unipistilado e composto por cinco carpelos unidos na região basal do ovário e no estilete e estigma. O estilete é curto e sólido e o estigma tem epiderme papilosa. O rudimento seminal (óvulo) é hemítropo, bitegumentado, crassinucelado e provido de hipóstase e possui obturador de origem funicular. O nectário envolve completamente a base do ovário. Cada sépala recebe três traços vasculares e as pétalas e estames apenas um; cada carpelo recebe um feixe vascular dorsal e dois ventrais, que mantêm individualidade em todo seu curso.