986 resultados para parasitas pulmonares
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar o papel da tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR) no estudo de pacientes com leucemia e sintomas pulmonares, analisar os principais padrões encontrados e definir sua etiologia. MATERIAIS E MÉTODOS: Foi feito estudo retrospectivo das TCAR de 15 pacientes com diagnóstico confirmado de leucemia, em vigência de sintomas respiratórios. Os exames foram feitos com protocolo de alta resolução espacial, sendo avaliados por dois radiologistas, de forma independente. RESULTADOS: Os principais padrões observados foram: atenuação em vidro fosco (n = 11), consolidação (n = 9), nódulos do espaço aéreo (n = 3), espessamento de septos interlobulares (n = 3), padrão de árvore em brotamento (n = 3) e derrame pleural (n = 3). A infecção pulmonar foi o achado mais comum, observado em 12 pacientes, com a seguinte freqüência: pneumonia bacteriana (n = 6), infecção fúngica (n = 4), tuberculose pulmonar (n = 1) e infecção viral (n = 1). Os outros três pacientes mostraram infiltração leucêmica pleural (n = 1), linfoma (n = 1) e hemorragia pulmonar (n = 1). CONCLUSÃO: Concluiu-se que a TCAR é de grande importância na avaliação de pacientes com leucemia e neutropenia, com o objetivo de sugerir a causa do quadro pulmonar, avaliar a sua extensão e, em alguns casos, orientar procedimentos invasivos.
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Neste trabalho é descrito um caso de uma paciente de 49 anos de idade que apresentava infecções pulmonares de repetição. Na telerradiografia de tórax observou-se massa no segmento basal posterior do pulmão direito, que na angiotomografia e nas reconstruções em 3D notou-se a presença de um suprimento sanguíneo proveniente da artéria aorta descendente. No exame da peça cirúrgica ratificou-se a presença de seqüestro pulmonar intralobar com cavidade preenchida por muco.
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OBJETIVO: Avaliar a acurácia da tomografia de alta resolução (TCAR) do tórax em relação à radiografia simples (RX) do tórax no diagnóstico de doença intersticial pulmonar relacionada à esclerose sistêmica (ES). MATERIAIS E MÉTODOS: Foram realizados TCAR e RX de tórax em póstero-anterior e perfil em 34 pacientes com diagnóstico de ES, segundo critérios do Colégio Americano de Reumatologia, e feita comparação entre as prevalências dos achados radiológicos sugestivos de doença intersticial pulmonar encontradas com estes dois métodos de imagem. RESULTADOS: Foram observadas alterações em 31 (91%) das TCAR, enquanto 16 (47%) dos RX de tórax se apresentavam alterados. Os achados mais freqüentes à TCAR foram: linhas septais (74%), faveolamento (56%) e bandas parenquimatosas (26%), localizados predominantemente nas bases pulmonares. Os RX de tórax demonstraram áreas de infiltrado reticular em 32% dos casos e distorção parenquimatosa em 12% dos pacientes. Em 18 (53%) pacientes com RX de tórax normal a TCAR revelou espessamento septal em 55%, vidro fosco em 44%, faveolamento em 38,5% e cistos em 33%. CONCLUSÃO: A TCAR é mais sensível que o RX de tórax para a investigação de envolvimento intersticial pulmonar inicial em pacientes com ES, justificando, em casos incipientes, tratamento com terapia imunossupressora.
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MOTIVAÇÃO: Derrame pleural é alteração pulmonar comumente observada em exames de imagem após cirurgias abdominais eletivas, sem repercussão clínica na maioria dos enfermos, devendo ser individualizada das complicações pulmonares que requerem tratamento. Sua incidência, bem como os indicadores de risco, são desconhecidos em nosso meio. OBJETIVO: Determinar, pela ultra-sonografia, a incidência de derrame pleural pós-operatório (DPPO) em cirurgias abdominais eletivas e averiguar suas possíveis associações com fatores de risco relacionados aos doentes e procedimentos anestésico-cirúrgicos. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudaram-se 21 (56,8%) mulheres e 16 (43,2%) homens, entre 29 e 76 anos, submetidos a cirurgias abdominais eletivas. Os exames ecográficos foram realizados no pré-operatório e 48 horas após a cirurgia. Foram estudados os fatores de risco associados ao paciente - idade maior de 60 anos, sexo, obesidade, tabagismo, etilismo e presença de doenças associadas -, e ao procedimento anestésico-cirúrgico - cirurgia para ressecção de câncer, classe ASA > 2, tempo anestésico-cirúrgico, incisão longitudinal e incisão > 15 cm. A litíase biliar (43,2%) e a presença de câncer gastrintestinal (43,2%) foram os principais responsáveis pela indicação cirúrgica. O DPPO foi graduado de pequeno, médio e grande. RESULTADOS: A incidência de DPPO foi de 70,3% (26/37). Dois (5,4%) desses doentes evoluíram com complicações pulmonares graves, um deles vindo a falecer. Idade maior de 60 anos, tabagismo, etilismo, obesidade e presença de doenças associadas não influenciaram o aparecimento de DPPO. Cirurgia para ressecção de câncer, classe ASA > 2, incisão longitudinal e incisão > 15 cm associaram-se de modo significante à presença de DPPO, que ocorreu mesmo na vigência de antibioticoprofilaxia. O tempo de permanência hospitalar foi 2,4 vezes maior nos doentes com DPPO. CONCLUSÃO: A ocorrência de derrame pleural em pós-operatório de cirurgia abdominal eletiva é muito freqüente. A maioria dos DPPO é autolimitada, evoluindo de modo assintomático. A ecografia na constatação do DPPO mostrou-se efetiva e sua utilização merece ser difundida.
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O reconhecimento e o diagnóstico diferencial dos diversos padrões da tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR) são de fundamental importância na avaliação das doenças pulmonares difusas. Existem vários padrões de TCAR descritos na literatura, sendo alguns deles superponíveis. A interpretação desses padrões pode ser uma tarefa difícil, particularmente para residentes e radiologistas não especializados em tórax. Os autores ilustram os achados característicos da TCAR nas doenças pulmonares intersticiais crônicas e propõem um modelo simplificado de interpretação desses achados, baseado no padrão e na distribuição da doença. O algoritmo inclui os seis principais padrões de anormalidade identificados na TCAR: septal, reticular, cístico, nodular, de atenuação em vidro fosco e consolidação parenquimatosa.
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OBJETIVO: Caracterizar lesões intersticiais em radiografias frontais de tórax, com base na análise de atributos estatísticos de textura, os quais permitem detectar sinais de anormalidades com natureza difusa. MATERIAIS E MÉTODOS: O esquema começa com a segmentação semi-automática dos campos pulmonares, sendo o contorno externo marcado manualmente, com posterior divisão automática de cada pulmão em seis regiões. O banco de imagens utilizado neste trabalho é composto por 482 regiões obtidas de exames contendo lesões e 324 regiões obtidas de exames normais. Os atributos de textura são extraídos automaticamente de cada uma dessas regiões e uma seleção das melhores combinações de atributos é feita através da distância Jeffries-Matusita. A classificação das regiões em normal ou suspeita é feita pela comparação com os k vizinhos mais próximos e o treinamento do classificador é baseado na técnica de treino e teste "half-half" e correlação cruzada. RESULTADOS: Os resultados obtidos foram analisados através do valor da área sob a curva ROC ("receiver operating characteristic"), a qual indica um sistema perfeito para uma área igual a 1. Os resultados forneceram uma área sob a curva ROC (A Z) igual a 0,887, com valores de sensibilidade igual a 0,804 e especificidade igual a 0,793. CONCLUSÃO: Os resultados indicam que o sistema de caracterização baseado em atributos de textura possui bom potencial para o auxílio ao diagnóstico de lesões intersticiais de pulmão.
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Os autores relatam um caso de paciente do sexo masculino, 38 anos de idade, motorista, soropositivo para HIV há oito anos, sem acompanhamento, com quadro de tosse produtiva com secreção acinzentada e episódios intermitentes de dispnéia há 15 dias. Informava dois episódios pregressos de tuberculose pulmonar (1983 e 2001) tratados. A radiografia de tórax evidenciou áreas de hipotransparência nodular e broncogramas aéreos bilateralmente. A tomografia computadorizada de tórax evidenciou vários achados inespecíficos, dentre eles áreas esparsas de consolidação, cavitação, bronquiectasia, opacidade em vidro fosco, espessamento intersticial e broncogramas aéreos. A lavagem broncoalveolar evidenciou numerosas hifas com raros septos bifurcados sugestivos de Aspergillus sp. e a cultura foi positiva para Nocardia sp. e Mycobacterium tuberculosis. Foi instituída terapia com anfotericina B, sulfametoxazol-trimetoprim e anti-retrovirais. Após 20 dias, recebeu alta sem queixas pulmonares. Decorridos 15 dias, retornou com diarréia, febre, disfagia e emagrecimento importante. Foi a óbito após cinco dias, por sepse estafilocócica.
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OBJETIVO: Rever e avaliar os padrões de alterações encontrados em exames de imagem de pacientes com comprometimento pulmonar da esclerose sistêmica. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram retrospectivamente estudados os exames de radiografia simples e tomografia computadorizada de alta resolução de 23 pacientes com esclerose sistêmica. RESULTADOS: Na radiografia simples, o padrão reticular em bases pulmonares foi predominante, tendo sido verificado em 18 pacientes (78,2%). A tomografia computadorizada de alta resolução evidenciou lesão pulmonar em todos os pacientes estudados, encontrando-se faveolamento em nove pacientes (39,1%), opacidades em vidro fosco associadas a opacidades reticulares em oito (34,7%), predomínio de opacidades reticulares em cinco (21,7%) e vidro fosco em um paciente (4,3%). CONCLUSÃO: O padrão de anormalidades tomográficas possui boa correlação com os achados histopatológicos, diferenciando padrões predominantemente inflamatórios de fibróticos, com os padrões inflamatórios estando associados a uma resposta superior ao tratamento. Dessa maneira, observou-se alteração sugestiva de fibrose na maior parte dos casos (faveolamento e opacidades reticulares somando 60,8%), porém com boa parte apresentando padrões sugestivos de processo inflamatório.
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OBJETIVO: Apresentar a experiência do serviço de radiologia do Hospital Santa Cecília, São Paulo, SP, no manejo das biópsias pulmonares por aspiração através de agulha fina e biópsias por fragmentos guiadas por tomografia computadorizada e a análise de sua importância e associação com suas complicações. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram analisadas 168 biópsias guiadas por tomografia, sendo 84 em homens e 84 em mulheres. Utilizou-se a técnica de biópsia por aspiração por agulha fina em 64 pacientes, a técnica de biópsia por fragmento em 68 pacientes e ambas as técnicas em 36 pacientes. RESULTADOS: Pneumotórax ocorreu em 38 pacientes e a hemorragia pulmonar, em dez pacientes. As dimensões das lesões biopsiadas variaram de 0,5 cm até 15 cm. O diagnóstico foi realizado na primeira tentativa em 132 casos e na segunda tentativa em dez casos. CONCLUSÃO: A acurácia das biópsias aspirativas por agulha fina e por fragmento de lesões pulmonares depende do tamanho da lesão e da colaboração do paciente. Essas técnicas são relativamente seguras e têm acurácia diagnóstica elevada quando feitas por um profissional experiente.
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OBJETIVO: Apresentar os aspectos na tomografia computadorizada de alta resolução do tórax da pneumonia lipoídica exógena por aspiração de óleo mineral, em pacientes adultos MATERIAIS E MÉTODOS: Foram estudados oito pacientes adultos - quatro mulheres e quatro homens - com média de idade de 69,4 anos, todos usuários de óleo mineral para tratamento de constipação intestinal. Os exames foram avaliados por dois radiologistas, de forma independente RESULTADOS: Os achados tomográficos mais comuns foram as consolidações com áreas de densidade de gordura de permeio, e o padrão de pavimentação em mosaico. As lesões foram bilaterais em seis pacientes, e unilaterais em dois CONCLUSÃO: O encontro de consolidações pulmonares com áreas de densidade de gordura de permeio, associado à história clínica do uso de óleo mineral, é diagnóstico de pneumonia lipoídica exógena.
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Os autores relatam um caso de um recém-nascido a termo, com pulmão em ferradura associado a drenagem anômala total de veias pulmonares supracardíacas, cuja associação não encontramos em nenhum relato na literatura ocidental.
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As manifestações intratorácicas das doenças do colágeno são bastante comuns. O padrão e a freqüência de comprometimento dependem do tipo específico de doença do colágeno, que pode envolver um ou vários compartimentos simultaneamente, tais como parênquima, vias aéreas, artérias pulmonares, pleura, e pericárdio. As manifestações mais importantes incluem as pneumonias intersticiais difusas e a hipertensão pulmonar, que em conjunto representam as principais causas de mortalidade e morbidade nesses pacientes. O acometimento pulmonar, pleural e de via aérea pode ser também secundário a terapêutica instituída ou ser decorrente de processos infecciosos bacterianos ou por germes oportunistas, por causa da imunossupressão. Nesta revisão os autores sumarizam as manifestações intratorácicas e o diagnóstico diferencial das principais doenças do colágeno na tomografia computadorizada de alta resolução do tórax.
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O tumor de células gigantes é a sexta neoplasia óssea primária mais comum. Acomete a metáfise de ossos longos, sendo mais comum em adultos jovens. Na radiologia mostra-se como lesão lítica, excêntrica e de limites definidos. Os autores relatam um caso de tumor de células gigantes benigno em paciente que apresentou metástases pulmonares cinco anos após a retirada do tumor primário.
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Mediastinite pós-cirurgias torácicas é definida como a infecção dos órgãos e tecidos do espaço mediastinal, ocorrendo em 0,4% a 5% dos casos. A gravidade da infecção pós-operatória varia desde infecção de tecidos superficiais da parede torácica até mediastinite fulminante com envolvimento esternal. O critério diagnóstico da tomografia computadorizada para mediastinite aguda pós-cirúrgica é a presença de coleção mediastinal, podendo estar associada ou não a anormalidades periesternais como edema/borramento de partes moles, separação dos segmentos esternais com reabsorção óssea marginal, esclerose e osteomielite. Achados associados incluem linfonodomegalias, consolidações pulmonares e derrame pleural e pericárdico. Pequenas coleções e gás mediastinais podem ser usualmente encontradas em pós-operatório recente de cirurgias torácicas sem a presença de infecções, limitando a eficácia da tomografia computadorizada nas duas primeiras semanas. Após esse período, a tomografia alcança quase 100% de sensibilidade e especificidade. Pacientes com suspeita clínica de mediastinite devem ser submetidos a exame de tomografia para pesquisa de coleções, identificando a extensão da doença e sua natureza. A versão de multidetectores propicia recursos de reconstruções em diversos planos e janelas, contribuindo especialmente para o estudo do esterno.
Estudo comparativo do diagnóstico de câncer pulmonar entre tomografia computadorizada e broncoscopia
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OBJETIVO: Analisar a tomografia computadorizada e a broncoscopia no diagnóstico do câncer pulmonar e verificar a eficácia destas técnicas perante a presença desta doença. Os parâmetros idade, gênero, hábitos tabágicos, tipos histológicos, estadiamento e terapêutica foram, igualmente, analisados. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram analisados 70 pacientes do Serviço de Pneumologia do Hospital Distrital da Figueira da Foz, Coimbra, Portugal, que realizaram ambas as técnicas em estudo, tendo-se confirmado ou não a presença de câncer pulmonar. RESULTADOS: Diagnosticaram-se 37 tumores pulmonares, 23 casos no gênero masculino e 14 no feminino. Histologicamente, 40,54% eram adenocarcinomas, seguido do carcinoma escamoso (32,43% dos casos) e do carcinoma de pequenas células (18,92%). O estadiamento mostrou 6,70% no estádio IB, 23,30% no estádio IIIA comparativamente ao IIIB com 36,70%, encontrando-se 33,30% dos doentes no estádio IV. A quimioterapia isolada foi efetuada em 75,7% dos doentes. A sensibilidade da broncoscopia foi de 83,8%, a especificidade, de 81,8%, e a precisão, de 82,8%. A sensibilidade da tomografia computadorizada foi de 81,1%, a especificidade, de 63,6%, e a precisão, de 72,8%. CONCLUSÃO: Os resultados da broncoscopia confirmaram a sua importância no diagnóstico do câncer pulmonar, pela dependência deste no exame anatomopatológico do tecido ou células, obtido por várias técnicas de biópsia. A tomografia computadorizada apresentou boa sensibilidade, de 81,1%, contudo, a sua especificidade, de apenas 63,6%, resulta do número de falso-positivos (36,4%).