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Resumo:
O transtorno epiléptico apresenta alta prevalência e severidade. Além da gravidade da epilepsia per se, este distúrbio pode ser acompanhado de várias comorbidades, sendo a depressão a principal comorbidade psiquiátrica. Os mecanismos envolvidos na relação epilepsia/depressão ainda não estão bem esclarecidos, e sabe-se que o tratamento de ambos os distúrbios pode ser problemático, já que alguns anticonvulsivantes podem causar ou aumentar sintomas depressivos, enquanto alguns antidepressivos parecem aumentar a susceptibilidade a convulsões. Por outro lado, estudos têm demonstrado que alguns antidepressivos, além de seguros, também possuem atividade anticonvulsivante como a venlafaxina, um inibidor da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN). Considerando que a duloxetina, outro IRSN, apresenta uma inibição mais potente sobre transportados monoaminérgicos e que não existe nada na literatura a respeito de sua influência sobre convulsões apesar de que está sendo aplicado atualmente na clínica, o objetivo do nosso estudo é verificar o possível efeito anticonvulsivante da duloxetina através do modelo de convulsões induzidas pelo pentilenotetrazol (PTZ) em camundongos. Para tal, camundongos foram pré-tratados com duloxetina (10, 20, 40 mg/kg/i.p.) e trinta minutos após receberam uma injeção intraperitoneal de PTZ (60 mg/kg). Por vinte minutos os animais foram monitorados para a avaliação dos tempos de latência para o primeiro espasmo mioclônico e a primeira crise tônico-clônica, como também o tempo de duração das convulsões e de sobrevida. A análise eletroencefalográfica foi utilizada para avaliar a severidade das crises (aumento da amplitude das ondas). Após esse período os animais foram sacrificados, o córtex cerebral dissecado e análises bioquímicas (atividade da superóxido desmutase (SOD), catalase (CAT), níveis de nitritos e peroxidação lipídica) foram feitas para investigação dos mecanismos pelos quais a droga influencia as convulsões. Os resultados preliminares demonstraram que a duloxetina apresenta atividade anticonvulsivante, sendo capaz de aumentar significativamente o tempo de latência tanto para o primeiro espasmo clônico, como para a primeira convulsão tônico-clônica induzidas pelo pentilenotetrazol. Ainda a avaliação eletroencefalográfica demonstrou que a duloxetina na dose de 20 mg/kg diminuiu significativamente a amplitude das ondas enquanto a dose de 40 mg/kg aumentou significativamente a amplitude em comparação a todos os tratamentos. Quanto à avaliação da influência no estresse oxidativo, animais tratados apenas com PTZ apresentaram um aumento significativo do nível de peroxidação lipídica, e diminuição da atividade da SOD e da CAT. Quanto ao nível de nitritos não houve nenhuma alteração significativa entre os tratamentos. A duloxetina na dose de 20 mg/kg se mostrou efetiva para evitar as alterações induzidas pelo PTZ nos parâmetros de estresse oxidativo avaliados. A atividade anticonvulsivante da duloxetina (20 mg/kg) colabora com a teoria que tem sido apresentada nos últimos ano de que a modulação da neurotransmissão serotonérgica e noradrenérgica pode ter efeito anticonvulsivante. Ainda, a capacidade da duloxetina de inibir a exacerbação do estresse oxidativo envolvido nas convulsões induzidas pelo PTZ corrobora com estudos que demonstram que algumas substâncias anticonvulsivantes podem modular as convulsões pelo menos em parte por sua atividade antioxidante. Portanto concluímos que a duloxetine é um adjuvante promissor para o tratamento de pacientes que apresentam a comorbidade epilepsia e depressão.
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O abuso de álcool tem alcançado proporções massivas, associado a uma série de consequências adversas, transformando-se num dos fenômenos mais generalizados das últimas décadas sendo, portanto o álcool, agente da doença alcoólica, um problema de saúde pública.Os jovens estão em fase de transição fisiológica e social, sendo a curiosidade, a pressão do grupo social, o modelo familiar, a propaganda e a falta de políticas públicas,os principais fatores de riscos que os conduzem para o consumo precoce de álcool. O adolescente uma vez que se encontra em fase de maturação apresenta seu sistema nervoso central (SNC) vulnerável às agressões causadas pelo consumo dessa droga. Sabe-se que o álcool promove uma série de alterações motoras do ponto de vista clínico e concomitantemente fisiológico. Estas alterações são consequentes da ação do álcool sobre o SNC, mais especificamente sobre o Cerebelo, e que mediante uso crônico da droga sofre (como os demais órgãos do SNC) algumas alterações.O objetivo desse trabalho foi avaliar as alterações cerebelares decorrentes da exposição ao etanol da adolescência à fase adulta em ratos, sobre os padrões morfométricos observados no órgão, investigação da resposta tecidual e balanço oxidativo do órgão frente à injúria causada pelo tóxico. Ratos receberam a partir do 35° dia de vida pós-natal (período de puberdade), por gavagem, EtOH na dose de 6,5 g/kg/dia até completar 90 dias (fase adulta). Para visualização da injúria causada ao tecido, foi feito investigação morfométrica e análise bioquímica através de estresse oxidativo. Os resultados encontrados mostram que a massa cerebelar não é alterada, porém há uma redução no tamanho do órgão e houve um aumento na densidade da população celular nas camadas molecular e granular.No entanto ocorreu uma diminuição de células neuronais, contudo as alterações morfo-histológicas não foram acompanhadas de alterações na bioquímica oxidativa.
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Os transtornos de ansiedade apresentam a maior incidência na população mundial dentre os transtornos psiquiátricos, e a eficácia clínica das drogas ansiolíticas é baixa, em parte devido ao desconhecimento acerca das bases neuroquímicas desses transtornos. Para uma compreensão mais ampla e evolutivamente substanciada desses fenômenos, a utilização de espécies filogeneticamente mais antigas pode ser uma aproximação interessante no campo da modelagem comportamental; assim, sugerimos o uso do paulistinha (Danio rerio Hamilton 1822) na tentativa de compreender a modulação de comportamentos tipo-ansiedade pelo sistema serotonérgico. Demonstramos que os níveis extracelulares de serotonina no encéfalo de paulistinhas adultos expostos ao teste de preferência claro/escuro [PCE] (mas não ao teste de distribuição vertical eliciada pela novidade [DVN]) apresentam-se elevados em relação a animais manipulados mas não expostos aos aparatos. Além disso, os níveis teciduais de serotonina no rombencéfalo e no prosencéfalo são elevados pela exposição ao PCE, enquanto no mesencéfalo são elevados pela exposição ao DVN. Os níveis extracelulares de serotonina estão correlacionados negativamente com a geotaxia no DVN, e positivamente com a escototaxia, tigmotaxia e a avaliação de risco no PCE. O tratamento agudo com uma dose baixa de fluoxetina (2,5 mg/kg) aumenta a escototaxia, a tigmotaxia e a avaliação de risco no PCE, diminui a geotaxia e o congelamento e facilita a habituação no DVN. O tratamento com buspirona diminui a escototaxia, a tigmotaxia e o congelamento nas doses de 25 e 50 mg/kg no PCE, e diminui a avaliação de risco na dose de 50 mg/kg; no DVN, ambas as doses diminuem a geotaxia, enquanto somente a maior dose diminui o congelamento e facilita a habituação. O tratamento com WAY 100635 diminui a escototaxia nas doses de 0,003 e 0,03 mg/kg, enquanto somente a dose de 0,03 mg/kg diminui a tigmotaxia e a avaliação de risco no PCE. No DVN, ambas as doses diminuem a geotaxia, enquanto somente a menor dose facilita a habituação e aumenta o tempo em uma “base” (“homebase”). O tratamento com SB 224289 não produziu efeitos sobre a escototaxia, mas aumentou a avaliação de risco na dose de 2,5 mg/kg; no DVN, essa droga diminuiu a geotaxia e o nado errático nas doses de 2,5 e 5 mg/kg, enquanto a dose de 2,5 mg/kg aumentou a formação de “bases”. O tratamento com DL-para-clorofenilalanina (2 injeções de 300 mg/kg, separadas por 24 horas) diminuiu a escototaxia, a tigmotaxia e a avaliação de risco no PCE, aumentou a geotaxia e a formação de bases e diminuiu a habituação no DVN. Quando os animais são pré-expostos a uma “substância de alarme” co-específica, observa-se um aumento nos níveis extracelulares de serotonina associados a um aumento na escototaxia, congelamento e nado errático no PCE; os efeitos comportamentais e neuroquímicos foram bloqueados pelo pré tratamento com fluoxetina (2,5 mg/kg), mas não pelo pré-tratamento com WAY 100,635 (0,003 mg/kg). Animais da linhagem leopard apresentam maior escototaxia e avaliação de risco no PCE, assim como níveis teciduais elevados de serotonina no encéfalo; o fenótipo comportamental é resgatado pelo tratamento com fluoxetina (5 mg/kg). Esses dados sugerem que o sistema serotonérgico dessa espécie modula o comportamento no DVN e no PCE de forma oposta; que a resposta de medo produzida pela substância de alarme também parece aumentar a atividade do sistema serotonérgico, um efeito possivelmente mediado pelos transportadores de serotonina, e ao menos um fenótipo mutante de alta ansiedade também está associado a esses transportadores. Sugere-se que, de um ponto de vista funcional, a serotonina aumenta a ansiedade e diminui o medo em paulistinhas.
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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BackgroundConditioned place preference (CPP) to ethanol (EtOH) is an important addiction-related alteration thought to be mediated by changed neurotransmission in the mesocorticolimbic brain pathway. Stress is a factor of major importance for the initiation, maintenance, and reinstatement of drug abuse and modulates the neurochemical outcomes of drugs. Thus, the aim of this study was to investigate the effects of concomitant exposure to chronic EtOH and stress on CPP to this drug and alterations of dopaminergic and serotonergic neurotransmission in mice.MethodsMale Swiss mice were chronically treated with EtOH via a liquid diet and were exposed to forced swimming stress. After treatment, animals were evaluated for conditioning, extinction, and reinstatement of CPP to EtOH. Also, mice exposed to the same treatment protocol had their prefrontal cortex (PFC), nucleus accumbens (NAc), and amygdala dissected for the quantitation of dopamine, serotonin, and their metabolites content.ResultsData showed that previous chronic exposure to EtOH potentiated EtOH conditioning and increased dopaminergic turnover in PFC. Exposure to stress potentiated EtOH conditioning and decreased dopaminergic turnover in the NAc. However, animals exposed to both chronic EtOH and stress did not display alterations of CPP and showed an elevated content of dopamine in amygdala. No treatment yielded serotonergic changes.ConclusionsThe present study indicates that previous EtOH consumption as well as stress exposure induces increased EtOH conditioning, which can be related to dopaminergic alterations in the PFC or NAc. Interestingly, concomitant exposure to both stimuli abolished each other's effect on conditioning and PFC or NAc alterations. This protective outcome can be related to the dopaminergic increase in the amygdala.
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Herbal medicines have been widely used around the world since ancient times. The advancement of phytochemical and phytopharmacological sciences has enabled elucidation of the composition and biological activities of several medicinal plant products. The effectiveness of many species of medicinal plants depends on the supply of active compounds. Most of the biologically active constituents of extracts, such as flavonoids, tannins, and terpenoids, are highly soluble in water, but have low absorption, because they are unable to cross the lipid membranes of the cells, have excessively high molecular size, or are poorly absorbed, resulting in loss of bioavailability and efficacy. Some extracts are not used clinically because of these obstacles. It has been widely proposed to combine herbal medicine with nanotechnology, because nano-structured systems might be able to potentiate the action of plant extracts, reducing the required dose and side effects, and improving activity. Nanosystems can deliver the active constituent at a sufficient concentration during the entire treatment period, directing it to the desired site of action. Conventional treatments do not meet these requirements. The purpose of this study is to review nanotechnology- based drug delivery systems and herbal medicines.
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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We demonstrate the efficacy of propofol (2,6-diisopropylphenol) as an anesthetic when administered to fish in an immersion bath and show the absence of genetic side effects following short-term exposure to the drug. All tested fish were anesthetized (as indicated by loss of posture and lack of response to physical stimulation), and both the comet assay (tail intensity) and the micronucleus assay revealed that propofol does not induce primary DNA damage or chromosome damage in the fish Nile Tilapia Oreochromis niloticus. Our results should be considered in light of our particular test conditions, including the water temperature (similar to 25 degrees C), the life stage and size of the fish, and the single exposure to the anesthetic. We suggest that propofol is a promising anesthetic in terms of its lack of genotoxic effects, at least in low dosages in adult Nile Tilapia.Received June 25, 2013; accepted October 15, 2013
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Animal - FEIS
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Lung cancer is a leading cause of death in developed countries. Although smoking cessation is a primary strategy for preventing lung cancer, former smokers remain at high risk of cancer. Accordingly, there is a need to increase the efficacy of lung cancer prevention. Poor bioavailability is the main factor limiting the efficacy of chemopreventive agents. The aim of this study was to increase the efficacy of cancer chemopreventive agents by using lipid nanoparticles (NPs) as a carrier. This study evaluated the ability of lipid NPs to modify the pharmacodynamics of chemopreventive agents including N-acetyl-L-cysteine, phenethyl isothiocyanate and resveratrol (RES). The chemopreventive efficacy of these drugs was determined by evaluating their abilities to counteract cytotoxic damage (DNA fragmentation) induced by cigarette smoke condensate (CSC) and to activate protective apoptosis (annexin-V cytofluorimetric staining) in bronchial epithelial cells both in vitro and in ex vivo experiment in mice. NPs decreased the toxicity of RES and increased its ability to counteract CSC cytotoxicity. NPs significantly increased the ability of phenethyl isothiocyanate to attenuate CSC-induced DNA fragmentation at the highest tested dose. In contrast, this potentiating effect was observed at all tested doses of RES, NPs dramatically increasing RES-induced apoptosis in CSC-treated cells. These results provide evidence that NPs are highly effective at increasing the efficacy of lipophilic drugs (RES) but are not effective towards hydrophilic agents (N-acetyl-L-cysteine), which already possess remarkable bioavailability. Intermediate effects were observed for phenethyl isothiocyanate. These findings are relevant to the identification of cancer chemopreventive agents that would benefit from lipid NP delivery.
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Objective: Identifying the main causes for underreporting of Adverse Drug Reaction (ADR) by health professionals. Method: A systematic review carried out in the following databases: LILACS, PAHO, SciELO, EMBASE and PubMed in the period between 1992 and 2012. Descriptors were used in the search for articles, and the identified causes of underreporting were analyzed according to the classification of Inman. Results: In total, were identified 149 articles, among which 29 were selected. Most studies were carried out in hospitals (24/29) for physicians (22/29), and pharmacists (10/29). The main causes related to underreporting were ignorance (24/29), insecurity (24/29) and indifference (23/29). Conclusion: The data show the eighth sin in underreporting, which is the lack of training in pharmacovigilance. Therefore, continuing education can increase adherence of professionals to the service and improve knowledge and communication of risks due to drug use.