CULTURA ORGANIZACIONAL, REPRESENTAÇÕES DE GÊNERO E RELIGIÃO: TENSÕES, CONTRADIÇÕES E TENDÊNCIAS

Nas sociedades ocidentais contemporâneas, racionais e secularizadas, a religião é freqüentemente representada como externa à razão‟ e de foro ìntimo, idéias estas implìcitas na máxima religião não se discute‟. Ela estaria no campo oposto, portanto, daquele do mundo organizacional, sujeito à racionalidade, à objetividade do cálculo e à impessoalidade e do qual se abstrairiam o mundo privado da religião, das atividades domésticas e tudo o mais que se supõe ser de caráter pessoal e avesso ao cálculo. A idéia de que a igualdade entre os sexos já está consumada também faz parte do imaginário contemporâneo: a maior autonomia e presença das mulheres no espaço público, particularmente o aumento da sua participação no mercado de trabalho, seriam evidências de que a igualdade constitui uma batalha ganha. No entanto as representações de gênero continuam a configurar tal presença (ou ausência) feminina no mercado de trabalho. Da mesma maneira, as idéias religiosas e acerca das religiões não são passíveis de confinamento a tempos e espaços precisos, do culto, da meditação ou da prática religiosa. Tanto as representações de gênero quanto aquelas acerca da religião e da diversidade religiosa interpenetram o espaço público, o dia-a dia da vida e das relações sociais, as relações de gênero e de trabalho. Elas se inscrevem nas normas e práticas organizacionais, nas técnicas de gestão e os/a próprios sujeitos trabalhadores/as também bricolam e transitam entre esses mundos na construção das suas competências e na gestão da sua atividade profissional. A pergunta por aspectos e maneiras pelas quais representações de gênero, da religião e da diversidade religiosa, suas especificidades em determinado contexto social, se desdobram e entrecruzam em percepções e práticas no ambiente organizacional, e vice-versa, em que medida estas apontam para tensões e tendências presentes na sociedade circundante, constitui-se no fio condutor da presente tese. Além de pesquisa bibliográfica a metodologia contempla pesquisa de campo em duas organizações empresariais francesas no Brasil e na França.

CRIATIVIDADE EM PUBLICIDADE E A QUESTÃO ÉTICA: um estudo da publicidade brasileira premiada

A questão ética deve pautar a atividade profissional do publicitário, por ser uma atividade de grande influência sobre a opinião pública, pois associa a imagem de empresas e suas marcas a uma postura de comprometimento com a sociedade na qual está inserida, transformando-as em empresas-modelo. Em nome da criatividade publicitária, muitas vezes, anúncios de produtos e serviços diversos contradizem uma propaganda socialmente responsável. A presente dissertação analisou a linguagem e o discurso da propaganda no que se refere à questão ética, observando-se até que ponto elas consideram ou não estas questões. Desta forma, apresentam-se como os elementos que compõem a mensagem podem deixar, explícita ou implicitamente, informações que poderiam comprometer a empresa caso a observação do público fosse mais crítica ou mais apurada. Para esta análise foram selecionados anúncios premiados no prêmio Profissionais do Ano , hoje um dos principais prêmios da propaganda brasileira instituído pela Rede Globo de Televisão, e o instrumento metodológico utilizado foi uma leitura subsidiada na análise do discurso. A grande maioria dos comerciais premiados neste Festival não fere princípios éticos. Foi selecionado apenas um corpus, em que se confrontou a temática criativa de cada comercial com o Código Brasileiro de Auto-regulamentação Publicitária (CONAR), verificando assim como estes comerciais,sob este olhar, podem ser considerados como incorretos no tocante à ética e à responsabilidade social.(AU)

Clinica psicanalítica: o sentimento de solidão e a saúde mental de mulheres casadas

Este trabalho teve como objetivo principal investigar o sentimento de solidão e a saúde mental de mulheres casadas, procurando comparar a maneira de compreender e vivenciar este sentimento em mulheres solteiras e casadas, bem como verificar em que medida este sentimento pode ser mitigado pela presença do outro no casamento (coabitação) e em que condições isto ocorria. Partiu-se da hipótese de que esse sentimento é compartilhado por todas as pessoas, já que o ser humano é uno e individual. Logo, a separação eterna do outro, que se inicia quando o bebê percebe que é diferente da mãe e, assim, um indivíduo único, está associado a uma sensação de solidão que acompanha o ser humano por toda a vida. Desta forma, é muito comum ver pessoas se envolver em relacionamentos para diminuir este sentimento, que se vê intensificado a cada dia em função da superficialidade dos vínculos emocionais. A presença de outrem pode ser aproveitada numa relação interpessoal quando se diminui a intensidade da hostilidade, associada ao sentimento de solidão. O antídoto contra tal sentimento vem do fortalecimento do auto-conhecimento, da autonomia, e da amizade por um companheiro que mostra aceitação incondicional pelo verdadeiro self. Para análise deste sentimento em mulheres casadas, foi realizada uma pesquisa quantitativa e qualitativa com mulheres solteiras e universitárias. A escolha da amostra foi aleatória e por conglomerado, em três estágios. Participaram do estudo 184 mulheres, 38% casadas, 7,6% separadas e 52,7% solteiras. Da pesquisa quantitativa foi possível analisar que a percepção das mulheres sobre a solidão vem, em muitos aspectos, de encontro com a teoria psicanalítica. Pelas respostas encontradas percebeu-se que a grande maioria das participantes tem um baixo sentimento de solidão (58,7%) e 41,3% se classificaram com um escore de alto a médio sentimento de solidão, nestes dois grupos a maioria são de mulheres casadas e separadas, sendo que quanto mais nova a mulher maior a tendência a buscar um relacionamento para fugir da solidão, sendo entre as casadas também que isto ocorre com mais freqüência. A partir destes escores, 18 mulheres foram convidadas a participar de uma entrevista diagnóstica. Destas dezoito, seis mulheres apresentavam alto sentimento de solidão, sendo duas casadas, duas solteiras e duas separadas. Da mesma forma as mulheres com média e baixa solidão. Os resultados encontrados nestas entrevistas foram que todas as mulheres que apresentaram um alto sentimento de solidão demonstram uma adaptação ineficaz perante a vida, enquanto que aquelas que apresentaram médio ou baixo sentimento de solidão dificilmente apresentam adaptação ineficaz. Do grupo de médio sentimento de solidão, três mulheres apresentaram adaptação eficaz, e do grupo de baixo sentimento de solidão apenas uma participante apresentou adaptação ineficaz leve. Com isso concluímos que a solidão, quando em alta medida, além de dolorosa indica uma grande dificuldade do indivíduo em lidar com seus aspectos emocionais e produtivos, necessitando de ajuda psíquica.

CLÍNICA PSICANALÍTICA: O SENTIMENTO DE SOLIDÃO E A SAÚDE MENTAL DE MULHERES CASADAS

Este trabalho teve como objetivo principal investigar o sentimento de solidão e a saúde mental de mulheres casadas, procurando comparar a maneira de compreender e vivenciar este sentimento em mulheres solteiras e casadas, bem como verificar em que medida este sentimento pode ser mitigado pela presença do outro no casamento (coabitação) e em que condições isto ocorria. Partiu-se da hipótese de que esse sentimento é compartilhado por todas as pessoas, já que o ser humano é uno e individual. Logo, a separação eterna do outro, que se inicia quando o bebê percebe que é diferente da mãe e, assim, um indivíduo único, está associado a uma sensação de solidão que acompanha o ser humano por toda a vida. Desta forma, é muito comum ver pessoas se envolver em relacionamentos para diminuir este sentimento, que se vê intensificado a cada dia em função da superficialidade dos vínculos emocionais. A presença de outrem pode ser aproveitada numa relação interpessoal quando se diminui a intensidade da hostilidade, associada ao sentimento de solidão. O antídoto contra tal sentimento vem do fortalecimento do auto-conhecimento, da autonomia, e da amizade por um companheiro que mostra aceitação incondicional pelo verdadeiro self. Para análise deste sentimento em mulheres casadas, foi realizada uma pesquisa quantitativa e qualitativa com mulheres solteiras e universitárias. A escolha da amostra foi aleatória e por conglomerado, em três estágios. Participaram do estudo 184 mulheres, 38% casadas, 7,6% separadas e 52,7% solteiras. Da pesquisa quantitativa foi possível analisar que a percepção das mulheres sobre a solidão vem, em muitos aspectos, de encontro com a teoria psicanalítica. Pelas respostas encontradas percebeu-se que a grande maioria das participantes tem um baixo sentimento de solidão (58,7%) e 41,3% se classificaram com um escore de alto a médio sentimento de solidão, nestes dois grupos a maioria são de mulheres casadas e separadas, sendo que quanto mais nova a mulher maior a tendência a buscar um relacionamento para fugir da solidão, sendo entre as casadas também que isto ocorre com mais freqüência. A partir destes escores, 18 mulheres foram convidadas a participar de uma entrevista diagnóstica. Destas dezoito, seis mulheres apresentavam alto sentimento de solidão, sendo duas casadas, duas solteiras e duas separadas. Da mesma forma as mulheres com média e baixa solidão. Os resultados encontrados nestas entrevistas foram que todas as mulheres que apresentaram um alto sentimento de solidão demonstram uma adaptação ineficaz perante a vida, enquanto que aquelas que apresentaram médio ou baixo sentimento de solidão dificilmente apresentam adaptação ineficaz. Do grupo de médio sentimento de solidão, três mulheres apresentaram adaptação eficaz, e do grupo de baixo sentimento de solidão apenas uma participante apresentou adaptação ineficaz leve. Com isso concluímos que a solidão, quando em alta medida, além de dolorosa indica uma grande dificuldade do indivíduo em lidar com seus aspectos emocionais e produtivos, necessitando de ajuda psíquica.

La guerre des Balkans:élites nationales et discours transnationaux dans la française, allemande et britannique

Cet article repose sur une étude de la presse de lEstablishment en France, en Allemagne et au Royaume-Uni, au cours de la guerre des Balkans en 1999. Les sources sont la Frankfurter Allgemeine Zeitung, Le Monde et le Financial Times. Lobjectif est de voir en quoi la manière de rapporter les événements révèle des priorités politiques des diverses élites qui lisent ces journaux, ainsi que de leur perception de lordre international. Le résultat des travaux indique lexistence dun certain degré de synchronisation dans la façon dont la presse a concentré lattention de lopinion publique ; il indique aussi quil existe des différences sensibles entre ces journaux français, allemand et britannique, en termes de contenu et de perspectives. Malgré lexistence dun discours transnational, la sphère publique européenne demeure fragmentée. This article is based on a study of the press in France, Germany and the United Kingdom, during the Balkans war in 1999. The sources are the Frankfurter Allgemeine Zeitung, Le Monde and the Financial Times. The objectve is to see how report events reveal the priorities of the various political elites who read these newspapers, as well as their perception of international lordre. The outcome of the study indicates some degree of synchronization in the way the press has focused mindfulness of public opinion and that it also indicates there are significant differences between the French newspapers, German and British, in terms of content and perspectives. Despite the existence of a transnational speech, the European public sphere remains fragmented.

Creating demand for better health by using social marketing techniques

The most significant environmental change to support people who want to give up smoking is the legislation to ban smoking in public places. Following Scotland in March 2006, and Wales and Northern Ireland in April 2007, England moves one step closer to being smoke free on 1 July 2007, when it becomes illegal to smoke in almost every enclosed public place and workplace. Social marketing will be used to support this health promoting policy and will become more prominent in the design of health promotion campaigns of the future. Social marketing is not a new approach to promoting health but its adoption by the Government does represent a paradigm shift in the challenge to change public opinion and social norms. As a result some behaviours, like smoking or excessive alcohol consumption, will no longer be socially acceptable. The Department of Health has decided that social marketing should be used in England to guide all future health promotion efforts directed at achieving behavioural goals. This paradigm shift was announced in Chapter 2 of the “Choosing health” White Paper with its emphasis on the consumer, noting that a wide range of lifestyle choices are marketed to people, although health as a commodity itself has not been marketed. The DoH has an internal social marketing development unit to integrate social marketing principles into its work and ensure that providers deliver. The National Centre for Social Marketing has funding to provide ongoing support, to build capacity and capability in the workforce. This article describes the distinguishing features of the social marketing approach. It seeks to answer some questions. Is this really a new idea, a paradigm shift, or simply a change in terminology? What do the marketing principles offer that is new, or are they merely familiar ideas repackaged in marketing jargon? Will these principles be more effective than current health promotion practice and, if so, how does it work? Finally, what are the implications for community pharmacy?

A comparison of the vocational training system of Britain and West Germany as experienced by minimum-age school leavers.

The sectoral and occupational structure of Britain and West Germany has increasingly changed over the last fifty years from a manual manufacturing based to a non-manual service sector based one. There has been a trend towards more managerial and less menial type occupations. Britain employs a higher proportion of its population in the service sector than in manufacturing compared to West Germany, except in retailing, where West Germany employs twice as many people as Britain. This is a stable sector of the economy in terms of employment, but the requirements of the workforce have changed in line with changes in the industry in both countries. School leavers in the two countries, faced with the same options (FE, training schemes or employment) have opted for the various options in different proportions: young Germans are staying longer in education before embarking on training and young Britons are now less likely to go straight into employment than ten years ago. Training is becoming more accepted as the normal route into employment with government policy leading the way, but public opinion still slow to respond. This study investigates how vocational training has adapted to the changing requirements of industry, often determined by technological advancements. In some areas e.g. manufacturing industry the changes have been radical, in others such as retailing they have not, but skill requirements, not necessarily influenced by technology have changed. Social-communicative skills, frequently not even considered skills and therefore not included in training are coming to the forefront. Vocational training has adapted differently in the two countries: in West Germany on the basis of an established over-defined system and in Britain on the basis of an out-dated ill-defined and almost non-existent system. In retailing German school leavers opt for two or three year apprenticeships whereas British school leavers are offered employment with or without formalised training. The publicly held view of the occupation of sales assistant is one of low-level skill, low intellectual demands and a job anyone can do. The traditional skills - product knowledge, selling and social-communicative skills have steadily been eroded. In the last five years retailers have recognised that a return to customer service, utilising the traditional skills was going to be needed of their staff to remain competitive. This requires training. The German retail training system responded by adapting its training regulations in a long consultative process, whereas the British experimented with YTS, a formalised training scheme nationwide being a new departure. The thesis evaluates the changes in these regulations. The case studies in four retail outlets demonstrate that it is indeed product knowledge and selling and social-communicative skills which are fundamental to being a successful and content sales assistant in either country. When the skills are recognised and taught well and systematically the foundations for career development in retailing are laid in a labour market which is continually looking for better qualified workers. Training, when planned and conducted professionally is appreciated by staff and customers and of benefit to the company. In retailing not enough systematic training, to recognisable standards is carried out in Britain, whereas in West Germany the training system is nevertheless better prepared to show innovative potential as a structure and is in place on which to build. In Britain the reputation of the individual company has a greater role to play, not ensuring a national provision of good training in retailing.

Remembrance of things past:the lingering impact of history on contemporary Polish-Ukrainian relations

This article investigates the continuing influence of the past on contemporary politics in Poland and Ukraine by examining the impact of the vocal 'informed' segment of public opinion on mutual relations between the two countries. The section 'What history?' examines the question of exactly what understanding of history matters so much in Polish-Ukrainian relations. The following sections examine how history influences the present, what are the contours of public opinion on Polish-Ukrainian relations within each state, and what is the impact of shared history on the contemporary politics of Polish-Ukrainian relations. Finally, the article suggests a potentially generaliseable hypothesis for future research.

Radical or not so radical? Tactical variation in core policy formation by the Front National

Starting from a number of general tenets about radical political parties, this article examines the Front National (FN) in relation to its core policy issue of immigration. To what extent has FN immigration policy been defined from the outset by its radicalism? Has that radicalism been constant or variable over time? And how far can a reciprocal influence be detected between the FN and the center Right in immigration policy formulation? Focusing on election campaigns, manifestos, and key moments in the FN's evolution, the article assesses how the party has tailored its radicalism to contextual factors and tactical considerations. It reveals an FN less bound to a fixed policy and more ready to seek accommodation (with circumstance, public opinion, or the center Right) than is generally acknowledged. Conversely, it also assesses how the FN's mobilization of strong support on the immigration issue has had radicalizing effects on the center Right. The article concludes by considering whether the change of leadership in January 2011 might confine the FN to the radical Right or see it adopt a more center-oriented course.

Stretching the life of Twitter classifiers with time-stamped semantic graphs

Social media has become an effective channel for communicating both trends and public opinion on current events. However the automatic topic classification of social media content pose various challenges. Topic classification is a common technique used for automatically capturing themes that emerge from social media streams. However, such techniques are sensitive to the evolution of topics when new event-dependent vocabularies start to emerge (e.g., Crimea becoming relevant to War Conflict during the Ukraine crisis in 2014). Therefore, traditional supervised classification methods which rely on labelled data could rapidly become outdated. In this paper we propose a novel transfer learning approach to address the classification task of new data when the only available labelled data belong to a previous epoch. This approach relies on the incorporation of knowledge from DBpedia graphs. Our findings show promising results in understanding how features age, and how semantic features can support the evolution of topic classifiers.

Estimation of Fraction of Distinguished Elements in Population Based on Partially Realized Random Sample

2000 Mathematics Subject Classi cation: 62D05.

Mainstream media behavior analysis on Twitter:a case study on UK general election

With the development of social media tools such as Facebook and Twitter, mainstream media organizations including newspapers and TV media have played an active role in engaging with their audience and strengthening their influence on the recently emerged platforms. In this paper, we analyze the behavior of mainstream media on Twitter and study how they exert their influence to shape public opinion during the UK's 2010 General Election. We first propose an empirical measure to quantify mainstream media bias based on sentiment analysis and show that it correlates better with the actual political bias in the UK media than the pure quantitative measures based on media coverage of various political parties. We then compare the information diffusion patterns from different categories of sources. We found that while mainstream media is good at seeding prominent information cascades, its role in shaping public opinion is being challenged by journalists since tweets from them are more likely to be retweeted and they spread faster and have longer lifespan compared to tweets from mainstream media. Moreover, the political bias of the journalists is a good indicator of the actual election results. Copyright 2013 ACM.