991 resultados para Leishmaniose - Pesquisa
Resumo:
Foi realizado um estudo comparativo da reação de imunofluorescência indireta em eluatos de sangue de cães infectados experimentalmente com diferentes tripanosomatídeos. Utilizaram-se como antigenopromastigotas de L. mexicana, L. braziliensis e L. chagasi. Os resultados mostraram que a sensibilidade do método foi de 87,5% para o diagnóstico do calazar canino, independentemente do antigeno empregado; e que ocorre reação cruzada com Leishmaniose tegumentar em 75% dos casos e com doença de Chagas em 83,3%. Levantamento epidemiológico em área de leishmaniose confirma que a reação de imunofluorescência em eluatos de sangue canino fornece reações cruzadas em cães infectados com Leishmania braziliensis e L. chagasi. Não se verificou reação cruzada pela RFC. Sugere-se a utilização da reação de imunofluorescência nas campanhas de saúde pública, mas é de se chamar a atenção para o fato de que as taxas de positividade não devem ser utilizadas como indicadores da prevalência do calazar canino.
Resumo:
Os Autores fazem um estudo retrospectivo e prospectivo de 6 pacientes portadores de leishmaniose cutânea difusa, observados no Estado do Maranhão a partir de 1974. Os casos abordados são oriundos de diversas regiões do estado, observando-se em todos eles o envolvimento da leishmania (Leishmania) amazonensis, sendo que 5 (84%) dos pacientes apresentaram início de doença na 1ª década de vida. Em todos os pacientes envolvidos no estudo, houve relato de lesão inicial nodular única, que, posteriormente, em período variável de tempo, disseminou-se adquirindo outros aspectos. Evolutivamente apresentaram múltiplas lesões nodulares e ulceradas, intradermorreação de Montenegro(-) e refratariedade aos esquemas terapêuticos utilizados até ao presente momento.
Resumo:
Em duas alíquotas de 208 amostras de fezes foram feitos exames pelo método de Kato-Katz, sendo uma após o emprego de 0,2mg de azida sódica para 200mg e em outra sem o referido conservador. Os resultados percentuais com e sem conservador foram, respectivamente, para os Ancilostomídeos 12,5 e 25,9, para Ascaris lumbricoides 71,6 e 72,5, para Schistosoma mansoni 7,6 e 17,7 e para Trichuris trichiura 86 e 85. A contagem dos ovos com e sem o conservador foi, respectivamente, 264 e 539 para os Ancilostomídeos, 13816 e 33751 para A. lumbricoides, 55,5 e 63,5 para S. mansoni e 1345 e 2068 para T. trichiura. Os autores não confirmaram a vantagem do uso de azida sódica para estudo em áreas endêmicas. Sugerem que o ressecamento das fezes e a baixa intensidade das infecções possam explicar os resultados desfavoráveis do presente ensaio clínico.
Resumo:
Foram estudados retrospectivamente os prontuários de 15 pacientes portadores de leishmaniose e 28 pacientes de paracoccidioidomicose, nas formas de acometimento de mucosa oronasofaringolaringeana, atendidos na Escola Paulista de Medicina de 1986 a 1990. Estes pacientes foram comparados com relação às seguintes variáveis: sexo, idade, tempo de evolução da doença, topografia da lesão e queixas clínicas. Sexo, tempo de evolução da doença, topografia de lesão em septo nasal, palatos, língua e lábios, e queixa clínica com relação a dor em cavidade oral, disfagia/odinofagia e obstrução nasal apresentaram diferença estatisticamente significante em sua ocorrência nos dois grupos de pacientes. Os autores consideram estes achados relevantes na diferenciação clínica entre as duas moléstias.
Resumo:
Realizou-se um levantamento soroepidemiológico na cidade de Londrina - Paraná, para leptospirose, em 49 indivíduos não expostos a risco, 75 trabalhadores da limpeza pública, 55 indivíduos com atividade em ambiente hospitalar e 29 trabalhadores do Departamento de Água e Esgoto. Dos 208 soros analisados pela reação de soroaglutinação microscópica, 28,4% apresentaram aglutininas antileptospira. A maior positividade foi encontrada nos soros dos trabalhadores da limpeza pública (46,7%).
Resumo:
A intradermorreação de Montenegro, um teste de hipersensibilidade tardia, é um método muito utilizado no diagnóstico auxiliar da leishmaniose tegumentar americana (LTA) humana. Entretanto, são escassos os relatos a respeito das alterações histológicas induzidas experimentalmente peto teste cutâneo, sobretudo no cão. Frente a isso, a nível de campo, foram comparados dois testes cutâneos para diagnóstico da leishmaniose tegumentar canina (LTC), utilizando-se o LeishvacinR e o P10.000G como antígenos. Nos cães que receberam o PIO.OOOG, constatou-se reação inflamatória mais evidente e difusa que nos testados com o LeishvacinR.
Resumo:
Os autores relatam o caso de um paciente procedente do Município de Barreirinhas, MA, portador de leishmaniose cutânea disseminada, que apresentava 58 lesões distribuídas pelo corpo, sob os mais variados aspectos com predominância da lesão ulcerada. Discutem a dificuldade do diagnóstico laboratorial na fase inicial da investigação e suas implicações com a terapêutica. O parasita isolado e caracterizado pela técnica de anticorpos monoclonais foi a Leishmania viannia braziliensis. Esta forma da doença é diferente da leishmaniose cutânea difusa, encontrada no Maranhão, cujo agente etiológico é a Leishmania (Leishmania) amazonensis, responsável pela grande maioria dos casos de leishmaniose tegumentar naquele Estado. Os possíveis mecanismos de disseminação das lesões são também discutidos neste trabalho.
Resumo:
Em dois pacientes, com suspeita clínica de linfoma ou escrofuloderma - por apresentarem linfadenopatias cervicais importantes o estudo dos linfonodos removidos para exame histológico revelou um processo necrótico-granulomatoso e a presença de leishmanias (amastigotas) no interior de macrófagos. Lesões cutâneas ou em membranas mucosas, características da leishmaniose tegumentar americana, não foram percebidas, embora um dos pacientes viesse posteriormente a desenvolvê-las, como provável efeito de tratamento para toxoplasmose. O achado fundamenta a suspeita de que os agentes da doença, após penetrarem no organismo do hospedeiro, podem alojar-se em órgãos do sistema monocítico-fagocitário, aí permanecendo durante muito tempo, talvez mesmo por toda a vida do indivíduo infectado. Eventualmente, sob a ação de fatores diversos, capazes de afetar a resistência do hospedeiro, migrariam os parasitos para a pele ou as mucosas, determinando lesões secundárias ou de reativação.
Resumo:
Foram examinadas, para pesquisa de Cryptosporidium pelo método de Heine,fezes de nove bezerros com criptosporidíase, após utilização prévia de dois diferentes desinfetantes. Quanto ao formol a 10%, notou-se que não houve interferência na identificação dos oocistos, em período compreendido entre cinco minutos e 72 horas; ao ser usado o hipoclorito de sódio a 14,5%, verificou-se que depois de 30minutos os ooçistos apresentaram-se avermelhados e sem refração, dificultando o reconhecimento. Assim, recomenda-se a adição de formol a 10% à matéria fecal, conforme a etapa referida, para coibir o risco de infecção de laboratoristas pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), quando usada para diagnóstico atécnica mencionada.
Resumo:
Um caso de leishmaniose visceral em associação com a síndrome da imunodeficiência adquirida em paciente do sexo masculino, com 32 anos de idade é relatado, tendo a protozoonose sido responsável pelo óbito do paciente. À necropsia, a leishmaniose visceral manifestou-se de uma forma atípica, com intenso parasitismo visceral, comprometendo órgãos não comumente atingidos pela doença, tais como adrenais, rins, pulmão e cérebro. Os órgãos do sistema fagocítico mononuclear foram intensamente afetados e macrófagos parasitados foram observados na luz de pequenos vasos em vários tecidos. Foi realizado estudo imuno- histoquímico de amostras tissulares de baço, linfonodo e cérebro, comprovando-se a presença de material antigênico relacionado com a leishmânia.