1000 resultados para FATORES HUMANOS NO TRABALHO
Resumo:
RESUMO Objetivou-se, neste artigo, disponibilizar uma medida quantitativa de condições favoráveis e desfavoráveis à criatividade no ambiente de trabalho, concebida como um processo de produção de ideias novas e de valor para determinado contexto. Decidiu-se, inicialmente, aprimorar um instrumento já validado com fins semelhantes. A aplicação de survey para validação da nova medida, composta de 63 itens, foi feita em uma amostra de 409 analistas de uma empresa brasileira de pesquisa. Foram realizadas as análises semântica e dos juízes, com posterior análise fatorial e de confiabilidade dos itens. Obtiveram-se duas escalas distintas: uma que continha seis fatores que manifestam condições facilitadoras e três que retratam barreiras à expressão da criatividade no ambiente de trabalho. O instrumento foi denominado de Indicadores de Condições para Criar no Ambiente de Trabalho (ICCAT) e mostra-se como uma medida robusta e atualizada, com a redução de 97 para 60 itens, com cargas fatoriais elevadas, bem como índices de confiabilidade mais altos que a medida anterior. O índice de variância total explicada foi superior a 50%. Sugerem-se novas aplicações, a fim de verificar se a estrutura fatorial se confirma. Destaca-se a relevância de se disponibilizar tal medida para aplicação em pesquisas futuras, bem como para diagnósticos organizacionais.
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Este trabalho aborda a Unidade Centro de Material no contexto hospitalar, e os seus aspectos organizacionais, relacionados ao dimensionamento, zoneamento, recursos materiais e humanos.
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Desenvolveu-se um estudo em Osasco, na Grande São Paulo, para conhecer os principais problemas de saúde percebidos por metalúrgicos em seus locais de trabalho e as ações necessárias, por eles sugeridas para preveni-los ou minimizá-los. Com este objetivo, 452 trabalhadores foram entrevistados. Os dados foram coletados por meio de questionários que perguntavam quais os 5 principais problemas de saúde em seus locais de trabalho e, desses, qual o mais importante. Também se perguntou o que os supervisores, gerentes e trabalhadores poderiam fazer para evitar ou minimizar os problemas de saúde e riscos ambientais, considerados como constituindo os mais importantes entre os anteriormente mencionados. De acordo com suas respostas, muito embora o risco químico fosse o mais freqüentemente mencionado, as sugestões referentes a ações a serem desencadeadas prenderam-se a fatores psico-sociais, ou seja, a problemas humanos da administração e do comportamento organizacional.
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O presente estudo teve por objetivo explicitar e compreender as Representações Sociais das enfermeiras acerca do trabalho em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e os modos de expressão do sofrimento e do prazer ligados a esse trabalho. Foram realizadas entrevistas com seis enfermeiras das UTIs de Clínicas Médica, Cirúrgica e Pediátrica de uma instituição de ensino. A análise dessas representações possibili tou a apreensão da dimensão simbólica do trabalho, nos âmbitos: psicossocial (individual), sociodinâmico (grupo) e institucional (instituição).Constatamos também que o trabalho na UTI proporciona prazer às enfermeiras, apesar do desgaste emocional ser intenso. Este estudo permitiu ampla reflexão sobre a problemática e evidenciou a necessidade de aprofundar o estudo na dimensão subjetiva e simbólica que este trabalho compreende, como um ponto importante na administração de recursos humanos em enfermagem.
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A sobrecarga de trabalho, relacionamento e comunicação, características da Instituição e poluição ambiental foram os agentes estressores organizacionais mais citados neste estudo composto por 30 enfermeiras, sendo que a melhoria no planejamento do trabalho, o aspecto de humanização, adequação dos recursos humanos, melhora na comunicação e educação continuada, dentre outras, foram as sugestões identificadas para melhorar estes agentes estressores. Como agentes estressores extra organizacionais, os mais citados foram problemas econômicos e familiares e distância do trabalho / transporte.
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Foi realizado um estudo descritivo com trabalhadores de enfermagem para avaliar determinados aspectos epidemiológicos dos acidentes de trabalho acontecidos. No período de 1² de janeiro a 30 de junho de 1995 foram estudados 100 acidentes do trabalho ocorridos, o que correspondem a 8,2% de incidência acumulada no período para uma população de 1.218 trabalhadores pesquisados. Como síntese o estudo reconstroi o acidente do trabalho acontecido e os múltiplos fatores de risco presentes nas condições de trabalho de trabalhadores de enfermagem de um hospital universitário.
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O atendimento na Parada Cardiorrespiratória (PCR) exige rapidez, eficiência, conhecimento científico e habilidade técnica. Ainda, faz-se necessário uma infra-estrutura adequada e a realização de um trabalho harmônico e sincronizado, pois a atuação em equipe é necessária para se atingir a recuperação do paciente. Os fatores iatrogênicos relacionados ao atendimento a PCR, na Unidade de Terapia Intensiva, podem ser resultantes de inexperiência profissional, insuficiência de pessoal e problemas de material e equipamentos. Daí a importância de preparar a equipe para ministrar assistência adequada, pois a reanimação deve restaurar o processo de vida e não prolongar o processo de morte.
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Este estudo tem como objetivos conhecer as representações sociais dos trabalhadores de enfermagem não enfermeiros acerca do trabalho na UTI, os modos de expressão do sofrimento e prazer e as formas de enfrentamento do sofrimento ligados a esse trabalho. Adota como referencial teórico-metodológico a Teoria das Representações Sociais. Os dados são obtidos por meio de entrevistas semi-estruturadas e analisados com a técnica de análise de conteúdo, especificamente, a análise de enunciação. As representações evidenciam que, para suportarem a dor, o sofrimento e a morte do paciente, utilizam-se de diversos mecanismos individuais de defesa, classicamente descritos pela Psicopatologia e pela Psicanálise.
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Foi desenvolvido um estudo transversal com 651 trabalhadores de diferentes ocupações. Os participantes responderam a um instrumento de coleta de dados gerais, ocupacionais e relativos ao estilo de vida, além do "Índice de Capacidade para o Trabalho", desenvolvido por pesquisadores finlandeses. Na análise dos fatores associados à ocorrência da doença, em estudos relativos às características sociodemográficas, foram identificados ser do gênero feminino, ter mais idade e ter baixa escolaridade. Em relação às características do trabalho, a associação à doença ocorreu naqueles com exigência predominantemente física, na maior duração semanal do segundo emprego, no maior tempo de trabalho na instituição. Quanto ao estilo de vida, estiveram associados à ocorrência de doença a obesidade, a longa duração das atividades domésticas e a não-realização de atividades de lazer.
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A humanização do ambiente hospitalar não se concretiza se estiver centrada unicamente em fatores motivacionais externos ou somente no usuário. Um programa de humanização necessita ser assumido como um processo de construção participativa que requer respeito e valorização do ser humano que cuida. Pautado em valores e princípios humanos e éticos e em idéias de Freire, este trabalho tem por objetivo explicitar como se desencadeou um processo de humanização, numa instituição hospitalar, centrado, inicialmente, no trabalhador, mediante a problematização coletiva da realidade concreta e a construção de relações dialógicas, horizontais e reflexivas. A proposta possibilitou maior compreensão do significado de humanização, com o resgate de iniciativas anteriores de humanização já adotadas, a adoção de um Banco de Idéias como um espaço para a emersão de subjetividades, a organização de ambientes coletivos acolhedores e uma maior aproximação entre a direção e trabalhadores.
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O objetivo geral foi identificar as expectativas dos pais e da equipe de enfermagem relativas ao trabalho da enfermeira pela ótica em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Foi realizada uma pesquisa descritiva por meio de uma abordagem qualitativa com 30 entrevistas entre pais, enfermeiras, técnicas e auxiliares de enfermagem de uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do interior do Estado de São Paulo. Os resultados demonstraram novas expectativas por parte de pais e profissionais em relação ao desempenho dos profissionais de enfermagem. Os conhecimentos evidenciados como necessários para a atuação da enfermagem foram: abordagem centrada na família, técnicas de relações interpessoais e diferenciação entre tecnologia e conhecimento científico. Concluiu-se ser necessário uma atuação mais incisiva da enfermeira no cuidado de enfermagem, adequando a utilização dos avanços tecnológicos com conhecimentos humanos, sobretudo nas relações interpessoais entre familiares e equipe; contemplando atividades de educação continuada, a exemplo de curso de especialização.
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Trata-se de estudo descritivo com objetivo de analisar as atividades desenvolvidas pelos enfermeiros nas unidades de internação de um hospital-escola. Foi realizada entrevista com 20 enfermeiros da Maternidade e das Clínicas Médica, Cirúrgica e Pediátrica. Os resultados demonstraram que os enfermeiros se dedicam às atividades assistenciais, seguidas das administrativas, relacionadas ao sistema de informação e educativas. Além disso, foi constatado que os enfermeiros se deparam com diversos fatores que dificultam sua atuação, como a falta de recursos humanos, infra-estrutura, valorização do trabalho e do trabalhador de enfermagem, organização do serviço e integração dos membros da equipe multidisciplinar.
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O objetivo deste trabalho foi identificar fatores associados (FA) à hipertensão arterial e verificar níveis pressóricos de adolescentes trabalhadores. Foram entrevistados 193 adolescentes, sendo 135 homens e 58 mulheres, entre 16 e 18 anos. Após cinco minutos sentados, mediu-se a circunferência braquial e determinou-se a pressão arterial (PA), usando manguito de largura correta (MLC) e padrão (MLP). Os valores obtidos foram relacionados aos FA encontrados. As médias pressóricas, considerando todos os adolescentes, foram 105,2/60,9 mmHg (MLC) e 101,0/57,9 (MLP-p<0,05). Dentre os FA encontrados, apenas a cor e a ingestão de bebidas alcoólicas foram associadas ao aumento da PA. O uso do MLC permitiu a detecção de maior número de hipertensos e limítrofes que o uso do MLP. Todos apresentaram FA. Pode-se concluir que há vários FA com hipertensão arterial nessa população, alguns deles já causando elevação da PA. Estudos como este deveriam ser realizados freqüentemente entre adolescentes, pois seus níveis pressóricos podem pre-dizer hipertensão na fase adulta.
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Pesquisa de campo, prospectiva, quantitativa, descritiva-exploratória, realizada na UTI geral/adulto de um hospital privado do município de São Paulo. Objetivos: avaliar o NAS - Nursing Activities Score - como medida de carga de trabalho de enfermagem; sua aplicabilidade por turnos e sua correspondência com o quantitativo de enfermagem efetivo. Classificados 33 pacientes: idade média: 70,4 anos (+/-16,5), 66,7% do sexo masculino; permanência média na UTI: 17 dias (+/- 20,4); SAPSII: 41,7 (+/-17,9); risco de morte: (RM) 33,5% (+/- 26,8); 63,6% transferidos para Unidades de Cuidados Semi-Intensivos, 18,2% evoluíram a óbito. Obtiveram-se 396 medidas por turnos (134-manhã; 132-tarde; 130-noturno), média de 55,4 (+/-12,3) e 147 medidas de NAS de 24h, média de 69,6 (+/-18,2). O instrumento mostrou-se mais adequado à aplicação em 24 horas que por turnos, tendendo a refletir o número de profissionais efetivo, revelando-se interessante instrumento de classificação de pacientes e carga de trabalho de enfermagem em terapia intensiva.
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A pesquisa, de natureza qualitativa, teve como núcleo de interesse investigativo as representações e as significações que um grupo de Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) possui acerca das vulnerabilidades para o sofrimento no trabalho a que estão expostos, assim como as próprias manifestações deste sofrimento ao desempenharem suas ações relativas ao Programa de Saúde da Família (PSF).A entrevista semi-estruturada com um grupo de ACSs, explorou o significado de ser ACS e a percepção da organização do trabalho; a análise foi embasada no referencial teórico-metodológico da hermenêutica e nas teorias relacionadas à psicodinâmica do trabalho. Os achados mostram a existência de uma importante vulnerabilidade ao sofrimento, gerada principalmente pela ideação idealizada da própria prática e pela escassa perspectiva de rearranjo dos ingredientes constitutivos da organização do trabalho, já que este profissional depende de fatores alheios ao seu espectro de alcance, que inclui as limitações do modelo assistencial proposto pelo PSF.