1000 resultados para Densidade Básica e Pilodyn
Resumo:
OBJETIVO: avaliar a associação de fatores epidemiológicos, antropométricos, reprodutivos e hormonais com a densidade mamográfica de mulheres na pós-menopausa. MÉTODOS: estudo retrospectivo, tipo corte transversal, incluindo 144 mulheres com idade igual ou superior a 45 anos, com no mínimo 12 meses de amenorréia e não usuárias de terapia de reposição hormonal nos últimos seis meses. Foram revisados os prontuários médicos, avaliando-se: idade, peso, altura, índice de massa corpórea (IMC), paridade, idade à menarca, idade à menopausa e os níveis dos hormônios estradiol, folículo-estimulante (FSH) e luteinizante. As mamografias foram analisadas nas incidências crânio-caudal e médio-lateral oblíqua por dois examinadores, de forma cega, sendo classificadas em densas e não densas, segundo os critérios de Wolfe. Na análise estatística, utilizou-se a freqüência, mediana, valores mínimo e máximo, teste de Wilcoxon e odds ratio. Foi realizada análise de regressão logística múltipla, utilizando o processo de seleção passo a passo, com nível de significância de 5%. RESULTADOS: a freqüência de mamas densas foi de 45%. As mulheres com mamas consideradas densas apresentaram menor peso (60,5 vs 71,9 kg - p<0,01), menor IMC (25,9 vs 31,0 kg/m² - p<0,01), menor tempo de pós-menopausa (6,0 vs 10,0 anos - p<0,01) e maiores níveis de FSH (75,2 vs 60,3 mU/mL - p<0,01). A probabilidade de apresentar mamas densas diminuiu em mulheres com peso superior a 67 kg (OR = 4,0; IC 95%: 1,50-10,66), IMC superior a 30 kg/m² (OR = 6,69; IC 95%: 2,54-17,65), com mais de dois partos (OR = 7,84; IC 95%: 1,67-36,81), tempo de pós-menopausa maior ou igual a sete anos (OR = 2,05; IC 95%: 1,05-3,99) e níveis de FSH inferiores a 134,8 mU/mL. CONCLUSÃO: o peso, IMC, paridade, o tempo de menopausa e níveis de FSH associaram-se significativamente aos padrões de densidade mamográfica.
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OBJETIVO: correlacionar os níveis de leptina com a densidade mineral óssea (DMO) em mulheres na pós-menopausa. MÉTODOS: neste estudo de corte transversal foram incluídas 22 mulheres na pós-menopausa, sendo avaliadas a DMO na coluna lombar (CL) e colo do fêmur (CF) por densitometria óssea de dupla emissão e a concentração sérica de leptina por radioimunoensaio. Análise estatística foi realizada utilizando análise de variância e teste de Dunn (intergrupos) e teste de correlação de Pearson, sendo adotado nível de significância de 5%. RESULTADOS: os valores médios da DMO foram 0,898 ± 0,14 g/cm² na CL e, 0,760 ± 0,15 g/cm² no CF. A concentração média de leptina na amostra total foi de 17,2 ± 9,4 ng/ml, não havendo diferenças significativas entre as pacientes com DMO normal, osteopenia e osteoporose (18,6 ± 7,8, 18,9 ± 9,9 e 15,6 ± 10,6, respectivamente; p > 0,05). Não foram observadas correlações significativas entre o nível de leptina e a DMO, tanto em relação à amostra total, quanto em relação aos grupos com osteoporose e/ou osteopenia. Houve correlação positiva entre os níveis de leptina e o índice de massa corporal (IMC) (r = 0,66; p = 0,0044). CONCLUSÕES: não houve correlação direta entre os níveis de leptina e DMO em mulheres na pós-menopausa, porém houve correlação positiva significativa entre a leptina e o IMC, sugerindo que um possível efeito indireto desse hormônio sobre a massa óssea.
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OBJETIVOS: avaliar a densidade mamográfica antes e após um ano de terapia de reposição hormonal. METODOLOGIA: participaram 70 mulheres climatéricas, admitidas em Ambulatório do Climatério. As pacientes usaram, regularmente, a TRH estrogênica ou estroprogestativa por um ano, possuíam uma mamografia basal e, outra após um ano de TRH. Os esquemas de TRH possuíam a mesma bioequivalência hormonal. Foram avaliados: a densidade mamográfica antes e após um ano de TRH, faixa etária, estado da função ovariana, índice de massa corporal, relação cintura/quadril, e o tabagismo. A densidade mamográfica foi avaliada segundo BI-RADS do Colégio Americano de Radiologia (1998), e classificada em: A) mamas inteiramente lipossubstituídas, B) mamas lipossubstituídas com parênquima glandular disperso, C) mamas heterogeneamente densas e D) mamas extremamente densas. Foi proposta subdivisão das categorias em A e A1, B e B1, C e C1, D e D1, às quais atribuiram-se escores iniciais (antes da TRH) e finais (após um ano de TRH), que variaram de 1 a 8, respectivamente. Foram computadas as proporções de mulheres que mostraram aumento, diminuição ou não modificaram a densidade mamográfica, após 1 ano de TRH. Além disso, calcularam-se variações nos escores iniciais e após um ano de TRH, utilizando-se o teste t pareado do SPSS. RESULTADOS: a densidade mamográfica aumentou em 22,9%, diminuiu em 7,1; e em 70% permaneu inalterada. Constatamos diferença nas médias dos escores basal (2,2 ± 1,82) e após um ano da TRH (2,5 ± 1,9) (p = 0.019). A relação cintura/quadril foi significativamente maior (0,87) nas mulheres que mostraram aumento da densidade mamográfica, quando comparadas àquelas que mostraram diminuição ou não alteraram a densidade mamográfica (0,82), após um ano de TRH. CONCLUSÕES: a TRH, após um ano de uso, pode aumentar a densidade mamográfica, principalmente em mulheres com distribuição da gordura corporal tipo androgênica.
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OBJETIVO: Avaliar a presença dos polimorfismos HaeIII e MspI do gene para o receptor de estrogênio alfa, bem como fatores clínicos e suas possíveis associações com a densidade mamográfica em mulheres após a menopausa. MÉTODOS: Foram avaliadas 115 mulheres após a menopausa, não usuárias de terapia hormonal e sem lesão mamária clínica ou mamograficamente identificada. A densidade mamográfica foi determinada por três observadores independentes, tomando-se como base a classificação dos padrões mamográficos do ACR-BIRADS®, 2003 (duas avaliações subjetivas e uma computadorizada - Adobe Photoshop® 7.0). Amostras de raspado bucal foram obtidas para extração de DNA e em seguida foi realizada uma PCR-RFLP (Polymerase Chain Reation - Restriction Fragment Length Polymorphism) para análise de polimorfismos presentes no íntron 1 e éxon 1 do gene do REalfa (HaeIII e MspI). RESULTADOS: O polimorfismo HaeIII foi encontrado em 43 (37,4%) das 115 mulheres, ao passo que o MspI estava presente em 96 (83,5%) das mesmas. Houve alto grau de concordância entre os três observadores na determinação da densidade mamográfica. Trinta e quatro (29,6%) mulheres tinham mamas densas, e 81 (70,4%), mamas lipossubstituídas. CONCLUSÃO: Não houve associação entre o polimorfismo HaeIII do gene para o receptor de estrogênio alfa e densidade mamográfica (Fisher = 0,712). Houve associação próxima à significância estatística entre o polimorfismo MspI e densidade (Fisher = 0,098). Idade, paridade e índice de massa corporal mostraram-se associados com densidade mamográfica.
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OBJETIVO: avaliar a densidade mamográfica (DM) de mulheres na pós-menopausa submetidas ao tratamento com raloxifeno. MÉTODOS: em estudo aberto prospectivo, não randomizado, avaliaram-se 80 mulheres (média de idade=61,1 anos). Quarenta pacientes receberam 60 mg/dia de raloxifeno e 40 mulheres compuseram o grupo não tratado (controle), pareadas pela idade e tempo de menopausa. O grupo tratado foi composto por pacientes com osteoporose da coluna lombar. Foram excluídas aquelas com história de cirurgia mamária e usuárias de terapia hormonal (TH) até seis meses prévios. A DM foi avaliada de forma qualitativa (subjetiva) e quantitativa (objetiva) em dois momentos: inicial e após seis meses de seguimento. As 320 mamografias (crânio-caudal e oblíqua) foram interpretadas qualitativamente pela classificação do Breast Imaging Reporting and Data System (BI-RADS) e quantitativamente pela digitalização computadorizada da imagem. Para análise estatística empregaram-se os testes t, Wilcoxon Mann-Whitney, correlação de Spearman e teste de concordância de kappa. RESULTADOS: na comparação estatística inicial, os grupos foram homogêneos para todas as variáveis analisadas (idade, tempo de menopausa, paridade, amamentação, TH prévia e índice de massa corpórea). Na DM inicial, pelos métodos qualitativo e quantitativo, houve correlação negativa com a idade, em ambos os grupos (p<0,05). Para as demais variáveis analisadas, não houve correlação significativa. Após seis meses não se encontrou alteração na DM em 38 usuárias de raloxifeno e 38 controles pela análise qualitativa, enquanto que pela análise quantitativa, a imagem manteve-se inalterada em 30 usuárias de raloxifeno e em 27 controles (p>0,05). Observou-se fraco valor de concordância (kappa=0,25) entre a classificação de BI-RADS e a digitalização da imagem. CONCLUSÕES: mulheres na pós-menopausa com osteoporose, submetidas ao tratamento com raloxifeno por seis meses, não apresentaram alterações no padrão de DM.
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OBJETIVO: avaliar a variação da população de folículos ovarianos ao longo do desenvolvimento fetal e acrescentar dados aos escassos, incompletos e, algumas vezes, divergentes dados descritos na literatura. MÉTODOS: doze ovários de fetos necropsiados foram estudados, sendo nove de fetos e três de neonatos. As idades dos fetos foram determinadas pela cronologia e por ultra-sonografia, enquanto os neonatos nascidos na 39ª semana de gravidez faleceram nas primeiras horas de vida. As peças foram fixadas com formaldeído e incluídas em parafina. Foram realizados cortes seriados com espessura de 7 mm e a cada 50 cortes, o material foi corado com HE e analisado com microscópio com aumento de 400 vezes. Foram contados os folículos em dez diferentes regiões do córtex ovariano, cada região com uma área de 625 mm². O número total de folículos em 1 mm³ foi calculado usando-se a fórmula: Nt=(No x St x t)/do, onde Nt é o número de folículos, No é a média de folículos observados em 1 mm², St é o total de cortes em 1 mm³ do ovário, t é a espessura do corte e do é o diâmetro médio do núcleo. RESULTADOS: a idade dos fetos variou de 24 a 39 semanas. O número de folículos por 0,25 mm² variou de 10,9 ± 4,8 em um neonato até 34,7 ± 10,6 também em um neonato. Entre os fetos, tivemos o menor valor com 36 semanas (11,1 ± 6,2) e o maior valor com 28 semanas (25,3 ± 9,6). O número de cortes observados por ovário variou de seis a 13, correspondendo à contagem de folículos em áreas que variaram de 15 a 32,5 mm². O total de folículos estimado variou de 500.000, na idade de 22 semanas, a mais de 1.000.000, na idade de 39 semanas. CONCLUSÕES: nossos resultados demonstram as diferentes densidades de folículos ovarianos durante o período gestacional, contribuindo para o escasso conhecimento existente na literatura até o momento.
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OBJETIVO: avaliar o consumo de cafeína em gestantes e sua associação com variáveis demográficas, socioeconômicas, reprodutivas e comportamentais e com o estado nutricional materno. MÉTODOS: trata-se de estudo do tipo transversal, realizado entre 2005 e 2007. A presente análise refere-se ao período entre a oitava e a 13ª semana gestacional, sendo realizada com 255 gestantes entre 18 e 40 anos, usuárias de uma Unidade Básica de Saúde no município do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. A variável "desfecho"foi o consumo de cafeína quantificado por meio de questionário de freqüência alimentar semiquantitativo, previamente validado, o qual continha uma lista de alimentos com 81 itens e oito opções de freqüência de consumo. A ingestão de cafeína foi quantificada a partir do consumo de: chocolate em pó/Nescau®, chocolate em barra ou bombom, refrigerante, café e mate. A análise estatística foi realizada por meio de modelo hierarquizado de regressão linear múltipla. RESULTADOS: a mediana e o consumo médio de cafeína foram, respectivamente, de 97,5 e 121,1 mg (desvio padrão, dp=128,4). Já o consumo elevado da substância (>300 mg/dia) foi observado em 8,3% das gestantes. No modelo multivariado, observou-se que mulheres cuja menarca ocorreu mais cedo (β=-0,15), com maior número de pessoas vivendo na casa (β=0,17) e que não faziam uso de medicamentos (β=-0,24) apresentaram maior tendência ao consumo elevado de cafeína e esta foi estatisticamente significativa (p<0,05). CONCLUSÕES: o consumo de cafeína pela maioria das gestantes foi inferior ao limite de 300 mg/dia preconizado em outros estudos. Observou-se tendência ao consumo elevado de cafeína nas gestantes cuja menarca ocorreu mais cedo, com maior número de pessoas vivendo na casa e que não faziam uso de medicamentos.