Incentivos governamentais em PPP: uma análise por op����es reais

Em novembro de 2005, o Governo do Estado lan��ou edital de licita����o para servi��os de transporte de passageiros da Linha 4 do Metr�� de S��o Paulo. Neste trabalho, utilizamos a metodologia de op����es reais para modelar o impacto dos incentivos governamentais existentes no contrato de concess��o sobre o valor do projeto, determinar o grau de redu����o de risco obtido e o seu custo para o Estado. Os resultados indicam que estes incentivos s��o eficazes em reduzir o risco do projeto e aumentam o seu resultado em 36%, a um custo para o Estado de 5% do valor total do projeto. Adicionalmente, analisamos tamb��m a rela����o custo/benef��cio para o Estado de modelos alternativos de mitiga����o de risco e mostramos que, sem aumentar o custo para o Governo, a efic��cia desse mecanismo pode ser incrementada aumentando-se o peso da parcela de garantia de demanda em rela����o �� parcela de contrapresta����o.

Competitividade das na����es: análise da m��trica utilizada pelo World Economic Forum

A competitividade das na����es �� assunto relevante aos tomadores de decis��o quando se trata da escolha do pa��s que poder�� render melhores resultados aos investimentos. Nessa linha, busca-se analisar a m��trica de competitividade dos pa��ses utilizando conceitos da estat��stica multivariada, a fim de simplificar e evitar resultados d��bios quanto ao tema. Para isso, utilizaram-se as bases de dados de 2010 publicadas pelo World Economic Forum (WEF), que utiliza 12 pilares para estabelecer a condi����o competitiva de 133 pa��ses. Verificou-se que a m��trica utilizada pelo WEF �� redundante, j�� que utiliza pilares que representam o mesmo constructo. Verificou-se, ainda, que a prontid��o tecnol��gica explica a competitividade do pa��s em 86,5% e que a combina����o entre estabilidade macroecon��mica, qualidade do ensino superior e sofistica����o dos neg��cios eleva esse percentual para 95,7%.

Pol��tica das UPPs e espa��os organizacionais prec��rios: uma análise de discurso

O objetivo deste trabalho foi identificar as finalidades encobertas do programa de Unidades de Pol��cia Pacificadora (UPPs) e as inten����es ��ltimas a que serve, revelando, assim, as rela����es de poder e domina����o a que est��o submetidas as popula����es moradoras de espa��os organizacionais prec��rios, por meio do uso teleol��gico da pol��tica de pacifica����o de favelas do governo do Estado do Rio de Janeiro. Para tanto, foi utilizado o m��todo de análise cr��tica do discurso na avalia����o dos pronunciamentos realizados em um evento ocorrido na C��mara Municipal, em homenagem ao ent��o coronel respons��vel pela coordenadoria de pol��cias pacificadoras. Os resultados desvelam a vis��o submissa com que os moradores de favela s��o tratados, orientando a pol��tica p��blica principalmente para a ocupa����o desses espa��os e conten����o dos problemas existentes nesse territ��rio, para que n��o sejam sentidos no restante da cidade.

Legitimidade, governan��a corporativa e desempenho: análise das empresas da BM&F Bovespa

Neste artigo, avaliamos como a legitimidade condiciona o valor de mercado das empresas listadas na BM&F Bovespa. Especificamente, analisamos como a ades��o ao Novo Mercado modera o efeito da legitimidade no valor da empresa. Para tanto, investigamos 348 organiza����es, entre os anos de 2002 e 2007, o que gerou um total de 1.357 observa����es. Verificamos que a ades��o ao Novo Mercado, o prest��gio dos conselheiros e a reputa����o da empresa afetam significativamente o valor de mercado. Quando seccionadas as organiza����es de acordo com o n��vel de governan��a, verificamos que as origens cultural-cognitivas e normativas da legitimidade afetaram significativamente o valor de mercado nos grupos com menor grau de governan��a, enquanto que entre as empresas do Novo Mercado a influ��ncia n��o foi significativa. Diante desses resultados, podemos concluir que a legitimidade �� um importante fator de explica����o da variabilidade do desempenho de empresas de capital aberto, em que a presen��a em listagens diferenciadas de governan��a condicionou a influ��ncia das demais origens da legitimidade no valor de mercado.

Clusters e APL's: análise bibliom��trica das publica����es nacionais no per��odo de 2000 a 2011

O objetivo do presente estudo �� analisar as publica����es cient��ficas sobre clusters e arranjos produtivos locais (APL's) no Brasil, no per��odo de 2000 a 2011. Realizou-se a pesquisa em peri��dicos, classificados pela Qualis (Capes), das ��reas de Administra����o, Economia e Engenharia, obtendo-se um total de 80 artigos. A análise permitiu identificar as caracter��sticas das publica����es quanto ��s abordagens metodol��gicas e os m��todos de pesquisa, os autores mais referenciados, os clusters e APL's pesquisados e os temas mais estudados. Verificou-se a tend��ncia das pesquisas recentes de empregar abordagens te��ricas com maior ��nfase na quest��o da coopera����o. Constatou-se que a pesquisa emp��rica, em geral, restringe-se a identificar a exist��ncia de clusters em determinadas localidades e a descrev��-los com base no tema de pesquisa escolhido. Portanto, existe uma oportunidade para avan��o da pesquisa e para uma efetiva contribui����o para o desenvolvimento da teoria.

O peso do varejo, o peso no varejo e a identidade: uma análise de consumidoras plus size

Este trabalho estuda o conceito de identidade sob a ��tica do consumo feminino de moda plus size. Foram realizadas 14 entrevistas fenomenol��gicas, observadas por uma perspectiva hermen��utica. Tr��s categorias tem��ticas emergiram dos dados: a constru����o da identidade pela moda, o que envolve ser plus size e estrat��gias criativas para lidar com a configura����o do portf��lio de produtos no varejo, que n��o favorece mulheres plus size. Entre os principais resultados, destacam-se a forma pela qual o termo plus size age como estigma, influenciando os projetos identit��rios das consumidoras, o papel do varejo na estigmatiza����o e a saga quase epopeica das compras, que envolve at�� um "mercado negro" com as vendedoras.

Fragmenta����o do conhecimento cient��fico em administra����o: uma análise cr��tica

Este estudo objetiva retomar a discuss��o da fragmenta����o da ci��ncia, explorar como esse fen��meno manifesta-se em Administra����o e quais suas implica����es para o avan��o do conhecimento cient��fico. Para tanto, utilizou-se a interface entre os campos de Opera����es e Recursos Humanos como caso ilustrativo. A metodologia adotada foi o estudo bibliom��trico por meio de um mapeamento estruturado da produ����o cient��fica dessas duas grandes ��reas. Os resultados indicaram que ambas evolu��ram de modo independente, com pouca sinergia entre os autores dos diferentes campos. Foram evidenciados fatores que ressaltam a fragmenta����o (vis��es epistemol��gicas, prefer��ncias metodol��gicas e distanciamento entre os autores). Finalmente, buscou-se provocar a reflex��o quanto ��s oportunidades oferecidas pelo interc��mbio entre ��reas para a evolu����o do conhecimento.

OTIMIZA����O DE PORTF��LIOS: AN��LISE DE EFICI��NCIA

Este artigo tem como objetivo analisar o comportamento de uma carteira de ativos selecionados por meio da Análise Envolt��ria de Dados (DEA), otimizada pela abordagem de Sharpe, e compar��-la a carteiras de ativos obtidas somente com a DEA ou abordagem de Sharpe. Para isso, utilizou-se o modelo da DEA para avaliar a efici��ncia de a����es da Bolsa de Valores de S��o Paulo (Bovespa), empregando retorno, vari��ncia e outros indicadores, como vari��veis de entrada e sa��da. Utilizou-se, ainda, a abordagem de Sharpe para otimizar a composi����o da carteira. Na compara����o das carteiras, observa-se que a resultante da combina����o de ambos os modelos apresentou melhor desempenho do que as carteiras otimizadas por apenas um dos modelos.

Desempenho de fus��es e aquisi����es cross border: análise emp��rica do caso brasileiro

Este artigo tem como objetivo investigar se as aquisições realizadas por empresas brasileiras fora do País nos últimos 15 anos têm aumentado o desempenho financeiro dessas empresas. Além disso, é realizada uma análise empírica dos fatores determinantes desse sucesso, com base nas teorias institucional, sociocultural e de aprendizagem organizacional. Os resultados indicam que, de fato, as investidas cross border de companhias do Brasil melhoram o desempenho, que é positivamente impactado quando a distância cultural entre os países da adquirida e da adquirente é baixa ou média e quando o ambiente institucional no qual a empresa-alvo se encontra é desenvolvido. Já a relação entre as experiências anteriores das brasileiras em fusões ou aquisições internacionais e o desempenho de uma nova aquisição fora do País segue o formato de U invertido, enfatizando a relevância de se considerar a experiência com fusões e aquisições da empresa compradora além das características institucionais dos seus países-alvo.

Terceira Vara da Inf��ncia e da Juventude de Porto Alegre: um estudo da aplica����o da análise administrativa na moderniza����o do Estado

Este artigo descreve a experi��ncia de aplica����o da ferramenta de análise administrativa na moderniza����o da gest��o p��blica, especificamente na Terceira Vara da Inf��ncia e da Juventude da Comarca de Porto Alegre (RS). Foi realizada uma pesquisa-a����o, com os objetivos de qualificar os procedimentos de gest��o; agilizar o atendimento aos clientes e padronizar os principais processos administrativos, com vistas �� futura municipaliza����o do atendimento das medidas socioeducativas de meio aberto. A realiza����o dos trabalhos sugeriu que, apesar das estruturas estatais fortemente burocr��ticas, �� poss��vel fazer uso de t��cnicas de racionaliza����o de processos administrativos em setores espec��ficos do Estado, com resultados significativos para os usu��rios do sistema e com baixo custo de implanta����o.

Análise dos projetos de desenvolvimento dos vales dos rios Tiet�� e Paran��

Este artigo avalia as alternativas propostas para a regi��o dos vales dos rios Tiet�� e Paran��, no estado de S��o Paulo. Os projetos formalmente elaborados para a regi��o foram analisados atrav��s do m��todo da estrutura l��gica. Tal m��todo consiste em representar um projeto na forma de uma matriz 4 × 4 cujos elementos permitem a análise do projeto em quest��o pela utiliza����o de crit��rios relacionados ao m��todo cient��fico, �� análise de sistemas e ao ponto de vista da ger��ncia de programas. Os resultados encontrados demonstraram a inconsist��ncia nos planos e projetos existentes para a regi��o.

Análise comparativa do desenho normativo de institui����es reguladoras do presente e do passado

Este artigo desenvolve um modelo matricial para avalia����o do desenho normativo de institui����es reguladoras do presente e do passado (autarquias econ��micas da rep��blica "populista"). Desenho normativo �� definido como o conjunto de possibilidades de estrutura����o e de atua����o de uma institui����o que �� delimitado pelas normas jur��dicas que a criaram. O modelo �� estruturado a partir de dois par��metros principais: independ��ncia em rela����o ao poder central e transpar��ncia em rela����o �� sociedade. Foram testadas cinco hip��teses, concluindo-se que as institui����es reguladoras do presente apresentam desenhos normativos heterog��neos e que se distinguem de institui����es do passado tanto por maior independ��ncia quanto por maior transpar��ncia, sendo a diferen��a mais acentuada em rela����o ao segundo par��metro.

Os discursos e as met��foras na análise da propens��o �� participa����o: um estudo em um banco privatizado

RESUMO Este artigo apresenta as contribui����es da análise dos discursos e de suas met��foras como um caminho para investigar e compreender as articula����es que envolvem os processos de participa����o nas organiza����es. Uma discuss��o te��rica sobre privatiza����o e antiprivatiza����o, participa����o, análise do discurso e met��foras norteou uma pesquisa emp��rica qualitativa para evidenciar as articula����es para a participa����o dos trabalhadores de uma organiza����o banc��ria no Brasil, o Banespa, inserida num processo de privatiza����o. A coleta de dados foi realizada por meio de 45 entrevistas e da sele����o de documentos do movimento antiprivatiza����o. Como t��cnica de análise dos dados adotou-se a análise do discurso (AD) (Fiorin, 2001) e os dados foram tratados com base no modelo das sete dimens��es de participa����o de Sandoval (1994). Como resultado, os discursos e as met��foras confirmaram que a falta de propostas coletivas vi��veis para enfrentar a privatiza����o levou a alternativas individuais, o que se consolidou, ap��s a privatiza����o, na falta de espa��os prop��cios para a participa����o em torno de outras quest��es.

Cons��rcio de medicamentos no Paran��: análise de cobertura e custos

A redu����o de custos na compra de medicamentos �� preocupa����o constante dos administradores p��blicos. Este artigo analisa a cobertura e custos do Cons��rcio Paran�� Sa��de (CPS), constitu��do para aquisi����o de medicamentos para prefeituras do Paran��. A cobertura abrangeu os munic��pios participantes e suas popula����es. Os custos dos medicamentos adquiridos foram comparados com os valores constantes no Banco de Pre��os do Minist��rio da Sa��de (BP/MS). At�� o final de 2000, o CPS atingia 88,2% dos munic��pios e 55,6% da popula����o paranaense. Dos munic��pios participantes, 83,5% possu��am menos de 20 mil habitantes. Foram comparados os pre��os de 55 itens constantes na lista de compras do CPS e no BP/MS em 2000. Destes, 46 apresentaram pre��os menores nas compras do CPS, um teve pre��o igual e oito apresentaram pre��os maiores. A aquisi����o pelo cons��rcio teve o custo de R$ 332.397,70 (29,7%) a menos do que custaria com os pre��os apontados no BP/MS. A constitui����o do CPS mostrou-se uma boa estrat��gia administrativa de farmacoeconomia, propiciando agilidade e racionalidade no uso dos recursos financeiros, possibilitando a amplia����o do acesso da popula����o aos medicamentos.