989 resultados para tempo do aluno
Resumo:
Observou-se que, independente do substrato, aos 2 dias após a inoculação a penetração de juvenis do segundo estádio (J2)de Meloidogyne javanica nasraízes da soja foi baixa em comparação com os demais períodos. Em areia fina, maior penetração ocorreu aproximadamente aos 4,4 dias após a inoculação. Na mistura de solo + areia grossa, o aumento foi linear no intervalo de 2 a 8 dias após a inoculação. Na areia fina o número de J2 de Heterodera glycines no interior das raízes foi mais alto aos 2 dias da inoculação. Na mistura de solo + areia grossa, ocorreram menor número de J2 de H. glycines nas raízes aos 2 dias após a inoculação e tendência de aumento até o 8º dia. Na temperatura de 24ºC, ocorreu maior (P< 0,05) penetração de J2 de M. javanica indiferente da resistência da cultivar. Entretanto, na cultivar resistente a penetração não foi alterada (P< 0,05) entre 24 e 28ºC. A 32ºC ocorreu queda significante no número de J2 de M. javanica nas raízes chegando a 17,97% daquela em 28ºC e semelhante àquelas em 16 e 20ºC. Na cultivar suscetível a queda na penetração foi significante aos 28ºC e 32ºC, da ordem de 34,74% em relação a 24ºC, porém ainda mais elevada (P< 0,05) do que em 16 e 20ºC. A 12ºC não ocorreu penetração em qualquer cultivar testada. Para H. glycines, a maior penetração na cultura suscetível ocorreu à temperatura de 21,3ºC e a 22,4ºC na resistente. A 12 e 32ºC a penetração de H. glycines foi semelhante nas cultivares resistente e suscetível, porém correspondendo a aproximadamente metade daquela observada nas melhores temperaturas.
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Este artigo descreve a experiência de sete anos (1997-2003) do Repam - Retaguarda Emocional para o Aluno de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo -, enfocando especialmente os atendimentos psicoterápicos realizados. Relata o histórico do serviço, os profissionais que o compõem, seus objetivos e atividades desenvolvidas. Apresenta dados quantitativos e qualitativos sobre os atendimentos realizados, a partir de uma análise retrospectiva dos prontuários dos estudantes em psicoterapia durante esse período. Discute a experiência do Repam em relação a outros serviços com os mesmos objetivos, identificando semelhanças e especificidades. Finaliza com reflexões a respeito das vicissitudes deste tipo de trabalho, seus limites e potenciais.
Resumo:
Muitos estudos recentes incluem a auto-avaliação e a avaliação feita por pares na nota final do aluno em estágio clínico. Por muito tempo as avaliações dos estudantes de Medicina têm sido feitas exclusivamente pelos professores de forma subjetiva. Entretanto, a avaliação dos pares tem sido apontada como um bom indicador do futuro desempenho profissional, sendo considerada consistente e confiável, fornecendo informações que não poderiam ser medidas pelos métodos tradicionais. De forma complementar, a auto-avaliação também contribui para o processo de aprendizagem contínua, pois auxilia os alunos a identificarem seus pontos fortes e fracos. Embora nenhum desses dois métodos de avaliação seja rotineiramente ensinado durante o curso, esse exercício é uma valiosa intervenção para o desenvolvimento e habilitação profissional do médico. Dessa forma, as escolas médicas deveriam ajudar os alunos a compreender os princípios básicos dessas estratégias educacionais, oferecendo treinamento adequado e apoio institucional, incluindo a confidencialidade das informações.
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Verificar a percepção que os pacientes internados em um Hospital Escola (HC-UFG) têm da presença dos alunos de medicina no atendimento prestado a eles e observar outros fatores relacionados à satisfação com o atendimento. MÉTODO: Critério de inclusão: internação há menos de um ano em outro Hospital não Escola. Excluídos: Menores de 18 anos e incapazes de colaborar. Aplicado questionário, por alunas da Faculdade de Medicina da UFG, com informações sobre a internação, privacidade, comparação com outros hospitais e avaliação da presença dos alunos. Utilizados estatística descritiva, teste de Wilcoxon, c² e Regra de Sinais de Descartes. RESULTADOS: Avaliados 96 pacientes. A média das notas do HC-UFG foi 9,01±1,5, a dos outros hospitais foi 5,67±3,38. A maioria (58,33%) relatou mudança no conhecimento sobre sua doença após a internação no HC-UFG. A presença dos alunos foi avaliada como boa ou muito boa por 91,58% e despertou sentimentos positivos em 84,54% dos entrevistados. As aulas ao redor dos leitos foram consideradas agradáveis por 69,79% deles. CONCLUSÃO: O aluno tem papel relevante no atendimento prestado no Hospital Escola. Contribui para maior confiança no serviço, desperta maior segurança e alegria nos pacientes, torna o ambiente mais acolhedor e atua como disseminador de conhecimentos.
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O objetivo deste estudo foi analisar os custos do curso de graduação em Medicina da Universidade Estadual de Londrina. Foi realizado um estudo de caso, prospectivo, com levantamento das horas de dedicação dos professores às atividades acadêmicas e de gerenciamento do curso e número de docentes equivalentes a regime de tempo integral. No levantamento das informações utilizou-se o Cost Construction Model, e a coleta dos dados foi realizada por meio de análise documental e entrevistas. Esta metodologia permite separar custos instrucionais e custos compartilhados, de maneira a deixar claras eventuais diferenças de custo relacionadas ao desenho curricular. Foi realizada a identificação das despesas totais, alocação nas atividades-base, apoio efins, e distribuição das despesas diretas e indiretas por meio do sistema de absorção. Participaram das atividades do curso 222,2 equivalentes a professores de regime de 40 horas. O total de "horas contato" foi de 52.284. As atividades da primeira à quarta série implicaram um custo geral de R$ 855.586,74 e de R$ 1.629,025.93 para os dois anos de internato. Incluindo-se o custo compartilhado equivalente ao curso de Medicina do hospital universitário, o custo total do curso foi estimado em R$ 15.643.660,89, e o custo aluno/ano foi de R$ 31.162,67, o equivalente a US$ 10,633.86. Este valor, apesar de cenários diversos e metodologias de apuração diferentes, está aquém dos custos estimados em universidades estrangeiras ou mesmo brasileiras.
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O curso de Medicina da Uniderp/Anhanguera busca graduar um médico apto a desenvolver ações condizentes com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). Para isto, é necessário que o aluno realize as atividades práticas do quinto e sexto anos nos três níveis de atenção à saúde e em diferentes cenários do Estado do Mato Grosso do Sul. Para alcançar tais objetivos, foi idealizado o Estágio Supervisionado Regional (ESR), em que os alunos do sexto ano desenvolvem atividades práticas em alguns municípios do Estado. Semanalmente, via Nead, os alunos enviam relatório em que descrevem as atividades, demonstram seus conhecimentos teóricos e práticos, fazem autoavaliação conforme o Plano de Ensino, organizam as atividades teóricas e tecem críticas sobre o funcionamento do estágio. Estes relatórios são arquivados no Nead. Foram buscados os conteúdos referentes aos depoimentos e críticas, para fazer um relato da visão do aluno nesse momento de aprendizado extramuros da academia.
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Este artigo discute o papel do processo narrativo como elemento constituinte da prática médica. A pesquisa se baseou nos entendimentos que médicos, ao final de um programa de residência médica em Pediatria, fazem da Semiologia Médica, como estrutura fundamental à construção do raciocínio clínico. Os entrevistados se revelaram conscientes da importância de seus conhecimentos médicos, bem como da experiência clínica, posicionando-se como semiotas no ouvir, observar e examinar seus pacientes, aperfeiçoando o "olhar clínico", que, de acordo com as falas, perpassa o palpar e o visualizar, remetendo ao escutar e ao ordenar reflexivamente, no tempo e no espaço, os eventos constituintes do processo da saúde e da doença. Em nenhum deles se manifestou a ilusão absoluta de que a utilização dos recursos tecnológicos por si só revelaria o estado de saúde e/ou de doença de seus pacientes. Constatamos que, embora os entrevistados façam uso da narratologia como base epistemológica do saber médico, não estão conscientes disso.
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Formar profissionais capazes de trabalhar no Sistema Único de Saúde (SUS), na Atenção Primária à Saúde (APS), tem motivado mudanças curriculares e projetos tais como o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde). Sob essa perspectiva, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a disciplina Métodos de Abordagem em Saúde Comunitária (Masc), que discute o SUS e oferece ao estudante a oportunidade de participar do trabalho da Estratégia Saúde da Família (ESF), foi deslocada da 3ª para a 1ª etapa semestral em 2008 e passou a contar com o PET-Saúde em 2009. Com o objetivo de verificar se estas mudanças tiveram repercussões na satisfação dos alunos com a disciplina, foram estudados os seus instrumentos de avaliação nesse período de transição de semestre e implantação do PET-Saúde. As respostas dos 339 estudantes avaliados mostraram que as intervenções foram exitosas, pois melhoraram a opinião dos alunos em relação o ensino de APS, principalmente no que diz respeito à inserção precoce na ESF. A boa impressão inicial pode ser útil para uma avaliação mais positiva do SUS por esses futuros profissionais.
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O objetivo deste trabalho é descrever a experiência da disciplina Ciências Sociais Aplicadas à Saúde (CSAS) da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais (FO-UFMG). Em resposta às recomendações das Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Odontologia e do Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde), desde 2004, a FO-UFMG tem-se mobilizado para mudar seu currículo, dando atenção especial à diversificação dos cenários de aprendizagem. Em 2007, a disciplina de CSAS foi reformulada, permitindo a inserção dos discentes no Sistema Único de Saúde (SUS) no início de sua formação profissional, quando a realidade e a prática do SUS são os objetos de ensino. Esse movimento reforçou as expectativas de que essa inserção é viável. Espera-se que as mudanças na disciplina funcionem como um projeto piloto, subsidiando outras iniciativas que destinem a uma maior aproximação dos estudantes com a prática profissional, e que sirva de parâmetro na organização e planejamento de outros conteúdos vinculados à saúde coletiva a serem incluídos na formação profissional.
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A formação humanística do aluno de Medicina é um importante objetivo educacional nas escolas médicas. Parte dessa formação se dá por meio de disciplinas da área das Humanidades, mas grande parte ocorre pelo aprendizado no ambiente cultural e nas relações interpessoais dentro da escola médica, em especial a relação professor-aluno. Com o objetivo de estudar a relação professor-aluno em uma escola médica padrão no Estado de São Paulo, desenhou-se este estudo de caso. Por meio de observação etnográfica e entrevistas em profundidade, obtivemos dados que foram analisados pelo método hermenêutico dentro de categorias analíticas construídas com base no referencial teórico da pesquisa e nos achados empíricos referentes aos tipos de relação pedagógica observados nessa escola. Descrevemos e interpretamos três tipos de relação dessa natureza, baseados na onipotência do professor, na construção de vínculo e na desqualificação do aluno. Em cada um deles, um modo predominante de comportamento estaria sendo ensinado de modo informal, aproximando ou afastando o ensino da ética e da competência relacional. Conclui-se que as relações professor-aluno na escola médica precisam ser alvo de estudo e atenção, assim como a clara definição de um padrão ético institucional para todos, para que se possa alcançar o objetivo de uma formação humanística em Medicina.
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OBJETIVO: Conhecer as situações estressantes e as estratégias de enfrentamento utilizadas por alunos de medicina na relação de atendimento ao paciente. MÉTODO: Estudo exploratório, descritivo e qualitativo realizado na Universidade Federal de Sergipe com 50 alunos do 10º período do curso médico. Utilizou-se questionário autoaplicável com perguntas abertas e fechadas. Os dados foram interpretados pela análise de conteúdo categorial. RESULTADOS: As relações interpessoais aluno-professor, aluno-paciente e aluno-familiar do paciente proporcionaram aos estudantes vivências embaraçosas e constrangedoras, fazendo-os sentir-se expostos e vulneráveis. O sofrimento do paciente também constituiu uma situação estressora que mobilizou nos estudantes a adoção de estratégias de enfrentamento (aceitação de responsabilidade, resolução de problemas, suporte social, reavaliação positiva, fuga-esquiva e religiosidade) para controlar e minimizar seus sentimentos. CONCLUSÃO: O estudo revelou as situações e fatores estressantes inerentes à vivência acadêmica, os quais levaram o estudante a desenvolver comportamentos adaptativos identificados como estratégias de enfrentamento. A pesquisa também sinalizou a importância de se dar atenção às especificidades e necessidades do aluno e do docente.
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Esta investigação tem o objetivo de avaliar e comparar a qualidade de vida (QV) de graduandos da área da saúde de uma universidade pública. O estudo exploratório transversal incluiu voluntariamente 630 alunos dos cursos de enfermagem, farmácia, fonoaudiologia e medicina dessa instituição, correspondendo a 57% dessa população. Utilizou-se o Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36) para avaliação da qualidade de vida, além de uma questão aberta relacionada à percepção do aluno sobre a influência da Universidade em sua qualidade de vida. O domínio com melhor escore foi a capacidade funcional, e o pior foi vitalidade. Na comparação da qualidade de vida entre as séries, o curso de farmácia apresentou piores escores nos anos iniciais, tendendo a melhorar no decorrer do curso; enquanto os demais apresentaram piores resultados nos anos finais, o que pode estar relacionado ao aumento das atividades práticas de estágio. Dentre os achados qualitativos, a escassez de tempo livre e o cansaço foram referidos pelos estudantes como os principais comprometedores da qualidade de vida, corroborando os achados do SF-36, que apresentaram piores resultados para a vitalidade.
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Considerando as novas diretrizes curriculares da educação médica, há necessidade de humanizar a prática médica, sendo importante discutir a relação paciente-aluno de Medicina. O objetivo deste trabalho foi avaliar as percepções dos pacientes internados em hospital-escola durante as aulas práticas do módulo de Habilidades Médicas V (Semiologia/Clínica Médica) do curso de Medicina da Universidade de Fortaleza. Foi realizado um estudo transversal, com aplicação de um questionário que abordou questões socioeconômicas, diagnóstico, tempo de internação e percepções dos pacientes sobre sua participação nas aulas práticas com a presença de estudantes de Medicina. A maioria dos pacientes aceita de maneira satisfatória participar das aulas práticas e sente-se bem em ajudar os futuros médicos.
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INTRODUÇÃO: As diretrizes curriculares nacionais recomendam estratégias de ensino centradas nos estudantes. Este estudo avaliou a aceitação, o comportamento e a aprendizagem dos alunos do quarto ano de Ginecologia em relação a aulas centradas no professor (ACP) e aulas centradas nos alunos (ACA). MÉTODOS: Estudo prospectivo para 110 alunos ao longo do ano. Três professores participaram do estudo, cada um com dois temas (um em cada formato de aula). O interesse e o comportamento dos alunos foram registrados. Os alunos responderam a questionário semiestruturado, a duas perguntas abertas e foram avaliados ao final. RESULTADOS: A frequência dos alunos (76,4 x 53,9% p = 0,002), o número de cochilos (40 x 10 p < 0,001) e a percentagem de acertos na avaliação foram maiores nas ACP (69,9 x 59,3% p = 0,016). A duração da atividade foi maior na ACA (89,5 versus 68,4 minutos (p = 0,014), e o número de interações aluno-professor foi maior nas ACA (500 x 310). Os alunos sugeriram manter ACP (79,7 x 31,4% p < 0,001). CONCLUSÕES: Os estudantes preferiram ACP. Este artigo discute possíveis razões destes achados e estratégias de mudança nas práticas de ensino.