995 resultados para Vírus Dengue
Resumo:
FUNDAMENTO: Sabe-se que a terapia antirretroviral altamente potente para Aids reconhecida aumenta o risco cardiovascular, mas os efeitos dos agentes antirretrovirais de acordo com o gênero ainda são desconhecidos. OBJETIVO: O presente estudo avaliou o impacto do tratamento para o vírus da imunodeficiência humana (HIV) na rigidez aórtica de acordo com o gênero. MÉTODOS: Foram recrutados 28 pacientes com Aids submetidos à terapia antirretroviral altamente potente (HAART), 28 pacientes infectados pelo HIV virgens de tratamento, 44 pacientes com diabetes tipo 2, e 30 controles. A rigidez aórtica foi determinada pela medição da Velocidade da Onda de Pulso (VOP), utilizando um equipamento automático validado e não invasivo. RESULTADOS: Os resultados médios brutos da VOP (e intervalo de confiança de 95%) para participantes nos grupos terapia antirretroviral potente, HIV virgem de tratamento, diabéticos, e controles foram 9,77 m/s (9,17-10,36), 9,00 m/s (8,37-9,63), 9,90 m/s (9,32-10,49) e 9,28 m/s (8,61-9,95), respectivamente, para os homens (p de tendência = 0,14) e 9,61 m/s (8,56-10,66), 8,45 m/s (7,51-9,39), 9,83 (9,21-10,44) e 7,79 m/s (6,99-8,58), respectivamente, para as mulheres (p valor de tendência < 0,001). Análises post-hoc revelaram uma diferença significativa entre os valores médios de VOP no grupo com HAART e controles em mulheres (p < 0,01). Ajustes para as demais covariáveis potenciais, incluindo pressão arterial sistólica e diabetes, não alteraram esses resultados. Os achados indicam que o impacto do tratamento com HAART na rigidez aórtica foi amplificado nas mulheres com hipertensão, dislipidemia e síndrome metabólica. CONCLUSÃO: Agentes antirretrovirais potentes utilizados no tratamento da infecção pelo HIV aumentam a rigidez da aorta, especialmente em mulheres com maior risco cardiovascular.
Resumo:
A ocorrência de larvas de Anticarsia gemmatalis (Hübner, 1932) resistentes ao vírus AgMNPV em laboratório levou ao estudo dos hemócitos deste inseto para avaliar sua participação nos mecanismos que possibilitam a resistência ao vírus. As larvas resistentes com 6 - 11 dias de desenvolvimento (3º a 5º instar) foram anestesiadas por resfriamento e rapidamente limpas em álcool 70%. A hemolinfa foi coletada através de punção abdominal, a análise morfológica foi realizada em contraste de fase e esfregaços corados com solução de Seller. A contagem total de hemócitos (CTH) foi realizada em câmara de Neubauer com hemolinfa não diluída. Para a contagem diferencial de hemócitos (CDH), utilizou-se hemolinfa diluída em solução anticoagulante para insetos. Foram identificados seis tipos de hemócitos: plasmatócitos (38,5%), granulócitos (22,6%), oenocitóides (20,4%), esferulócitos (14,5%), prohemócitos (2,3%) e vermiformes (1,5%). O número total de hemócitos mostrou um aumento significativo durante o período larval estudado.
Resumo:
O presente trabalho teve como objetivo comparar os ciclos de vida entre amostras de populações de Aedes aegypti (Linnaeus, 1762) coletadas em dez municípios localizados no semiárido paraibano. Os ciclos de vida foram estudados a uma temperatura de 26 ± 2ºC, umidade relativa de 60 ± 10% e fotofase de 12 horas. Diariamente foram avaliados os períodos de desenvolvimentos e as viabilidades das fases de ovo, larva e pupa, bem como a razão sexual, longevidade, tamanho e fecundidade dos adultos. Foi realizada uma análise de agrupamento, utilizando-se uma matriz de distância euclidiana através do método da média não-ponderada. As durações e viabilidades para as fases de ovo, larva e pupa apresentaram respectivamente, uma variação média de 3,7 a 4,7 dias e 82,8% a 97,7%, 9,1 a 10,8 dias e 91,2% a 99,2% e de 2,1 a 2,5 dias e 93,5% a 98,4%. O comprimento alar foi de 5,13 a 5,34 mm para as fêmeas e de 4,18 a 4,25 mm para os machos. A menor fecundidade (153,6 ovos/fêmea) ocorreu na população de A. aegypti oriunda de Pedra Lavrada, enquanto que a maior fecundidade (310,6 ovos/fêmea) foi constatada para A. aegypti de Campina Grande. A análise de agrupamento com base na similaridade dos dados biológicos revelou a formação de dois grandes grupos distintos, onde as populações de A. aegypti de Serra Branca e Cuité apresentam maior similaridade entre si. As diferenças de ciclos biológicos verificadas entre as populações de A. aegypti demonstra a capacidade dessa espécie de sofrer variações na sua biologia e se adaptar às diferentes condições ambientais, favorecendo a permanência deste inseto nessas áreas com aumento do risco de transmissão do vírus da dengue.
Resumo:
O caolim adsorve a atividade inibitória mais ràpidamente que o nitrogênio total da clara de ôvo bruta e menos ràpidamente que o nitrogênio total das preparações semipurificadas de inibidor. A adsorção do inibidor é reversível. O tratamento de preparações semipurificadas pelo vírus ativo da influenza suína causa um ligeiro aumento da adsorção da atividade e do nitrogênio total. O vírus ativo combina-se no frigorífico com o caolim que adsorveu o inibidor e pode ser em grande parte recuperado à temperatura ambiente. Uma quantidade menor de vírus é fixada pelo caolim não tratado. O aquecimento do vírus durante 30 minutos a 53°C aumenta sua adorção pelo caolim.
Resumo:
Tentamos verificar, em algumas séries de experiências a ação oligodinâmica da prata sôbre o vírus da gripe, tipo A, amostra PR8 e tipo A-primo, amostra DL Rio empregando, para tal fim, recipientes, ora recobertos internamente, em delgadíssima camada, pela prata metálica ora contendo-a, sob a forma de pó, de mistura com o próprio material que constitui as paredes do frasco. Neste foi colocado o líquido alantóide contendo vírus verificando-se, de tempos em tempos, o seu poder patogênico para camundongos brancos e a persistência do seu poder hemaglutinante. Pelos resultados acima expostos vê-se que o referido vírus nada sofreu pela ação oligodinâmica da prata, nas condições experimentais descritas ao passo que, concomitantemente a mesma teve efeito ràpidamente mortal para bactérias pertencentes às espécies Micrococcus pyogenes e Escherichia coli. Assim sendo, logo se destaca a importância do fenômeno observado sabendo-se, além do mais, que a ação oligodinâmica, letal ou nociva, se tem verificado sôbre os sêres vivos em geral. Verificamos ainda, no decorrer dessas experiências, que a junção de bactérias não alterou a atividade do vírus quer as mesmas se encontrassem vivas quer mortas. As nossas pesquisas prosseguem com outros vírus, os mais diversos, cumprindo-nos salientar, desde logo, que o processo poderá ser empregado para o isolamento dêsses agentes conforme já o verificamos para o da gripe, em experiência acima descrita. Será uma das decorrências práticas da observação que fizemos, dependendo, as demais, de puro interêsse biológico, de investigações subseqüentes, baseadas na observação inicial que ora apresentamos.
Resumo:
Em prosseguimento a trabalhos anteriores referentes à ação dos raios X e radium sôbre os vírus, especialmente o da gripe, verificaram os A.A. que o radium exerce, em certas doses, ação excitante sôbre o vírus da poliomielite, como acontecera com as doses fracas de raios X sôbre o vírus da gripe. As experiências que levaram a essas conclusões foram feitas ocm a aplicação de 4 mg de radim contidos em 4 tubinhos verificando-se que, após 127 e 159 dias o vírus testemunho tinha perdido tôda a atividade, que antes já se mostrara diminuida, ao passo que o submetido à ação do radium mostrou-se sempre mais ativo, assim se conservando integralmente após aquêlo prazo. Na prática, essa observação poderá conduzir a um meio destinado a aumentar a virulência do referido vírus.
Resumo:
Tentamos verificar, em algumas experiências, a ação oligodinâmica da prata sôbre os vírus da coriomeningite linfocitária benigna, amostra WE, da poliomielite, amostra MEF1, e da vacina, amostra do Instituto Oswaldo Cruz, como o haviamos feito com o vírus da gripe, amostras PR8 e DL/Rio. Nas provas usamos recipientes de barro, recobertos de fina camada de prata na parede interna, ou aquêles em que a prata, sob a forma de pó se misturava ao próprio barro. Esses recipientes são denominados, no comércio, moringas esterilizantes. Colocou-se, no seu interior, a emulsão a 10% do tecido cerebral contendo o vírus da coriomeningite linfocitária ou da poliomielite, verificando-se o seu poder patogênico para camundongos, em intervalos regulares, pela injeção intracerebral de 0,03 ml do material. Os resultados, que podem ser vistos nos Quadros 1 e 2, indicam que aquêles virus resistem à ação oligodinâmica da prata. No caso do vírus da vacina, a diluição foi colocada, da mesma maneira, nos referidos recipientes. O vírus apresentou, também, completa resistência, conforme se vê nas figuras de 1, 2 e 3. Experiências testemunhas feitas com Micrococcus pyogenes e Escherichia coli, cujas suspensões foram igualmente colocadas nas moringas esterilizantes, revelaram que as bactérias não sobreviviam além de 20 horas. Frizamos, na publicação sôbre vírus da gripe, que o referido fenômeno é importante porque sabemos que o efieto oligodinâmico se observa sôbre microorganismos como bactérias, protozoários e outros seres vivos, alterando as suas propriedades ou matando-os sendo, portanto, interessante sob o ponto de vista biológico. O fenômeno pode ainda ser aplicado para o isolamento de vírus, quando em contaminação com bactérias.
Resumo:
Dada a importância da reação de fixação do complemento no estudo do vírus da gripe, resolvemos aplicá-la ao exame e inúmeras amostras que isolamos no decurso da epidemia de gripe asiática, ocorrida em 1957, no Brasil. As referidas amostras já haviam sido estudadas pela prova de hemaglutinação, que serviu para diagnosticá-las. Sabemos que, pela reação de fixação do complemento, se define o tipo de qualquer amostra, não a variante, isto é, os antígenos A, A1 e A2 fixam o complemento, indiferentemente, em presença de anticorpos A, A1 e A2. Não o fazem com o tipo B, C ou D. Tal separação só é possível com a prova de hemaglutinação, que havíamos anteriormente praticado. Visamos, no presente trabalho, por meio daquela reação, estabelecer as relações entre os antígenos de amostras padrões com soros por nós preparados, pela inoculação das amostras que isolamos, ao lado dos soros preparados com as amostras padrões. Foram empregadas as variantes do tipo A e o tipo B. O antígeno foi preparado com o líquido cório-alantóide contendo razoável taxa de hemaglutininas para cada amostra do vírus. Os imunesoros foram preparados em galos, pela injeção do líquido alantóide contendo vírus. A técnica empregada na reação foi a do Centro Internacional de Estudo da gripe, ramo das Américas, localizado em Montgomery. Verificamos, pelos resultados obtidos, assinalados nos Quadros 8 e 9, que separamos nìtidamente o tipo A do B, mas não as variantes do tipo A, em sentido absoluto, uma vez que qualquer dos seus antígenos, A, A1 ou A2, apresentou a reação positiva se bem que houvesse diferença, às vêzes bastante acentuada, na intensidade da reação. Sempre que se usou o antígeno da variante A2 a reação foi 8 a 16 vêzes mais forte, em comparação com os antígenos das variantes A e A1. Em raros casos, a reação foi negativa com êstes antígenos. Verificamos, portanto, a perfeita individualidade da variante A2, para isso trabalhando com 17 das 43 amostras que isolamos no decorrer da última pandemia de gripe.
Resumo:
O presente trabalho faz parte de uma seqüência iniciada em 1953 com a verificação do efeito dos raios X sôbre o vírus da gripe em que observamos que os mesmos, em doses fracas, tem aumentado o seu poder patogênico para camundongos. Posteriormente, verificamos a ação do radium sôbre o vírus da gripe e da poliomielite. Neste último caso, o vírus irradiado mostrou-se ativo durante maior número de dias. Nas pesquisas aqui referidas, submetemos o vírus da coriomeningite linfocitária benigna a ação do radium, usando quatro agulhas de 1 mg desse elemento em dispositivo que idealizamos para êste fim. Depois de irradiada, foi a suspensão de vírus diluida a 10*-1, 10*-2 e 10*-3 para as inoculações em camundongos, juntamente com as diluições testemunhas. Observamos que o vírus resistiu pelo menos 264 dias, à temperatura de 4ºC. Quanto às alterações do poder patogênico provocadas pelo radium verificamos que o mesmo não se altera após 24 horas de irradiação. Diminue após 8 dias para aumentar, de modo seguro, após 20 e 33 dias. Iguala-se ao testemunha depois de 78 dias.
Resumo:
Prosseguindo nas suas experiências referentes à ação dos Raios X e do Radium sôbre vírus, iniciadas em 1953, quando verificaram que o vírus da gripe submetido a doses não elevadas de Raios X mostra-se com poder patogênica aumentando para camundongos, os autores, nas pesquisas referidas no presente trabalho, submeteram o vírus da poliomielite, amostra MEF1 do tipo 2, à ação de Raios X em doses que que foram de 307r até 3.408.500 r. Empregaram-se 2.140 animais, nas experiências aqui relatadas, o que permitiu conclusões seguras. Os autores observaram irregularidade no comportamento do vírus da poliomielite submetido à ação dos Raios X, no sentido de aumentar-lhe o poder patogênico, em relação com o vírus testemunha, não irradiado. Assinalaram a observação que fizeram sôbre a resistência do vírus seguramente a 3.101.000 r o que julgaram de interêsse registrar. A resistência quase desaparece a 3.386.000 r. Após aplicação de 3.408.500 r o vírus tornou-se inativo.
Resumo:
Relatam-se, no presente trabalho, experiências feitas em hamsters visando observar a transmissão congênita do vírus da gripe. inocularam-se 151 hamsters prenhes ou acasaladas, usando-se a via parenteral ou a nasal. o vírus foi isolado em percentagens variáveis, conforme o caso, sempre acima de 50%, quer das hamsters mães, quer dos filhotes, fetos ou embriões. Observaram-se 15,2% de perturbações embrionárias ou fetais. Processou-se, infecção latente ou inaparente nos animais e os órgãos dos que foram sacrificados não revelaram alterações comuns, macroscópicas ou microscópicas.
Resumo:
As experiências relatadas no presente trabalho visaram observar a persistência do vírus da gripe em hamsters inoculados pelas vias subcutânea, peritoneal e nasal. Usaram-se 53 hamsters na verificação da persistência do vírus nos seus organismos a qual atingiu até um ano e cinco meses, pelo menos, numa das séries de experiências. A outra parte do trabalho consistiu em verificar a passagem do vírus, em série, de hamster a hamster. Observamo-la até o máximo de nove vezes, o que foi excepcional, notando-se passagens, na série, com resultados negativos intercalados. Para esta última parte forma usados 91 hamsters, perfazendo o total de 144 em todas as experiências realizadas.
Resumo:
Os autores apresentam 69 casos de afecções respiratórias em crianças que atribuem a agentes não bacterianos, provavelmente virais. Usam para isto um critério clínico, outro morfológico, em uma revisão de 372 pneumopatias infecciosas em casos de autópsias. Caracterizaram morfologicamente a resposta à agressão viral pela presença de: infiltrado mononuclear intersticial, predominantemente peribronquilar; alterações degenerativas ou mesmo necrose e hiperplasia do epitélio respiratório; membrana hialina; descamação epitelial; células gigantes sinciciais alveolares e bronquiolares; inclusões nucleares e citoplasmáticas; edema proteináceo alveolar e septal, proliferação intersticial conjuntiva incipiente. Criticam o erro por excesso de diagnósticos de "pneumonia mononuclear intesticial" e o erro por falta quando o acometimento bacteriano dificulta o diagnóstico de lesão atribuível a vírus. Além disso realçam a importância de achado de bonquiolite aguda como fundamental para o diagnóstico. Estas lesões - ao lado de achados clínicos-radiológicos e epidemiológicos - cosntituem o que a experiência adquirida julga como reação do pulmão a vários vírus conhecidos (Adenovírus, Influenza, Parainfluenza, Vírus Sincicial Respiratório e Sarampo).
Resumo:
Visou-se, no presente trabalho, observar a persistência do vírus da gripe em hamsters inoculados por via intracerebral. Foram empregados 10 desses animais, assinalando-se a presença do vírus, no tecido nervoso, até, pelo menos, 10 meses e 9 dias após a inoculação.