Aprender a ler, aprender a conviver: aprendizagem da leitura como veículo para a socialização

O trabalho apresentado é decorrente do Projeto de Intervenção realizado no âmbito do Curso de 2º Ciclo em Educação Especial – domínio cognitivo e motor, da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Resumo A referida intervenção contempla a minimização das dificuldades apresentadas por uma menina a nível da leitura e escrita e da sua socialização, numa perspetiva inclusiva. M. é o nome fictício da aluna alvo da intervenção. Atualmente, frequenta o 3º ano de escolaridade numa escola pública, em Lisboa área da sua residência. A revisão da literatura vai sustentar e facilitar a compreensão clara e concisa da intervenção realizada e das posições defendidas sobre esta matéria. Deste modo, são tratados temas no âmbito da exclusão social e escolar, da escola Inclusiva e dos obstáculos que ainda encontramos nas escolas, dos preconceitos, dos alunos com necessidades educativas especiais, das adaptações curriculares, da aprendizagem cooperativa e diferenciação pedagógica, referimo-nos ainda às dificuldades de aprendizagem e, por último, à comunicação e à linguagem oral e escrita. Para obter informações sobre a M. e sobre o contexto da intervenção, bem como sobre todo o seu processo de inclusão escolar, utilizamos como suporte metodológico, a pesquisa documental, as entrevistas semi-diretivas à professora titular de turma e à professora de ensino especial, a observação naturalista, a sociometria e as notas de campo para se poder complementar as informações. A planificação global da intervenção foi elaborada a partir do relacionamento/ cruzamento dos dados que resultaram da análise da informação recolhida. Para uma intervenção fundamentada caracterizamos inicialmente o seu contexto escolar e familiar e posteriormente a M. Os princípios orientadores da intervenção realizada, assentam numa perspetiva de investigação para a ação, e tiveram presentes os objetivos definidos para a M. As atividades foram realizadas, numa perspetiva de aprendizagem muito estruturada, muito refletida e avaliada durante todo o processo, implicando todos os intervenientes. Esta intervenção, levou-nos a estimular práticas educativas, diferenciadas e inclusivas na turma, com a professora titular dessa turma e com a professora do ensino especial com os colegas da M.

Antropologia, Filosofia e Direito: para uma mudança de paradigma

Várias questões se põem na interseção entre a Filosofia e as Ciências Sociais e Humanas para a definição do Lugar do Outro no pensamento jurídico-político e no sentido de definir o que se entende por «natureza humana». Uma perspetiva antropológica se impõe no contexto do próprio pensamento político.

Execução e exploração de uma unidade de Turismo em espaço rural na modalidade de casas de campo

O turismo rural é um sector económico e social em pleno crescimento, o que justifica que um número cada vez maior de operadores, (nomeadamente promotores e investidores) comecem a interessar-se por este. No entanto, as organizações e as prestações do turismo rural sofrem de fraquezas crónicas, em matéria de definição da produção e de concretização da distribuição, ou seja, a forma como estas colocam os seus produtos no mercado é insuficiente. É conveniente, portanto, reflectir sobre o assunto e contribuir, mesmo que de uma forma modesta, para a alteração desta paisagem díspar para melhor responder às necessidades de desenvolvimento do mundo rural. Na maior parte dos casos o turismo rural reduz-se ao agro-turismo (acolhimento turístico nas explorações agrícolas), englobando o turismo verde, com locais tranquilos e alternativos ligados ao campo. Pretende-se que o turismo rural exista, se desenvolva, agrade, para que se distinga do turismo de massas. É por tudo isto que os citadinos cada vez mais ávidos de particularidades procuram o campo, a natureza e a ruralidade que são locais seguros e tranquilizadores. Neste contexto, surgem novas unidades de turismo em espaço rural e actividades de complementaridade, como a Unidade Casa da Fonte Velha, objecto do presente projecto, contribuindo para o reforço da oferta turística local e regional, assim como para um desenvolvimento económico, social e ambiental do concelho onde se insere.

To think museology today

In the present text we intend to analyse 5 basic documents that translate the Museological Thinking in our century and that, chiefly, have led professionals of the area to apply this “science” in a less hermetic way and to understand its practice. The option to study and analyse the documents results from the fact that they influence present day museological practice and thinking. It is impossible to speak of museology nowadays without referring to one of these documents, not to mention a few nations that have even modified and/or created specific laws for the management of their preservationist cultural policy. Anyway, we are aware that this text intends only to carry out a preliminary approach to the documents, in the sense that the wealth of its content would allow us to slowx over an infinity of issues that they raise. I specifically refer to the documents produced at UNESCO Regional Seminar on the Role of Museums in Education, which took place in Rio de Janeiro in 1958; at the Santiago Round Table in 1972, in Chile; at the 1rst New Museology International Workshop, in Quebec, Canada, 1984; at the Oaxtepec Meeting, in Mexico 1984; and at the Caracas Meeting in 1992. These are documents elaborated within the ICOM –International Council of Museums. These documents are the result of a joint reflection by professionals who seek the evolution of ideas within their areas of action, recognising that in order to do so it is necessary to leave the cocoon of the museological institutions and try to discuss their conceptual advances with professionals of related areas. It is important to be capacitated to reuse these advances in their areas of action. This is the recognition of the importance of interdisciplinarity for the museological context.

Fragmentos de un discurso no amoroso: Thomas Jefferson y la América Hispana. Una aproximación a las relaciones sur-norte (Estudios)

A lo largo del siglo XIX, el pensamiento de Thomas Jefferson fue un punto de encuentro entre Hispanoamérica y los Estados Unidos. Esas aproximaciones estuvieron cruzadas al mismo tiempo por un sentido de admiración y por una serie de temores. Este ensayo reúne y analiza algunos de los fragmentos en que la imagen de Jefferson, su pensamiento y sus escritos evidencian esa relación ambigua en escritores decimonónicos clave como Andrés Bello, Domingo Sarmiento y Esteban Echeverría. Por otra parte, el ensayo reúne fragmentos de las cartas escritas por Jefferson a Alexander von Humboldt, en las que manifiesta su escaso interés por las independencias hispanoamericanas y su desconocimiento sobre los procesos ilustrados que allí se habían desarrollado.

Bolívar Echeverría: azares de la filosofía (In Memorian)

Hernández plantea en este tributo al desaparecido filósofo y ensayista ecuatoriano, Bolívar Echeverría, que su discurso crítico asume lo que se llamaría, más que filosofía, el pensar. El pensamiento en la América Latina de los 60 se debatía entre varias inquietudes, afirma. Primero, se pretendía hacer una filosofía nacional o de la militancia política. Segundo, se percibía como un problema la necesidad de la filosofía de inscribirse en la Academia. Por último, se instaba a que en filosofía también primara el compromiso de los intelectuales con el presente. Y en el presente coexistían la embriaguez por el cambio revolucionario y cierto pesimismo de la época –agotamiento, dolor y horror por las víctimas de las transformaciones–. Entonces, según Hernández, Echeverría se preguntó por la relación entre Modernidad y Revolución, entre Modernidad y los períodos posteriores de la estabilidad de la Reforma. Consiguió formular la época y formular, a la vez, un pensamiento crítico.Y avanzó más: observó que, pese al efecto devastador del proyecto moderno, la cultura resistía y hacía surgir nuevas formas para mantener las esferas del mundo de la vida. Era el caso de lo barroco, “una estrategia para hacer ‘vivible’ algo que básicamente no lo es”. Moverse en estas sendas, se pregunta Echeverría, ¿no equivale al acontecimiento del pensar?

Arturo Andrés Roig y el legado de la filosofía “auroral” (In Memorian)

Consideramos que la historización del a priori antropológico y el deíctico “nosotros” como expresión de la pluralidad y diversidad de los sujetos en las Américas, son dos categorías filosóficas que abren la tarea de otra manera de filosofar, desde el otro lado del Atlántico. Estos dos caminos teóricos e históricos –por citar dos ejemplos– constituyen el legado del maestro argentino Arturo Andrés Roig, que permitió recuperar el estudio del pensamiento filosófico ecuatoriano y construir una propuesta metodológica para su periodización.

'Si en i ot de teus qui i conterent plus lor honte que leur honour', Enadain et Gauvain, les chevaliers transformés en nains dans la Suite Vulgate du Merlin

Dans le récit de la transformation de Gauvain en nain, la honte est à la fois la conséquence d'une culpabilité mise en avant par un interlocuteur féminin, et l'instrument de la purgation de la faute commise par le héros. La gestion narrative de cet épisode à la fois dramatique et comique interroge autant les valeurs chrétiennes que les principes de conduite chevaleresques. La nature de la faute et son intériorisation personnelle importent moins que sa dimension sociale et collective.

Probabilistic forecasting: why model imperfection is a poison pill

This volume is a serious attempt to open up the subject of European philosophy of science to real thought, and provide the structural basis for the interdisciplinary development of its specialist fields, but also to provoke reflection on the idea of ‘European philosophy of science’. This efforts should foster a contemporaneous reflection on what might be meant by philosophy of science in Europe and European philosophy of science, and how in fact awareness of it could assist philosophers interpret and motivate their research through a stronger collective identity. The overarching aim is to set the background for a collaborative project organising, systematising, and ultimately forging an identity for, European philosophy of science by creating research structures and developing research networks across Europe to promote its development.

“He has told you, O man, what is good!”

Purpose – The purpose of this paper is to introduce three fundamental concepts of Jewish thought that act as the basis of society. The authors use these concepts to examine standard organisational behaviour in modern society and highlight basic shortcomings of modern organisational thought. Design/methodology/approach – The methodology is a conceptual/theoretical one. Findings – The paper reveals the shortcomings of modern organisation and its members of not accepting the three fundamental concepts that underpin Jewish thought and, in turn, the unwillingness of the organisation's members to resume responsibility. Originality/value – This paper highlights three fundamental values from Jewish thought that are applicable to all, using a domain of knowledge that scholars usually use in research into management.

Re-evaluating the place of urban planning history

This commentary seeks to prompt new discussion about the place of urban planning history in the era of contemporary globalisation. Given the deep historic engagement of urban planning thought and practice with ‘place’ shaping and thus with the constitution of society, culture and politics, we ask how relevant is planning's legacy to the shaping of present day cities. Late twentieth century urban sociology, cultural and economic geography have demonstrated the increasing significance of intercity relations and the functional porosity of metropolitan boundaries in the network society, however statutory urban planning systems remain tied to the administrative geographies of states. This ‘territorial fixing’ of practice constrains the operational space of planning and, we argue, also limits its vision to geopolitical scales and agendas that have receding relevance for emerging urban relations. We propose that a re-evaluation of planning history could have an important part to play in addressing this spatial conundrum.

Connectivity-based parcellation of the human frontal polar cortex

The frontal pole corresponds to Brodmann area (BA) 10, the largest single architectonic area in the human frontal lobe. Generally, BA10 is thought to contain two or three subregions that subserve broad functions such as multitasking, social cognition, attention, and episodic memory. However, there is a substantial debate about the functional and structural heterogeneity of this large frontal region. Previous connectivity-based parcellation studies have identified two or three subregions in the human frontal pole. Here, we used diffusion tensor imaging to assess structural connectivity of BA10 in 35 healthy subjects and delineated subregions based on this connectivity. This allowed us to determine the correspondence of structurally based subregions with the scheme previously defined functionally. Three subregions could be defined in each subject. However, these three subregions were not spatially consistent between subjects. Therefore, we accepted a solution with two subregions that encompassed the lateral and medial frontal pole. We then examined resting-state functional connectivity of the two subregions and found significant differences between their connectivities. The medial cluster was connected to nodes of the default-mode network, which is implicated in internally focused, self-related thought, and social cognition. The lateral cluster was connected to nodes of the executive control network, associated with directed attention and working memory. These findings support the concept that there are two major anatomical subregions of the frontal pole related to differences in functional connectivity.