539 resultados para Rhetorical Analysies
Resumo:
As análises desta tese, baseadas numa hermenêutica feminista libertadora, têm como centro a figura de Inana, a deusa mais importante e mais popular da Suméria, que predominou, sob o nome de I tar, também nos panteões mesopotâmicos posteriores. O Capítulo 1 oferece uma reconstrução da vida na Suméria, desde os tempos neolíticos até os inícios do Período Babilônico Antigo (aproximadamente de 5000 a 2000 aEC), com especial atenção para dados sobre mulheres e para aspectos de gênero. O Capítulo 2 apresenta documentos pré-sargônicos, iconográficos e filológicos, relacionados com a figura e o culto de Inana, oferecendo as primeiras reflexões sobre aspectos particulares e conflitos que mostram sua posição especial na religião na Suméria e na sua crescente patriarcalização. No Capítulo 3, esses aspectos e conflitos são discutidos enfocando tradições de Inana como Senhora da Eana, dos Me e de Kur, com especial atenção para os mitos Inana e a Eana , Inana e os Me e Inana e o Inframundo (ETCSL 1.3.5; 1.3.1; 1.4.1). É mostrado que o mito Inana e a Eana é o resultado de manipulações para legitimar o culto de An nesse templo de Inana, que Inana e os Me reflete atitudes de resistência contra tentativas de seu desapoderamento, e que Inana e o Inframundo é composto de mitos diferentes que evidenciam vários conflitos relacionados com funções e poderes de Inana. Desse modo mostra-se que os conflitos em torno de Inana refletem repressões e resistências humanas no âmbito de uma sociedade quiriarcal e da crescente patriarcalização de sua religião. Embora a atuação política e religiosa de mulheres em sociedades de hoje não necessite de legitimações a partir de exemplos provenientes de religiões antigas, a reconstrução e memória feministas de tais exemplos podem servir de estímulo para tal atuação quando busca construir uma outra imagem do divino e quando luta por um mundo de igualdade em direitos e dignidade para todas as pessoas.(AU)
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O objetivo central desta pesquisa é avaliar os valores e possibilidades da aliança pregada no Deuteronômio. Para tanto, procuro captar a necessária tensão de qualquer tipo de aliança. Faço esse exercício, primeiramente, no próprio campo da hermenêutica. Sugiro uma leitura subalterna que agregue diferentes lutas no interior das interpretações libertárias (feminista, queer e pós-colonial). Nesse ínterim, forjo o trabalho do exegeta orgânico , a saber, aquele intérprete que articula vozes dissidentes para fazer frente às estruturas sistêmicas de subordinação. Após essa proposição teórica, avalio o Deuteronômio enquanto discursos concatenados em forma de arquivo. A principal sugestão é de que os textos deuteronômicos foram coletados ou produzidos em prol de um ideal de berit aliança . Esse ideal origina-se do material agora disposto em 4,44-26+28: um contrato comunitário atávico com Yhvh. Esse resultado é possibilitado pela crítica retórica ao texto e seus interesses propagandísticos desde o nascedouro arquivístico. Após uma comparação honesta com os tratados do Antigo Oriente Próximo, não se pode mais negar a pedagogia da obediência intrínseca ao contrato. A isso chamo, muitas vezes, de colusão do povo santo . A crítica retórica, entretanto, não encaminha apenas uma reificação desse ideal de berit, ao apontar, antes, para o debate interno da comunidade. Um contrato retórico, afinal, guarda em si, memórias silenciadas para que a propaganda se efetive. Nesse momento é que busco colisões de memórias, em especial, dentro das perícopes proibitivas do contrato. Todo o lixo deuteronômico, por assim dizer, está assinalado por duas fórmulas básicas: ki to abat yhvh eis uma abominação para Yhvh e ubi arta ha-ra mi-qirbeka exterminarás o per/vertido do teu meio . Dedico-me aos textos marcados por essas fórmulas, ao fomentar uma episódica unificação de abomináveis e per/vertidos . Avalio a luta particular de cada um/a, para então, propor uma agenda subalterna que promova a justiça social por reconhecimento e redistribuição. A aliança abominável e per/vertida intra-Deuteronômio apresenta uma proposta radicalmente democrática (i) em favor de uma cultura aberta ao Outro e (ii) contra estruturas autoritárias piramidais. Assinalo, portanto, que com essa dupla tática, os valores imperiais de hierarquização e subtração da irmandade deuteronômica são retoricamente postos em debate na comunidade.
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A retórica sempre esteve presente nas civilizações. Desde a Grécia Antiga até os dias de hoje ela é usada e estudada. Na religião, é uma formidável fonte de expressão. Foi através da retórica que o Papa João Paulo II conseguiu ganhar notoriedade e se envolver em casos muito além da religião no século XX. Ele foi considerado um papa que se utilizou do político e consolidou um novo status para a Igreja Católica. Assim, através da análise retórica da mediação da Santa Sé no Canal de Beagle em 1979 e da análise retórica das ações diplomáticas do Vaticano contra a invasão do Iraque em 2003, este trabalho mostra como se constrói a retórica religiosa, além das conseqüências que isso acarreta não só para a Igreja, como também para o mundo.
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Produtos funcionais fazem parte do nosso cotidiano, cada vez mais caracterizado pela ênfase na saúde e qualidade de vida. A pesquisa proposta, com abordagem qualitativa, objetiva analisar a propaganda de produtos e alimentos funcionais que utilizam como elemento persuasivo expressões ou conceitos científicos, considerando o status e a credibilidade que a ciência tem em nossa sociedade. O corpus constitui-se de duas peças comerciais de produtos (margarina e iogurte) que utilizam esse expediente em sua comunicação. Busca-se analisar a bibliografia existente sobre alimentos funcionais, contemporaneidade, cultura, grupos sociais, publicidade, análise do discurso e retórica, porém, centra-se a análise na organização da mensagem, especialmente no que se refere à argumentação retórica e ao discurso, ensejando, uma visita crítica da persuasão disfarçada sobre a argumentação ligada à beleza e saúde. Espera-se com o trabalho entender o processo de construção retórica da argumentação, para a persuasão, em torno de alimentos funcionais, que utilizam em sua comunicação expressões científicas ligadas aos princípios de funcionalidade desses produtos, entre outras características desse discurso especializado.
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A maioria das pesquisas sobre mídia e deficiência estuda de que forma as pessoas com deficiência são representadas pelo jornalismo. As representações encontradas pelos pesquisadores são de assistencialismo, normalização, superação e cidadania. Este estudo procura compreender a percepção das pessoas com deficiência física em relação às revistas de atualidades e descobrir como essas pessoas sentem-se representadas por tais veículos de comunicação. Analisaram-se três revistas de atualidades: Veja, Época e Istoé. Para compor o corpus da pesquisa optou-se por textos referentes à deficiência nas edições de julho a dezembro de 2012, período em que aconteceram os jogos paraolímpicos, e nas datas relacionadas à luta das pessoas com deficiência. Quanto aos procedimentos metodológicos destaca-se, em um primeiro momento, a análise de conteúdo e, em seguida, a análise retórica do discurso de três textos jornalísticos, um de cada revista, de acordo com a representação predominante. Por último analisa-se a recepção, com 16 entrevistados, sendo oito estudantes da Universidade Metodista de São Paulo e oito pacientes da Associação de Paraplégicos de Taubaté (Aparte). A análise revelou que a representação que mais apareceu no período foi a da superação, e que as pessoas que têm deficiência física querem ser representadas de uma forma mais humana e inclusiva. .
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Este trabalho teve como objetivo os enunciados verbais e/ou não-verbais impressos em capas de livros - escritos por autores brasileiros e adaptados para o cinema ou para a televisão - que associam o livro à produção cinematográfica ou televisiva. Seu objetivo foi verificar se tais enunciados poderiam ou não ser classificados como paratexto - conforme é conceituado por Gerard Genette. A motivação para esta pesquisa surgiu pela constatação de que, em sendo aqueles enunciados construídos a partir de uma obra derivada de um livro, em que medida eles poderiam estar a serviço do texto principal? Para responder a essa questão, os enunciados foram analisados segundo os conceitos da análise do discurso e da análise retórica. Os resultados obtidos na análise permitiram concluir que alguns enunciados não se configuram como paratextuais e, com base nos conceitos da Teoria Crítica, possibilitam compreender, criticamente, os procedimentos editoriais com que o livro se relaciona com os demais produtos midiáticos.(AU)
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This is the second edition of our Aston Business School (ABS) Good Practice Guide and the enthusiasm of the contributors appears undiminished. I am again reminded that I work with a group of very committed, dedicated and professional colleagues. Once again this publication is produced to celebrate and promote good teaching across the School and to offer encouragement to those imaginative and innovative staff who continue to wish to challenge students to learn to maximum effect. It is hoped that others will pick up some good ideas from the articles contained in this volume. Contributors to this Guide were not chosen because they are the best teachers in the School, although they are undoubtedly all amongst my colleagues who are exponents of enthusiastic and inspiring approaches to learning. The Quality Unit approached these individuals because they declared on their Annual Module Reflection Forms that they were doing something interesting and worthwhile which they thought others might find useful. Amongst those reading the Guide I am sure that there are many other individuals who are trying to operate similar examples of good practice in their teaching, learning and assessment methods. I hope that this publication will provoke these people into providing comments and articles of their own and that these will form the basis of next year’s Guide. It may also provoke some people to try these methods in their own teaching. The themes of the articles this year can be divided into two groups. The first theme is the quest to help students to help themselves to learn via student-run tutorials, surprise tests and mock examinations linked with individual tutorials. The second theme is making learning come to life in exciting practical ways by, for example, hands-on workshops and simulations, story telling, rhetorical questioning and discussion groups. A common theme is one of enthusiasm, reflection and commitment on behalf of the lecturers concerned. None of the approaches discussed in this publication are low effort activities on the part of the facilitator, but this effort is regarded as worthwhile as a means of creating greater student engagement. As Biggs (2003)[1] says, in his similarly inspiring way, students learn more the less passive they are in their learning. (Ref). The articles in this publication bear witness of this and much more. Since last year Aston Business School has launched its Research Centre in Higher Education Learning and Management (HELM) which is another initiative to promote excellent learning and teaching. Even before this institution has become fully operational, at least one of the articles in this publication has seen the light of day in the research arena and at least two others are ripe for dissemination to a wider audience via journal publication. More news of our successes in this activity will appear in next year’s edition. May I thank the contributors for taking time out of their busy schedules to write the articles this summer, and to Julie Green who runs the ABS Quality Unit, for putting our diverse approaches into a coherent and publishable form and for chasing us when we have needed it! I would also like to thank Ann Morton and her colleagues in the Centre for Staff Development who have supported this publication. During the last year the Centre has further stimulated the learning and teaching life of the School (and the wider University) via their Learning and Teaching Week and sponsorship of Teaching Quality Enhancement Fund (TQEF) projects. Pedagogic excellence is in better health at Aston than ever before – long may this be because this is what life in HE should be about.
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Different disciplinary fields in the humanities have started to formulate the question of the representations by one community of the linguistic practices of some other communities with which a common language is nonetheless shared. This question is considered through the way in which Quebec French is represented in two recent detective novels from France French authors. Two rhetorical strategies are evidenced. A realist strategy presents Quebec French as a differential practice and cannot escape reasserting the symbolic asymmetry between a so-called peripheral variety and the central variety from which the author is writing. A moderation strategy brings together practices from different groups without identifying them as such. The study further allows us to document the apparent reduction in the linguistic insecurity of the Quebec French community, through the reception of the first strategy in particular.
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The image and style of political leaders are important elements of leadership, and of politics generally. They are related to both political culture and institutions, and are framed in ritual and ceremony. In democratic policies, where there is choice rather than coercion, the mediation of leadership/people relations creates imagined relationships between imagined leaders and their equally imagined interlocutors, the people or the electorate (who also, of course, actually exist). These relationships form part of the political process. By identifying, and adapting, classical Aristotelian distinctions in rhetorical studies, we can better understand this element or moment of the process, in particular the creation of an imagined intimacy in contemporary politics between leaders and followers. Political science should draw upon other disciplines and subdisciplines such as political psychology, cultural studies, rhetorical analysis, and social anthropology in order to understand how mediated relationships are inscribed into political institutions and exchange.
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There are still few explanations of the micro-level practices by which top managers influence employee commitment to multiple strategic goals. This paper argues that, through their language, top managers can construct a context for commitment to multiple strategic goals. We therefore propose a rhetoric-in-context approach to illuminate some of the micro practices through which top managers influence employee commitment. Based upon an empirical study of the rhetorical practices through which top managers influence academic commitment to multiple strategic goals in university contexts, we demonstrate relationships between rhetoric and context. Specifically, we show that rhetorical influences over commitment to multiple goals are associated with the historical context for multiple goals, the degree to which top managers' rhetoric instantiates a change in that context, and the internal consistency of the rhetorical practices used by top managers. Copyright © 2007 SAGE Publications.
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This paper has two objectives: first, to provide a brief review of developments in the sociology of scientific knowledge (SSK); second to apply an aspect of SSK theorising which is concerned with the construction of scientific knowledge. The paper offers a review of the streams of thought which can be identified within SSK and then proceeds to illustrate the theoretic constructs introduced in the earlier discussion by analysing a particular contribution to the literature on research methodology in accounting and organisations studies. The paper chosen for analysis is titled “Middle Range Thinking”. The objective of this paper is not to argue that the approach used in this paper is invalid, but to seek to expose the rhetorical nature of the argumentation which is used by the author of the paper.
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Policy issues which receive large inputs of scientific and technical information are frequently marred by acrimonious controversies between contributing experts. There are few if any examples of a public policy decision being based on a firm consensus of scientific and technical experts. Such a consensus is taken for granted by the `Rational' model of decision making and its derivatives. Comparing the dynamics of conflict in policy-relevant issues with those of conflict in `pure' science, one is struck by their great similarity. In both cases we witness examples of rhetorical statements about incompetence, conflicting interpretations of data, and interdisciplinary communication problems. Noting this similarity, this thesis attempts to answer the question, `Is there a similarity of cause: do the same causes lie at the roots of conflict in policy-relevant and policy-irrelevant science?' In answering this question this thesis examines recent controversies in a generally policy-irrelevant science - evolutionary biology. Three episodes of conflict are studied: the `Neutral Allele Theory', `Punctuated Equilibrium', and `Structuralist versus Functionalist approaches to evolution'. These controversies are analysed in terms of both Kuhn's account of scientific `crises' and Collingridge and Reeve's (1986) `Overcritical Model'. Comparing its findings with those of Collingridge and Reeve, this thesis concludes that, (a) there is a Kuhnian crisis in contemporary evolution theory and, (b) that common causes do lie at the roots of conflict in policy-relevant and policy-irrelevant science. Science has an inherent tendency to degenerate into acrimonious conflict but at the same time has mechanisms which eventually resolve such conflicts. Unfortunately, when science is incorporated into the policy arena these mechanisms are prevented from operating. This thesis reinforces Collingridge and Reeve's conclusion that science is of little use to policy.
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The present thesis is located within the framework of descriptive translation studies and critical discourse analysis. Modern translation studies have increasingly taken into account the complexities of power relations and ideological management involved in the production of translations. Paradoxically, persuasive political discourse has not been much touched upon, except for studies following functional (e.g. Schäffner 2002) or systemic-linguistic approaches (e.g. Calzada Pérez 2001). By taking 11 English translations of Hitler’s Mein Kampf as prime examples, the thesis aims to contribute to a better understanding of the translation of politically sensitive texts. Actors involved in political discourse are usually more concerned with the emotional appeal of their message than they are with its factual content. When such political discourse becomes the locus of translation, it may equally be crafted rhetorically, being used as a tool to persuade. It is thus the purpose of the thesis to describe subtle ‘persuasion strategies’ in institutionally translated political discourse. The subject of the analysis is an illustrative corpus of four full-text translations, two abridgements, and five extract translations of Mein Kampf. Methodologically, the thesis pursues a top-down approach. It begins by delineating sociocultural and situative-agentive conditions as causal factors impinging on the individual translations. Such interactive and interpersonal factors determined textual choices. The overall textual analysis consists of an interrelated corpus-driven and corpus-based approach. It demonstrates how corpus software can be fruitfully harnessed to discern ‘ideological significations’ in the translated texts. Altogether, the thesis investigates how translational decision-makers attempted to position the source text author and his narrative in line with overall rhetorical purposes.
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This paper considers the staging of violence, atrocities, and sexuality in the conduct of the war on terror. The piece discusses the manner in which the terms of the war on terror appear to shut down possible debate and examines the rhetorical and representational strategies that cause this. The paper argues that the war on terror includes a cultural project that seeks to create a consenting global audience. This cultural project appears more diffuse and less immediately instrumental than the military and diplomatic activities of this global battle. The piece argues that it is through the circulation of open secrets and accounts of torture and abuse that a global audience is constructed as both witness and participant in the practices and objectives of the war and that this positioning is designed to corral audience understanding into the suggested narratives of the proponents of the war. Este documento considera el escenario de la violencia, las atrocidades y la sexualidad en la conducta de la guerra contra el terror. El artículo plantea la manera en que los términos de la guerra contra el terror parecen suspender un posible debate y examina las estrategias retóricas y representativas que causaron esto. El documento plantea que la guerra contra el terror incluye un proyecto cultural que busca crear una audiencia global de común acuerdo. Este proyecto cultural parece más difuso y menos útil en el momento, que las actividades militares y diplomáticas de esta batalla global. El artículo sostiene que es mediante la circulación de secretos abiertos y de informes sobre la tortura y el abuso, que se forma una audiencia global tanto testigos como participantes de las prácticas y los objetivos de la guerra y que esa posición está designada a encerrar el conocimiento de la audiencia dentro de los relatos sugeridos por los proponentes de guerra.
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The usability of research papers on the Web would be enhanced by a system that explicitly modelled the rhetorical relations between claims in related papers. We describe ClaiMaker, a system for modelling readers’ interpretations of the core content of papers. ClaiMaker provides tools to build a Semantic Web representation of the claims in research papers using an ontology of relations. We demonstrate how the system can be used to make inter-document queries.