811 resultados para Gender differences
Resumo:
INTRODUÇÃO: O objetivo deste trabalho foi analisar a prevalência do uso de drogas por estudantes da Faculdade de Medicina de Botucatu - Unesp, comparada com outras oito escolas médicas paulistas (uso na vida, nos últimos 12 meses e nos últimos 30 dias). A pesquisa foi realizada entre 1994 e 1995, com 5.227 estudantes do 1o ao 6o ano de graduação. MATERIAL E MÉTODO: Foi usado um questionário de auto-respostas, anônimo, incluindo o questionário da Organização Mundial da Saúde para levantamento de uso de drogas e álcool. Setenta e um por cento (3.725) dos alunos responderam ao mesmo, e destes, 421 eram de Botucatu. RESULTADOS: Não houve diferenças estatisticamente significantes entre escolas e, nos 30 dias anteriores ao preenchimento do questionário, a prevalência do uso de drogas para os estudantes de Botucatu foi a seguinte, com a variação entre outras escolas mostrada entre parênteses: álcool 50% (42-50%); tabaco 7% (7-13%); solventes 8% (7-12%); maconha 6% (6-16%); benzodiazepínicos (BZD) 3% (2-9%); cocaína 0,5% (0,2-4%); anfetaminas 1 % (0-1%). Embora tenha se encontrado um uso crescente de todas as drogas do 1o ao 6o ano, e em especial os BZD, os estudantes não aprovam este uso. A análise de regressão logística indicou que o uso de álcool e drogas foi favorecido por: a) ser homem; b) perder aulas sem razão e referir ou ter muito tempo livre nos finais de semana; e c) ter uma atitude favorável em relação ao uso de álcool e drogas. Diferentemente de outras escolas, na Unesp não houve diferenças estatisticamente significantes de gênero em relação ao uso de tranqüilizantes. No entanto, as mulheres iniciam uso mais precocemente e o fazem mais freqüentemente. Também as mulheres já faziam uso de maconha antes de entrar para a faculdade (30% mulheres X 10% homens), o contrário ocorrendo com solventes (50% homens X 2% mulheres), sendo essas diferenças estatisticamente significantes. CONCLUSÕES: Embora a pesquisa tenha focalizado o uso (não abuso ou dependência), os resultados sugerem a necessidade de as universidades estabelecerem uma política clara de orientação sobre uso de drogas e álcool para os estudantes, incluindo mudanças curriculares e programas de prevenção.
Resumo:
Although there are reports concerning a vascular adaptive response to stress in males, this is not yet defined in females. The aim of this study was to delineate functional gender differences in the rat vascular adaptive response to stress and to determine the ability of sex hormones to modulate the stress-induced vascular adaptive response. Responses to noradrenaline were evaluated in aortas, with and without endothelium, from intact, gonadectomized and gonadectomized-hormone-replaced males and females submitted or not to stress (2-h immobilization). Reactivity of the aorta of stressed and non-stressed intact males and females (n = 6-14 per group) was also examined in the presence of L-NAME or indomethacin. Stress decreased and gonadectomy increased maximal responses to noradrenaline in aortas with intact endothelium from both genders. Stress also reduced noradrenaline potency in males. In females, but not males, stress decreased the gonadectomy-induced noradrenaline hyper-reactivity to near that of intact non-stressed rats. Hormone replacement restored the gonadectomy-induced impaired vascular adaptive response to stress. L-NAME, but not indomethacin, abolished the stress-induced decrease in aorta reactivity of males and females. None of the procedures altered reactivity of aortas denuded of endothelium. Conclusion: Stress-induced vascular adaptive responses show gender differences. The magnitude of the adaptive response is dependent on testicular hormones and involves endothelial nitric oxide-system hyperactivity.
Resumo:
OBJETIVO: Realizou-se um inquérito para comparar diferenças de gênero nos padrões de consumo de álcool em duas amostras urbanas, estratificadas e representativas de duas comunidades (B e RJr). MÉTODO: O questionário Genacis (Gênero, Álcool e Cultura: Um Estudo Internacional Gender, Alcohol, and Culture: An Internacional Study) foi utilizado. RESULTADOS: Houve várias diferenças significativas em dados sociodemográficos e de padrões de uso de álcool entre essas duas amostras. Uma delas tinha população mais velha, educada, católica, branca e mais mulheres na força de trabalho. Dados da comunidade B mostraram que mulheres e homens tiveram padrões similares de consumo de álcool. RJr teve uso de álcool mais alto entre homens e 22% dos homens abaixo de 49 anos de idade tinham padrão de uso do tipo binge. DISCUSSÃO: O acesso, tabagismo, renda e ter um parceiro com consumo pesado de álcool foram fatores de risco importantes para o consumo das mulheres. CONCLUSÕES: Este estudo mostra que quando os papéis das mulheres se tornam similares aos dos homens, modificam seu padrão de consumo de álcool.
Resumo:
Background: Several factors may influence kinetic data measurements, including body conformation and body mass. In addition, gender differences in gait pattern have been observed in healthy humans. Therefore, the aim of this study was to compare the kinetic and temporospatial parameters in clinically healthy male and female cats using a pressure-sensitive walkway. Eighteen crossbreed adult cats were divided into two groups: G1 had ten male cats (nine neutered) aged from 1 to 4 years and body mass 3.1-6.8 kg; G2 had eight spayed female cats, aged from 1 to 6 years and body mass 3.3-4.75 kg. The data from the first five valid trials were collected for each cat. A trial was considered valid if the cat maintained a velocity between 0.54-0.74 m/s and acceleration from -0.20 to 0.20 m/s2. The peak vertical force (PVF), vertical impulse (VI), gait cycle time, stance time, swing time, stride length, and percentage body weight distribution among the four limbs were determined. In addition, the lengths of each forelimb and each hind limb were measured using a tape with the animal standing.Results: No significant differences were observed in each group in either the forelimbs or the hind limbs or between the left and right sides for any of the variables. For both groups, the PVF (%BW), the VI, and the percentage body weight distribution were higher at the forelimbs than the hind limbs. The stride length was larger for males; however, the other kinetic and temporospatial variables did not show any statistically significant differences between the groups. The lengths of the forelimbs and hind limbs were larger in the male cats. There was a significant moderate positive correlation between the stride length and the length of the limbs.Conclusions: In conclusion, the only difference observed between male and female cats was the stride length, and this was due to the greater body size of male cats. This difference did not affect other temporospatial or kinetics variables. © 2013 Verdugo et al.; licensee BioMed Central Ltd.
Resumo:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Resumo:
Pós-graduação em Ciências Sociais - FFC
Resumo:
Pós-graduação em Estudos Linguísticos - IBILCE
Resumo:
Para a Psicologia Evolucionista as diferenças de gênero existentes nas brincadeiras resultam de influências culturais que interagem com uma pré-disposição selecionada na espécie. Objetivou-se investigar se tais diferenças seriam compatíveis com dimorfismo sexual descrito na literatura da área. Setenta e três alunos entre seis e sete anos de uma escola particular foram filmados em quatro sessões de 30 minutos de recreio. Contabilizou-se a freqüência dos comportamentos e os pares com que ocorriam. Posteriormente, 21 crianças foram entrevistadas sobre suas brincadeiras prediletas e suas classificações de brincadeiras segundo o gênero. Pôde-se observar que ambos os sexos participam de atividades similares, mas em interações intra-sexuais. Além disso, observaram-se diferenças topográficas na forma de brincar, de acordo com o sexo. Nas entrevistas, como previa a literatura, foram registradas diferenças entre o relatado e o observado, indicando maior influência cultural sobre o conteúdo relatado.
Resumo:
Este estudo investigou aspectos da diferenciação sexual em brincadeiras de crianças/adolescentes na rua. Participaram 668 pessoas entre 1 e 18 anos (245 meninas – 423 meninos), moradores/visitantes de três ruas num bairro da periferia de Belém, durante 1 ano. Foram observadas diferenças de gênero quanto à participação na rua e à variedade de subcultura lúdica. Observou-se predominância dos meninos na rua, segregação e tipificação sexual nas brincadeiras e maior penetração das meninas na subcultura masculina. Os dados sobre composição dos grupos, segregação, tipificação e preferência por brincadeiras levam à hipótese de aproximação unilateral entre os grupos de gênero.
Resumo:
A esquistossomose mansônica é uma das doenças parasitárias mais difundidas no mundo e tem prevalência maior nos países em desenvolvimento, constituindo atualmente um sério problema de saúde pública no Brasil. Em Belém-PA, no Distrito Administrativo de Mosqueiro (DAMOS), há possibilidades de ocorrência de casos autoctones de esquistosomose mansônica, devido a proximidade geográfica com outras áreas onde há registros deste agravo, bem como, pela presença de outros fatores ambientais de risco, como a presença do Biomphalaria straminea. Com a proposta de determinar a prevalência de esquistosomose mansônica no bairro do Maracajá-DAMOS, foi realizado um estudo transversal prospectivo no período entre março de 2011 a janeiro de 2012, através de inquérito coproscópico pelo método quantitativo de Kato-Katz, associado a inquérito sócio-demográfico e ambiental da localidade. Participaram do universo amostral 407 indivíduos incluídos na atenção da Estratégia Saúde da Família, que aceitaram espontaneamente participar da pesquisa, segundo os preceitos éticos vigentes. O perfil sócio-demográfico populacional mostrou predomínio da faixa etária entre 11 e 40 anos, sem diferenças quanto ao gênero, cuja ocupação de dona de casa e estudante, com ensino fundamental incompleto foram as mais citadas. A maioria dos moradores nasceu e procede do DAMOS, residentes no bairro do Maracajá há mais de 20 anos, sem relatos importantes de deslocamentos para outras localidades. A maioria das residências apresentaram serviço de água encanada, com banheiro interno, presença de sanitário com destino das fezes em fossa séptica. As coleções hídricas peridomiciliares se caracterizaram por valas de baixo fluxo e com pequena vazão de água, alta concentração de produtos orgânicos, presença de vegetação macrófitica e do vetor Biomphalaria straminea. Esta população referiu não ter contato com as coleções hídricas e desconhecer o planorbideo vetor, assim como a própria esquistossomose. O inquérito coproscópico resultou em 100% de lâminas negativas quanto a identificação de ovos do S. mansoni, levando a conclusão que embora o bairro do Maracajá ainda seja indene, possui vários fatores para a instalação de um foco de transmissão ativa de esquistossomose, mas ainda existe um frágil equilíbrio ecológico, sustentado pela reduzida exposição dos indivíduos às coleções hídricas, pouco deslocamento da população para áreas com focos estabelecidos da endemia e razoável cobertura de esgotamento sanitário. Este conjunto de variáveis tem funcionado como fatores limitantes ao processo de endemização da esquistossomose no bairro do Maracajá, entretanto deve ser mantido sob vigilância pelas peculiaridades propicias ao fechamento do ciclo do S. mansoni.
Resumo:
Este estudo investigou o significado dos grupos de brincadeiras na rua como um contexto da cultura de pares, percebendo-os não apenas como espaços de expressão e reprodução da cultura de gênero, mas principalmente como contexto de reconstrução e co-construção destes aspectos: papéis sexuais, identidade de gênero e ideologia de papéis sexuais. O estudo incluiu 689 sujeitos entre 0 e 18 anos (440 meninos – 249 meninas), que brincavam juntos, sendo moradores ou visitantes de três ruas num bairro da periferia de Belém- Pará, durante um ano. Os dados foram coletados através de três procedimentos: descrição dos aspectos sócio-demográficos da área através de um formulário; identificação quantitativa das atividades dos grupos de brincadeira utilizando a técnica de varredura (scan sampling) e a descrição qualitativa das atividades através da filmagem de episódios. Os resultados revelam diferenças de gênero quanto à participação na rua e à variedade da subcultura lúdica. Observou-se predominância dos meninos na rua, segregação e tipificação sexual nas brincadeiras e estratégias diferenciadas de interação entre os dois grupos de gênero. Houve maior aproximação das meninas naquilo a que se denominou subcultura masculina, configurando estratégias de subversão das ideologias e papéis de gênero. A partir de três modelos explicativos do desenvolvimento humano (Hinde, 1979, 1987 e 1997; Bronfenbrenner, 1977, 1994 e 1999 e Rossetti-Ferreira, Amorin, Silva & Carvalho, 2003), busca-se discutir a relação entre macro e microdeterminações na construção da cultura dos gêneros dentro dos grupos de brincadeiras. Os dados sobre composição dos grupos, segregação, tipificação e preferência por brincadeiras e conteúdo e qualidade das interações entre os grupos de sexo/gênero confirmam o caráter relacional da construção do gênero e levam à proposição de um padrão de aproximação unilateral entre estes grupos, sendo que este padrão é protagonizado pelas meninas.
Resumo:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Resumo:
Há uma literatura vasta sobre dimorfismo sexual no comportamento infantil, incluindo estudos sobre padrões atípicos de gênero ou não conformidade de gênero. A proposta deste trabalho surgiu a partir de discussões sobre a relação entre gênero e comportamento homossexual. Contudo, percebeu-se a necessidade de ampliar o conhecimento sobre as diferenças de gênero entre crianças, a partir da utilização de diferentes metodologias na investigação de comportamentos típicos de gênero e da influência destas diferenças para as relações sociais infantis. Foram realizados três estudos. No primeiro, comparou-se as metodologias de observação e entrevista, sendo verificado que a maioria das brincadeiras ocorriam de forma intra-sexual, havendo algumas brincadeiras predominantes de um sexo específico. Percebeu-se, ainda, que o conteúdo dos relatos nas entrevistas sofreu influência do contexto sócio-cultural. No segundo estudo foram aplicados dois instrumentos padronizados de medidas de gênero, encontrando que há brincadeiras predominantemente preferidas por cada sexo e que a criança tende a se identificar e preferir brincar com crianças do mesmo sexo. No terceiro estudo foi realizada a análise do comportamento não verbal de díades mistas a partir de três protocolos distintos, onde os resultados indicaram que há diferenças entre os sexos quanto aos comportamentos em si, mas que o esforço comunicativo e o rapport tenderam a ser similares. Desta forma, foi encontrado que há muitas similaridades no comportamento geral entre os sexos, contudo em análises pormenorizadas pode-se perceber que há padrões específicos de cada sexo, especialmente no que se refere aos estilos de brincadeira e em padrões não verbais. Por fim, os diferentes métodos utilizados possuem vantagens e desvantagens devendo estas ser consideradas nas escolhas e combinações metodológicas de pesquisas futuras.
Resumo:
O método de gêmeos envolve a análise diferencial de gêmeos monozigóticos (MZs) e dizigóticos (DZs) a fim de determinar a proporção de variância em um determinado traço atribuível a fatores genéticos e ambientais. Sendo geneticamente idênticos, os gêmeos MZs tendem a apresentar alto índice de concordância em vários atributos comportamentais, enquanto que, os DZs, compartilham 50 % da carga genética, manifestando um reduzido grau de concordância. Todavia, pesquisadores têm investigado possíveis mecanismos genéticos subjacentes do desenvolvimento cerebral para dominância manual e, não têm encontrado utilidade no método de gêmeos, pois, desde 1924, em todos os estudos de dominância manual em gêmeos, a taxa de discordância para o canhotismo e destrimanismo têm sido similares em MZs e DZs. Além disso, frequentemente gêmeos mostram taxa mais alta de prevalência para o canhotismo que os não gêmeos. O objetivo deste estudo foi investigar as possíveis diferenças entre gêmeos destros e canhotos (MZs e DZs combinados) e não gêmeos em variáveis fenótipicas específicas relacionadas à dominância manual, incluindo dominância podálica (chute de penalty), consistência de dominância manual, canhotismo familiar (CF+), postura manual e medidas de habilidades motoras em três testes : Batidas digitais, Tabuleiro de Annett e Pontilhar Pontinhos. Foram avaliados 286 gêmeos ( 255 destros, 34 canhotos) e, 251 não gêmeos (141 destros e 110 canhotos). A análise dos dados revelou o aumento de canhotismo no sexo masculino em três vezes mais do que no feminino. Além disto, destros e canhotos gêmeos foram mais mistos em suas dominâncias manuais e apontaram alta incidência de CF+ entre parentes de primeiro grau que não gêmeos canhotos e destros. Em concordância com estudos anteriores, a frequência de chute contralateral foi mais alta nos mistos do que nos que apresentaram consistência na dominância manual, especialmente entre os canhotos. No que diz respeito à habilidade manual, não foram encontradas diferenças significativas nos três testes de habilidade manual. Conforme as expectativas, destros e canhotos foram mais proficientes na manipulação do estímulo com suas mãos dominantes. Em todas as três medidas, em contraste com os destros, os canhotos (gêmeos e não gêmeos) apresentaram redução entre as assimetrias manuais. Por extensão, o aumento da prevalência de canhotismo entre gêmeos não poderia ser atribuída a influências patológicas, inversão de assimetria ou ordem de nascimento. É possível, levar em consideração, observando a diferença robusta em dominância manual mista que, o padrão de lateralização neuromotora, pode ser mais difusamente organizado nos hemisférios dos gêmeos que em não gêmeos, mas, esta sugestão requer evidência direta, pelo menos a partir de testes de neuro-imagem.
Resumo:
O dimorfismo sexual na preferência de pares e brincadeiras infantis é registrado desde idades precoces. Crianças com padrões atípicos do seu sexo tendem a apresentar dificuldades de socialização. Investigaram-se tais preferências utilizando dois instrumentos padronizados: Entrevista Estruturada de Preferências de Parcerias e Estilos de Brincadeiras e Desenho da Figura Humana. Participaram 234 crianças, de 9 a 11 anos, sendo 120 do sexo feminino. Observou-se correlação elevada entre o sexo da criança e o sexo do par preferido, bem como com brincadeiras típicas do seu sexo e o sexo da pessoa desenhada corroborando dados similares obtidos pela literatura internacional. Conclui-se que crianças entre 9 e 11 anos apresentam predominância de padrões típicos de gênero sem que os mesmos sejam rígidos.