1000 resultados para Espécies Invasoras
Resumo:
Após uma revisão da toxoplasmose experimental em primatas não humanos, são relatadas as tentativas, sem êxito, para provocar toxoplasmose aguda e fatal em dois rhesus (Macacca mulatta), um infante e outro jovem, por inoculação e reinoculação de uma amostra humana, usando diferentes vias e doses maciças e ainda com a ministração de decametasona. Do mesmo modo, não teve sucesso a tentativa para induzir a doença fatal em um Cebus apella adulto, pela via peritoneal. Porém a toxoplasmose-infecção nesses 3 animais, foi comprovada pela elevação da temperatura (39 a 41ºC), pela positividade da reação de Sabin-Feldman (1:64 - 1:256) e pelo isolamento de toxoplasmas em camundongos inoculados com material do Cebus. Por outro lado, em um Callithrix jacchus pela inoculação peritoneal, foi provocada doença grave e fatal com focos necróticos e abundãncia de toxoplasmas no baço e fígado, e isolamento dos parasitas em camundongo. De 54 símios do Nõvo Mundo, submetidos a RSF, todos foram negativos, com exceção de um Saimiri que se mostrou positivo a 1:16 (18%). Uma análise do problema Toxoplasmose-Primatas não humanos, com o apoio na revisão da literatura e nas nossas próprias observações (ver também o trabalho anterior) permite as seguintes conclusões: em seu habitat natural os primatas não humanos não são expostos ao Toxoplasma. Isso deve estar relacionado aos hábitos arborícolas e à sua alimentação vegetariana e insetívora; b) os casos descritos de toxoplasmose natural nos símios se referem a animais de cativeiro; e, mesmo nestas condições, é excepcional a infecção espontânea dos catarrinos; c) os catarrinos apresentam, além disso uma grande resistência à indução da toxoplasmose experimental, a qual não é devida à presença de anticorpos circulantes. Essa resistência parece não ser rompida pela administração de corticosteróides; embora às vêzes o seja pela inoculação de doses maciças de toxoplasmas, e geralmente nos animais jovens; d) essa resistência é menor nos platirrinos e parece não existir nos platirrinos inferiores e nos Prosimii.
Resumo:
Os autores estudam todo o material brasileiro pertencente ao gênero Prosthogonimus Luehe, 1899, depositado na Coleção Helmintológica do Instituto Oswaldo Cruz, determinado e sem determinação, e concluem que apesar de apresentar grande variação em seus caracteres, pertence à uma única espécie Prosthogonimus ovalus (Rudolphi, 1803). Essa variação já havia sido observada anteriormente por Travassos (1922-1928) e confirmada experimentalmente por Boddeke (1960). São apresentadas 49 figuras e 5 quadros com as medidas correspondentes, mostrando as variações encontradas.
Resumo:
De nematódeos encontrados parasitando estômago, intestinos delgado e grosso de Scomberomorus cavalla (Cuv.) e Scomberomorus maculatus (Mitch.) o autor propões para o gênero Contracaecum Railliet et Henry, 1912 uma nova espécie, C. fortalezae sp. n., que mais se aproxima de C. clavatum (Rud., 1809) Baylis, 1920 dela se diferenciando por possuir espículos desiguais, um curto ovejetor, útero opistodelfo, ovos menores e por apresentar em todos exemplares estudados ceco intestinal curto e ceco esofagiano longo.
Resumo:
Os autores, no presente trabalho, fazem um estudo da posição sistemática das espécies do subgênero Lepidapedon (Lepidapedoides) Yamaguti, 1970, sendo o mesmo referido pela primeira vez no Brasil. Transferem para este subgênero: L. hancocki Manter, 1940; L. longevesiculum Hafeezullah, 1970 e L. manteri Hafeezullah, 1970. Consideram L. ghanensis Fischthal & Thomas, 1970 sinônimo de L. holocentri Siddiqi & Cable, 1960. Apresentam uma chave de classificação para as espécies pertencentes á Lepidapedon (Lepidapedoides) Yamaguti, 1970. Descrevem e figuram L. (L.) epinepheli Bravo-Hollis & Manter, 1957 em novo hospedeiro.
Resumo:
Os autores redescrevem as espécies E. erraticum, E. exile, E. microrchis, E. neglectum, E. nephrocystis e E. parcespinosum, criadas por Lutz em 1924, apresentando figuras e quadros de medidas.
Resumo:
Cyclocoelum (Cyclocoelum) mutabile (Zeder, 1800), Cyclocoelum (Cyclocoelum) phasidi Stunkard, 1929 e Cyclocoelum (Haematotrephus) vanelli (Rudolphi, 1819) são referidos pela primeira vez no Brasil em novos hospedeiros. São apresentadas figuras originais e tabelas de medidas das espécies parasitas de aves brasileiras, pertencentes à família Cyclocoelidae Kossack, 1911.
Resumo:
Encerrando uma série de observações em nematódeos do gênero Procamallanus Baylis, 1923, que ocorrem no Brasil, reunimos no presente trabalho a descrição de uma nova espécie: Procamallanus (Spirocamallanus) paraensis, a redescrição de Procamallanus (S.) hilarii vaz & Pereira, 1934 e as descrições originais de Procamallanus (S.) barroslimai Pereira, 1935 e Procamallanus (S.) macaensis vicente & Santos, 1972, modificadas e adaptadas. Quanto a barroslimai, colocamos em dúvida sua validade e somente não a tomamos sinônima a Procamallanus (S.) inopinatus Travassos, Artigas & Pereira, 1928, devido à falta absoluta de material, impossibilidade de acesso ao tipo e dados concretos que justificassem tal procedimento, no que somos apoiados por Kloss (1966). Relacionamos amostras de material parcialmente danificado que não nos permitiu uma diagnose específica. Referências são feitas a Procamallanus (S.) iheringi Travassos, Artigas & Pereira, 1928. Para Procamallanus (S.) inopinatus é assinalado um novo hospedador. Como a maioria do material observado provinha de necrópsias realizadas em peixes dulcícolas caracídeos, fizemos um estudo comparativo entre os Procamallanus anteriormente referidos nesses hospedadores a fim de estabelecermos possíveis afinidades entre os caracteres morfológicos considerados distintivos quando da proposição das diversas espécies. Desta forma, pudemos ratificar as afirmações de Kloss (1966), com relação aos Procamallanus, quando do estudo dos parasitos de espécies simpátricas de Astyanax. Finalmente, incluímos uma chave para a determinação dos Procamallanus brasileiros.
Sobre duas espécies novas do gênero Culicoides latreille, 1809, do Brasil (Diptera, Ceratopogonidae)
Resumo:
São descritas as espécies Culicoides (Hoffmania) saintjusti sp. n. e Culicoides (Oecacta) macieli sp. n. (localidade tipo; Brasil, Rio de janeiro, Jacarepaguá, Pau da Fome) e discutidas sua posição taxionômica e suas relações com espécies afins.
Resumo:
Foram estudadas as genitálias externas masculinas das cinco espécies que constituem o complexo phyllosoma: Triatoma phyllosoma (Burmeister, 1835), T. pallidipennis (Stal, 1872), T. longipennis Usinger, 1939, T. picturata Usinger, 1939 e T. mazzottii Usinger, 1941, todas encontradas naturalmente infectadas pelo Trypanosoma cruzi, e, com exceção de T. picturata, colonizando no domicílio humano. São espécies muito próximas, não só pelo aspecto externo, como pela área geográfica onde ocorrem, a região ocidental do México. As estruturas constituintes dessas genitálias foram analisadas comparativamente, com o intuito de ampliar o estudo das aludidas espécies, criando informações morfológicas adicionais à taxonomia atualmente aceita. Foram evidenciadas quatro estruturas no edeago: falosoma, suporte da falosoma, processo do endosoma e vesica; uma no aparelho articular, o processo do gonoporo; e outra no pigóforo, o processo do pigóforo. Essas estruturas apresentam pequenas variações no tamanho e na forma, acentuando a proximidade das espécies entre si e a dificuldade existente para a compreensão perfeita do status taxonômico de cada uma. O trabalho completar-se-á com a discussão dos já conhecidos aspectos morfológicos externos e os evidenciados pela morfologia das genitálias.
Resumo:
Vinte espécies do gênero Diplotriaena Henry & Ozoux, 1909 que ocorrem no Brasil, foram estudadas. A taxonomia desse grupo de nematódeos parasitos de aves é baseada na forma e tamanho dos tridentes e espículos. Para todas as espécies forma registradas suas dimensões, hospedeiros e distribuição regional, através de tabelas comparativas. Comentários a respeito de algumas espécies foram feitos, de modo a fornecer dados adicionais. É também apersentada uma chave para a determinação das espécies.
Resumo:
Para estudar a ecologia dos mosquitos de planície litorânea do Rio de janeiro efetuamos, de agosto de 1981 a julho de 1983, uma série de coletas de adultos e formas imaturas numa fazenda, Granjas Calábria, em Jacarepaguá. Encontramos 50 espécies, inclusive nove que assinalamos pela primeira vez no Estado do Rio de Janeiro e várias transmissoras potenciais de doenças humanas. Neste primeiro artigo de uma série, apresentamos os resultados referentes á frequência comparativa dos adultos em diferentes ambientes e métodos de caputra. De 20.472 mosquitos adultos capturados, Mansonia titillans foi a espécie mais frequente, seguida de Aedes scapularis, phoniomyia deanei, Phoniomyia davisi e Culex saltanensis. Em isca humana a sequência foi a mesma. A fauna em armadilha luminosa não coincidiu com a de mosquitos capturados picando homem e animais, sendo Uranotaenia lowi a espécie mais assídua. As capturas em mata residual secundaria foram mais rendosas do que as realizadas em charco e ambientes descampados por ação antrópica, com exceção de Mansonia titillans, Coquillettidia venezuelensis, Culex amazonensis e Wyeomyia leucostigama em que essa diferença não se constatou ou se inverteu.
Resumo:
Com o intuito de acrescentar parâmetros à taxonomia do gênero Sirthenea Spinola, 1837, realizamos uma análise morfológica comparativa da genitália externa dos machos de quatro espécies: S. carinata (Fabricius, 1798), S. stria (Fabricius, 1794), S. flavipes (Stal, 1855) e S. amazona Stal, 1866. Foram evidenciadas 10 estruturas (8º esternito, processo do pigóforo, parâmeros, falosoma e seus quatro processos e os dois processos do endosoma) que permitem diferenciar as quatro espécies. Uma descrição resumida da morfologia geral de cada espécie é adicionada.
Resumo:
Sete espécies da região neártica: Triatoma barberi Usinger, 1939; T. rubida (Uhler, 1894); T. gertaeckeri (Stal, 1859); T. lecticularia (Stal, 1859); T. protracta (Uhler, 1894); T. recurva (Stal, 1868) e T. sanguisuga (Leconte, 1855) foram analisadas comparativamente, tendo como enfoque as estruturas da genitália do macho: falosoma (Ph), suporte do falosoma (SPh), processo do endosoma (PrEn), vesica (V) e aparelho articular (Apb). As estruturas fálicas se mostraram capazes de serem usadas como critério morfológico suplementar aos padrões atualmente usados, em taxonomia. Estas espécies silvestres são encontradas nos Estados Unidos e México, naturalmente infectadas pelo T. cruzi; algumas vivem no perdomicílio e outras eventualmente no domicílio, sem contudo colonizá-lo.
Resumo:
Os folículos testiculares nas ordens dos insetos, vêm demonstrando papel relevante sob o ponto de vista da Sistemática e Filogenia. Nos triatomíneos, os folículos testiculares são em número de sete, sendo que o comprimento e a espesura variam consideravelmente entre os gêneros, e pouco entre as espécies. Verificou-se que em Rhodnius spp existem dois folículos longos e grossos e cinco curtos e fuinnos; em Triatoma spp existem dois longos e finos, dois médios e grossos e três curtos e finos; e em Panstrongylus spp existem sete aproximadamente iguais. Através das medições do comprimento dessas estruturas, evidenciou-se que os valores das médias e desvios padrão das médias, foram muito próximos entre as espécies do mesmo gênero, tornando-se inviável estabelecer limites que pudessem caracterizá-las. Em busca de resultados mais precisos, fizeram-se comparações interespecíficas através da análise de variância: entre as diferentes espécies do mesmo gênro (comparação simultânea); entre cada duas espécies do mesmo gênro (comparação aos pares); e entre espécies iguais de procedência diferentes. Os resultados obtidos não demostraram possibilidades de utilização na Sistemática, contudo foram promissores no que concerne à Filogenia, desde que seja observado um número maior de espécies.