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Resumo:
A qualidade da dispersão de gás em células de flotação é comumente caracterizada através de parâmetros como velocidade superficial do gás (Jg), hold-up do gás (?g), distribuição de tamanho de bolha (db ou D3,2) e fluxo de superfície de bolha (Sb). Sendo um processo de separação de minerais que é dependente da interação (colisão + adesão) entre partículas hidrofóbicas e bolhas de ar, a flotação tem seu desempenho dependente de uma dispersão de gás apropriada na polpa de minério. Desta forma, este trabalho objetivou caracterizar o estado da dispersão de gás de duas células em um banco composto por quatro células Wemco de 42,5 m³ (subaeradas), operando em série na usina da Vale Fertilizantes (Cajati-SP). Realizaram-se três campanhas de medidas que foram conduzidas sob diferentes condições operacionais: a) Diâmetro do rotor (D) de 1,09 m e rotação (N) entre 145 RPM e 175 RPM; b) D = 0,99 m e N entre 110 RPM e 190 RPM; c) D = 0,99 m e N de 120 RPM e de 130 RPM. Observaram-se os seguintes valores de dispersão de gás: 0,7 <= Jg <= 5,4 cm/s, 7 <= ?g <= 15%, 1,6 <= D3,2 <= 2,4 mm e Sb na faixa de 24 a 162 s-1. A magnitude de Jg medida na 1ª e 2ª campanhas mostrou-se acima dos valores reportados pela literatura, indicando necessidade de modificação de condições operacionais dos equipamentos, assim como cuidadosa manutenção. Posteriormente, a 3ª campanha indicou maior conformidade dos parâmetros de dispersão de gás em relação à literatura, constatando-se uma considerável melhora de desempenho do processo de flotação.
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Considerando que o petróleo quando extraído dos poços em águas profundas chega a ter teor de água superior a 50% e que antes de ser enviado à refinaria deve ter uma quantidade de água inferior a 1%, torna-se necessário o uso de técnicas de redução da quantidade de água. Durante a extração do petróleo formam-se emulsões de água em óleo que são muito estáveis devido a um filme interfacial contendo asfaltenos e/ou resinas ao redor das gotas de água. Nesse trabalho é apresentada a utilização de ondas estacionárias de ultrassom para realizar a quebra dessas emulsões. Quando gotículas de água com dimensões da ordem de 10m, muito menores que o comprimento de onda, são submetidas a um campo acústico estacionário em óleo, a força de radiação acústica empurra as gotículas para os nós de pressão da onda. Uma célula de coalescência com frequência central ao redor de 1 MHz, constituída por quatro camadas sendo uma piezelétrica, uma de acoplamento sólido, uma com o líquido e outra refletora, foi modelada empregando o método da matriz de transferência, que permite calcular a impedância elétrica em função da frequência. Para minimizar o efeito do gradiente de temperatura entre a entrada e a saída da cavidade da célula, quando está em operação, foram utilizados dois transdutores piezelétricos posicionados transversalmente ao fluxo que são excitados e controlados independentemente. Foi implementado um controlador digital para ajustar a frequência e a potência de cada transdutor. O controlador tem como entrada o módulo e a fase da corrente elétrica no transdutor e como saída a amplitude da tensão elétrica e a frequência. Para as células desenvolvidas, o algoritmo de controle segue um determinado pico de ressonância no interior da cavidade da célula no intervalo de frequência de 1,09 a 1,15 MHz. A separação acústica de emulsões de água em óleo foi realizada em uma planta de laboratório de processamento de petróleo no CENPES/PETROBRAS. Foram testados a variação da quantidade de desemulsificante, o teor inicial de água na emulsão e a influência da vazão do sistema, com uma potência de 80 W. O teor final de água na emulsão mostrou que a aplicação de ultrassom aumentou a coalescência de água da emulsão, em todas as condições testadas, quando comparada a um teste sem aplicação de ultrassom. Identificou-se o tempo de residência no interior da célula de separação como um fator importante no processo de coalescência de emulsões de água e óleo. O uso de desemulsificante químico é necessário para realizar a separação, porém, em quantidades elevadas implicaria no uso de processos adicionais antes do repasse final do petróleo à refinaria. Os teores iniciais de água na emulsão de 30 e 50% indicam que o uso da onda estacionária na coalescência de emulsões não tem limitação quanto a esse parâmetro. De acordo com os resultados obtidos em laboratório, essa técnica seria indicada como uma alternativa para integrar um sistema de processamento primário em conjunto com um separador eletrostático.
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Objetivos: Analizar las desigualdades de género en las condiciones de empleo, trabajo, conciliación de la vida laboral y familiar, y en los problemas de salud relacionados con el trabajo en una muestra de la población ocupada en España en el año 2007 teniendo en cuenta la clase social y el sector de actividad. Métodos: Las desigualdades de género se analizaron mediante 25 indicadores en los 11.054 trabajadores entrevistados en la VI Encuesta Nacional de Condiciones de Trabajo. Se calcularon las odds ratio (OR) y sus intervalos de confianza del 95% (IC95%) mediante modelos de regresión logística multivariados, estratificando por clase social ocupacional y sector de actividad. Resultados: Más mujeres que hombres trabajaban sin contrato (OR = 1,83; IC95%: 1,51-2,21), con alto esfuerzo o baja recompensa (1,14:1,05-1,25) y sufriendo acoso sexual (2,85:1,75-4,62), discriminación (1,60:1,26-2,03) y más dolores osteomusculares (1,38:1,19-1,59). Más hombres que mujeres trabajaban a turnos (0,86:0,79-0,94), con altos niveles de ruido (0,34:0,30-0,40), altas exigencias físicas (0,58:0,54-0,63) y sufriendo más lesiones por accidentes de trabajo (0,67:0,59-0,76). Las trabajadoras no manuales mostraron trabajar con un contrato temporal (1,34:1,09-1,63), expuestas a más riesgos psicosociales y sufriendo mayor discriminación (2,47:1,49-4,09) y enfermedades profesionales (1,91:1,28-2,83). En el sector de la industria las desigualdades de género fueron más marcadas. Conclusiones: En España existen importantes desigualdades de género en las condiciones de empleo, trabajo y en los problemas de salud relacionados con el trabajo, que se ven influenciadas por la clase social y el sector de actividad, y que sería necesario tener en consideración en las políticas públicas de salud laboral.
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Introduction et recension des écrits : Récemment, les suicides de vétérans et d’athlètes professionnels ont attiré l’attention sur l’association entre le TCC et le suicide. Les lignes directrices concernant la prise en charge en santé mentale dans cette population demeurent fragmentaires. Les objectifs de cette thèse sont de 1) déterminer si une association existe entre le TCC subi dans l’enfance et le suicide futur, 2) explorer si les personnes qui se sont suicidées ont consulté un psychiatre dans l’année précédant le suicide et évaluer si cela diffère selon que la personne ait eu un TCC ou non, 3) décrire et qualifier l’offre québécoise de santé mentale offerte en réadaptation aux enfants et aux adultes ayant subi un TCC. Méthodologie : Le volet épidémiologique consiste en une étude de cohorte rétrospective sur un échantillon de 135 703 enfants ayant reçu des services médicaux au Québec en 1987 et suivis jusqu’en 2008. Le volet qualitatif comprend un sondage auprès des gestionnaires des programmes de réadaptation TCC du Québec, des groupes de discussion avec des cliniciens et des entrevues avec des survivants de TCC et leurs proches. Résultats : Notre étude épidémiologique confirme une association significative entre le TCC subi dans l’enfance (HR 1,49 IC95% 1,04- 2,14), dans l’adolescence (HR 1,57, IC 95% 1,09-2,26) et à l’âge adulte (HR 2,53, IC95% 1,79-3,59) et le suicide. Malgré un risque de suicide plus élevé, les personnes avec un TCC et qui se sont suicidées n’ont pas consulté de psychiatre plus fréquemment que les personnes sans TCC (OR 1,29, IC 95% 0,75- 2,24). Par ailleurs, notre étude qualitative révèle que les forces du système actuel incluent une bonne qualité des services, mais qu’il existe des faiblesses au niveau de l’accès aux médecins spécialisés, du dépistage systématique et de l’accès aux services à long terme. Nos recommandations incluent le développement d’une approche coordonnée en santé mentale, l’implication automatique d’un gestionnaire de cas et l’amélioration des mécanismes d’accès après le congé.
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BACKGROUND Nocardiosis is a rare, life-threatening opportunistic infection, affecting 0.04% to 3.5% of patients after solid organ transplantation (SOT). The aim of this study was to identify risk factors for Nocardia infection after SOT and to describe the presentation of nocardiosis in these patients. METHODS We performed a retrospective case-control study of adult patients diagnosed with nocardiosis after SOT between 2000 and 2014 in 36 European (France, Belgium, Switzerland, Netherlands, Spain) centers. Two control subjects per case were matched by institution, transplant date and transplanted organ. A multivariable analysis was performed using conditional logistic regression to identify risk factors for nocardiosis. RESULTS One hundred and seventeen cases of nocardiosis and 234 control patients were included. Nocardiosis occurred at a median of 17.5 [range 2-244] months after transplantation. In multivariable analysis, high calcineurin inhibitor trough levels in the month before diagnosis (OR=6.11 [2.58-14.51]), use of tacrolimus (OR=2.65 [1.17-6.00]) and corticosteroid dose (OR=1.12 [1.03-1.22]) at the time of diagnosis, patient age (OR=1.04 [1.02-1.07]) and length of stay in intensive care unit after SOT (OR=1.04 [1.00-1.09]) were independently associated with development of nocardiosis; low-dose cotrimoxazole prophylaxis was not found to prevent nocardiosis. Nocardia farcinica was more frequently associated with brain, skin and subcutaneous tissue infections than were other Nocardia species. Among the 30 cases with central nervous system nocardiosis, 13 (43.3%) had no neurological symptoms. CONCLUSIONS We identified five risk factors for nocardiosis after SOT. Low-dose cotrimoxazole was not found to prevent Nocardia infection. These findings may help improve management of transplant recipients.
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OBJECTIVES Sleep-disordered breathing (SDB) is very common in acute stroke patients and has been related to poor outcome. However, there is a lack of data about the association between SDB and stroke in developing countries. The study aims to characterize the frequency and severity of SDB in Brazilian patients during the acute phase of ischemic stroke; to identify clinical and laboratorial data related to SDB in those patients; and to assess the relationship between sleep apnea and functional outcome after six months of stroke. METHODS Clinical data and laboratorial tests were collected at hospital admission. The polysomnography was performed on the first night after stroke symptoms onset. Functional outcome was assessed by the modified Rankin Scale (mRS). RESULTS We prospectively evaluated 69 patients with their first-ever acute ischemic stroke. The mean apnea-hypopnea index (AHI) was 37.7 ± 30.2. Fifty-three patients (76.8%) exhibited an AHI ≥ 10 with predominantly obstructive respiratory events (90.6%), and thirty-three (47.8%) had severe sleep apnea. Age (OR: 1.09; 95% CI: 1.03-1.15; p= 0.004) and hematocrit (OR: 1.18; 95% CI: 1.03-1.34; p= 0.01) were independent predictors of sleep apnea. Age (OR: 1.13; 95% CI: 1.03-1.24; p= 0.01), body mass index (OR: 1.54; 95% CI: 1.54-2.18; p= 0.01), and hematocrit (OR: 1.19; 95% CI: 1.01-1.40; p= 0.04) were independent predictors of severe sleep apnea. The National Institutes of Health Stroke Scale (NIHSS; OR: 1.30; 95% CI: 1.1-1.5; p= 0.001) and severe sleep apnea (OR: 9.7; 95% CI: 1.3-73.8; p= 0.03) were independently associated to mRS >2 at six months, after adjusting for confounders. CONCLUSION Patients with acute ischemic stroke in Brazil have a high frequency of SDB. Severe sleep apnea is associated with a poor long-term functional outcome following stroke in that population.