999 resultados para doenças de cães
Resumo:
Cães jovens foram infectados com as cepas Y e CL do T. cruzi usando-se como inóculos 107 formas sangüíneas inoculadaspor via intraperitoneal e 2 x 10³ tripomastigotas metacíclicos obtidos do inseto vetor e inoculadospor via conjuntival. As cepas Ye CL induziram nos cães curvas deparasitemia totalmente distintas, confirmando dados parasitológicos obtidos em camundongos e coelhos. Com a cepa CL a parasitemia, com ambos os inóculos, foi gradualmente ascencional ao passo que com Y a parasitemia foi extremamente baixa, irregular e, com freqüência, subpatente. Com ambas as cepas o parasitismo e as lesões predominaram no miocárdio. Entretanto, com a cepa Y a miocardite foi sempre intensa desde as fases mais precoces da infecção, ao passo que com a cepa CL o processo inflamatório tomou-se acentuado somente a partir do 20.° dia. Freqüentemente a intensidade da miocardite observada em alguns animais não guardava relação com a parasitemia; em alguns cães com parasitemia subpatente, nos quais a infecção só foi diagnosticada pelo xenodiagnóstico, a intensidade da miocardite foi comparável àquela observada nos animais com parasitemia patente. Idêntica correlação também não foi assinalada em relação ao parasitismo tissular. Esses achados sugerem a participação de mecanismo imunológicos na gênese das lesões, ainda na fase aguda da infecção.
Resumo:
Os autores documentam a cardiopatia difusa fibrosante, com todos os sintomas clínicos e dados de autópsia pertinentes à insuficiência cardíaca congestiva, em um dos 21 cães infectados com a cepa Colombiana (cinco morreram na fase aguda e quatro continuam vivos) e cinco, dos 13 infectados com a cepa Berenice-78 (oito morreram na fase aguda), num período de oito anos de observação. Em vista destes resultados, os autores sugerem que o cão possa vir a ser um modelo experimental, adequado para o estudo da história natural da doença de Chagas, preenchendo os requisitos estabelecidos pelo Comitê Assessor de Doença de Chagas do Programa Especial de Pesquisa e Treinamento em Doenças Tropicais da Organização Mundial de Saúde.
Resumo:
A intradermorreação de Montenegro, um teste de hipersensibilidade tardia, é um método muito utilizado no diagnóstico auxiliar da leishmaniose tegumentar americana (LTA) humana. Entretanto, são escassos os relatos a respeito das alterações histológicas induzidas experimentalmente peto teste cutâneo, sobretudo no cão. Frente a isso, a nível de campo, foram comparados dois testes cutâneos para diagnóstico da leishmaniose tegumentar canina (LTC), utilizando-se o LeishvacinR e o P10.000G como antígenos. Nos cães que receberam o PIO.OOOG, constatou-se reação inflamatória mais evidente e difusa que nos testados com o LeishvacinR.
Resumo:
Foi realizado um estudo quantitativo e qualitativo dos plexos de Auerbach e Meissner do esôfago de quatro cães chagásicos sacrificados na fase aguda da infecção. As ganglionites e periganglionites do plexo de Auerbach variaram de discretas a moderadas, induzindo lesões neuronais significativas, principalmente em dois animais. Os gânglios do plexo de Meissner foram observados em pequeno número, impossibilitando qualquer análise. Miosite discreta ou moderada foi observada principalmente no terço inferior do esôfago, raramente associada a ninhos de amastigotas. A contagem de gânglios e neurônios não demonstrou desnervação. Apesar de em nenhum dos cães ter sido induzida a formação de megaesôfago, relatamos lesões do plexo de Auerbach e de miocélulas do esôfago de animais na fase aguda da infecção chagásica. Este parece ser o primeiro estudo quantitativo e qualitativo sistemático dos plexos de Auerbach e Meissner do esôfago na tripanosomíase cruzi experimental.
Resumo:
Dissertação apresentada na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa para obtenção do Grau de Mestre em Genética Molecular e Biomedicina
Resumo:
Foram submetidos a exame clínico laboratorial de dermatofitose e inqueridos sobre o possível contato com cães e gatos 158 pacientes residentes na área urbana de Fortaleza, que apresentavam lesões suspeitas de dermatofitose. Esta busca associada aos dados obtidos em questionário permitiram identificar a freqüência de surtos domiciliares. Dentre os 83 dermatófitos isolados de infecções humanas, predominaram as espécies antropofílicas sobre as zoofílicas, tendo sido observado uma confluência de diagnóstico humano e animal em 100% dos casos de dermatofitoses zoofílicas humanas, onde foram identificadas as mesmas espécies no homem e nos animais contactantes: Microsporum canis e Trichophyton mentagrophytes. Já os pacientes portadores de dermatófitos antropofílicos variaram quanto ao contato com animais domésticos, não tendo sido isolado estes fungos de nenhum animal contactante. Diante da baixa freqüência de dermatofitoses zoofílicas, considerou-se que o convívio do homem com cães e gatos domésticos foi pouco representativo como fator condicionante da ocorrência de dermatofitoses no meio urbano.