998 resultados para Neoplasias da mama - Quimioterapia
Resumo:
Background: To describe the overall and disease-free survival at five and ten years after breast cancer diagnosis in women from a previous case-control study, and establish related prognostic factors. Methods: We followed up 202 patients diagnosed between 1996 and 1998 in three public hospitals in Granada and Almeria provinces in Spain. Survival rates were calculated using the Kaplan and Meier method, and the Cox proportional hazards model was applied to identify the most significant variables contributing to survival. Results: Mean age at diagnosis was 54.27±10.4 years. Mean follow-up for overall survival was 119.91 months (95%CI 113.65126.17); the five-year survival rate was 83.9% (95%CI: 78.13-89.66) and the ten-year rate was 71% (95%CI: 63.25-78.74). Mean followup for disease-free survival was 118.75 months (95%CI 111.86125.65); the five-year disease-free survival rate was 81% (95%CI: 74.52-87.47) and the ten-year rate was 71.3% (95%CI: 63.33-79.26). The mortality rate of the study population was 33.17%. Conclusions: Disease characteristics are similar in our population to those in other Spanish and European regions, while the overall survival is higher than the mean rate during the same period in Europe (5-yr rate of 79%) and similar to that in Spain (83%).
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Background: Numerous hypermethylated genes have been reported in breast cancer, and the silencing of these genes plays an important role in carcinogenesis, tumor progression and diagnosis. These hypermethylated promoters are very rarely found in normal breast. It has been suggested that aberrant hypermethylation may be useful as a biomarker, with implications for breast cancer etiology, diagnosis, and management. The relationship between primary neoplasm and metastasis remains largely unknown. There has been no comprehensive comparative study on the clinical usefulness of tumor-associated methylated DNA biomarkers in primary breast carcinoma and metastatic breast carcinoma. The objective of the present study was to investigate the association between clinical extension of breast cancer and methylation status of Estrogen Receptor1 (ESR1) and Stratifin (14-3-3-σ) gene promoters in disease-free and metastatic breast cancer patients. Methods: We studied two cohorts of patients: 77 patients treated for breast cancer with no signs of disease, and 34 patients with metastatic breast cancer. DNA was obtained from serum samples, and promoter methylation status was determined by using DNA bisulfite modification and quantitative methylation-specific PCR. Results: Serum levels of methylated gene promoter 14-3-3-σ significantly differed between Control and Metastatic Breast Cancer groups (P < 0.001), and between Disease-Free and Metastatic Breast Cancer groups (P < 0.001). The ratio of the 14-3-3-σ level before the first chemotherapy cycle to the level just before administration of the second chemotherapy cycle was defined as the Biomarker Response Ratio [BRR]. We calculated BRR values for the "continuous decline" and "rise-and-fall" groups. Subsequent ROC analysis showed a sensitivity of 75% (95% CI: 47.6 - 86.7) and a specificity of 66.7% (95% CI: 41.0 - 86.7) to discriminate between the groups for a cut-off level of BRR = 2.39. The area under the ROC curve (Z = 0.804 ± 0.074) indicates that this test is a good approach to post-treatment prognosis. Conclusions: The relationship of 14-3-3-σ with breast cancer metastasis and progression found in this study suggests a possible application of 14-3-3-σ as a biomarker to screen for metastasis and to follow up patients treated for metastatic breast cancer, monitoring their disease status and treatment response.
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Publicado en la página web de la Consejería de Salud y Bienestar Social: www.juntadeandalucia.es/salud (Consejería de Salud y Bienestar Social / Ciudadanía / Nuestro Compromiso por la Calidad / Guías de información para pacientes). Documento para la ciudadanía relacionado con el Proceso Asistencial Integrado : Cáncer de mama
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BACKGROUND Taxanes are among the most active drugs for the treatment of metastatic breast cancer, and, as a consequence, they have also been studied in the adjuvant setting. METHODS After breast cancer surgery, women with lymph node-positive disease were randomly assigned to treatment with fluorouracil, epirubicin, and cyclophosphamide (FEC) or with FEC followed by weekly paclitaxel (FEC-P). The primary endpoint of study-5-year disease-free survival (DFS)-was assessed by Kaplan-Meier analysis. Secondary endpoints included overall survival and analysis of the prognostic and predictive value of clinical and molecular (hormone receptors by immunohistochemistry and HER2 by fluorescence in situ hybridization) markers. Associations and interactions were assessed with a multivariable Cox proportional hazards model for DFS for the following covariates: age, menopausal status, tumor size, lymph node status, type of chemotherapy, tumor size, positive lymph nodes, HER2 status, and hormone receptor status. All statistical tests were two-sided. RESULTS Among the 1246 eligible patients, estimated rates of DFS at 5 years were 78.5% in the FEC-P arm and 72.1% in the FEC arm (difference = 6.4%, 95% confidence interval [CI] = 1.6% to 11.2%; P = .006). FEC-P treatment was associated with a 23% reduction in the risk of relapse compared with FEC treatment (146 relapses in the 614 patients in the FEC-P arm vs 193 relapses in the 632 patients in the FEC arm, hazard ratio [HR] = 0.77, 95% CI = 0.62 to 0.95; P = .022) and a 22% reduction in the risk of death (73 and 95 deaths, respectively, HR = 0.78, 95% CI = 0.57 to 1.06; P = .110). Among the 928 patients for whom tumor samples were centrally analyzed, type of chemotherapy (FEC vs FEC-P) (P = .017), number of involved axillary lymph nodes (P < .001), tumor size (P = .020), hormone receptor status (P = .004), and HER2 status (P = .006) were all associated with DFS. We found no statistically significant interaction between HER2 status and paclitaxel treatment or between hormone receptor status and paclitaxel treatment. CONCLUSIONS Among patients with operable breast cancer, FEC-P treatment statistically significantly reduced the risk of relapse compared with FEC as adjuvant therapy.
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L'addició de Trastuzumab a quimioteràpia basada en taxans millora la supervivència de les pacients amb carcinoma de mama metastàtic i sobreexpressió de HER2. En el nostre estudi, analitzem l'eficàcia de Vinorelbine-Trastuzumab a la progressió a Trastuzumab. De les 46 pacients analitzades, 26 van realitzar Trastuzumab previ al tractament amb Vinorelbine-Trastuzumab, obtenint un temps lliure de progressió de 6.5 mesos, benefici clínic del 48% i respostes del 27%, similar al descrit pels tractaments aprovats, Capecitabina-Lapatinib i Capecitabina-Trastuzumab. CONCLUSIÓ: Vinorelbine-Trastuzumab en pacients prèviament tractades amb Trastuzumab manté una significativa activitat en càncer de mama metastàtic en progressió a Trastuzumab.
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O objetivo deste estudo foi explorar as crenças de um grupo de mulheres sobre a causalidade de seu câncer de mama. Foi utilizada a Antropologia cultural como referencial teórico e a História Oral como referencial metodológico. Foram entrevistadas nove mulheres mastectomizadas e foram utilizados os pressupostos do Modelo de Crenças em Saúde na análise dos dados. Os resultados destacaram alguns aspectos que devem ser trabalhados no processo educativo das mulheres, em um contexto cultural significativo, com maior chance de aderência aos programas de detecção precoce do câncer de mama.
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Identificar os sentimentos e as experiências relacionados ao câncer de mama torna-se importante para que as pessoas de seu convívio social compreendam essa etapa da vida da mulher. Uma revisão da literatura foi realizada buscando identificar quais são os pensamentos e os sentimentos mais comuns experimentados pelas mulheres depois do diagnóstico de câncer de mama. Foi realizada por meio de busca bibliográfica no LILACS e MEDLINE, e as palavras-chave utilizadas foram: breast, câncer, feeling, female, representações, sentimentos. Conteúdos do câncer foram abordados, como o significado da doença e suas implicações para a vida emocional e social da mulher. Concluiu-se que as experiências relacionadas ao câncer de mama têm um âmbito muito individual, tendo representações diferenciadas para cada mulher.
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Estudo descritivo e transversal, desenvolvido com o objetivo de avaliar a Qualidade de Vida (QV) de pacientes com câncer, submetidos à quimioterapia. Para a coleta de dados, utilizou-se o instrumento European Organization for Research and Treatment of Cancer - Quality of Life Questionnaire Core-30 (EORTC QLQ-C30). A amostra constitui-se de 30 pacientes que assinaram o consentimento informado. Os dados foram analisados pelo software SPSS. O QLQ-C30 mostrou que a pontuação média das funções física, cognitiva e social, e desempenho de papel, variou de 71,26 a 75,12, demonstrando um nível satisfatório. Na função emocional, a média foi baixa, de 55,46. Nas escalas de sintomas, houve o predomínio da insônia com uma média de 34,44, seguida de dor (23,33) e fadiga (22,31). A QV foi satisfatória em todos os domínios, exceto a função emocional, que foi baixa, demonstrando que os efeitos colaterais da quimioterapia influenciam negativamente a QV dos pacientes.
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OBJETIVO: Identificar as principais fontes utilizadas pelas mulheres para adquirir informações sobre câncer de mama; determinar se existe associação entre as fontes de informação usadas e o nível de escolaridade e renda familiar; estabelecer como as mulheres avaliam seus próprios conhecimentos sobre câncer de mama (auto-avaliação); determinar se esta auto-avaliação tem efeito sobre os hábitos referidos da prática do auto-exame das mamas. MATERIAIS E MÉTODOS: Quinhentas e trinta e uma mulheres, com idade de 20 anos ou mais, foram aleatoriamente entrevistadas nas dependências de um hospital particular de Goiânia, GO. RESULTADOS: A televisão foi apontada como a principal fonte utilizada para adquirir conhecimentos sobre câncer de mama (26,5% das respostas), independentemente do grau de escolaridade ou da renda familiar. Em seguida vieram as revistas (16,8%), relacionamento interpessoal (16,2%), médicos assistentes (15,8%), jornais (12,2%), rádio (8,4%) e a internet (3,9%). O teste do chi² identificou associação entre as quatro fontes mais utilizadas para adquirir informações sobre câncer de mama e a escolaridade/renda familiar. CONCLUSÃO: A televisão foi apontada, pelas entrevistadas, a fonte mais utilizada para adquirir conhecimentos sobre câncer de mama. Oitenta e três por cento das entrevistadas consideram ter conhecimentos medianos ou bons sobre câncer de mama. As mulheres que auto-atribuíram maior nível de conhecimento sobre a doença apresentaram maior propensão para realizar o auto-exame das mamas com periodicidade correta.
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OBJETIVO: Introduzir e familiarizar em nosso meio o uso do teste de químio-sensibilidade MTT avaliando a ação de agentes quimioterápicos sobre células tumorais de 30 doentes com câncer gástrico avançado. Correlacionar os resultados do teste MTT com os aspectos clínicos, anátomo-patológicos e estádio utlizando a mesma metodologia do estudo realizado em pacientes japoneses na Universidade de Keio, Japão. MÉTODO: Foi realizado o teste MTT em tumores de 30 pacientes com diagnóstico de adenocarcinoma gástrico, submetidos ao tratamento cirúrgico no Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Foram estudados in vitro os seguintes agentes quimioterápicos: mitomicina C, doxorrubicina, cisplatina e 5-fluorouracil. RESULTADOS: Os índices de atividade sobre células tumorais foram: 16,6% para a mitomicina C, 10,0% para a doxorrubicina, 6,6% para a cisplatina e 6,6% para o 5-fluorouracil. Os resultados do teste MTT não tiveram correlação com a idade, sexo, aspectos microscópicos e estádio (p0,05). CONCLUSÕES: A ação dos agentes quimioterápicos estudados sobre células tumorais do câncer gástrico foi baixa. Os resultados da ação dos quimioterápicos in vitro não apresentou correlação estatística com a idade, sexo, aspectos microscópicos e estádio destes doentes. Utilizando a mesma metodologia, tanto em nosso meio como em pacientes japoneses, a quimio-sensibilidade se mostrou baixa em ambos os estudos, podendo-se deduzir também que os resultados da químiosensibilidade independe da etnia. Com o surgimento de novos agentes quimioterápicos, a expectativa é grande para melhores resultados na prática clínica. Com a utilização e difusão do teste MTT em nosso meio, poder-se-á criar protocolos e estudos multicêntricos para selecionar os quimioterápicos a serem utlizados.
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OBJETIVO: avaliar por meio de um estudo retrospectivo não randomizado as respostas tumorais à terapêutica neoadjuvante, conforme os achados histopatológicos das peças cirúrgicas dos pacientes operados e tratados por carcinoma espinocelular do terço médio e distal do esôfago. MÉTODOS: Foram incluídos no estudo 97 pacientes assim distribuídos: grupo I 81 (83,5%) submetidos à radioterapia neoadjuvante; e grupo II 16 (16,5%) submetidos à radioterapia e quimioterapia neoadjuvantes. Um terceiro grupo de 26 pacientes submetidos à esofagectomia exclusiva foi utilizado na comparação das complicações pós-operatórias. As características de cada paciente (idade, sexo e raça), o local do tumor, o estadiamento, e a avaliação histológica das modalidades de tratamento foram revisadas e analisadas. A resposta tumoral à terapêutica neoadjuvante foi avaliada com estudos histopatológicos da peça cirúrgica. RESULTADOS: Não houve diferenças estatisticas significativas quanto à cor, sexo, idade, estadiamento e complicações pós-operatórias nos pacientes dos três grupos analisados. Os pacientes submetidos à radioterapia e quimioterapia neoadjuvante apresentaram redução tumoral mais satisfatória, com melhor eficácia local, quando comparado ao grupo submetido apenas a radioterapia neoadjuvante. CONCLUSÃO: o estudo sugere que a radioterapia associada à quimioterapia apresentou maior eficácia local na redução tumoral em comparação com o grupo tratado com radioterapia; além disso, a terapêutica neoadjuvante não elevou as complicações pós-operatórias em comparação aos pacientes submetidos à cirurgia exclusiva.
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O aumento da sobrevivência do paciente oncológico decorrente da melhoria e do avanço das modalidades terapêuticas promove progressivo aumento da prevalência das neoplasias metastáticas da coluna vertebral, tornando o seu conhecimento condição sine qua non para os profissionais da área de saúde. As metástases na coluna vertebral são usualmente procedentes de neoplasia maligna da mama, pulmão e próstata, o gênero masculino é o mais acometido e a dor é o sintoma inicial em mais de 90% dos pacientes. Estima-se que 30-90% dos pacientes com câncer em estágio terminal apresentem metástase em algum segmento da coluna vertebral. A alta prevalência das neoplasias malignas e a significativa experiência dos autores no tratamento das metástases na coluna vertebral motivaram uma atualização do tema. Acreditamos que a padronização da conduta e o conhecimento pormenorizado dos principais aspectos da doença, podem promover a melhor opção terapêutica. O presente estudo visa à revisão e descrição didática dos principais aspectos relacionados à fisiopatologia, diagnóstico e tratamento desta entidade.
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Objetivo: verificar se existem diferenças nas taxas de sobrevida para as portadoras de carcinoma de mama, em função da fase do ciclo menstrual vivida pela paciente na data da cirurgia. Pacientes e Métodos: pesquisa retrospectiva de 451 mulheres com câncer de mama, em pré-menopausa, das quais foram selecionados 130 casos com idade entre 26 e 52 anos e acompanhados em seguimento mínimo de 60 meses. Foram operadas 68 na fase folicular e 62 na fase lútea. Foram também analisados os dados referentes ao estádio clínico das neoplasias, ao eventual comprometimento axilar e às determinações quantitativas dos receptores hormonais de estrógenos e de progesterona. Resultados: o seguimento das 130 pacientes demonstrou que 64,6% tiveram sobrevida assintomática após cinco anos e 43% superaram os dez anos. Dividindo os casos em dois subgrupos, segundo o dia da cirurgia executada, as taxas de sobrevida foram diferentes, caindo para 58,8% aos cinco e 36,7% aos dez anos, quando operadas na fase folicular e subindo para 70,9% e 50%, aos 5 e 10 anos respectivamente, durante a fase lútea. Conclusões: neste estudo, as pacientes operadas durante a fase lútea mostraram taxas mais altas de sobrevida do que aquelas operadas na fase folicular. Todavia, os índices foram inferiores aos proporcionados pelos fatores prognósticos clássicos de estado axilar e diâmetro tumoral.
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Objetivos: avaliar os resultados estéticos e a satisfação pessoal das pacientes operadas por cirurgia conservadora para câncer de mama. Foram incluídas 44 pacientes portadoras de câncer de mama, diagnosticado no ambulatório de mastologia do HCFMRP-USP, no período de janeiro/90 a dezembro/94 e que preenchiam os critérios de inclusão conforme protocolo previamente estabelecido. O estudo consistiu da análise dos resultados estéticos após o tratamento conservador para o câncer de mama e análise do grau de satisfação da paciente, confrontando a morfometria do parênquima mamário restante com a mama normal. Estes resultados foram obtidos por meio de 5 (cinco) parâmetros previamente estabelecidos utilizando o escore de avaliação estética proposto por Westreich¹. Pacientes e Métodos: das 44 pacientes estudadas, 10 pacientes foram submetidas a quimioterapia (QT) neoadjuvante por apresentarem tumores localmente avançados e 2 outras pacientes por relação tumor/mama desfavorável para cirurgia conservadora. O tempo de seguimento médio foi de 65 meses. Todas as 27 pacientes em seguimento ambulatorial receberam uma carta-convocação voluntária, porém 7 pacientes não responderam à convocação. Para as 20 pacientes que compareceram um questionário de avaliação foi aplicado seguido da mensuração das mamas. Neste grupo 15 pacientes foram submetidas a cirurgia com incisão separada e outras 5 com incisão única. Resultados: a morfometria classificou os resultados como excelentes em 17 casos (85%), como bons em dois casos (10%) e apenas um caso (5%) como ruim, o que é comparável aos resultados encontrados pela avaliação subjetiva das próprias pacientes. Isoladamente, tanto a medida "A" (distância do manúbrio do esterno até o mamilo) como a medida "B" (distância da articulação cranial do apêndice xifóide até o mamilo) apresentaram-se com poder discriminativo maior que as medidas utilizadas em conjunto, pois com essas medidas os casos classificados como ruins pelas pacientes também teriam sido classificados como ruins por estes mesmos critérios isoladamente (A e/ou B). Conclusão: houve diferença significativa entre a qualidade do resultado estético quanto à forma do tratamento cirúrgico com incisão única ou separada, sendo que a incisão separada para o tratamento conservador propicia resultados superiores. Ocorreu uma grande concordância entre a classificação feita pela paciente e pela morfometria por nós utilizada.
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O angiossarcoma primário da mama é um tumor raro, que incide entre os 14 e 82 anos, com média aos 35 anos de idade. Seu aspecto clínico predominante é o de uma massa indolor, com aumento difuso na mama, que se apresenta com cor violácea ou enegrecida. Como ocorre com outros tipos de sarcoma, o tamanho médio da lesão é de aproximadamente 5 cm quando do diagnóstico. Histologicamente, o angiossarcoma caracteriza-se pela proliferação de células endoteliais que formam canais vasculares comunicantes entre si infiltrando estruturas glandulares e o tecido adiposo. Seu diagnóstico histológico é difícil e nem sempre é estabelecido de imediato, principalmente nos casos com baixo grau de malignidade, devido geralmente à escassez do material biopsiado. Pela dificuldade diagnóstica e pela agressividade, trata-se de neoplasia de prognóstico desfavorável pelas freqüentes metástases. Em nosso serviço, uma paciente de 18 anos procurou atendimento por apresentar nódulo doloroso de rápido crescimento, que foi biopsiado com diagnóstico de hemangioma, sendo indicada ressecção ampla. Três meses após, evoluiu com recidiva tumoral, que foi novamente biopsiada sendo indicada mastectomia, por tratar-se de angiossarcoma de baixo grau de malignidade. Após novas recidivas, indicou-se quimioterapia e, posteriormente, radioterapia. Em vigência desta, evoluiu com novas metástases, indo a óbito por metástase pulmonar.