1000 resultados para Lactentes de baixo peso ao nascer


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OBJETIVOS: avaliar o uso de corticosteróide antenatal (CA) nas mães e as suas repercussões nas condições de nascimento das crianças nascidas pré-termo nas oito unidades neonatais universitárias da Rede Brasileira de Pesquisas Neonatais. MÉTODOS: estudo observacional do tipo coorte prospectivo. Foram avaliadas 463 gestantes com idade gestacional (IG) entre 23 e 34 semanas e seus 514 recém-nascidos no período de 1 de agosto a 31 de dezembro de 2001. Os dados foram obtidos por entrevista materna, análise de prontuário e acompanhamento dos recém-nascidos, e analisados pelos testes do chi2, Mann-Whitney, ANOVA e regressão logística múltipla, com nível de significância de 0,05. RESULTADOS: 60,1% (282/463) das gestantes (variação de 12,5 a 87,3% entre as unidades) receberam ao menos uma dose de CA. A freqüência do uso de CA foi diretamente associada ao número de consultas de pré-natal, hipertensão materna e uso antenatal de tocolíticos. Quando as gestantes foram tratadas, os RN apresentaram maior peso de nascimento (1379±421 vs 1244±543 g), idade gestacional mais avançada (30,9±2,0 vs 29,5±3,5 semanas), melhores valores do escore de Apgar no 1º e 5º minuto e menor freqüência de intervenção na sala de parto. O uso de CA, a IG e o fato de ser pequeno para a IG melhoraram, de forma independente, as condições de nascimento. CONCLUSÕES: o uso de CA, na maioria dos centros, foi feito em freqüência abaixo da desejada e em metade das vezes de forma inadequada. O tratamento foi mais aplicado a mães com melhor acompanhamento durante o pré-natal e foi associado com melhores condições de nascimento.

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OBJETIVO: avaliar fatores de risco associados ao índice de Apgar baixo. MÉTODOS: o estudo teve delineamento transversal. A população de estudo foi amostra randômica da população internada em maternidade nível III no ano de 2001. O desfecho foi índice de Apgar baixo, definido como de 1-6 (grupo de estudo) comparado a 7-10 (controle) no primeiro minuto. A primeira etapa foi avaliar a associação isolada de cada possível fator de risco. A segunda etapa consistiu em análise multivariada com modelagem usando regressão logística (modo passo a passo, reverso). RESULTADOS: houve 39 (14%) recém-nascidos (RN) deprimidos que foram comparados a 238 (86%) não deprimidos. A análise final (multivariada) revelou associação do índice de Apgar baixo com os seguintes fatores de risco: antecedente de natimorto (OR=52,6), ameaça de parto prematuro, caracterizada pela existência de contrações uterinas não típicas de trabalho de parto (OR=33,8), baixo peso do RN, inferior a 2.500 g (OR=11,2), antecedente de cesariana (OR=7,4). Funcionaram como fatores de proteção o peso do RN medido em gramas (OR=0,9), sexo feminino do RN (OR=0,1), presença de intercorrência clínica (OR=0,4) e prematuridade, com idade gestacional inferior a 37 semanas (OR=0,1) CONCLUSÃO: o estudo do resultado pode auxiliar na identificação de fetos com risco de asfixia, possibilitando seu encaminhamento dentro do sistema de saúde, bem como o planejamento da assistência em unidades terciárias.

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OBJETIVO: relatar a evolução de uma série de casos de gestação em mulheres previamente submetidas à cirurgia de bypass gástrico para tratamento de obesidade grave. MÉTODOS: cinco casos consecutivos de gravidez após gastroplastia ocorridos entre 2001 e 2004 foram avaliados. As pacientes tinham idade entre 30 e 34 anos e todas haviam sido submetidas à cirurgia de Capella. Aspectos clínicos, laboratoriais e do acompanhamento materno e fetal foram considerados, durante o período gestacional e após o parto. Foi realizada revisão da literatura internacional, por meio das bases de dados MEDLINE e Web of Science, utilizando os seguintes unitermos: gastroplasty, gastric bypass surgery, bariatric surgery e pregnancy. RESULTADOS: todas as gestações observadas foram únicas e não ocorreram complicações obstétricas, durante o seguimento pré-natal e parto. Também não houve registro de recém-nascidos prematuros ou de baixo peso ao nascimento. CONCLUSÃO: nossos dados sugerem que a gravidez após gastroplastia é segura para a mãe e feto. Entretanto, em virtude do limitado volume de informação disponível sobre o tema, investigações adicionais são necessárias para estabelecer recomendações apropriadas com relação ao seguimento dessas gestações.

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OBJETIVO: descrever os resultados maternos e perinatais das gestações com amadurecimento precoce da placenta detectado pela ultra-sonografia. MÉTODOS: realizou-se estudo retrospectivo, descritivo, tipo série de casos, com comparação de grupos. Foram incluídas 146 gestantes, internadas entre janeiro de 2000 e dezembro de 2002 e em cujo prontuário constavam diagnóstico de amadurecimento precoce da placenta (presença de placenta grau II antes da 32ª semana de gestação ou grau III, antes da 35ª semana de gestação) e descrição das condições materno-fetais. Foram excluídas gestantes com diagnóstico de: amniorrexe prematura, gravidez múltipla, forma aguda de descolamento prematuro de placenta normoinserida e malformação fetal. As complicações clínico-obstétricas foram: doenças hipertensivas, redução do crescimento intra-uterino, alterações do volume de líquido amniótico, infecções, diabete materno, anemia falciforme, soropositividade para HIV, drogadição, litíase renal, epilepsia e asma brônquica. Pelos prontuários, foram identificadas 106 gestantes com complicações clínico-obstétricas (Gcom) e 40, sem essas complicações (Gsem). Para comparação entre os grupos, empregaram-se os testes de chi2 e exato de Fisher, ao nível de significância de 0,05. RESULTADOS: o grupo Gcom apresentou maior freqüência de oligoâmnio (27,3%), restrição de crescimento intra-uterino (44,3%) e cesárea antecedente ao trabalho de parto (36,8%). Comparado ao grupo Gsem, o Gcom caracterizou-se por maior incidência de óbitos fetais, prematuros (58,8 versus 40%), menor índice de Apgar de 5º minuto, peso ao nascer <2.500 g (67,9 versus 40%), recém-nascidos pequenos para a idade gestacional (39,2 versus 10%) e intercorrências mais graves. CONCLUSÕES: o prognóstico perinatal não dependeu do amadurecimento precoce da placenta, mas sim da presença de complicações clínico-obstétricas maternas.

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OBJETIVO: avaliar a associação da relação sístole ventricular/atrial (S/A) do ducto venoso (DV) com resultados perinatais em fetos prematuros com centralização de fluxo à dopplervelocimetria. MÉTODOS: o estudo foi delineado como um estudo observacional, transversal, com os dados colhidos de forma prospectiva. A relação S/A do DV foi estudada em 41 fetos centralizados com idade gestacional (IG) entre 25 e 33ª semana completa, no período de novembro de 2002 a julho de 2005. Os recém-nascidos foram acompanhados até o 28º dia pós-parto na UTI da Clínica Perinatal Laranjeiras, buscando-se complicações neonatais. A população de estudo foi dividida em dois grupos a partir do resultado do DV. Foram incluídos no grupo normal os fetos com relação S/A menor ou igual a 3,6 e no grupo alterado aqueles com valores de S/A maiores que 3,6. A comparação entre os grupos foi realizada com os testes estatísticos de Mann-Whitney, chi2 e exato de Fisher. Todos os resultados foram considerados estatisticamente significativos se p<0,05. Foram avaliados a IG ao nascimento, peso ao nascer e índice de Apgar menor que 7 no 5º minuto. Os parâmetros perinatais avaliados foram: natimortalidade, neomortalidade, convulsão, hemorragia intraventricular, necessidade de surfactante, uso de respirador, disfunção miocárdica, enterocolite necrotizante e permanência na UTI após o período neonatal. RESULTADOS: dos 41 fetos incluídos, 26 (63,4%) não apresentaram alteração da relação S/A do DV, ao passo que 15 (36,6%) fetos cursaram com a relação S/A do DV alteradas (>3,6). Não houve diferença significativa entre os grupos quanto à IG ao nascimento e Apgar <7. Encontrou-se associação significante entre o grupo com DV alterado e mortalidade neonatal (p=0,049; teste exato de Fisher). Quanto às demais variáveis estudadas não foi observada diferença entre os dois grupos. CONCLUSÃO: os nossos resultados sugerem que a anormalidade do fluxo no DV detectada pela dopplervelocimetria não está associada a resultados perinatais adversos, além da mortalidade neonatal. Esta associação pode ser considerada estatisticamente significante, porém com valor próximo ao limite (p=0,049). Quando excluídos os fetos com peso de nascimento inferior a 400 gramas, não é mais observada a associação entre o DV e neomortalidade (p=0,37). A alteração da relação S/A do DV não apresentou, em nossa amostra, associação com mortalidade perinatal em fetos prematuros viáveis.

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Estudos têm apontado possíveis relações de risco existentes entre doenças bucais, principalmente a doença periodontal, e complicações gestacionais, como parto prematuro, nascimento de recém-nascidos de baixo peso e pré-eclâmpsia. As explicações para tais hipóteses baseiam-se no fato de a doença periodontal ser de origem infecciosa, o que poderia provocar aumento de citocinas inflamatórias no sangue materno, por liberação direta da bolsa periodontal ou por disseminação de bactérias patogênicas, induzindo sua produção sistêmica. Esta suposição fundamenta-se no conhecimento de que a fisiopatologia das complicações obstétricas citadas está associada à presença de algumas citocinas no sangue materno. O presente trabalho teve como objetivo realizar revisão da literatura em busca de evidências para estas supostas associações. Apesar do grande número de estudos clínicos encontrados nesta revisão, observa-se a falta de padronização metodológica dos mesmos, fato que limita conclusões definitivas a respeito. Por outro lado, o fato de a doença periodontal ainda não ser comprovadamente um fator de risco para as complicações obstétricas não diminui a importância da manutenção da saúde bucal das gestantes, que devem apresentar condições orais que propiciem adequada alimentação, sem dor e sangramento, e assim manter seu aporte nutricional adequado.

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OBJETIVO: investigar fatores determinantes da incidência de macrossomia em um estudo com mães e filhos atendidos em uma Unidade Básica de Saúde no município do Rio de Janeiro. MÉTODOS: estudo de coorte prospectivo, com 195 pares de mães e filhos, em que a variável dependente foi a macrossomia (peso ao nascer >4.000 g, independente da idade gestacional ou de outras variáveis demográficas) e as independentes foram variáveis socioeconômicas, reprodutivas pregressas/do curso da gestação, bioquímicas, comportamentais e antropométricas. A análise estatística foi feita por meio de regressão logística múltipla. Foram estimados valores de risco relativo (RR) baseado na fórmula simples: RR = OR /(1 - I0) + (I0 versus OR), em que I0 é a incidência de macrossomia em não-expostos. RESULTADOS: a incidência de macrossomia foi de 6,7%, sendo os maiores valores encontrados em filhos de mulheres com idade >30 anos (12,8%), brancas (10,4%), com dois filhos ou mais (16,7%), que tenham tido recém-nascidos do sexo masculino (9,6%), com estatura >1,6 m (12,5%), com estado nutricional pré-gestacional de sobrepeso ou obesidade (13,6%) e ganho de peso gestacional excessivo (12,7%). O modelo final revelou que ter dois filhos ou mais (RR=3,7; IC95%=1,1-9,9) e ter tido recém-nascido do sexo masculino (RR=7,5; IC95%=1,0-37,6) foram as variáveis que permaneceram associadas à ocorrência de macrossomia. CONCLUSÕES: a incidência de macrossomia foi maior que a observada no Brasil como um todo, mas ainda é inferior à relatada em estudos de países desenvolvidos. Ter dois filhos ou mais e ter tido recém-nascido do sexo masculino foram fatores determinantes da ocorrência de macrossomia.

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OBJETIVO: determinar a frequência de macrossomia nos recém-nascidos vivos em um serviço obstétrico de referência e sua associação com fatores de risco maternos. MÉTODOS: foi realizado um estudo descritivo, transversal, incluindo 551 puérperas internadas no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida, em Campina Grande (PB), entre agosto e outubro de 2007. Foram incluídas no estudo as mulheres cujos partos foram assistidos na instituição, com recém-nascidos vivos de uma gestação única, abordadas no primeiro dia do período pós-parto. Foram analisadas as características sociodemográficas e nutricionais maternas, determinando-se a frequência de macrossomia (peso ao nascer >4.000 g) e sua associação com as variáveis maternas. A macrossomia foi classificada como assimétrica ou simétrica de acordo com o índice de Rohrer. A análise estatística foi realizada por meio do programa Epi-Info 3.5, calculando-se a razão de prevalência (RP) e o intervalo de confiança a 95% (IC 95%). O protocolo de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa local e todas as participantes do estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. RESULTADOS: a média da idade materna encontrada foi de 24,7 anos e a idade gestacional média foi de 38,6 semanas. Ganho de peso gestacional excessivo foi observado em 21,3% das gestantes, sendo que 2,1% das participantes tinham o diagnóstico de diabetes mellitus (gestacional ou clínico). Encontrou-se uma frequência de 5,4% de recém-nascidos macrossômicos, dos quais 60% eram assimétricos. Não houve associação significativa entre macrossomia, idade materna e paridade. Verificou-se uma associação entre macrossomia e sobrepeso/obesidade pré-gestacional (RP=2,9; IC 95%=1,0-7,8) e na última consulta (RP=4,9; IC 95%=1,9-12,5), ganho ponderal excessivo (RP=6,9; IC 95%=2,8-16,9), diabetes clínico ou gestacional (RP=8,9; IC 95%=4,1-19,4) e hipertensão (RP=2,9; IC 95%=1,1-7,9). Na análise multivariada, os únicos fatores que persistiram significativamente em associação à macrossomia foram o ganho de peso materno excessivo durante a gestação (RR=6,9, IC 95%=2,9-16,9) e a presença de diabetes mellitus (RR=8,9; IC 95%=4,1-19,4). CONCLUSÕES: considerando que ganho de peso gestacional excessivo e diabetes mellitus foram os fatores mais fortemente associados à macrossomia, é importante que medidas para detecção precoce e acompanhamento adequado dessas condições sejam tomadas, visando à prevenção de eventos perinatais desfavoráveis.

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OBJETIVO: descrever o consumo de álcool e cigarro em gestantes adultas e identificar a associação desse consumo ao resultado obstétrico. MÉTODOS: trata-se de um estudo analítico do tipo transversal, no qual foram incluídas 433 puérperas adultas e seus conceptos atendidos em maternidade pública do Rio de Janeiro, no período de 1999 a 2006. As informações sobre as puérperas e os recém-nascidos foram coletadas no momento do parto e no puerpério, por meio de entrevista e consultas aos prontuários. Considerou-se "uso de álcool na gestação" e "uso de cigarro na gestação" quando esses foram detectados pelo profissional de Saúde na consulta de pré-natal em qualquer idade gestacional e registrados no prontuário. RESULTADOS: verificou-se que 5,5 e 7,4% das puérperas relataram uso de cigarro e álcool durante a gestação, respectivamente. As características maternas associadas ao fumo na gestação foram: situação marital (p=0,005); idade materna (p=0,01) e assistência nutricional pré-natal (p=0,003). O fumo durante a gestação foi fortemente associado ao uso do álcool, sendo que 31,3% das gestantes fizeram uso concomitante de cigarro e álcool (p<0,05). Quanto ao uso de álcool, as características associadas a essa prática foram situação marital (p=0,003); e história de aborto (p=0,04). Não foi verificada associação entre o uso de álcool e cigarro na gestação e as condições ao nascer (idade gestacional, peso ao nascer e intercorrências com o recém-nascido, p>0,05). CONCLUSÕES: os achados sugerem que o uso de cigarro e álcool na gestação deve ser investigado na assistência pré-natal dentre todas as mulheres, especialmente entre as que vivem sem o companheiro, com mais de 35 anos, com história de aborto, e que não planejaram a gestação. A assistência nutricional mostrou efeito protetor contra o tabagismo na gestação, de forma que as gestantes devem ser esclarecidas quanto aos efeitos deletérios de tais substâncias contribuindo dessa forma para melhores resultados obstétricos.

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OBJETIVO: avaliar os fatores de risco antenatais e pós-natais para o óbito neonatal em gestações com diástole zero (DZ) ou reversa (DR) na doplervelocimetria da artéria umbilical. MÉTODOS: estudo transversal, retrospectivo, inferencial, a partir de 48 prontuários de gestações únicas com DZ ou DR, idade gestacional entre 24 e 34 semanas, em uma maternidade no Nordeste do Brasil. A média de idade foi de 27,3 anos (DP: 7,9). Vinte (41,7%) eram primigestas. Síndromes hipertensivas foram observadas em 44 (91,7%) casos. Trinta e cinco (72,9%) apresentavam DZ e 13 (27,1%) DR. Procedeu-se inicialmente à análise univariada (teste t de Student e teste Exato de Fisher), relacionando os parâmetros com o desfecho avaliado (óbito neonatal). As variáveis que apresentaram associação significativa foram incluídas no modelo de regressão logística (Estatística de Wald). O nível de significância utilizado foi de 5%. RESULTADOS: a mortalidade perinatal foi de 64,6% (31/48). Ocorreram cinco óbitos fetais e 26 neonatais. A média de idade gestacional no momento do diagnóstico foi de 27,9 (DP: 2,8) semanas. A resolução da gestação antes de 24 horas após o diagnóstico ocorreu em 52,1% dos casos. Parto abdominal foi realizado em 85,4% dos casos. Os recém-nascidos pesaram em média 975,9 g (DP: 457,5). Vinte e quatro (57,1%) apresentaram Apgar menor que 7 no primeiro minuto e 21,4%, no quinto. A idade gestacional no momento do diagnóstico, o peso ao nascer e o Apgar de primeiro minuto revelaram-se variáveis significativamente relacionadas com o óbito neonatal (valores de p foram, respectivamente, 0,008; 0,004 e 0,020). As razões de chance foi de 6,6; 25,3 e 13,8 para o óbito neonatal, quando o diagnóstico foi estabelecido até a 28ª semana, peso <1000 g e Apgar < 7, respectivamente. CONCLUSÕES: idade gestacional no momento do diagnóstico, peso ao nascer e Apgar de primeiro minuto foram fatores capazes de predizer o óbito neonatal em gestações com DZ ou DR na doplervelocimetria da artéria umbilical.

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OBJETIVO: avaliar a associação entre a exposição dos genitores aos agrotóxicos e nascimentos com defeitos congênitos no Vale do São Francisco, bem como o perfil sociodemográfico e os defeitos encontrados. MÉTODOS: estudo tipo caso-controle, sendo que para cada caso (recém-nascido com defeito congênito), eram dois controles (recém-nascidos saudáveis) nascidos na cidade de Petrolina, no Vale do São Francisco, em 2009. A amostra constou de 42 casos e 84 controles. Os dados formam colhidos com uso de questionário estruturado, adaptado do Estudo Colaborativo Latino-Americano de Malformações Congênitas (ECLAMC), acrescido de questões relacionadas à exposição aos agrotóxicos, análise do prontuário e contato com a pediatra do hospital. Foi realizado o teste do χ2 com nível de significância de 5% para identificar as variáveis com maiores diferenças entre os grupos caso e controle. Em seguida, foi calculado o Odds Ratio (OR) amostral, bem como o OR obtido por análise de regressão logística e, finalmente, realizou-se uma análise de regressão logística multivariada. RESULTADOS: houve maior exposição aos agrotóxicos durante a gestação em neonatos com defeitos congênitos se comparados aos saudáveis. Maior risco foi observado quando pelo menos um dos genitores foi exposto aos agrotóxicos (OR ajustado = 1,3; IC95% = 0,4-3,9). As variáveis sociodemográficas associadas aos defeitos congênitos foram: baixa escolaridade, baixo peso, prematuridade, genitores jovens, doenças crônicas e fatores físicos. Foram encontrados com maior frequência os polimalformados e os defeitos dos sistemas musculoesquelético e nervoso. CONCLUSÃO: o presente estudo, a despeito de não apresentar significância, sugere associação entre a exposição aos agrotóxicos e a ocorrência de defeitos congênitos.

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OBJETIVOS: conhecer o consumo dietético de gestantes avaliando a ingestão de macronutrientes e micronutrientes, e verificar o ganho ponderal materno na gravidez. MÉTODOS: estudo retrospectivo do período de junho de 2002 a junho de 2008 com gestantes que receberam orientação nutricional durante pré-natal em hospital universitário, agrupadas de acordo com o estado nutricional antropométrico classificado pelo índice de massa corpórea (IMC) pré-gestacional. O consumo dietético foi analisado pelas informações de entrevista de frequência alimentar realizada na primeira avaliação da gestante no serviço de nutrição, para obter os dados do hábito alimentar, calculando-se a ingestão de macronutrientes e micronutrientes. As gestantes receberam aconselhamento nutricional, e foi analisado o ganho ponderal materno na gravidez. RESULTADOS: do total de 187 gestantes que receberam orientação nutricional, 23 (12,2%) eram de baixo peso, 84 (45,0%), eutróficas, 37 (19,8%) com sobrepeso, e 43 (23,0%), obesas. As gestantes de baixo peso apresentaram menor consumo de lípides quando comparadas ao grupo com eutrofia (101,4 versus 137,3 g; p=0,043). A média do consumo de ferro foi maior nas gestantes eutróficas (14,6 mg/d) quando comparadas às com sobrepeso (12,2 mg/d) ou obesidade (10,9 mg/d; p<0,001). A média da ingestão de folatos foi maior nas gestantes eutróficas quando comparadas às obesas (336,5 versus 234,5 µg/d; p=0,002). O ganho de peso excessivo, acima do recomendado, foi significativamente mais frequente (p=0,009) nas gestantes com sobrepeso (56,7%) e obesidade (39,5%) quando comparadas às com baixo peso (17,4%) e eutrofia (31,0%). CONCLUSÕES: o ganho ponderal materno acima do recomendado associou-se ao sobrepeso e à obesidade. O consumo dietético de gestantes difere conforme o estado nutricional antropométrico materno, com menor ingestão diária de ferro nas gestantes com sobrepeso e obesidade, e menor ingestão de folatos nas obesas, o que reforça a importância da suplementação vitamínica pré-natal.

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OBJETIVO: avaliar as modificações do estado nutricional de nutrizes adolescentes em diferentes momentos no pós-parto. MÉTODO: estudo do tipo analítico observacional longitudinal, com acompanhamento de 50 nutrizes adolescentes da 5ª a 15ª semana pós-parto (SPP). O estado nutricional foi avaliado na 5ª, 10ª e 15ª SPP, com uso do Índice de Massa Corporal (IMC/idade). Foi utilizado o método colorimétrico para avaliação da hemoglobina e microcentrifugação para o hematócrito. Usou-se ANOVA com medidas de repetição e Tukey como pós-teste, para comparação das médias. Trabalhou-se com nível de significância de 5%. RESULTADOS: observou-se modificação no estado nutricional do período pré-gestacional para a 15ª SPP, com diminuição na frequência de voluntárias com baixo peso (de 21% para 9%) e aumento nos casos de sobrepeso (de 21% para 27%) e eutrofia (58% para 64%). Apesar de, em média, as concentrações de hemoglobina (12,3±1,7g/dL) e hematócrito (39,0±4,0%) apresentarem-se adequados, observou-se grande frequência de anemia (30%) durante todo o período estudado. CONCLUSÃO: os resultados mostram incremento no peso corporal em função do tempo de lactação, aumentando o problema da obesidade na adolescência. Também foi apontado que a anemia é um problema nutricional, não apenas durante a gestação, mas também na lactação em adolescentes. Portanto, deve-se prevenir e tratar possíveis deficiências nutricionais subclínicas existentes neste momento biológico.

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OBJETIVOS: o objetivo deste estudo foi avaliar mortalidade, peso e comprimento corporal, e o músculo gastrocnêmio dos filhotes de ratas prenhes submetidas ao programa de natação associado ao tabagismo passivo. MÉTODOS: vinte e quatro ratas foram divididas em quatro grupos: GF (exposto à fumaça de cigarro), GC (Controle), GFN (submetido ao programa de natação e exposto à fumaça de cigarro) e GN (submetido ao programa de natação). A mortalidade e a aferição do peso e comprimento dos filhotes foram realizadas em quatro momentos. O músculo gastrocnêmio dos filhotes foi obtido para avaliação do desenvolvimento muscular. RESULTADOS: a média do nascimento de filhotes foi menor para os grupos GF (10,2) e GFN (10,3) e maior para o GN (12,8). No nascimento, somente o GFN apresentou medidas de peso (p=0,016) e comprimento (p=0,02) significantemente inferiores ao Controle, já na lactação foram os grupos expostos à fumaça de cigarro. O grupo GFN apresentou retardo no desenvolvimento muscular em relação ao GC (p=0,03). CONCLUSÃO: O tabagismo passivo durante a prenhez e lactação exerceu influência negativa sobre o número, peso e comprimento corporal dos filhotes do nascimento ao desmame e sobre o desenvolvimento muscular; o programa de natação influenciou positivamente tais variáveis no momento do nascimento, entretanto, não possibilitou os mesmos benefícios durante a lactação; e a associação destes influenciou negativamente tais medidas.

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OBJETIVO: Comparar os resultados maternos e perinatais de pacientes portadoras de placenta prévia, após adoção do internamento materno prolongado, com os de uma série histórica ocorrida em 1991. MÉTODOS: Estudo retrospectivo comparando 108 casos da doença - em pacientes hospitalizadas em uma instituição de ensino do estado do Ceará, nordeste do Brasil, no período de primeiro de janeiro de 2006 a 31 de dezembro de 2010 - com 101 casos ocorridos em 1991, na mesma instituição. Os seguintes dados maternos e perinatais foram coletados: idade materna, paridade, idade gestacional no momento do parto, via de parto, tempo de internamento materno, escores de Apgar ao primeiro e quinto minutos, peso ao nascimento, adequação do peso ao nascer, tempo de hospitalização neonatal, morbidade materna e neonatal e mortalidades (materna, fetal, neonatal e perinatal). As variáveis categóricas foram analisadas utilizando-se os testes do χ² de associação e exato de Fischer. Os resultados foram considerados significativos quando p<0,05. RESULTADOS: Em 1991, 1,1% dos casos (101/8.900) apresentou placenta prévia. No presente estudo, a prevalência foi de 0,4% (108/24.726). Nenhuma morte materna foi observada nas duas séries. Em relação às pacientes de 1991, as da série atual foram significativamente mais jovens, com menor paridade e ficaram mais tempo internadas. Para os resultados perinatais observaram-se melhores índices de Apgar ao primeiro e quinto minutos, maior tempo de internamento neonatal e redução das mortalidades fetal, neonatal e perinatal. CONCLUSÃO: Os resultados perinatais, em pacientes com placenta prévia, foram significativamente melhorados entre o ano de 1991 e os anos de 2006 e 2010. Não podemos afirmar, entretanto, ter sido esta melhora necessariamente decorrente do maior tempo de internamento materno.