879 resultados para Febre Reumática
Resumo:
As síndromes auto-inflamatórias são constituídas por um grupo heterogéneo de patologias isoladas e caracterizadas ao longo dos últimos 15 anos, graças aos avanços marcados no conhecimento do genoma humano e ao desenvolvimento de técnicas laboratoriais que permitiram identificar, de forma segura e reprodutível, os genes responsáveis pelas várias doenças incluídas sob esta designação comum. Em todas estas doenças e síndromes existem episódios recorrentes de febre e inflamação, localizada ou sistémica, sem o envolvimento de agentes infecciosos ou quaisquer tipo de mecanismos auto-imunes. Neste trabalho, além da elaboração de uma classificação possível das síndromes auto-inflamatórias, dedicaremos especial atenção às síndromes periódicas associadas à criopirina (CAPS), que podem constituir importante causa de diagnóstico diferencial com a forma sistémica de artrite idiopática juvenil (AIJ), com a qual partilham numerosas características clínicas comuns.
Resumo:
A doença de mãos-pés-boca é uma infecção viral, mais frequentemente causada pelos vírus coxsackie A16 e enterovírus 71, que afecta preferencialmente crianças com idade inferior a 10 anos. Geralmente é uma doença benigna, caracterizada por febre e vesículas na boca e extremidades distais, mas também pode associar-se a complicações mais graves com meningoencefalite ou miocardite. Os autores reportam um caso de DMPB num adulto imunocompetente, com 27 anos de idade, que apresentava pápulas das mãos, pés e cavidade oral, algumas com progressão posterior para vesículas. A exuberância do quadro clínico e curso mais prolongado da doença também constituíram características pouco usuais.
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The authors present a case of atypical severe (malignant) Mediterranean spotted fever, with a brief review on the subject. Although not previously described in Brazil, the possibility of imported cases, especially from Portuguese tourists, is real. This case report highlights the severe form of the disease and the possibility of atypical presentation with confounding differential diagnosis. A brief review of classical presentation is also done. The authors believe it is a valid paper and a good contribution to your Journal of Infectious Diseases. The content of the manuscript represents the views of the coauthors, and neither the corresponding author nor the coauthors have submitted duplicate or overlapping manuscripts elsewhere.
Resumo:
A Cefaloridina (CEPORAN), um nôvo antibiótico semi-sintético derivado da Cefalosporina C, foi administrada a 10 pacientes, 2 dos quais com febre tifóiãe. Esses 2 casos toleraram a drogra satisfatoriamente, conseguindo a abolição áe algumas de suas principais manifestações toxêmicas, porém não uma cura completa. Um dêles, após o desaparecimento da febre, no 8.° dia de tratamento, teve uma recaída, enquanto que o outro permaneceu febril durante todo o período de tratamento (13 dias). Os outros 8 pacientes, com infecções esírepfo. cócicas, estafilocócicas e outras de origem bacteriana, responderam satisfatoriamente à terapêutica com, o CEPORAN, com exceção de um que apresentava jurunculose crônica recorrente.
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Os autores fazem uma revisão sumária dos primeiros trabalhos sôbre psitacose e de sua conceituação etiológica em face da evolução dos conhecimentos sôbre o assunto. Citam os 5 casos da doença descritos no Brasil e apresentam um nôvo caso observado no Estado do Rio de Janeiro, em paciente com quadro clínico inicial semelhante ao da febre tifóide. Finalmente analisam a evolução clínica, radiológica e sorológica do caso, que os levou ao presente diagnóstico.
Resumo:
O autor parte da premissa de que a profilaxia da doença infecciosa decorre do encadeamento epidemiológico: fonte de infecção-veículo transmissor - receptivel, para explicar a da peste, baseada no mesmo princípio. Depois de citar os 4 principais complexos epidemiológicos da peste e afirmar que tôda a profilaxia da doença consiste em atingir os dois primeiros elos dessas cadeias e proteger o último, passa a classificar os vários métodos profiláticos empregados em 2 grandes grupos: o das medidas destrutivas ou provisórias e o das medidas supressivas ou definitivas. Entre as primeiras arrola a desratização e a despulização, às quais acrescenta o tratamento e isolamento do doente e do portaãor, e entre as segundas inclui a anti-ratização e a imunização. A seguir, passa a explicar em que consistem essas várias medidas profiláticas e quais os agentes de que se tem lançado mão para executá-las, expendendo ao curso dessa exposição o conceito que formula a respeito de cada uma delas, à guisa de apreciação do seu valor relativo. Enaltece sobretudo as medidas supressivas ou definitivas, às quais empresta a maior significação na luta antipestosa, chamando a atenção, em especial, para a necessidade de estudos imunológicos para aperfeiçoamento do poder imunitário das vacinas de germes vivos avirulentos, que considera um grande recurso para a profilaxia da doença, sobretudo para a proteção do rurícola, cujo labor e modo de vida o expõem inevitavelmente a se infectar, por ocasião da ocorrência de epizootias de origem silvestre. Concluída essa primeira parte, passa a fazer o histórico de como se desenvolveu a campanha contra a peste, no Brasil, desde a época da sua invasão em 1899 pelo pôrto de Santos até os nossos dias. Nesse histórico, detem-se um pouco para expôr a atuação do extinto Serviço Nacional de Peste, o qual, criado em 1941, após a reorganização do Departamento Nacional de Saúde, passou, como órgão específico, a cuidar do problema até sua incorporação em 1956, a dois outros grandes Serviços Nacionais (o de Malária e o de Febre Amarela), para constituição do Departamento Nacional de Endemias Rurais, ao qual cabe atualmente a responsabilidade da campanha.
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A brucelose é uma doença endémica em Portugal, tendo-se registado um aumento da incidência em 1994. A neurobrucelose (NB), embora surja em apenas 5 a 1000 dos casos de infecção crónica , tem formas de apresentação heterogéneas colocando dificuldades de diagnóstico diferencial. Através da revisão dos processos clínicos de quatro anos de internamento no Serviço de Neurologia do Hospital de ST. António dos Capuchos os autores analisam o quadro clínico, exames complementares, terapêutica, evolução o diagnóstico diferencial de oito doentes com neurobrucelose.
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Os síndromes de mieroangiopatia trombótica - Púrpura Trombótica Trombocitopénica (PTT) e Síndrome Hemolftico Urémico (SHU) - são caracterizados por anemia hemolftica microan giopática, trombocitopénia, alterações da função renal, febre e anomalias do sistema nervoso central. Actualmente são considerados como dois extremos de um espectro contínuo designado PTT- SHU. São doenças raras com uma taxa de mortalidade elevada, apesar dos avanços na terapêutica. Os autores descrevem um caso de síndrome hemolítico urémico num adulto jovem em que o curso inicial e a primeira biópsia sugeriam bom prognóstico. Contudo a recaída precoce e o aparecimento de hipertensão arterial grave implicaram um desfecho fatal em 6 meses. A este propósito os autores fazem uma revisão de alguns dos aspectos mais recentes da patogénese e tratamento deste síndrome.
Resumo:
Vinte casos de leptospisoses, (15 por Leptospira ictohemorragiae, 1 por Leptosplra canícola e 4 não determinadas) foram estudados minuciosamente do ponto de vista clínico, laboratorial e anátomo-patológico (5 necrópsias e lObiópsias musculares). Chamou atenção o início súbito, a febre alta, as dores musculares intensas, a congestão e hemorragia conjuntivais, além da icterícia de coloração rubínica, como elementos clínicos importantes para o diagnóstico diferencial com icterícias de outras etiologias. Em contraste, as "provas de função hepática" e as transaminases mostram-se pouco alteradas. As lesões hepáticas mais freqüentes foram a desorganização trabecular e a atrofia de hepatócitos isolados, mais evidentes em lôrno da veia centro-lobular. O rim tem o aspecto da nefrose colêmica; mostra impregnação biliar nas células, cilindros biliares nos túbulos e necrose tubular predominantemente proximal. Nos músculos esqueléticos observam-se intensa infiltração linfocitária intersticial, binucleação e às vêzes infiltração hemorrágica e grave processo degenerativo das fibras musculares. No trato gastro intestinal predominam a congestão e as hemorragias punctiformes e no pulmão hemorragias petequiais de pleura, edema e hemorragias alveolares. No coração foi constante a observação de edema e infiltração intersticial e fragmentação de fibras miocárdicas.
Resumo:
O A. apresenta seis casos de pacientes observados durante o período toxêmico da esquistosomose mansônica. Dêstes, um foi de mulher cuja sintomatologia datava de um ano. Concebeu e deu à luz durante a enfermidade. Apresentava sinais de fibrose hepática quando do primeiro exame, ainda na vigência de sintomas do período agudo da enfermidade. Todos êstes pacientes apresentavam febre, dores abdominais, hepatoesplenomegalia e outras manifestações que têm sido descritas neste período da parasitose. Como notas dominantes no hemograma, leucocitose com eosinofilia, como ocorre nas infecções por helmintos com ciclo textrino, e anemia. Esta, nem todos apresentavam. Além de alterações do equilíbrio proteico e de resultados da exploração funcional do fígado, o A. chamou a atenção para a hípoglicemia e hipocolesterolemia encontradas em alguns dos observados. Foi digno de registro, também, a positividade tardia da intradermorreação para diagnóstico da esquistosomose. Todos os pacientes foram submetidos a tratamento antimonial, com bom resultado. Como reação colateral devemos mencionar a exacerbação da febre forçando, por vêzes à interrupção do mesmo. O A. faz referências a outros recursos terapêuticos empregados no Oriente: o F30.066, um nitrofurano de uso oral, e as sementes de Cucurbita moshata. Sugere a investigação em animais e no homem com sementes de abóbora outrora empregadas como tenifugo
Resumo:
São apresentados 31 casos de bacteremia por gram-negativos, assunto que vem merecendo muita atenção dos pesquisadores nos últimos anos. Os organismos etiológicos mais importantes que apareceram em igualdade de freqüência foram Escherichia coli e Klebsiella-Aerobacter, sendo responsáveis por 58% do total das infecções, seguidos por Pseudomonas. A porta de entrada mais freqüente foi o trato urinário em 61,3% dos casos. A infecção foi mais comum no sexo masculino e a faixa etária de 50 a 60 anos predominou. O uso prévio de antibióticos foi um fator predisponente muito importante, seguido pelo uso de esteróides e citostáticos. As principais doenças predisponentes foram diabetes mellitus e neoplasias malignas. Os principais fatores precipitantes foram a manipulação do aparelho urinário, com infecção prévia ou desencadeada, cirurgia do aparelho digestivo, uronatia obstrutiva e obstrução biliar. As principais manifestações clínicas foram a presença de febre, calafrios e hipotensão arterial. A complicação mais freqüente foi o choque bacteriano que incidiu em 58% dos casos, aproximadamente três vêzes aquela relatada na literatura. As outras foram a insuficiência renal aguda, superinfecção e infecção pulmonar metastática. Considerações terapêuticas gerais e esquemas de antibióticos são propostos para estes casos. A mortalidade da bacteremia simples foi de 30,7% e quando associada ao choque elevou-se para 72,2% . As infecções por Pseudomonas foram 100% fatais.
Resumo:
No período de 1963 a 1969 foram observados na Disciplina de Doenças Infectuosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 5 casos de esquistossomose, mansônica hepatoesplênica associada à infecção por Salmonella (2 casos com S. typhi e 1 caso com Salmonella sp. grupo E) Todos os pacientes (2 adultos e 3 crianças) apresentaram quadro septicêmico prolongado, que variou entre 3 e 8 meses. Da série, 3 pacientes foram, submetidos ao tratamento com, cloranfenicol na dose de 50 mg/kg/dia até 48 horas após remitir a febre, seguidos de 25 mg kg dia durante 10 dias. Um dêles não fez ainda tratamento com esquistossomicida, enquanto que os outros 2 foram tratados com Ambilhar e Astiban respectivamente. Os outros 2 foram tratados com Niridazole (Ambilhar - 25 mg/kg/dia por 7 dias): um apresentou recuperação total do quadro septicêmico, embora permanecesse com ovos viáveis à biópsia retal, 60 dias após o término da terapêutica. O outro foi inicialmente tratado no mesmo esquema, o qual foi suspenso no 4.º dia de terapêutica, devido a paraefeitos rieurológicos apresentados. Posteriormente, recebeu cloranfenicol no esquema já referido. Em todos os casos houve remissão completa do quadro septicêmico. Os autores enfatizam a dificuldade diagnostica bem como a necessidade de estudos imunológicos do quadro descrito.
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Introdução: A mastoidite aguda (MA) é a complicação mais frequente da otite média aguda (OMA). A antibioticoterapia (AB) e a melhoria dos cuidados de saúde diminuíram drasticamente a sua incidência. Porém, na última década assistiu -se ao recrudescimento da doença. Objetivos: Avaliar características sociodemográficas, clínicas, laboratoriais e terapêuticas da MA e identificar fatores de risco para complicações na população pediátrica num hospital de nível II; elaboração de uma proposta de protocolo de atuação. Material e Métodos: Revisão casuística dos processos de internamentos por MA entre 2000 -2010. Resultados: Registaram -se 60 internamentos (55 crianças), com predomínio do sexo masculino (53,3%). Mais de 1/3 (36,7%) dos casos ocorreram nos anos 2000 e 2006. A mediana de idades foi cinco anos. Dezanove doentes (31,7%) tinham antecedentes de OMA de repetição e 25 (41,7%) outras patologias do foro ORL. História recente de OMA descrita em 48,3%, todos submetidos a AB. A clínica cursou com febre (75%), otalgia (93,3%), sinais inß amatórios retroauriculares (100%) e otorreia (36,7%). Em nove casos foi colhida zaragatoa do exsudado otológico para exame cultural, isolando -se Pseudomonas aeruginosa num deles. Identificaram -se complicações em oito casos (13,3%). Idade inferior a dois anos, sexo masculino, AB prévia e ausência de otalgia foram mais frequentes nos casos complicados (p
Resumo:
Nova combinação medicamentosa composta de sulfametoxazól e trimetoprim ("Bactrim"), com efeito bactericida sobre germes Gram negativos e Gram positivos, foi ensaiada no tratamento de 15 casos de salmonelose e 9 casos de infecções bacterianas. Os resultados foram favoráveis, tanto nas salmoneloses, como em infecções por estafilococos, shigelas, pneumococos e coliformes. A remissão do estado tóxico nos casos de febre tifóide foi observada dentro de 48 horas, e o tempo médio para desaparecimento da febre e demais sintomas, nessa infecção, foi de 3 dias. Foram constatados efeitos secundários em alguns pacientes, tais como hipertermia medicamentosa, farmacodermia, vômitos, linfomonocitose e eosinofilia, possivelmente relacionados a posologia excessiva, e todos remissíveis. Os autores concluem pela utilidade do novo medicamento na terapêutica de salmoneloses, estafilococcias e outras infecções.
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Introdução: A Gastroenterite Aguda (GEA) é uma patologia com importante morbilidade sendo a segunda causa de internamento na idade pediátrica. Objetivo: Caracterizar a GEA, em crianças internadas em dois hospitais da área de Lisboa com diferentes características demográficas. Métodos: Estudo prospetivo de maio 2011 a junho 2012. Pesquisados potenciais agentes etiológicos por técnicas convencionais e de biologia molecular em amostras de fezes e analisados dados epidemiológicos e clínicos. Resultados: Total de 140 amostras de crianças com GEA com identificação do agente em 83,6%: 64,3% vírus, 27,9% parasitas e 21,4% bactérias. Os agentes mais frequentes foram rotavírus (26,4%), norovírus II (13,6%), enterovírus (12,1%), Microsporidia (11,4%), Escherichia coli (9,3%), Campylobacter jejuni (7,9%), Giardia sp. (5,7%), Cryptosporidium sp. (5%) e Salmonella sp. (4,3%). Coinfecções (2 ou mais agentes) em 40 doentes (28,6%). Mediana de idade de 1,4 anos (min-5 dias; max-17 anos) sendo a etiologia viral mais frequente abaixo dos 5 anos (p<0.01), com o rotavírus identificado em crianças mais jovens (média=1,7 anos). Dois picos sazonais: o rotavírus entre Janeiro e Março e norovírus entre Agosto e Outubro. Apenas 10 (7,1%) doentes estavam vacinados para rotavírus, mas nenhum com o esquema completo. A presença de sangue nas fezes (p=0,02) e a febre (p=0,039) foram mais frequentes na infeção bacteriana, os vómitos (p<0.01) e os sintomas respiratórios (p=0,046) na infeção por rotavírus. Registaram-se complicações clínicas em 50 doentes (35,7%): desidratação (47), invaginação íleo-cecal (1), adenite mesentérica (1) e apendicite fleimonosa (1). Conclusão: Os vírus são os agentes mais frequentes de GEA sobretudo na criança pequena (idade <5 anos), sendo o rotavírus e norovírus os principais agentes. O número de coinfecções foi significativo mas não se associou a maior morbilidade. A ausência de identificação de agente em alguns casos pode refletir a necessidade de outros meios diagnósticos ou a existência de agentes ainda desconhecidos.