Utilização do questionário ERG na avaliação do grau de satisfação dos pacientes submetidos à otoplastia em um serviço de residência médica de otorrinolaringologia

A importância da intervenção cirúrgica em diminuir o sofrimento psicológico e melhorar a autoestima em pacientes com deformidades auriculares já está bem documentada. As pesquisas têm focado nos resultados das terapias com ênfase no paciente, observando principalmente satisfação, resultado funcional e impacto na qualidade de vida. Quantificar alterações na qualidade de vida tem sido um desafio. O uso de inquéritos válidos, a exemplo da Escala de Resultados de Glasgow (ERG), auxiliam na obtenção dos dados. OBJETIVO: Avaliar o impacto na qualidade de vida dos pacientes submetidos à otoplastia realizada em serviço de residência médica, utilizando como base a ERG, bem como sua funcionalidade. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Estudo retrospectivo incluindo pacientes submetidos à otoplastia entre julho de 2009 e julho de 2010. Os dados foram coletados por meio de questionário oferecido ao paciente no retorno pós-operatório. RESULTADOS: Trinta e seis pacientes responderam ao questionário. Houve aumento na qualidade de vida, demonstrado pelas medianas positivas obtidas pelo questionário. Não houve diferença significativa quanto aos valores obtidos entre os sexos e entre diferentes faixas etárias. CONCLUSÃO: Os pacientes mostraram-se satisfeitos com o resultado pós-operatório. Houve aumento de qualidade de vida, conforme demonstrado pelos resultados positivos. A ERG pareceu-nos fácil e elucidativa.

Avaliação do stent coronário eluidor de everolimus XIENCE TM V na cpopulação feminina latino-americana do estudo de braço único SPIRIT Women: acompanhamento clínico de um ano

INTRODUÇÃO: Os estudos com stents farmacológicos têm avaliado predominantemente populações masculinas de descendência europeia. O estudo de braço único SPIRIT Women avalia o stent eluidor de everolimus XIENCE TM V em lesões de novo complexas em uma população feminina do mundo real, incluindo pacientes latino-americanas. Esta análise permite compreender como essa população responde ao implante de stent, comparativamente a pacientes não-latino-americanas. MÉTODOS: Das 1.572 pacientes matriculadas em 73 locais fora dos Estados Unidos, 138 (9%) foram recrutadas na Argentina, no Brasil e na Venezuela. RESULTADOS: As lesões-alvo tinham diâmetro de referência do vaso entre 2,25 mm e 4 mm e extensão da lesão ≤ 28 mm. As características basais foram semelhantes entre os grupos, com exceção de maior prevalência de hipertensão arterial, infarto do miocárdio (IM) de parede anterior e história familiar de doença arterial coronária na coorte latino-americana. As lesões tendiam a ser mais complexas em mulheres latino-americanas, com menor diâmetro de referência do vaso-alvo, maior extensão da lesão, maior excentricidade e angulação e mais lesões tipo B2/C. Os eventos foram adjudicados de acordo com as definições do Academic Research Consortium. Em um ano, o desfecho combinado de morte por todas as causas, IM e revascularização do vaso-alvo (RVA) foi de 12,1% na população não-latino-americana e de 10,1% na população latino-americana (P = 0,58). CONCLUSÕES: Em um ano, os baixos índices de eventos cardíacos adversos, incluindo trombose do stent, falha da lesão-alvo, morte cardíaca, IM e RVA nas mulheres latino-americanas foram comparáveis aos das mulheres não-latino-americanas, apesar da maior complexidade das lesões. Esses resultados demonstram a segurança e a eficácia do stent XIENCE TM V nessa pequena coorte de pacientes latino-americanas, à semelhança do que é observado com populações maiores e mais variadas.

Dose-response effect of interleukin (IL)-1beta, tumour necrosis factor (TNF)-alpha, and interferon-y on the in vitro production of epithelial neutrophil activating peptide-78 (ENA-78), IL-8, and IL-6 by human endometrial stromal cells

The production of epithelial neutrophil activating peptide-78 (NA-78) and the interleukins IL-8 and IL-6 by endometrial stromal cells is stimulated by pro-inflammatory interleukin-1 (IL-1) and tumour necrosis factor-α (TNF-α). IL-8 is suggested to play a role in the pathogenesis of endometriosis, and in these women the peritoneal fluid concentrations of ENA-78 and IL-8 are increased. TNF-α has been tested together with interferon-γ because of their cooperative stimulation of IL-6. The release of IL-8, however, is inhibited with increasing interferon levels. The aim of the study was the analysis of the production of ENA-78, IL-6 and IL-8 by cultured human endometrial stromal cells in the presence of varying concentrations of IL-1β, TNF-α, and interferon-γ.

Increased ENA-78 in the follicular fluid of patients with endometriosis

BACKGROUND: It is known that endometriosis is an inflammatory disease and those patients seem to have lower pregnancy rates. The aim of the study was to investigate the concentrations of chemokines and proinflammatory cytokines in the follicular fluid of patients with and without endometriosis. METHODS: Follicular aspiration, recovering follicular fluid during assisted reproductive treatment, follicular fluid storage and analysis of chemokines and proinflammatory cytokines were carried out. Tumor necrosis factor-alpha, interleukin-1 beta, interleukin-6, interleukin-8, interleukin-15, leukemia inhibitory factor, epithelial neutrophil-activating peptide 78, regulated upon activation, normal T-cell expressed and secreted, and growth-regulated oncogene-alpha were analyzed in the follicular fluid and compared between women with (n =47) and without endometriosis (n = 279). RESULTS: The above cytokines were detected in the follicular fluid samples. Epithelial neutrophil-activating peptide 78 levels were significantly higher in follicular fluid from endometriosis patients than from controls (p = 0.008). Increases (to twice the control level) were also observed for tumor necrosis factor-alpha and for interleukin-6. CONCLUSIONS: Increased follicular fluid levels of epithelial neutrophil-activating peptide 78, tumor necrosis factor-alpha and interleukin-6 indicate that these cytokines may influence oocyte quality and fecundability of women with endometriosis by deteriorating the microenvironment in the human follicle.

Antiretroviral therapy in resource-limited settings 1996 to 2006: patient characteristics, treatment regimens and monitoring in sub-Saharan Africa, Asia and Latin America

OBJECTIVES: To describe temporal trends in baseline clinical characteristics, initial treatment regimens and monitoring of patients starting antiretroviral therapy (ART) in resource-limited settings. METHODS: We analysed data from 17 ART programmes in 12 countries in sub-Saharan Africa, South America and Asia. Patients aged 16 years or older with documented date of start of highly active ART (HAART) were included. Data were analysed by calculating medians, interquartile ranges (IQR) and percentages by regions and time periods. Not all centres provided data for 2006 and 2005 and 2006 were therefore combined. RESULTS: A total of 36,715 patients who started ART 1996-2006 were included in the analysis. Patient numbers increased substantially in sub-Saharan Africa and Asia, and the number of initial regimens declined, to four and five, respectively, in 2005-2006. In South America 20 regimes were used in 2005-2006. A combination of 3TC/D4T/NVP was used for 56% of African patients and 42% of Asian patients; AZT/3TC/EFV was used in 33% of patients in South America. The median baseline CD4 count increased in recent years, to 122 cells/microl (IQR 53-194) in 2005-2006 in Africa, 134 cells/microl (IQR 72-191) in Asia, and 197 cells/microl (IQR 61-277) in South America, but 77%, 78% and 51%, respectively, started with <200 cells/microl in 2005-2006. In all regions baseline CD4 cell counts were higher in women than men: differences were 22cells/microl in Africa, 65 cells/microl in Asia and 10 cells/microl in South America. In 2005-2006 a viral load at 6 months was available in 21% of patients Africa, 8% of Asian patients and 73% of patients in South America. Corresponding figures for 6-month CD4 cell counts were 74%, 77% and 81%. CONCLUSIONS: The public health approach to providing ART proposed by the World Health Organization has been implemented in sub-Saharan Africa and Asia. Although CD4 cell counts at the start of ART have increased in recent years, most patients continue to start with counts well below the recommended threshold. Particular attention should be paid to more timely initiation of ART in HIV-infected men.