998 resultados para Úlcera por pressão, Prevenção, Cuidadores


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OBJETIVO: Avaliar a influência do antecedente familiar de hipertensão arterial sistêmica (HASF) sobre o efeito do estresse do trabalho em bombeiros militares comunicantes (BMC), através da monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA). MÉTODOS: Estudo prospectivo caso-controle. Foi realizada a MAPA em 66 BMC saudáveis, durante 12 horas de trabalho na central de comunicações (CC), sendo 34 filhos de hipertensos (grupo 1) e 32 filhos de normotensos (grupo 2). RESULTADOS: O grupo 1 diferiu do grupo 2, pois apresentou, no trabalho, maiores médias sistólicas (134,1 ± 9,9 mmHg X 120,8 ± 9,9 mmHg p < 0,0001) e diatólicas (83,8 ± 8,3 mmHg X 72,9 ± 8,6 mmHg p < 0,001) e maiores cargas sistólicas (31,4 ± 25,6 % X 9,4 ± 9,4 % p = 0,0001) e diastólicas (28,3 ± 26,6 % X 6,1 ± 8,9 % p = 0,0001). A prevalência de hipertensão arterial sistêmica (HAS) no grupo 1, no trabalho, foi de 32,3 %. Estes indivíduos, monitorados fora do trabalho, normalizaram a pressão arterial (hipertensos funcionais). O grupo 2 revelou pressão arterial (PA) normal no trabalho. CONCLUSÃO: A pressão arterial mais elevada em BMC filhos de hipertensos é explicada de maneira independente pela HASF e aqueles que desenvolveram HAS durante o turno de trabalho na CC, podem ser considerados hipertensos funcionais, enquanto, os BMC filhos de normotensos, submetidos ao estresse psicológico, estão livres de alterações na pressão arterial.

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OBJETIVO: Avaliar os efeitos da estimulação atrial otimizada (EAO) (estimulação duplo-sítio atrial, freqüência acima da intrínseca e algoritmo funcional específico) e uso de atenolol, na prevenção da fibrilação atrial (FA) recorrente. Desfecho primário: quantificar a taxa de episódios de FA. Desfechos secundários: qualidade de vida, avaliação de sintomas específicos cardiovasculares, taxa de internações hospitalares, taxa de cardioversões elétricas e farmacológicas e eventos cardíacos adversos. MÉTODOS: Vinte e sete pacientes com FA paroxística recorrente e doença do nó sinusal foram submetidos ao implante de marcapasso duplo-sítio atrial e ventricular e iniciaram com atenolol 100 mg/dia, a seguir foram randomizados em dois grupos, grupo I (3 meses iniciais com EAO e algoritmo especifico ligado e mais 3 com o mesmo desligado) e grupo II (seqüência inversa do grupo I). O modo de estimulação foi DDDR e após 3 meses, foram submetidos à avaliação clínica e eletrônica do sistema de estimulação - mudança automática de modo (AMS), Holter de 24 horas, ecocardiograma e questionário SF-36. Em seguida, foram cruzados e após 6 meses, nova avaliação. RESULTADOS: Pacientes com EAO, quando comparados ao grupo com algoritmo desligado, apresentaram menores taxas de: FA/semana (p<0,001), ativações do AMS (p<0,01), hospitalizações (p<0,001), cardioversões (p<0,001), além de melhores índices dos componentes físico e mental da qualidade de vida. CONCLUSÃO: A terapêutica híbrida, EAO associada ao uso de atenolol, reduziu a taxa de recorrência de FA e proporcionou melhora clínico funcional de pacientes com bradiarritmias sintomáticas.

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OBJETIVO: Medir as pressões arteriais sistólica (PAS), diastólica (PAD) e de pulso (PP) por monitorização residencial da pressão arterial (MRPA) e correlacionar os seus valores com o do índice de massa do ventrículo esquerdo (IMVE). MÉTODOS: No ano de 2004, 127 pacientes submeteram-se à realização de MRPA em um serviço privado, conforme indicado por seus médicos. Desses, 83 haviam sido submetidos a ecocardiograma em um período de tempo inferior a seis meses. Excluindo-se aqueles com cardiopatia dilatada ou isquêmica e aqueles com valvopatias mitral e aórtica, foram avaliadas em 72 pacientes as correlações existentes entre a PAS, PAD e PP (diferença entre a PAS e a PAD) e o IMVE. RESULTADOS: A idade média do grupo foi de 51,9 ± 17,3 anos, sendo 43% dos pacientes do sexo masculino. A média do índice de massa corpórea (IMC) foi de 28,6 ± 6 kg/m² e 53% dos pacientes faziam uso de anti-hipertensivos. A PAS e a PP correlacionaram-se positivamente com o IMVE (r = 0,356; p = 0,002 e r = 0,429; p < 0,001, respectivamente). Não houve correlação entre a PAD e o IMVE. CONCLUSÃO: A PAS e a PP correlacionam-se positivamente com o IMVE.

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OBJETIVO: Avaliar a reprodutibilidade e o efeito placebo sobre a monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) (SpaceLabs-90207). MÉTODOS: Mensurou-se a PA no consultório e por meio de duas MAPA, realizadas em um intervalo de 1 a 10 meses (média de 4,9 meses), de 26 pacientes com diabetes tipo 2 e hipertensão. Onze pacientes (G1) realizaram as duas MAPA sem medicação anti-hipertensiva por 15 dias, enquanto o G2 (N = 15) fez a segunda MAPA em uso de placebo pelo mesmo período. RESULTADOS: Ao avaliarmos os coeficientes de variação (CV) da PA sistólica na vigília (PASV), PA diastólica na vigília (PADV), PA sistólica nas 24h (PAS24h) e PA diastólica nas 24h (PAD24h), encontramos valores de 4,6%, 3,9%, 5,0% e 4,0% no G1 e 4,3%, 5,1%, 3,7% e 5,1% no G2, respectivamente. Quanto ao CV da PA sistólica e diastólica durante o sono (PASS e PADS), encontramos 7,7% e 8,2% para G1, e 5,6% e 6,3% para G2, respectivamente. O CV da freqüência cardíaca na vigília e durante o sono foram: G1 = 5,9% e 9,0%, G2 = 6,9% e 5,8%, respectivamente. Analisando o total dos pacientes, todas as variáveis mostraram fortes correlações entre a primeira e a segunda MAPA (PASV, r=0,76; P<0,001; PADV, r=0,65; p<0,001; PAS24h, r=0,77; p<0,001; PAD24h, r=0,70; p<0,001; PASS, r=0,62; p<0,001; PADS, r=0,52; p<0,01). Ocorreram também correlações entre a PA sistólica e a diastólica de consultório e a PAS24h e PAD24h (r=0,65; p<0,001; r=0,57; p<0,01). CONCLUSÃO: A média dos níveis pressóricos avaliados pela MAPA apresentou boa reprodutibilidade e esses não foram afetados pelo efeito placebo.

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OBJETIVO: Descrever a resposta da pressão arterial em adolescentes submetidos ao teste de esforço. MÉTODOS: Foi realizado estudo transversal de 218 adolescentes entre 10 e 19 anos (131 do sexo masculino) submetidos a teste ergométrico, e descrita a freqüência cardíaca máxima, tempo de exercício, consumo máximo de oxigênio, pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) de repouso, no esforço máximo e aos seis minutos da recuperação. RESULTADOS: No repouso, a PAS teve valores maiores no sexo masculino e a PAD não mostrou diferença entre os sexos, porém ambas aumentaram com a idade. No exercício ocorreu elevação da PAS e queda da PAD em ambos os sexos. A variação da PAS foi maior no sexo masculino, principalmente acima dos 14 anos. CONCLUSÃO: A análise dos resultados demonstrou que a PAS durante o exercício teve relação direta com idade, peso, altura e índice de massa corpórea do indivíduo e a PAD teve relação apenas com a idade.

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OBJETIVOS: Detectar a real prevalência de hipertensão arterial sistêmica em Campo Grande, MS, e fatores freqüentes. MÉTODOS: Estudo transversal com amostra randomizada da população adulta da cidade de Campo Grande, MS, num total de 892 pessoas. Foi aplicado questionário sobre idade, sexo, escolaridade, tabagismo, etilismo, aspectos sobre o tratamento. Foram colhidos dados antropométricos (peso e altura). Segundo a OMS, foi considerado peso normal: IMC<25 kg/m²; sobrepeso: 25>IMC<30; obeso: IMC> 30. Os critérios para hipertensão foram baseados no VII Joint, com valores de corte de Pressão Arterial de 140 x 90 mmHg. RESULTADOS: A prevalência de hipertensão foi de 41,4%, variando conforme idade (até 29 anos: 11,8%; 30-39: 24,8%; 40-49: 43,3%; 50-59: 42,4%; 60-69: 48,6% e > 70: 62,3%). Houve maior prevalência nos homens (51,8%), enquanto nas mulheres foi de 33,1%. As pessoas com formação escolar de 1º grau primário tendem a apresentar maiores índices pressóricos. Nos indivíduos com sobrepeso e obesidade, observou-se maior prevalência de pressão elevada: IMC normal (27,9%), sobrepeso (45,6%) e obesidade (58,6%). A partir dos 60 anos existe um maior porcentual de hipertensão sistólica isolada, representado por 16,4% (60-69 anos) e de 24,6% (>70 anos). Etilismo diário ou semanal também está relacionado a maior incidência, respectivamente, de 63,2% e 47,2%. Apenas 59,7% eram sabidamente hipertensos. Das pessoas que apresentaram hipertensão, 57,3% fazem algum tratamento. Dos que fazem tratamento regularmente, 60,5% apresentaram hipertensão. CONCLUSÃO: A prevalência de hipertensão foi de 41,4%, ultrapassando a média detectada em alguns trabalhos, alertando para piora epidemiológica e repercussões cardiovasculares, o que evidencia necessidade de maior investimento público no que tange ao esclarecimento e instrução desses grupos populacionais quanto à prevenção.

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OBJETIVO: Identificar, em crianças e adolescentes (7 a 17 anos, rede pública e privada de ensino), a freqüência de indivíduos já submetidos à medida da pressão arterial (MPA), o número de vezes, os locais em que foi realizada a aferição e o resultado informado. MÉTODOS: Estudo transversal. Amostragem por conglomerados em 40 escolas, nível fundamental e médio, sorteadas. Cálculo da amostra baseado na prevalência esperada de HAS em crianças e adolescentes. Protocolo: questionário sobre realização prévia de MPA (em caso afirmativo, quantas vezes, quando foi a última medida, o local e o resultado da medida) e duas MPA. Variáveis independentes: sexo, faixa etária, classe econômica, escola pública ou privada. RESULTADOS: Amostra constituída de 1253 estudantes 1215 responderam ao questionário (97%) 531 do sexo masculino média de 12,4 ± 3 anos. Prevalência de HAS: 7,7% 348 estudantes (29%) já haviam medido a PA (54% 1 vez 35% 2 a 4 vezes 11% 5 ou mais) 53% há menos de 1 ano. Posto de Saúde, residência, hospital e consultório foram os locais mais mencionados (27%, 16%, 15% e 14%, respectivamente). Houve associação significante entre prévia MPA com faixa etária de 15 a 17 anos, classes econômicas A e B e ser estudante de escola privada. CONCLUSÃO: Apesar das recomendações, há baixa freqüência de MPA (29%) em crianças e adolescentes, demonstrando que a mesma não foi ainda incorporada na prática clínica.

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FUNDAMENTO: O desenvolvimento de hipertensão arterial sustentada é, pelo menos, duas vezes maior em indivíduos hiper-reatores ao esforço. Poucos trabalhos têm avaliado os parâmetros da monitorização ambulatorial da pressão arterial de 24 horas (MAPA) nesses indivíduos. OBJETIVO: Avaliar a relação da pressão arterial (PA) casual com a resposta hiper-reativa ao esforço (RHR) e comparar os padrões da monitorização ambulatorial de pressão arterial (MAPA) de indivíduos hiper-reatores ao esforço a um grupo controle, visando detectar alterações precoces que permitam uma atuação preventiva com implicação prognóstica. MÉTODOS: A PA casual e os dados da MAPA de 26 indivíduos adultos, com idade média de 41,50±11,78 anos, normotensos em repouso, hiper-reatores ao teste ergométrico (TE), foram comparados aos de 16 adultos, com média de idade de 41,38±11,55 anos, também normotensos em repouso, com resposta normal de PA ao esforço. Como normotensão foram considerados valores de PA <140x90mmHg. Para o diagnóstico de hiper-reatividade foram aceitos valores de pressão arterial sistólica (PAS) >220mmHg e/ou incremento >15mmHg de pressão arterial diastólica (PAD) no TE, partindo-se de níveis de PA normais. RESULTADOS: A PAS (p=0,03) e PAD (p=0,002) casuais, a média da PAS (p=0,050) e as cargas pressóricas sistólicas na vigília (p=0,011) e nas 24 horas (p=0,017) à MAPA foram significativamente superiores nos hiper-reatores. CONCLUSÃO: A PA casual se correlacionou positivamente com a RHR. Os hiper-reatores apresentaram características peculiares na PA casual e MAPA, que, embora dentro da normalidade, se diferenciaram das observadas nos normorreatores.

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OBJETIVO: Avaliar se a profilaxia com amiodarona em moderada dosagem, no pós-operatório de cirurgia cardíaca (revascularização miocárdica e/ou cirurgia valvar), reduz a incidência de fibrilação atrial em pacientes de alto risco para desenvolver essa arritmia. MÉTODOS: Estudo clínico, randomizado e prospectivo, realizado em 68 pacientes submetidos a cirurgia cardíaca eletiva. A média de idade foi de 64 anos e 59% dos participantes eram do sexo masculino. Os pacientes com três ou mais fatores de risco para fibrilação atrial, de acordo com a literatura, foram randomizados em dois grupos, para receber ou não profilaxia com amiodarona no primeiro dia de pós-operatório. A dose administrada foi de 600 mg/dia a 900 mg/dia, por via intravenosa, no primeiro dia de pós-operatório, seguida de 400 mg/dia por via oral até a alta hospitalar ou até completar sete dias. Os demais pacientes, com dois ou menos fatores de risco, foram seguidos até a alta hospitalar. Todos os pacientes foram observados por monitorização cardíaca e/ou eletrocardiografia. RESULTADOS: No grupo que recebeu amiodarona, 7% dos pacientes apresentaram fibrilação atrial, enquanto no grupo controle 70% desenvolveram a arritmia. Nos indivíduos não-randomizados (com dois ou menos fatores de risco), apenas 24% apresentaram fibrilação atrial. CONCLUSÃO: O uso profilático de amiodarona foi eficaz na prevenção de fibrilação atrial nos pacientes com três ou mais fatores de risco para essa arritmia. Esse tratamento pode ser benéfico na redução da permanência na Unidade de Terapia Intensiva e, conseqüentemente, nas complicações advindas do maior tempo de internação hospitalar.

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FUNDAMENTO: As complicações pulmonares são causas freqüentes do aumento de morbi-mortalidade nos pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. A fisioterapia respiratória tem auxiliado na recuperação destes pacientes. OBJETIVO: Analisar o efeito fisioterapêutico da aplicação da pressão positiva intermitente (RPPI) e do incentivador respiratório (IR) em pacientes submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio. MÉTODOS: Quarenta pacientes foram divididos em dois grupos: um submetido à aplicação do RPPI (n=20) e o outro ao IR (n=20). Os pacientes foram avaliados nos momentos: pré-operatório, 24ª, 48ª e 72ª horas de pós-operatório, sendo aplicados os recursos no período pós-operatório. Analisaram-se os seguintes parâmetros: saturação de oxigênio (SpO2), freqüência respiratória (FR), volume minuto (VM), volume corrente (VC), pressão inspiratória máxima (Pi máx) e pressão expiratória máxima (Pe máx). RESULTADOS: Nas variáveis demográficas e clínicas os grupos foram considerados homogêneos. No grupo submetido à aplicação com o RPPI identificou-se aumento da SpO2 na 48ª (p=0,007) e na 72ª horas (p=0,0001) quando comparado ao grupo IR. Nos parâmetros: FR, VM e VC na comparação entre os grupos não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas. No grupo submetido ao IR a Pe máx na 24ª (p=0,02) e na 48ª (p=0,01) horas apresentaram um aumento significativo. CONCLUSÃO: Com o objetivo de reverter mais precocemente a hipoxemia, o RPPI mostrou-se mais eficiente em comparação ao IR; entretanto, para melhorar a força dos músculos respiratórios, o IR foi mais efetivo.

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FUNDAMENTO: Hiponatremia e fenômenos congestivos indicam mau prognóstico na insuficiência cardíaca descompensada. A ocorrência de insuficiência renal está associada a aumento do risco de morte. OBJETIVO: Avaliar a segurança e a eficácia da solução hipertônica em pacientes com insuficiência cardíaca descompensada para prevenção de insuficiência renal. MÉTODOS: Participaram do estudo pacientes com insuficiência cardíaca descompensada, congestão e hiponatremia. Além do tratamento padrão, os pacientes receberam solução salina hipertônica, e foram submetidos a avaliação tanto clínica como laboratorial. RESULTADOS: Foram incluídos 9 pacientes. A média das idades dos pacientes foi de 55 + 14,2 anos, sendo 5 (55,5%) do sexo masculino e 4 (44,5%), do feminino. Todos apresentavam classe funcional III-IV da New York Heart Association (NYHA), e 5 (55,5%) recebiam dobutamina. Todos apresentaram creatinina inicial acima de 1,4 mg/dl. A tonicidade média da solução foi de 4,39% + 0,018% (2,5% a 7,5%) e a duração do tratamento foi de 4,9 dias + 4,1 dias (1 dia a 15 dias). Não houve efeitos adversos graves; em nenhum caso houve piora clínica ou distúrbios neurológicos; hipocalemia ocorreu em 4 (44,5%) casos. A comparação das variáveis pré- e pós-tratamento demonstrou queda da uréia (105 mg/dl + 74,8 mg/dl vs. 88 mg/dl + 79,4 mg/dl; p = 0,03) e aumento do volume urinário (1.183 ml/dia vs. 1.778 ml/dia; p = 0,03); houve tendência a redução da creatinina (2,0 mg/dl + 0,8 mg/dl vs. 1,7 mg/dl + 1,0 mg/dl; p = 0,08). Apesar da elevação do valor do sódio (131 mEq/l + 2,8 mEq/l vs. 134 mEq/l + 4,9 mEq/l) e da redução do peso (69,5 kg + 18,6 kg vs. 68,2 kg + 17,1 kg), não houve diferença estatisticamente significante. CONCLUSÃO: O uso de solução salina hipertônica em pacientes com insuficiência cardíaca descompensada pode ser método terapêutico seguro e potencialmente relacionado a melhora clínica e de prevenção da insuficiência renal.

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O treinamento resistido tem sido proposto como possível estratégia para prevenção e reabilitação cardiovascular, e nesse contexto esta revisão descreve os efeitos cardiovasculares mediados por esse tipo de intervenção. O incremento tanto na força muscular quanto na capacidade para realização de tarefas do dia-a-dia são benefícios bem caracterizados ante esse tipo de treinamento. Mais recentemente, estudos que utilizaram a avaliação hemodinâmica verificaram estabilidade cardiovascular em pacientes com doença coronariana ou insuficiência cardíaca durante a realização de exercício resistido, sem aparentes prejuízos na função ventricular ou aumento exacerbado na pressão arterial ao exercício. Adicionalmente, a pressão arterial em repouso também parece ser influenciada pelo treinamento resistido crônico, apresentando leve redução tanto para a pressão arterial sistólica (PAS) quanto para a pressão arterial diastólica (PAD). A mensuração dos níveis pressóricos após uma única sessão de exercício resistido demonstra ocorrência da hipotensão pós-exercício em indivíduos normais e hipertensos; contudo, há controvérsias quanto à intensidade de esforço necessária para indução desse efeito. Recentemente, estudos de intervenção têm investigado o exercício resistido sob o prisma vascular, avaliando a complacência arterial, assim como a função endotelial. Apesar dos poucos experimentos disponíveis, evidências têm demonstrado uma potencial influência do treinamento resistido sobre a redução da complacência arterial. Por sua vez, o fluxo sangüíneo periférico apresenta-se aumentado após o treinamento resistido, ao passo que a função endotelial parece melhorada especialmente após o treinamento combinado. Pesquisas adicionais são necessárias para análise da eficácia dessa intervenção sobre desfechos validados, e para aprofundamento de mecanismos fisiológicos responsáveis pelas adaptações vasculares.